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Mesa #009 - Fear of The Unknown

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Leonard
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descriptionMesa #009 - Fear of The Unknown - Página 3 EmptyRe: Mesa #009 - Fear of The Unknown

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Era bom finalmente pisar na areia daquela praia e poder experimentar o calor e a luz do sol diretamente sobre si, todo aquele ar limpo e cheiro marítimo o fazia se sentir mais vivo do que nunca. Fechou os olhos e respirou fundo por algum tempo, se permitindo perder-se um pouco naquela sensação boa, para finalmente retornar à realidade que não era tão agradável quanto aquilo. Vestiu de volta os sapatos secos e finalmente deu uma boa olhada nos sobreviventes que restavam pela praia, agora conseguia notar muito melhor toda a aura de desolação que sentia ainda dentro da cabine, quando os viu pela janela. Não era uma visão muito inspiradora ver tanto desânimo, mas ele sabia que o correto era continuar persistindo no otimismo e na esperança. 

Por fim, identificou quem procurava na multidão, próximo de si, e abriu um sorriso de alívio antes de ir caminhando até ele, ainda segurando as malas. Estava ansioso para ver a floresta e toda a paisagem da ilha de perto, mas sabia que precisava resolver isso primeiro.

— Olá. — falou com Stéphane em um tom calmo. O rosto, inicialmente inexpressivo, foi lentamente se abrindo em uma expressão acolhedora, marcada pelo sorriso sincero e os olhos apertados. Ele pousou uma mala sobre a areia, em frente aos pés do homem, e assentiu para ele, levando alguns instantes para completar. — Sua mala, certo? — gesticulou para ela e assentiu, franzindo a testa em espera. Reparou que perto tinha alguém deitado no chão com uma garota, mas resolveu não tirar os olhos de Stéphane até obter sua resposta.

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A voz calma invadiu o espaço convenientemente, pois estava sem o mínimo clima para uma outra tentativa de distrair minimamente a mente de Aurora. O rosto lhe era familiar: pertencia ao homem que outrora dividia o assento e que cutucara após acordar. Achou-o um pouco estranho, de início, mas rever a própria mala despertou a ele outros pensamentos; sequer havia pensado em seus pertences desde que colocara os pés na areia.

— Sim, minha mala. — Levantou-se lentamente, dando pequenos tapas em sua calça para dissipar parte da areia que nela havia grudado. — Muito obrigado, senhor…? — Emitiu uma pequena pausa, esperando que o homem se apresentasse.

descriptionMesa #009 - Fear of The Unknown - Página 3 EmptyRe: Mesa #009 - Fear of The Unknown

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— Eli. — levou alguns curtos instantes encarando-o antes de respondê-lo e estender a mão. — Elijah Stone, se gostar de formalidades.

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— Stéphane, prazer. — Respondeu quase que de imediato, enquanto estendia a mão direita para cumprimentar o homem. Percebeu que suas mãos ainda estavam parcialmente sujas de areia, mas relutou antes de desculpar-se, pois era um erro irrelevante dada a gravidade do momento. — Parece que permaneceremos um bom tempo por aqui. — Retomou.

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Ele não pareceu se incomodar com a areia inclusa no cumprimento e apenas reforçou o sorriso, assentindo de novo. Retornou a mão de volta à própria mala e pensou em dizer algo antes de ser interrompido pelo homem, que se adiantou com um comentário cordial e aparentemente despretensioso, ordinário à situação que passaram. Um brilho sútil e breve surgiu em seus olhos, porém, e o sorriso pareceu crescer durante alguns instantes antes dele desviar o olhar para a paisagem ao fundo, concordar com um aceno e completar:  

— Sim, sim... — suspirou. — É o que parece, Stéphane. — seu olhar se manteve no horizonte durante algum tempo antes de retornar para o homem, relaxando um pouco a postura. — Bem, também teremos tempo de sobra para conversar mais tarde, suponho. — assentiu e sorriu uma última vez. — Até mais ver. 

Enquanto se afastava, ele finalmente deu uma olhada de canto no homem e na garota jogados na areia ao lado, e seu olhar se fechou um pouco quando ele se deu conta da situação que acontecia ali. Imediatamente relacionou a situação dele com as dos outros passageiros que viu dentro do avião e sentiu um pesar pela garota, tristonha ao lado de quem provavelmente era o seu pai. Não, não provavelmente. De quem ERA seu pai. Sim, demorou um pouco, mas reconhecimento surgiu em Eli. 

***
Usava o pouco dinheiro que tinha para comprar uma comida que distraísse o estômago enquanto aguardava o voo. Escolheu um chocolate qualquer sem perder muito tempo e colocou as cédulas na máquina. O doce havia começado a cair, mas ficou preso. Bateu na máquina, mas o chocolate não se mexeu e não deu sinal de que iria cair se ele batesse mais, embora isso não tenha o impedido de dar mais umas quatro ou cinco pancadas. Sorriu, com ironia. Graça talvez fosse a única reação saudável à tudo aquilo, ao seus últimos dias em Londres como um todo.

Voltou a se sentar, com mais uma maldita derrota sobre seus ombros. A cereja no bolo, talvez. Fechou os olhos, respirou e inspirou fundo durante alguns segundos, olhando para cima depois. Não aguentava mais esperar e queria chegar em Nova York o quanto antes. No bairro em que nasceu. Ele precisava fazer aquilo de uma vez por todas, finalmente obter sua própria vitória, tê-lá a força como era o único jeito que conseguiria. Finalmente estaria tomando as rédeas de seu destino, decidindo as coisas ele mesmo, em seus próprios termos. Não deixaria o acaso tomar mais isso dele, mesmo que esse fosse o caminho "natural" das coisas. Seria SUA decisão, SUA escolha, algo que ninguém poderia negar à ele. 

Ouviu o barulho de mais alguém usando a máquina, dessa vez um homem branco um pouco mais jovem do que ele, barbado. Do lado dele, havia uma menina, que deveria ter pouco mais de 11 anos, não sabia se ela se parecia com ele ou não, mas provavelmente era sua filha. Ele deu um chocolate para ela, enquanto passava a mão sobre os cabelos ruivos da garota. Pelo menos alguém estaria satisfeito hoje, pelo visto. Em seguida, esse homem olhou para Eli, e este percebeu que na outra mão do estranho havia um outro chocolate. O homem se aproximou e estendeu o braço, sorrindo, com o chocolate na mão.

 Essas máquinas são realmente horríveis, mas com um jeitinho você consegue tirar os chocolates emperrados. Este aqui é seu.

— Hm? — ele levou alguns segundos para processar que o homem falava com ele e quando finalmente se deu conta, lhe forçou um sorriso educado, mas sem jeito. — A-ah, é claro. — Eli apanhou o doce, agora um pouco amassado, e o apertou entre os dedos, estudando-o com olhos pensativos durante alguns instantes e deixando um murmúrio soturno escapar-lhe os lábios. — La patience est amère, mais son fruit est doux. — falou aquilo de uma forma amarga e o olhar ficou sombrio e distante durante alguns segundos. Sentiu-se um tolo, talvez o maior no mundo. Sentiu vergonha de toda a esperança que sentira nos últimos meses. Sentiu quase nojo de si mesmo. Mas por fim ele levantou seu olhar de volta ao homem, lembrando-se de sua presença ali e retornando para a realidade. Assentiu para ele, um pouco constrangido. — Agradecido.

O homem apenas acenou, com um meio sorriso sincero, enquanto segurava a mão da sua filha. A garotinha olhava para Eli com curiosidade. Ambos saíram da frente de Stone e sentaram nos lugares onde estavam inicialmente.
***

Franziu a testa e suspirou, achando aquilo lastimável. Não se lembra de ter ficado tão tocado assim com as pessoas no avião, mas talvez por ter encontrado com o homem e sua filha antes, ver aquilo tenha lhe entristecido mais. Ou talvez aquilo o tenha remetido ao estado de espírito em que ele estava no momento que encontrara com o homem. De qualquer forma, ele até considerou se havia algo que podia fazer pelos dois, mas logo descartou a ideia e desviou o olhar, seguindo seu caminho. Se o médico havia passado direto, era porque ele já deve ter tentado tudo o que podia pelo homem antes e não havia adiantado muito. Não tornava aquilo menos triste porém, mas as coisas agora eram assim. O que ele podia tirar disso tudo, é que precisava de algum tempo sozinho. Mesmo que as reflexões que tenha tido na cabine tenham lhe sido transformadoras, ele ainda não havia processado tudo o que havia lhe acontecido da forma que deveria, e sabia que isso era o mais saudável a se fazer. 

Introspecção sempre fora o antídoto para os seus problemas, não era agora que isso mudaria.  

descriptionMesa #009 - Fear of The Unknown - Página 3 EmptyRe: Mesa #009 - Fear of The Unknown

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As horas se passaram. Os passageiros, agora sobreviventes de uma tragédia misteriosa, resolveram explorar o avião em busca de seus próprios pertences e outros itens que poderiam vir a ser úteis, como comida e ferramentas. Na aeronave, encontraram com facilidade uma boa quantidade de comida e de bebida. A comida era basicamente industrializada, com snacks, bolinhos, doces e salgados. Havia café frio, chá, água e refresco como possibilidades de bebidas. Dividiram a comida e a bebida igualmente para cada sobrevivente. Andrew, o médico, garantia que a ordem fosse estabelecida e que não fossem cometidas injustiças, embora de forma implícita. Além disso, ele disse o quanto era importante que economizassem os alimentos, pois o resgate poderia demorar dias ou semanas. Ou até mais.

Um homem (que se identificou como Stanley Barnes) encontrou um sinalizador; uma arma vermelha com 3 balas que poderia ser a chave para o resgate de todos eles. Após uma discussão de comum acordo com os sobreviventes, decidiram esperar a noite para usar uma das balas e fazer a primeira tentativa. Stanley ficou com a arma junto com as suas coisas.

Os seus celulares não possuíam sinal. O GPS simplesmente não funcionava. Tudo que eles conheciam por tecnologia parecia estar desvanescendo. Começaram a armar barracas e lugares onde poderiam dormir na praia, ao longo que estava próximo do sol se pôr e o frio aumentava. Enquanto isso, Andrew observava a situação de Louis, que continuava deitado e sem muito movimento. Não havia falado mais nada, segundo a filha, desde que caiu.

Andrew percebeu que o homem estava com uma febre alta e seus batimentos cardíacos estavam demasiadamente altos. Apesar de mais doses de analgésicos terem sido dadas, ele não parecia melhorar. Em um dado momento, Louis segurou o braço do médico, que se assustou um pouco com aquilo. O enfermo abriu os olhos e olhou para Lincoln.

— Não... não deixe Aurora morrer, Shephard — Louis disse, enquanto segurava o braço de Andrew. Após alguns minutos, sem falar nada e apenas tossir ocasionalmente, o homem parou de respirar. 17h30 fora a hora de sua morte, segundo o relógio do médico.

O sol estava se pondo. Aurora havia saído momentaneamente para pegar o seu snack do avião. Andrew não precisou dizer nada. A garota não fez nenhum som, mas as lágrimas desciam dos seus olhos. Sentou-se, em silêncio, ao lado do pai. Comeu seu lanche enquanto observava o sol se pôr. Seu rosto brilhava onde as lágrimas passavam.

***

Os sobreviventes decidiram fazer uma fogueira para aquecer o grupo. Usando um machado encontrado no avião, cortaram lenha da superfície da floresta e trouxeram para o grande fogo. A temperatura estava mais baixa do que esperavam de um verão. Precisavam usar casacos e roupas quentes para não tremer de frio.

Quando finalmente o dia se tornou noite, quem olhasse para o céu veria uma imagem quase mágica. As estrelas eram muito mais numerosas, visíveis e brilhosas do que jamais viram, mesmo para quem viveu em zonas rurais e isoladas de grandes cidades. Quem observasse atentamente, veria o rastro da via láctea, cortando o céu e abraçando o cosmos. A lua, apesar de minguante, brilhava como se estivesse na metade da sua distância até a Terra, mas com o mesmo tamanho.

O vento era forte e frequente; fazia as folhas das árvores baterem entre si e reproduzir um som quase harmônico. Não era raro pertences leves dos sobreviventes acabarem voando para longe devido ao vento. Na floresta, havia uma névoa misteriosa. O tempo era frio.

Laura havia feito sua barraca com pedaços de madeira e de tecidos que os outros sobreviventes encontravam e compartilhavam com os outros. As outras pessoas faziam o mesmo. Apesar do silêncio entre todos eles e a falta de conexão, fizeram barracas umas próximas às outras, para se beneficiar do calor da fogueira. Até mesmo o fumante solitário fez seu pequeno lar próximo ao grande grupo, embora continuasse sem palavras e sem interação com os outros.

O homem que havia perdido a esposa e a filha devolveu seus corpos ao avião, que havia se tornado uma espécie de cemitério. Ajudou a cortar lenha, mas olhava com estranheza para Andrew sempre que o via, com uma expressão séria e obscura. Não falou mais nada sobre o assunto.

Alguém ouvia uma música em seu celular, no auto falante. Era alto o suficiente para ser ouvido no acampamento por ouvidos atentos, mas baixo o suficiente para que não incomodasse tanto.

***

Quando foi buscar lenha, Stanley Barnes ouviu um barulho diferente na floresta. Usava um óculos e roupas razoavelmente formais. Parecia ter cerca de trinta anos. Soltou os pedaços de madeira que segurava e correu para o que poderia ser chamado de acampamento na praia.

— Ouvi alguma coisa na floresta — ele disse, alto o suficiente para que todos ouvissem, quase sem fôlego e cansado com a corrida. — Passos nas folhas. Ali — apontou.

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Só foi após a morte de Louis que o médico finalmente se recordou do homem. Ele trabalhara no hospital Rouji Umeamor por um tempo, os dois até mesmo tiveram uma conversa longa durante um dos intervalos, na cantina do hospital, onde falaram sobre mulheres e filhos. Quem imaginava que os dois se reencontrariam ali?

O Shephard estava sentado fora de sua cabana olhando em volta, pensativo, quando escutou a aproximação de Stanley.

— Provavelmente foi um animal, não? — falou Andrew levantando-se. — Você está bem?


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descriptionMesa #009 - Fear of The Unknown - Página 3 EmptyRe: Mesa #009 - Fear of The Unknown

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— Talvez, talvez... — disse ele, ainda se recuperando. Parecia ser bastante sedentário.

O som agora poderia ser ouvido por Andrew e quem mais estivesse por perto. Algo realmente estava se aproximando. Várias pessoas saíram das suas barracas e ficaram ao redor da fogueira, observando Stanley e a fonte do barulho.

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Depois de muito relutar em pensamento, fiz como todos estavam fazendo com os corpos que estavam na praia e levei minha mãe para a fuselagem do avião. Eu me odiava cada vez mais. Matei minha própria mãe por erros que eu mesmo cometi, e agora eu não poderia sequer enterrá-la ─ enterrar, pois a ideia de resgate nunca ficava na minha cabeça por muito tempo: era só olhar para o céu e ver a lua brilhando como se estivesse a alguns quilômetros de distância, com as constelações salpicando a extensão onde o brilho azul-púrpura da Via Láctea se derramava e espalhava em forma de fenda. Era uma das coisas mais bonitas que eu já tinha visto na vida, mas aquela limpidez de céu só poderia significar uma coisa: estávamos longe de qualquer civilização significante, longe de resgate minimamente imediato. Não que eu me importasse mais.

Montei minha barraca em um ponto um pouco mais afastado do mar e do avião. Mesmo lá dentro, o frio me fez apanhar a única jaqueta que eu trouxera na mala. Eu mastigava as barrinhas de cereal do avião apenas por sobrevivência, já que meu estômago estava revirado desde o momento em que acordei na poltrona do avião. Antes do sol se pôr, com um pesar enorme, fiquei observando a garota chorar em silêncio pela morte de seu pai. Em um momento, é um estranho simpático com quem eu dividiria o mesmo avião. Em outro, está morto bem na minha frente, enquanto sua filha chora, sem entender o que está acontecendo, sem poder contestar. Olhei no celular, quase seis horas. Abaixei a cabeça e tomei um bom gole de café frio e amargo do avião antes de me levantar para ir de encontro ao homem que tinha acabado de sair da floresta e de chegar na fogueira. Ele jogou a lenha no monte já formado, e quando o vi de longe, sua expressão era pensativa, focada, mas com alguma paz de espírito interior visível. Vai entender. Quando me passou o machado, estreitou os olhos numa expressão amigável e acenou com a cabeça. Retribuí o aceno e fui em direção à floresta para cumprir meu turno.

Um pouco mais tarde, consegui ouvir um pouco de David Bowie vindo de alguma barraca, mas não me incomodei e fiquei pensando em minha mãe. O que me fez levantar foram os passos rápidos na areia. Coloquei a cabeça para fora da barraca e ouvi o homem dizer em voz alta que tinha ouvido passos na floresta.
— Provavelmente foi um animal, não? — falou o homem que supostamente era o médico. — Você está bem?
— Talvez, talvez... — disse o homem, ofegante, se recuperando. Concordei em pensamento com o doutor, provavelmente era um animal inofensivo, embora todos ali também estivessem ouvindo o barulho se aproximar mais e mais. Quando vi o machado caído perto da floresta, fiquei preocupado, pois mesmo que não fosse um animal perigoso, aquilo não poderia se repetir com a única arma dos sobreviventes.
─ Deixe a lenha mas não deixe o machado, parceiro ─ falei para o homem e comecei a andar a passos largos e rápidos para pegar o machado de volta, sempre olhando atento para a escuridão da floresta que sussurrava e se mexia. Quando peguei, não dei as costas e fiquei à espera de qualquer coisa enquanto recuava.

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Mesmo com a movimentação no acampamento, Eli permaneceu sentado de pernas cruzadas em frente a sua barraca, tendendo ao fogo da pequena fogueira que preparou para si. Ele parecia não ter notado ou escutado o que estava acontecendo. Havia se mantido silencioso e distante assim durante todo o dia, totalmente imerso e concentrado com as próprias tarefas, embora tenha sido cortês e trocado algumas palavras com alguns sobreviventes, ajudando quem pediu. Ele próprio não pediu ajuda nenhuma, porém, armando a barraca e organizando seus pertences por conta própria e sem nenhum problema. Não retornou para o avião para ajudar na coleta de objetos úteis, embora tenha pego deles sua barraca e cobertores, e só saiu da praia para buscar lenha para si, no início da tarde. Agora, tinha os olhos encarando as pequenas chamas da fogueira, com uma expressão pensativa. Parecia calmo como sempre.

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Passou o dia em silêncio enquanto ajudava o grupo em seus afazeres — todos compartilhavam uma quietude operária que aos poucos definiu o que seria aquele dia; parecia que o abalo do acidente lhes restringia a interação somente a quem previamente conheciam. Afastou-se de Aurora sob a responsabilidade no recolhimento das bagagens e na dissecação dos instrumentos que seriam importantes ao grupo.

Ao fim da tarde, montou sua barraca no perímetro, para que tivesse uma boa observação de todos. Fitou principalmente Elijah, o que mais havia chamado sua atenção, observando até os mínimos detalhes do mundo gestual do mesmo, ao mesmo tempo em que pausava a observação para procurar outros espécimes. O ambiente rico em luto era, sem dúvidas, um poço de inspiração para o trauma de futuros personagens — a possibilidade de não conseguir sair dali chocava-se de imediato em sua mente, culminando numa dualidade cujo controle era sua maior prioridade no momento.

***

Stéphane observou com relativa distância toda a interação entre Stanley Barnes, o médico e um terceiro homem que havia tomado a iniciativa de buscar o machado.

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Daniel se relutou mas decidiu encarar a realidade após ver os esforços dos outros sobreviventes em tentar uma minima organização, retornou ao avião para pegar os pertences mais importantes de cada membro de sua banda, além dos seus próprios. Tentou encarar os integrantes o mínimo possível, pois cada vez que fazia os pensamentos negativos o atormentavam novamente.

Montou sua barraca e organizou os pertences, sua raquete de matar insetos felizmente estava intacta, Daniel sempre odiou insetos, mas sabia que teria que encara-los uma hora ou outra enquanto o resgate não chegasse. Ficou um bom temo sentado vendo as fotos salvas em seu celular e no do seus companheiros, uma alegria momentânea mas ao mesmo tempo bem vinda naquela situação.

Um pouco antes do anoitecer foi quando Daniel decidiu se juntar aos demais em volta da fogueira, comeu apenas um bolinho e ficou sentado sem se comunicar com os outros, apenas se perdendo em pensamentos.

***

Kang Daniel estava na barraca quando o assunto do barulho na floresta veio à tona, a principio se manteve dentro da barraca, pensou que fosse só um animal de pequeno porte. Depois de também ouvir o barulho que decidiu sair, com sua raquete de matar moscas em mãos. Ficou na frente de sua barraca observando o desenrolar da situação e torcendo para o rapaz recuperar o machado.


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Richie continuou sentado à areia, olhando a tela do celular. Sem sinal, não importava quão alto esticasse o braço. Ao ver o médico sair do avião, desligou o aparelho para poupar bateria e o enfiou de volta no bolso.

— Ninguém no avião sobreviveu. Nós somos os únicos sobreviventes — falou o homem em voz alta. Ele pareceu dar uma olhadela para Richard, buscando alguma reação do garoto, tendo algo que parecia pena no olhar.
Richard o olhou de volta, esperava por aquela notícia. Ansiava, talvez. Ele ouviu as palavras com atenção, suspirando desanimado por fim.

— Putz, que merda, Arnold. — coçou a nuca e se virou, voltando até o interior da praia.
Não é como se os dois tivessem sido grandes amigos, mas a presença do homem certamente lhe daria uma segurança a mais ali. De qualquer forma, também não é como se fosse uma novidade para ele se virar sozinho.
***

Richie desemaranhava cada corda, ainda bastante confuso, mas fingindo ter total controle de suas ações caso alguém olhasse. Alguém acampa na Inglaterra? Certamente não em Derby, não que ele soubesse.
Ele esticou a lona, espiando com o canto do olho o que o negro fazia. Um bom tempo depois do homem terminar, ele ainda buscava desenozar alguns nós. Parecia simples, ele tinha certeza de que conseguia. Era só passar as cordas por entre a lona, depois cruzar elas e esticar. Tendo um teto, o resto seria simples. Era fácil. Mais fácil do que roubar cigarros na Mother Kelly's, enquanto o velho Albert procurava algum item extremamente específico que ele havia pedido no almoxarifado. Ele prendeu uma lona ao chão com algumas estacas e depois terminou de passar as cordas pelas abas, parecia certo. Era só esticá-las e prendê-las. Ele sabia que conseguia. Alguns ferrinhos haviam sobrado, é bem verdade, mas certamente não eram importantes.

— Sabia que essa merda seria fácil, haha! — ele estufou o peito, orgulhoso, se agachando para puxar a corda ainda cheio de si. Um sorriso dançou em seus lábios e, então, ele puxou. — BOOYAH!
Spoiler :


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Sawyer passou o dia todo evitando proximidade do restante dos sobreviventes, já que a melhor forma de não deixar aquele acidente ocupar sua cabeça era se manter distante dos gritos, choros e movimentações confusas dos sobreviventes. Por mais insensível que soasse, não precisava de luto e desespero à sua volta, então tentou o máximo que pudera levar aquela situação como um problema que, em algumas horas, estaria resolvido. Precisa acreditar naquilo, pelo menos. O resgate viria mais cedo ou mais tarde, certo?

Volte e meia até caminhava pela praia um pouco, observando melhor quem o acompanhava naquela tragédia. Reconheceu dois ou três rostos, lembrando-se deles no aeroporto ou coisa do tipo. Em especial o do homem gritante de mais cedo. "O médico já está vindo dar uma olhada em você, portanto fique sentado aí e não se mova." Disse o policial que o acompanhava no hospital. O loiro resmungava diversas vezes sobre não entender o que fazia ali, já que fora somente uma briga de bar e ele não tinha ferimentos que necessitavam de cuidados médicos. Lhe disseram que era algo a ver com traumas e choques, ou coisa do tipo, aquela polícia londrina parecia uma grande academia de idiotas. Mas no fundo o loiro estava agradecido por isso, pois caso contrário, teriam tomado decisões mais rígidas referente a cabeçada no Ministro da Agricultura. Ser deportado estava de bom tamanho para ele. O barbudo que entrou em ataque de pânico ou seja lá o que for, atendera o loiro em Londres, inclusive lhe deu o livro que ele folheou algumas páginas antes de dormir no avião. Tendo isso em mente, fora uma cena que causou estranheza em Sawyer quando mais tarde vira o homem falecer, com a filha ao seu lado chorando.

***

Estava sentado e escorado em uma árvore, talvez a mais próxima da praia, enquanto encarava o sol sendo engolido pelo mar conforme o céu escurecia. Uma leve dor de cabeça lhe incomodava, que fazia ele acreditar que era o estresse ou algum tipo de trauma leve, de qualquer forma colocara a mão no bolso para tirar seu maço de cigarro e acabou tocando em um algum tipo de pedaço de papel, fazendo o mesmo puxá-lo de um dos bolsos de seu jeans e encarar aquilo que se revelou uma carta. Seu dedo polegar ameaçou abrir o envelope duas vezes, mas sempre pausava, até enfim retirar o conteúdo do envelope de forma receosa. Ele deu uma breve lida no início dela, mas não continuou, logo a dobrou e guardou novamente em seu bolso. Encarou o nada em específico de forma reflexiva e expressão fechada, seu pessimismo impediu que ele lesse toda a carta, pois ela era um dos motivos dele estar ali. E pela incerteza do que aconteceria num futuro próximo, reler aquele pedaço de papel só o faria lembrar que talvez nunca mais tivesse a chance de cumprir o seu objetivo.

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Balançou a cabeça e se livrou de seus pensamentos, dirigindo seu olhar ao avião e à todos que pareciam recuperar seus pertences e a se alojar na praia para uma primeira noite naquela ilha. Fora então que o instinto de sobrevivência de Sawyer tomou conta do homem e o próprio começou a se deslocar até o avião. Não sabia quando e nem se iria chegar um resgate, até lá precisaria se manter vivo e o mais confortável possível. Era mágica a forma sútil em que, de repente, ele já estava dentro do avião. Aparentemente não havia ninguém, então começou a dar uma olhadela pelo lugar. De forma insensível, ignorara o máximo que podia os corpos que ali estavam, focava-se apenas em bagagens de mão, itens pelo chão e até mesmo um bolso ou outro. As primeiras coisas que o loiro apanhou fora a sua própria mochila, recuperando suas coisas. Em seguida começara a coletar recursos que considerava uteis ou que viriam a ser uteis.

— Bingo — murmurou sorrindo para uma lanterna que encontrara numa mochila, onde ligou e desligou umas duas vezes para testar ela.

Posteriormente, começou a coletar mais e mais itens, como tubos de protetor solar, garrafinhas de água e snacks extras, roupas que combinavam com seu estilo e até mesmo livros e revistas para desfrutar. Era uma variedade de coisas que poderiam vir a ser úteis que ele não pensou duas vezes em pegar, fazendo incontáveis viagens do avião até o ponto na praia onde ficaria sua barraca. Aproveitou-se da movimentação dos outros sobreviventes na praia enquanto se distraíam com seus problemas para agir de forma natural.

Com uma grande lona, alguns tecidos, fios e madeiras (muitos desses materiais haviam sido pego "emprestados"), Sawyer mesmo sem experiência de acampamento ou qualquer coisa do tipo, erguera uma boa e espaçosa barraca. Muito se devia a qualidade dos materiais que tomou para si e facilitaram na montagem do seu espaço próprio. Satisfeito e confortável com o que havia arranjado, permaneceu descansando enquanto a noite tomava conta.

***

De dentro de sua barraca, era possível ouvir um abafado e distante som de fogueira estalando na praia. Além de uma música, que apesar de baixa e de boa qualidade, parecia se tornar um incômodo contínuo na cabeça de Sawyer. Escutou algumas conversas um pouco mais altas, e espiou pela fresta de sua porta de entrada para ver do que se tratava. Havia uma movimentação diferente no grupo de sobreviventes, e eles pareciam atentos com alguma coisa na direção da floresta. O que é agora?! Deu alguns passos largos na direção deles, porém ainda ficando distante, tentando entender o que se passava.

Aparentemente um dos homens havia escutado um barulho, mas para o loiro, o rapaz de aparência um tanto quanto "engomada" devia ter se assustado com o som dos próprios passos. Porém, mais pessoas ouviram o barulho, fazendo com que Sawyer torcesse levemente o nariz, dando mais importância para aquilo. Olhou à sua volta e para a floresta, tentando enxergar algo, mas aparentemente teriam que esperar mais uma manifestação ou... irem até lá.


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Stanley Barnes rapidamente foi à sua barraca, correndo com o máximo de velocidade que conseguia, e pegou a arma sinalizadora. Voltou para o lado de Andrew e segurou o objeto com mãos trêmulas e estava claramente assustado. Não seria muito difícil deduzir que ele pretendia atacar com a arma a possível criatura perigosa que estivesse vindo da floresta, embora fosse difícil saber se ele a usaria bem.

Laura havia saído da barraca e observava Stanley com preocupação. Ela aproximou-se de Andrew e encarou Vincent, à distância, atenta. A música de David Bowie havia parado de ser tocada. Várias pessoas estavam saindo das suas barracas e se aproximavam da fogueira, onde parecia haver uma concentração dos sobreviventes. Aurora caminhou e ficou ao lado de Stéphane.

— Mas o que está acontecendo por aqui? — perguntou o idoso, para ninguém em específico.

Vincent estava parado em frente à floresta, com o machado em mãos, enquanto o vento frio batia com força em seu corpo, fazendo seus cabelos, suas vestimentas e as folhas das árvores se movimentarem e emitirem um som natural. A vegetação já não estava tão colorida quanto antes, quando o sol ainda estava iluminando o mundo selvagem. Tudo parecia cinzento e escuro naquela direção. Com a neblina, havia um ar de mistério.

O homem com o machado conseguia não só ouvir, mas ver, à sua frente, algo se movimentando e se aproximando pela floresta. Não parecia ser algo pequeno como um lobo ou grande como um urso. Os passos tinham um ritmo e peso semelhante ao de um humano. Quando a figura ficou mais próxima, conseguiu perceber que se tratava, de fato, de um ser humanoide, no mínimo. A figura parou por um instante e parecia observar Vincent e o acampamento. Distante, parecia apenas uma sombra, de estatura mediana.

Após a pausa, a figura humanoide voltou a caminha e se aproximar do homem. Quando ficou há pouco mais de cinco metros de distância, ficou claro para Vincent que se tratava de uma mulher, humana. Além disso, a aparência dela lhe era familiar: cabelos pintados de vermelho. Ela estava no mesmo avião e era difícil esquecer uma figura tão bonita e peculiar. Vince não havia pensado sobre ela durante o dia, mas imaginava que estivesse morta, junto com os outros corpos no avião, e só não tinha a visto antes. Quando a viu pela primeira vez, entrando no avião, pensou que já tinha a visto em outro lugar antes, embora não soubesse dizer de onde.

— Você não vai me atacar com isso, vai? — ela perguntou, antes de se aproximar mais de Vincent. 

Ela abraçava a si mesma e parecia tremer, devido ao frio da noite. Apesar disso, esboçava um meio sorriso e não parecia estar com medo. Vestia roupas simples e claras, insuficientes para esquentá-la naquela temperatura.

As pessoas do acampamento, longe da situação, não conseguiram ver do que se tratava, mas poderiam ver a silhueta humana. Também não ouviram sua voz.

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Abaixei um pouco o machado que eu tinha mantido na altura da minha cabeça quando vi a mulher sair por entre as folhagens e os troncos das árvores, se revelando na neblina. Ah, eu já tinha visto aquele rostinho bonito e aquele cabelo vermelho, mas quando a vi no avião, nunca poderia imaginar que seria uma dos sobreviventes. Só não conseguia entender o que ela estava fazendo sozinha dentro daquela floresta, que poderia abrigar sabe-se lá que tipo de animais.
— Você não vai me atacar com isso, vai? — ela perguntou, antes de se aproximar mais.
─ Você sobreviveu por um milagre, por que já está tentando se matar andando sozinha na floresta?

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— Boa noite para você também — ela respondeu, mantendo o meio sorriso. — Você vai pensar que eu sou louca, mas eu não me lembro por que fui até a floresta.

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─ Talvez foi porque você é louca ─ tirei minha jaqueta e joguei para a mulher, que parecia estar vestida para uma noite do pijama com as amiguinhas da escola. ─ Toma, e tem uma fogueira bem grande no acampamento. Não vou te dizer pra não fazer isso de novo, até porque se fizer, eu pelo menos não vou te procurar. Qual seu nome?

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Ela sorriu com o comentário de Vince e pegou a jaqueta. Se aproximou dele e caminhou junto em direção à fogueira.

— Maria — o nome, junto com a voz da mulher, deu a Vince uma sensação de Déjà vu. — Obrigada pela jaqueta suada. Como quer ser chamado, lenhador?

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Por que aquela mulher me era familiar? Eu devia me lembrar bem de uma Maria com cabelo vermelho, mas não conseguia.
─ Eu não acho que você tem opção. Vince ─ respondi ao comentário da mulher sem retribuir os sorrisos que ela mantinha e passei o machado para a mão esquerda para estender-lhe a direita.

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Maria apertou a mão de Vince. A pele da garota estava tão gelada que o homem sentiu um pequeno choque térmico ao toque.

Quando finalmente chegaram próximo à fogueira, todos puderam ver a mulher. Devido ao seu cabelo bastante chamativo, todos ou quase todos lembravam de tê-la visto no avião em algum momento, ou no aeroporto. Stanley Barnes estava mais calmo e ficou sem saber muito o que fazer com o sinalizador.

— Adorei o acampamento — ela disse para todos, com uma leveza estranha e um sorriso. Usava a jaqueta de Vincent. — Fico feliz em ver que tantas pessoas sobreviveram.

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Adorei o acampamento. Dei um risinho irônico contido enquanto eu voltava para minha barraca. Algumas pessoas não têm o menor senso.

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— O que você estava fazendo na floresta? — perguntou Andrew.


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— Ok, vejo que há muita gente curiosa quanto a isso — ela disse, um pouco mais séria mas ainda amistosa. — Eu não lembro. Eu tinha um motivo. Eu estava procurando algo, ou alguém estava me chamando, ou ambos. Não sei. Algo aconteceu e desmaiei por algumas horas. Acordei, sem lembrar como cheguei ali. A fogueira me ajudou a achar o acampamento. Fim. Vocês têm comida? Estou faminta.

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Andrew encarou a mulher com uma expressão apática ao ouvir a resposta dela.

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