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Mesa #007 - Rusty Magic

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5 participantes

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Mesa #007 - Rusty Magic WuXD07m

Mesa #007 - Rusty Magic UDuRKb6
As gotas que caíam há poucos minutos do céu cinzento e denso estavam ficando cada vez mais fortes em Dawpash. Os cidadãos apressaram os passos, buscando algum lugar em que a água não atingisse suas cabeças ou usando alguma espécie de capa que os protegesse. Nas áreas esburacadas da cidade, poças d’água começavam a se formar, refletindo o que quer que estivesse ao seu alcance.

Dawpash era uma das principais cidades de Valenar, considerada por muitos a capital do reino. Pelo menos comercialmente, Dawpash se destacava muito em relação às outras, provavelmente por conta de ser muito mais antiga e ter sido bastante desenvolvida ao longo dos séculos. Sua população diversificada garantiu uma união de várias culturas e costumes, tornando a cidade ainda mais atrativa.

Valenar era um dos poucos reinos que não tinha conflitos com outros por causa de territórios. O seu rei humano, Oswell, esforçava-se para manter a paz com os seus vizinhos e não possuía ambição por mais terras. O reino localizava-se na região de Dalelands no continente de Whiastone, e também possuía como terras as ilhas de Ganum e Marhart.

Nesse reino, dificilmente alguém não conhecia a taverna Sadbows, localizada em Dawpash. Era uma das estalagens mais antigas de todo o continente, além de muitos viajantes estarem sempre passando por ela. Ao longo do tempo, o lugar foi se reformando e se expandindo, até se tornar uma grande e bonita taverna, com vários quartos nos andares de cima, apresentações musicais de bardos quase o tempo todo, ótima comida e excelente cerveja.

Hobbits adoravam vários pratos deliciosos que eram servidos em Sadbows. Os anões amavam a cerveja, considerada por muitos deles como a melhor do reino. Elfos eram um pouco raro naquele lugar, mas quando visitavam apreciavam as músicas que eram tocadas nas apresentações. Os humanos eram maioria e gostavam de tudo.

A taverna Sadbows estava um pouco mais cheia que o comum naquela manhã. Talvez a chuva tivesse forçado a entrada de muitos cidadãos que estavam do lado de fora. Havia ali muitos viajantes, de raças variadas, vindos de locais próximos ou distantes. As vozes enchiam todo o lugar, altas e alegres. Uma música calma e misteriosa era tocada por um bardo.

O som da chuva ficou ainda mais perceptível quando a porta do estabelecimento foi aberta. Um homem encapuzado havia entrado na taverna, chamando a atenção dos que estavam menos bêbados. Parecia ser apenas mais um homem querendo se livrar da chuva e entrar em um local mais quente, mas sua linguagem corporal e o modo como olhava todos em sua volta criou um ar de mistério.

Esse homem se chamava Esegar, e era provável que apenas ele soubesse disso naquela taverna. Caminhou lentamente, analisando pessoa por pessoa, como se estivesse procurando alguém. Muitos o encaravam de volta, se perguntando quem ele poderia ser. Por fim, o homem pareceu se aliviar e parou de lançar olhares. “Eles não estão aqui”, pensou.

Esegar caminhou até próximo do palco onde o bardo tocava com dedicação. O homem ficou aguardando em pé até que ele acabasse sua música e então o chamou para mais perto com um aceno.

— Posso interromper sua apresentação apenas por um minuto? - perguntou, de forma que apenas o bardo escutasse. O rapaz, que era um jovem elfo e estava tocando um alaúde, concordou em silêncio e desceu do palco para que Esegar pudesse subir.

Logo aquilo chamou a atenção de outros que não estavam observando Esegar e muitos o estavam encarando, em silêncio, esperando que ele fosse falar alguma coisa

— Senhores e senhoritas - Esegar chamou a atenção da maior parte da taverna, que ficou em silêncio para ouvi-lo. Tirou seu capuz e revelou sua aparência. Tinha um cabelo escuro na altura dos ombros e uma barba de mesma cor.  — Venho aqui a procura de pessoas capazes de ajudar a minha vila. Nós estamos sendo frequentemente atacados por um grupo de saqueadores em específico que vive próximo da região. Eles sempre roubam nossas comidas e outros objetos que julgam ter valor. Estamos ficando cada vez mais com suprimentos escassos, vivendo uma vida medíocre e miserável por causa deles. E por isso estou aqui, por não aguentar mais ver o meu povo sofrer dessa forma. Eu desejo acabar com esses saqueadores e dar um fim a esse ciclo. Mas nós da vila não temos um número suficiente e nem pessoas capazes para lidar com todos eles. Precisamos de pessoas para nos ajudar a combatê-los, e estas serão bem recompensadas. Alguém teria interesse?

Esegar aguardou, desejando que dessa vez houvesse pelo menos um interessado.

Mesa #007 - Rusty Magic RvmhocT
Rusty Magic é um RPG baseado nos universos de Senhor dos Anéis, Hobbit e Dungeons & Dragons. Trata-se de um jogo comum do gênero, com um grupo de aventureiros se aventurando em aventuras, enfrentando monstros, fazendo missões, viajando, conhecendo várias pessoas, usando magias, subindo de nível, etc.

O jogo se passará em um continente chamado Whiastone. O reino Valenar é onde vocês criarão suas histórias e Dawpash será a cidade inicial da aventura.
Mesa #007 - Rusty Magic AKBWEuS
Mesa #007 - Rusty Magic HVOucG2
(Veja o mapa completo nesse link: https://i.imgur.com/hVOucG2.jpg )

Raças

Mesa #007 - Rusty Magic FZzVmpu

Anões: Os anões são conhecidos como hábeis guerreiros, mineradores e trabalhadores em pedra e metal. Embora tenham menos de 1,50 metro de altura, os anões são tão largos e compactos que podem pesar tanto quanto um humano 60 centímetros mais alto. Sua coragem e resistência compete facilmente com qualquer povo mais alto.

Anões podem viver mais de 100 anos. Eles são sólidos e duradouros como suas amadas montanhas. São determinados e leais, fiéis à sua palavra e decididos quando agem, às vezes a ponto de serem teimosos. Muitos anões têm um forte senso de justiça e demoram a se esquecer de erros cometidos contra eles. Uma injustiça cometida contra um anão é uma ofensa para todo seu clã. O que começa como uma busca por vingança de um único anão, pode se tornar a ambição de todo um clã.

Eles amam a beleza e a arte dos metais preciosos e das joias finas e, em alguns anões, esse amor transforma-se em avareza. O que não pode ser encontrado em suas montanhas, eles adquirem através do comércio. Membros de confiança de outras raças são bem-vindos em assentamentos anões.

Anões em outras terras são tipicamente artesãos, geralmente ferreiros, armeiros e joalheiros. Alguns são mercenários ou guarda-costas, procurados pela sua coragem e lealdade, e bem recompensados por seus serviços. Anões que seguem uma vida de aventuras podem ser motivados pelo desejo por tesouros – para uso próprio, para um propósito específico ou mesmo a partir do desejo altruísta de ajudar os outros.

Bônus: +2 Constituição -1 Destreza +1 Força +1 Sabedoria


Humanos: A maioria dos humanos em Whiastone descende de pioneiros, conquistadores, mercadores, refugiados e outras pessoas que viajam com frequência. Desse modo, os territórios dos humanos são uma mistura de povos – com diferenças físicas, culturais, religiosas e políticas. Simples ou refinados, de pele clara ou escura, extrovertidos ou austeros, primitivos ou civilizados, devotos ou impiedosos, os humanos se espalham pelo mundo.

São a raça dominante em Whiastone. Quase todas as cidades são governadas por humanos, e o reino de Valenar tem um humano como Rei.

Bônus: +1 Força +1 Constituição


Elfos: Os elfos são um povo belo que vive principalmente no meio de belas florestas ou em grandes castelos prateados. Apreciam a música, a natureza, a magia, a arte, a poesia, e as coisas boas do mundo. Em média, são ligeiramente mais baixos do que os humanos, variando de pouco menos de 1,50 metro até pouco mais de 1,80 metro de altura, e também mais leves, pesando entre 50kg e 72kg apenas. Elfos não possuem pelos faciais e poucos pelos no corpo. Preferem roupas elegantes e belas. Elfos podem viver bem mais de 300 anos.

Eles são conhecidos por recuar para suas casas na floresta perante os intrusos, confiantes de que podem simplesmente esperar os invasores irem embora. Mas quando surge a necessidade, os elfos revelam um poderoso lado marcial, demonstrando habilidade com a espada, o arco e a estratégia.

A maioria dos elfos habita pequenas aldeias florestais escondidas entre as árvores. Elfos caçam, coletam e cultivam seus alimentos. Eles são artesãos talentosos, criando roupas e objetos de arte finamente adornados. Seu contato com estrangeiros é geralmente limitado, embora alguns elfos levem uma boa vida negociando itens artesanais por metais (pois eles não têm interesse na mineração). Os elfos encontrados fora de suas terras são em geral menestréis viajantes, artistas ou sábios, que se aventuram devido a sua fascinação em viajar. Alguns podem ser rebeldes que lutam contra a repressão injusta, enquanto outros podem ser campeões de causas morais.

Bônus:  +2 Destreza -1 Constituição +1 Inteligência


Hobbits: Os confortos de um lar são os objetivos da maioria dos Hobbits: um lugar para viver em paz e sossego, longe de monstros saqueadores e embates de exércitos, com um fogo aceso e uma refeição generosa, e também uma bebida fina e boa conversa. Embora alguns Hobbits vivam seus dias em remotas comunidades agrícolas, outros formam bandos nômades que viajam constantemente, atraídos pela estrada afora e o vasto horizonte para descobrir as maravilhas de novas terras e povos. Mas mesmo esses Hobbits andarilhos amam a paz, a comida, uma lareira e um lar, mesmo que o lar seja em uma carruagem, empurrada ao longo de uma estrada de terra, ou uma balsa flutuando rio abaixo.

Com uns 90 centímetros de altura, os Hobbits parecem inofensivos e assim conseguiram sobreviver por séculos às sombras dos impérios e à margem de guerras e conflitos políticos. São um povo alegre, curioso e apreciam os laços de família e amizade, bem como o conforto do lar e da casa, nutrindo poucos sonhos de ouro e glória.

Hobbits são facilmente movidos pela piedade e detestam ver qualquer ser vivo sofrer. Eles são generosos, partilhando alegremente o que eles possuem, mesmo em épocas de vacas magras. São adeptos de viver em comunidades de humanos, anões ou elfos, tornando-se valiosos e bem-vindos. A combinação de sua inerente furtividade e sua natureza modesta os ajudam a evitar uma atenção indesejada.

A maioria dos Hobbits vive em comunidades pequenas e pacíficas com grandes fazendas e bosques preservados. Eles nunca construíram um reino próprio, ou mesmo dominaram muitas terras além de seus tranquilos condados. Hobbits geralmente partem para o caminho do aventureiro para defender suas comunidades, apoiar seus amigos, ou explorar um mundo grande e cheio de maravilhas. Para eles, aventurar-se não é apenas uma carreira, é mais uma oportunidade ou às vezes uma necessidade

Bônus:  +3 Destreza -1 Força


Meio-Elfos: Vagando entre dois mundos mas, na verdade, não pertencendo a nenhum dos dois, meio-elfos combinam o que alguns dizem ser as melhores qualidades dos seus parentes elfos e humanos: a curiosidade, inventividade e ambição humanas temperadas pelos sensos refinados, amor a natureza e gostos artísticos dos elfos. Alguns meio-elfos vivem entre os humanos, separados por suas diferenças emocionais e físicas, vendo seus amigos e amores envelhecer enquanto o tempo malmente os toca. Outros vivem entre os elfos, crescendo impacientes à medida que atingem a maturidade nos reinos élficos intermináveis, enquanto seus amigos continuam a viver como crianças. Muitos meio-elfos, incapazes de se encaixar em nenhuma dessas sociedades, escolhem uma vida solitária, vagando ou se juntando a outros desafortunados e adentrando uma vida de aventura.

Para os humanos, os meio-elfos parecem elfos, e para os elfos, eles parecem humanos. Na aparência, eles estão entre ambos os parentes, já que eles não são nem tão esbeltos quanto os elfos nem tão largos quanto os humanos. Eles medem entre 1,5 metro e 1,8 metro de altura e pesam entre 50 kg e 90 kg. Meio-elfos possuem pelos faciais e, às vezes, deixam a barba crescer para esconder sua ancestralidade élfica. Eles tendem a ter os olhos dos seus pais elfos.

Meio-elfos não possuem terra própria, no entanto, eles são bem-vindos em cidades humanas e um pouco menos bem recebidos em florestas élficas. Em cidades grandes, em regiões em que elfos e humanos costumam interagir, meio-elfos podem ser numerosos o suficiente para formar pequenas comunidades entre eles. Eles gostam da companhia de outros meio-elfos, o único povo que realmente entende o que é viver entre dois mundos. Na maior parte do mundo, no entanto, meio-elfos são incomuns o suficiente ao ponto de que um pode viver anos sem encontrar outro. Alguns meio-elfos preferem evitar completamente companhias, vagando pela natureza como caçadores, mateiros, patrulheiros ou aventureiros, visitando a civilização em raras ocasiões.

Bônus:  +1 Destreza +1 Constituição


Classes

As vantagens de cada classe abaixo estão relacionadas ao seu primeiro nível. Ao longo do jogo, obterão mais vantagens ao passar de nível. O bardo, por exemplo, poderá aprender mais magias, o druida aumentar o número de vezes por dia que pode usar certa magia, etc.  

Bárbaro: Guerreiro selvagem capaz de entrar em fúria de combate por até 1 minuto recebendo mais força e mais dano. +2 em ataques em fúria.
Habilidades bônus: Saltar (FOR), Nadar (FOR), Escalar (FOR)


Bardo: Músico artista que pode conjurar magias e inspirar seus aliados.

Magia de inspiração: +1 para todos os jogadores (incluindo o bardo) na habilidade escolhida, com duração de cerca de 10 minutos. Limite de 3 vezes por dia, usando uma por vez.

Magia de cura: Cura em 25% da barra de vida todos os jogadores (incluindo o bardo). Limite de 2 vezes por dia, com intervalo de pelo menos 2 horas entre um uso e outro.

Habilidades bônus: Audição Apurada (INT), Falar idiomas (SAB)


Druida: Ligado ao círculo da natureza, capaz de assumir forma animal. Limite de 2 vezes por dia, com intervalo mínimo de 2 horas entre um uso e outro.

Habilidades bônus: Adestrar animais (SAB)


Guerreiro: O combatente, corpo-a-corpo ou à distância. +2 em ataques corpo a corpo.

Habilidades bônus: Equilíbrio (DES), Escalar (FOR)


Ranger: Patrulheiro e caçador, também ligado à natureza. +2 em ataques com arco e flecha, besta e semelhantes. Pode ser capaz de domesticar ou lidar com animais com mais facilidade.

Habilidades bônus: Adestrar animais (SAB), Pontaria (DES)


Ladino: O ladrão, o enganador, o trapaceiro, possuidor de ataque furtivo. +2 em ataques furtivos. É capaz de se aproximar ou andar por um local, principalmente à noite, com poucas possibilidades de ser visto e sem fazer barulhos.

Habilidades bônus: Furtividade (DES), Acrobacia (DES)


Observações: Habilidades bônus não contam como umas das 2 habilidades escolhidas na ficha.


Atributos e Habilidades

Atributos:
Dependendo do valor do atributo, haverá uma quantidade de bônus nas ações relacionadas e nas habilidades.

Mesa #007 - Rusty Magic TmRIm6r


Habilidades:

As habilidades são características do personagem que influenciam positivamente em suas ações e ganharão bônus de acordo com os pontos no atributo relacionado à habilidade.

Por exemplo: Se uma das habilidades é Acrobacia, ações relacionadas ganharão bônus de acordo com a pontuação em Destreza.

Baseadas em Força:
Nadar (FOR)
Escalar (FOR)
Saltar (FOR)

Baseadas em Destreza:
Abrir Fechaduras (DES)
Acrobacia (DES)
Equilíbrio (DES)
Pontaria (DES)
Furtividade (DES)
Usar Cordas (DES)

Baseadas em Constituição:
Concentração (CON)

Baseadas em Inteligência:
Audição Apurada (INT)
Leitura Labial (INT)
Procurar (INT)
Senso de Direção (INT)

Baseadas em Sabedoria:
Falar idiomas (SAB)
Alquimia (SAB)
Medicina (SAB)
Percepção (SAB)
Adestrar animais (SAB)

Observações: Mais habilidades podem surgir durante o jogo para serem adquiridas pelos jogadores ao longo que vão evoluindo.


Lugares

Continente: Whiastone
Reino: Valenar
Principais cidades:

  • Dawpash: É a principal cidade econômica de Valenar. Conhecida por ter a cultura mais diversificada e a união de várias raças.
  • Newham: Principal cidade da ilha de Ganum, fazendo comércio com Dawpash e outras cidades. É muito conhecida como uma cidade de muitos bárbaros e ótimas armas forjadas pelos trabalhadores.
  • Dawnshell: A única cidade de Hobbits de Valenar. Calma, pacífica. Dificilmente surge alguma criatura ou ameaça aos Hobbits ao seu redor.
  • Nilaldur: Cidade de Anões perto de várias minas. É a cidade mais rica da raça em Valenar, com o mais variado número de peças preciosas adquiridas na mineração. Pratica comércio com várias cidades, principalmente Dawpash.
  • Clayfell: Grande castelo de Valenar, onde o Rei mora e governa. É o lugar que contém mais nobres e pessoas favorecidas pelo governo monárquico. Também possui alguns dos melhores cavaleiros, que foram muito bem treinados para servir ao reino de Valenar.
  • Mythrendell: A maior cidade de Elfos de Valinor. Contém um grande número de torres e colunas prateadas e brilhantes, misturadas no meio de florestas.
  • Lunaris: Cidade famosa por ter ótimas universidades e formadora de magos e aprendizes de magia. Tem ótimas e gigantes bibliotecas, vários pensadores andando nas ruas, artistas, bardos, etc. É uma cidade muito respeitada e um pouco temida por alguns, principalmente saqueadores, pelo desconhecimento do que todo esse povo é capaz de fazer com suas magias.

Outras cidades:

  • Humanas: Neverstar, Livasee, Mirkka, Farwater, Naporia, Rotherham, Dewhurst, Ironhaven, Satewild, Nuxvar, Arkney, Aysgarth.
  • Élficas: Ilinora, Nilvathaes.
  • Anãs: Dhogria, Keldorth, Kherndorth.


Ilhas: Além de parte do continente de Whiastone, Valenar também possui como território as ilhas de Ganum e Marhart. Ganum é conhecida por abrigar muitos bárbaros e povos mais selvagens. Os anões dessa ilha também costumam ser mais agressivos que os de Whiastone. Além disso, as montanhas de Ganum são bastante perigosas pela grande quantidade de Orcs e outras criaturas. Os mais preconceituosos podem chamar os habitantes dessa ilha como ignorantes ou burros. A maioria dos elfos, principalmente os mais nobres, despreza totalmente a população de Ganum.

Já Marhart, é uma ilha com apenas uma cidade rodeada por florestas. Não faz comércio com outras cidades e a comunicação também é escassa. Os habitantes dessa cidade vivem com apenas o que a ilha pode oferecer. É um ótimo lugar para pessoas que querem se isolar de tudo. Apesar disso, alguns consideram a ilha como misteriosa e que esconde vários segredos, e por isso evitam ir até ela. Dificilmente se conhece alguém que já esteve em Marhart.

Não existem outras ilhas conhecidas próximas de Whiastone. Muitos teorizam que existe um outro continente ao leste, mas nenhum navio que navegou por aquela direção conseguiu voltar para confirmar.

Outros reinos: Drihan, Luiren, Veldorn, Erohald.

Observações: Existem várias vilas, comunidades e outras pequenas formas de habitação pelo continente, que não foram colocadas no mapa e nem listadas porque é um número enorme e muitas nem mesmo têm nome.

As cidades não nomeadas no mapa inicial não são do reino de Valenar.

Outros detalhes


  • Mythril é um metal prata-azulado, mais valioso que ouro devido a sua raridade, brilho, peso extremamente leve e uma incrível resistência. É comumente chamado de “ouro dos anões”, por ser um metal adquirido pelos anões em minerações, que o utilizam para fazer armaduras, armas e outros itens.
  • As moedas do universo são: Ouro, Prata e Cobre. Uma moeda de ouro vale 10 de prata. Uma moeda de prata vale 10 de cobre. As moedas de cobre são as mais fáceis de se encontrar e são mais presentes nas vidas de trabalhadores e outros povos mais pobres; possuem um minerador como símbolo. As moedas de prata são bastante presentes na vida de pessoas comuns e comerciantes; possui uma lua como símbolo. Moedas de ouro são um pouco raras, mais comumente vistas com nobres; possui um dragão como símbolo. Com uma moeda de prata você consegue comprar uma boa bebida em uma taverna, e com mais algumas uma noite de descanso em um dos quartos. Com uma de ouro você consegue comprar um cavalo, uma espada ou uma boa quantidade de comida. Com uma de cobre, você consegue comprar uma vela, uma tocha ou uma flecha de madeira.


Mesa #007 - Rusty Magic 4QpJKid
Me envie a ficha por MP. Não poste neste tópico. Ele será usado para o jogo. Qualquer dúvida, também a faça por MP.

Código:


[b]Nome: [/b]
[b]Raça: [/b]
[b]Classe: [/b]
[b]Idade: [/b]
[b]Imagem do personagem: [/b]
[b]Descrição física detalhada: [/b]
 
[b]História: [/b]
[b]Alinhamento: [/b]
[b]Personalidade: [/b]
 
[b]Atributos e Habilidades[/b]
Distribua 65 pontos nos atributos abaixo. O máximo de pontos em um atributo é 17.
 
[b]Força: [/b]
[b]Destreza: [/b]
[b]Constituição: [/b]
[b]Inteligência: [/b]
[b]Sabedoria: [/b]
 
[b]Escolha até 2 habilidades: [/b]
 
[b]Inventário [/b]
[b]Arma primária: [/b]
[b]Arma secundária: [/b]
[b]Itens na mochila: [/b]
 
[b]*Apresentação: [/b]


*Na apresentação, você deve descrever como o seu personagem aceitou a proposta de Esegar. Você pode dar detalhes do que estava fazendo na taverna ou o que o levou até ela, e o que pode ter falado ou perguntado ao Esegar.
Mesa #007 - Rusty Magic F43lm9M

Como deve ser meu personagem para se encaixar no universo?

  • Você pode imaginar personagens como os de Senhor dos Anéis, Hobbit e se basear em D&D também. Pessoas querendo aventuras, mercenários que fazem missões por dinheiro, anões que possuem uma motivação de conseguir recompensa para melhorar a vida do seu povo, hobbits que se veem curiosos mas com receio em estar em aventuras, elfos que querem mais emoção em suas vidas, etc. Você pode desenvolver toda uma história por trás, para criar alguma motivação, ou pode fazer um personagem simples para ser desenvolvido. Lembre-se que Bilbo era apenas um Hobbit e não desejava uma aventura, mas tinha um passado em que era um “bom ladrão”. Então, as possibilidades são infinitas para se encaixar nesse universo;
  • O seu alinhamento é livre, mas não aconselho a escolher um Chaotic Evil, por exemplo. Lembre-se que vai estar em grupo e criar relações com ele. Uma pessoa com esse alinhamento tem mais chances de trair o grupo e pegar as recompensas para si mesmo, ou matar algum dos jogadores enquanto estiver dormindo. Apesar de que pode criar uma reviravolta interessante, isso irá mais atrapalhar do que ajudar, principalmente na união do grupo, nas relações com os NPCs e outras coisas que vocês irão entender depois de um certo avanço no jogo. Só é bom ter um personagem mau no grupo quando todos ou grande maioria são maus;
  • Vocês podem ter nascido em qualquer uma das cidades de Valenar, ou até mesmo em vilas e pequenas habitações da área. A única limitação é não ter nascido ou morado fora dos limites do reino de Valenar.
  • Usem uma aparência que combine principalmente com LOTR e Hobbit, sem muitos exageros como o D&D pode ter.


Quais as limitações iniciais na hora da ficha?

  • Você não pode ter nenhum item de Mythril. Lembre-se, a ideia do RPG é que o personagem vá evoluindo e você poderá adquirir algum item desse metal ao longo do jogo.
  • O dinheiro inicial de cada um vai ser definido por mim.
  • Existe um campo invisível em cada personagem chamado “peso”, que é calculado de acordo com os itens da mochila e suas armas. Então, seja cuidadoso quanto a isso, pois se tiver itens pesados ou muitos itens, seu personagem não conseguirá nem ao menos sair do lugar. A partir de um certo peso, seu personagem receberá pontos negativos em Destreza e se cansará mais rápido.


Por que acreditar que esse RPG será melhor que o Autalley?

  • Aprendi com os erros do passado e agora tenho uma outra visão sobre mestragem de RPG;
  • Li o Hobbit e assisti todos os 6 filmes (Hobbit e Lord of the Rings). Além disso, li bastante os livros de D&D e pesquisei na internet mais informações sobre as raças, classes, criaturas, etc. Com isso, obtive uma visão melhor sobre os halflings (hobbits), elfos e anões, além das criaturas, como orcs, trolls e goblins;
  • Durante muito tempo, planejei todo esse RPG e fui pegando várias inspirações. O Autalley havia sido feito apressadamente e com alguns improvisos devido à liberdade exagerada, o que contribuiu para sua baixa qualidade;
  • O RPG caminhará de forma mais rápida, sem enrolação com explorações ou ter que postar como foi a viagem de alguns metros. Claro, haverá exploração sim, mas não de forma que você tenha que fazer um post por cada quarto de um castelo;
  • Os NPCs serão melhores e menos presentes entre o grupo. No Autalley, Alyon, Fellon e outros NPCs tinham mais falas/ações que os jogadores, além de não serem tão interessantes ou serem exageradamente fortes. Nesse RPG, o grupo de jogadores serão protagonistas de verdade, sem NPC tirando destaque de ninguém. Os NPCs que forem adentrando ao grupo por algum motivo, serão mais realistas (dentro do universo) e terão alguma importância, sem estar ali apenas por estar;
  • Talvez as batalhas sejam mais legais. No Autalley, não lembro de nenhuma luta interessante, então imagino que esse RPG, nesse quesito, terá batalhas mais memoráveis e desafiadoras, sem exagerar na dificuldade ou serem fáceis demais.
  • O sistema de jogo será bem melhor. Os jogadores irão evoluindo com o tempo, ganhando mais pontos para distribuir, magias, etc. Além disso, existem as habilidades, que eram presentes no Autalley, mas não muito bem organizadas;
  • O enredo será mais linear e claro, sem confusões como no RPG anterior. Seus personagens muito provavelmente terão mais motivações nesse jogo para continuar nas aventuras do que no anterior;
  • Por fim, só gostaria de avisar que, apesar de tudo que eu citei, o RPG provavelmente não vai ser perfeito e deve ter alguns erros ou problemas, mas conto com a colaboração dos jogadores para que possamos tornar essa experiência bastante divertida e que possamos aproveitar o máximo que pudermos.

descriptionMesa #007 - Rusty Magic EmptyRe: Mesa #007 - Rusty Magic

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— Há! — o anão, que até o momento se misturava entre os bêbados, foi o primeiro a quebrar o breve silêncio que se estabeleceu após o discurso de Esegar. Se levantou e ergueu sua caneca, ignorando os olhares de toda a taverna e espirrando hidromel para todos os cantos enquanto berrava, em meio a uma gargalhada escandalosa: — Você quer alguém pra resolver os seus problemas, eh? Pois veio no lugar certo! — o pequeno, e notavelmente barulhento homem deu um último e longo gole em sua caneca e a esmurrou sobre a mesa. Ele trocou mais algumas gargalhadas com os companheiros de bebedeira, que também ergueram suas canecas para o alto e urraram, solenizando o ato do anão. 

Esegar provavelmente já estaria pensando que aquilo não passava de uma piada, mas reconsiderou, sentindo segurança na repentina mudança de olhar do velho, que o encarou até o curto trajeto que fez por entre as mesas até a sua frente. Parecia estudá-lo, examinando-o de cima a baixo e criando um contraste esquisito com o sorriso bobalhão e a postura cambaleante, típica de um bêbado. Ele continuou: 

— Se a recompensa for tão boa quanto você disse, você pode me chamar de Borin e me considerar contratado. — se curvou após a apresentação, um gesto que Esegar tomaria como zombaria se não fosse pela forma contida e sóbria com qual o anão se comunicou. Enquanto isso, um robusto e silencioso rapaz seguiu os passos de Borin, também se apresentando ao contratante:

— Sou Godrik. Estou com ele mas recebo separado. — foi breve, logo tirando os olhos do barbudo e os depositando sobre o anão, não escondendo a expressão de desdém e ojeriza, recebendo um sorriso desdentado e debochado de volta. Tinha um rosto carrancudo e semblante sério, apesar do olhar frio que denunciava um lado tirano, era um típico mercenário, provavelmente alguma espécie de parceiro. Parecia impaciente, agitando a mão pousada sobre uma distinta e bela espada, incompatível com suas vestes surradas e sujas de poeira.   

descriptionMesa #007 - Rusty Magic EmptyRe: Mesa #007 - Rusty Magic

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Sentava-se numa cadeira consideravelmente alta para que pudesse alcançar o tampo da mesa; onde sobre ela repousava uma tigela de mingau de banana, Milo achava que continha a medida certa de canela, mas faltava-lhe mel. Rodeava a colher de madeira na borda da tigela, com o olhar fixo no nada e as longas orelhas atentas as palavras do homem sobre o palco, atrás de si.
— [...] e estas serão bem recompensadas. Alguém teria interesse? — O tal homem havia falado a sua língua. Afastou a tigela e saltou da cadeira, — não encostava o solo quando sentado, — os pés largos produziram uma batida ao impactarem sobre a madeira oca do chão. Deu alguns passos em direção ao homem enquanto observava-o com atenção, lhe passava a imagem de uma pessoa séria.

— Há! — um anão surgiu estrondoso, era velho e estava claramente embriagado. — Você quer alguém pra resolver os seus problemas, eh? Pois veio no lugar certo! — Ele se aproximou do barbudo, lhe encarando com um olhar sério e analítico que fazia um contraste esquisito com o sorriso bobalhão e a forma de andar cambaleante, típica de um bêbado.
Milo observou tudo que se desenrolava, enfiando a mão em sua mochila e tirando seu cachimbo e um punhado de erva-de-fumo, esvaziou-lhe a fornilha e encheu-a com erva, acendendo-o em seguida. O anão apresentara-se como Borin, e foi seguido por um rapaz de semblante carrancudo que andava com ele, nomeava-se Godrik.

Milo deu alguns passos silenciosos em direção ao homem, dando uma profunda tragada em seu cachimbo e soprando anéis de fumaça sob o teto da taverna.
— Não sou um grande guerreiro, e nem almejo ser, mas posso provar meu valor quando a hora chegar. – Ajeitou o cachimbo, colocando-o no canto da boca e mordendo a madeira com os dentes. — Tem a minha simpatia e disposição, se assim desejar.

descriptionMesa #007 - Rusty Magic EmptyRe: Mesa #007 - Rusty Magic

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— Sim? — Diarmuid respondeu quando seu nome fora mencionado pela atendente. Ele estava sentado diante de um longo balcão de madeira enquanto era servido junto a desconhecidos. Pouco abaixo, suas pernas cruzadas estabeleciam pés próximos, onde sua lança repousava.
— Gostaria de saber se... — começou a moça, interrompendo-se para pegar uma bebida localizada em uma prateleira superior — deseja escutar-me hoje.
— Espero ser um colaborador de algo importante. — Respondeu, referindo-se ao objetivo da moça em se aventurar por diferentes formas de ganhar dinheiro, algumas sendo meras suposições de sua cabeça.

A recepção e a atmosfera da taverna eram de extremo agrado a Diarmuid; ele se sentia familiar. A composição de diferentes seres ditava um ar de tensão no ambiente, todavia uma alegria pulsante — proveniente da música — criava um misto indescritível para o lanceiro, que acabou por dar aval à moça e a continuar sua refeição.

Interrompeu o paladar quando um homem buscava ajuda, impulsionando a sua lança em direção à mão. — Você me deve — disse, após jogar aleatoriamente uma moeda para a atendente, sem antes verificar qual. Foi em direção à porta, apresentando-se ao homem.

descriptionMesa #007 - Rusty Magic EmptyRe: Mesa #007 - Rusty Magic

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Para Lorrach, Sadbows era um lugar de passagem obrigatória durante suas rotineiras viagens. Embora a comida fosse de renome, o meio-elfo era um dos frequentadores atraídos pela bebida e pela música, acolhido no refúgio amistoso que lhe era. Em suas visitas, acompanhava de sua mesa num canto solitário, por horas, o vaivém de viajantes, de bandos variados, de bêbados, de bardos, de guerreiros, de elfos, de maltrapilhos e de todo tipo de gente que Dawpash atraía. Naquele dia, não fizera diferente, pois o céu se fechava conforme a manhã nascia e talvez precisasse de estadia para mais tarde partir em busca de algum trabalho. A chuva já cantarolava sobre o telhado do recinto quando um homem fez o vento assobiar ao abrir a porta. O lugar estava apinhado de gente, e o barbado desconhecido que entrou fitava tudo e todos. Não encontrando nada de mais bizarro no homem quando buscou, o velho meio-elfo devolveu sua atenção à caneca de hidromel e fez um trago generoso descer ao passo que o bardo no palco reproduzia a mansa melodia de um arpejo rico. Considerava que conhecera um número considerável de tavernas em sua vida, mas Sadbows tinha sua singularidade e ele dificilmente preferiria outra. As palavras ajuda e recompensa percorreram o caminho por entre os mais ébrios e fizeram uma sobrancelha branca levantar-se involuntariamente ao chegarem até sua mesa. De fato, o meio-elfo estava à procura de um dinheiro fácil e ora, aquela oportunidade parecia ter sido dada pelos deuses, mas ele não se levantou e nem se pronunciou para antes assegurar-se de que ninguém o faria ─ lhe apetecia a ideia de, se possível, fazer um trabalho limpo e bem feito, sozinho, para dividir a recompensa entre ele e si mesmo apenas. Viu um anão, dois humanos e um hobbit se aproximando do barbudo no palco e distinguiu algumas palavras, concluindo que estavam se oferecendo para a tarefa. Embora lamentando tamanha ajuda à disposição, convenceu-se de que dinheiro fácil é dinheiro fácil. Após uma última golada, limpou o resto do líquido que pingava da barba e dirigiu-se até eles.
─ Às ordens, Lorrach ─ apresentou-se, tirando uma flecha da aljava e roçando a ponta numa pedrinha.

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Mesa #007 - Rusty Magic 1u8UmGj
Arte por Dwight


Capítulo 1 - Thieves of Realities



Esegar foi breve e objetivo, agradecendo-os por terem se oferecido e reafirmando que seriam bem recompensados, mantendo uma expressão séria e segura, trazendo confiança até ao mais desconfiado dos aventureiros no homem. O líder aproveitou que a chuva havia ficado temporariamente fraca para que partissem para a sua vila ainda de manhã. Não trocou muitas palavras com os voluntários, a menos que lhe perguntassem algo. Apenas falou que ainda hoje os saqueadores estavam para vir, mas que ainda tinham tempo para se preparar.

Não demorou mais que meia hora para que saíssem de Dawpash e chegassem na tal vila. Era uma comunidade mais simples e pobre do que imaginavam, com poucas casas e apenas um campo com alguns animais. Apesar do tamanho pequeno, pelo desgaste nos materiais que formavam as construções ficava claro que a comunidade era antiga, e talvez não tenha prosperado tanto justamente pelo frequente roubo dos saqueadores.

— Eu costumava ser ingênuo - Esegar havia falado antes de chegarem na vila. — Achava que as autoridades fariam alguma coisa por nós e um dia isso iria parar. Juro que procurei ajuda real várias vezes, mas parece que o governo não vem para nossa vila exceto para pedir pagamento de impostos, os quais sempre pagamos adequadamente - dizia, sempre olhando para frente e pensativo.

Os aventureiros perceberam o quanto aquela vila era realmente pobre pelas expressões infelizes dos habitantes e a pouca comida que tinham que dividir entre si. Desconfiavam que seriam recompensados, considerando que o mais pobre dos aventureiros era provavelmente mais rico que toda aquela vila. Porém, a vila conseguia se manter com o trabalho no campo, utilizando-se da pecuária e agricultura, além de atividades com artesanato para comercializarem em Dawpash.

Esegar ofereceu-lhes uma mesa com cadeiras suficientes para todos e lhes deu um pouco de comida, que consistia em pequenos pães, leite, queijo e apenas uma garrafa de vinho. Olhou com tristeza para o hobbit.

— Gostaria muito de dar uma refeição digna para um hobbit, mas infelizmente no momento não temos tantos recursos para tal. Espero que me perdoe.

Depois, voltou a lançar o olhar para todos.

— Eles chegam normalmente perto do pôr do sol, então temos algum tempo - disse Esegar, que saiu por um momento para falar com seu povo e depois voltou. — Não deixaremos vocês fazerem o trabalho todo sozinho. Eu e mais alguns dos poucos homens capazes de lutar os ajudaremos. Porém, a maioria do nosso povo não tem boas habilidades em luta e precisaria de algum tipo de treinamento. Gostaria de saber se algum de vocês poderia se oferecer para treiná-los, e assim estarmos mais preparados para quando os saqueadores vierem.




Observações


Mapa atual: https://i.imgur.com/eK92fKb.png
Preto: Esegar; Brancos: Habitantes da vila
Verde: Milo; Vermelho: Borin; Rosa: Godrik; Ciano: Lorrach; Laranja: Diarmuid;

Se acostumem com as cores de vocês. Vocês vieram do canto inferior esquerdo.

Link do status: https://docs.google.com/spreadsheets/d/1Hdr7MydEd8Ry86OiDrZ1X6QTYlmAZzMV1i8rFxH1oBg/edit?usp=sharing
Imagens dos personagens: https://br.pinterest.com/joshfallsun/rusty-magic-personagens/


Nesse momento, vocês podem:

  • Comer ou interagir entre si na mesa que estão;
  • Explorar os lugares da vila, podendo dialogar com seus habitantes;
  • Ir com Esegar para o treinamento no campo, seja para treinar os habitantes ou apenas para praticar. Vocês perceberam ao chegar que algumas unidades já estavam lutando com espadas de madeira, e ainda na mesa conseguem ouvir os sons do treino;
  • Fazer qualquer outra coisa, como escorar em uma árvore e apreciar o outono, ir no celeiro ajudar a tirar leite das vacas, etc.


Para quem decidir ir treinar, leve em conta que gastará Stamina Points, ou seja, o vigor do seu personagem. Treinar excessivamente ou ficar sem descanso pode prejudicá-lo em uma luta futura, por conta do cansaço que irá te dar bônus negativo se o SP for muito baixo.

Para qualquer ação normal que exija dados, é necessário tirar 12 para obter um sucesso mínimo. Levando isso em consideração, temos a tabela de SP abaixo:
Tabela de SP :

descriptionMesa #007 - Rusty Magic EmptyRe: Mesa #007 - Rusty Magic

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— Não vai vestir sua armadura, velho? — Godrik questionou o anão com certo desinteresse na voz, sempre com aquela habitual cara fechada e semblante sisudo. Desciam de suas acomodações na estalagem de volta para a área central da taverna, ambos carregando o equipamento para a viagem em duas grandes mochilas de couro, além de mais algumas bolsas menores suspensas no cinto. Talvez levassem mais do que precisassem, visto que a vila devia ter poucas milhas de distância de Dawpash, talvez um pouco mais de meia hora de viagem de acordo com o que o contratante descreveu. Para Borin, porém, estar sempre preparado era uma virtude.

— Bah! Não preciso dela pra esmagar alguns crânios de pé-rapados, duvido que a maioria desses bandidos tenham enfrentado qualquer adversário de alguma habilidade, muito menos alguém como nós. — Borin os guiou até o balcão para pedir alguma comida para a viajem, deixando o impaciente Godrik ainda mais agoniado, ele que estava aflito para sair daquele lugar que tanto odiava e encontrar o resto do grupo no ponto de encontro fora da cidade. Detestava atrasos, o que tornava voltar a trabalhar com o velho Borin uma tarefa ainda mais desgastante. O anão chamou atenção do taberneiro com algumas porradas no balcão, ignorando os protestos do rapaz e logo pedindo alguns pedaços de pão para a viagem, enquanto voltava a falar com o "parceiro": (Desconta aí o que tiver que descontar do dinheiro, peguei uns 4 pães)

— Deixa de ser fresco, tempo nós temos de sobra. — coçou a volumosa barba grisalha e continuou, abrindo um sorriso debochado. — Vou te falar, não estava esperando que fosse se juntar a mim nisso, pensei que só havia passado aqui para me fazer uma visitinha... — não tardou em ser interrompido pelo rapaz, que o respondeu quase que automaticamente:

— Vou repetir mais uma vez o que eu disse lá em cima: não vim aqui para ser seu escudeiro! Somos parceiros ou nada feito. — o anão soltou sua característica gargalhada rouca em resposta, jogando algumas moedas no balcão em pagamento ao taberneiro e enfiando os pães dentro da mochila. Falou uma última vez, caminhando para fora da taverna:

— Contanto que você fique de boca fechada e faça o que eu mandar, pode pensar o que quiser. Por mim, se quiser fantasiar que é a merda do rei de Valenar você pode, quem sabe isso te deixe mais motivado a matar uns bandidos, por que em esvaziar o meu vaso de mijo a noite com certeza não vai.

Não demoraram em se juntar ao resto do grupo no ponto de encontro na saída da cidade, bem próximo dos arredores do bosque. A dupla vestia túnicas e capuzes para se protegerem da fraca chuva, enquanto guiavam suas montarias através da trilha que Esegar os encaminhava, passando por dentro do silencioso e alaranjado bosque, de onde só se ouvia o canto dos pássaros e o zumbir de grilos. Godrik montava em seu cavalo magricelo e esquelético, claramente negligenciado pelo rapaz, enquanto Borin conduzia no seu bom e velho javali chamado Azog, uma besta de temperamento difícil e terror de escudeiros, que só conseguia obedecer ao seu único mestre. Ambos estudavam o trajeto e tentavam o decorar, como sempre faziam, esse um costume que Borin sempre passou para seus escudeiros. O velho também passou esse pouco tempo de viajem analisando os companheiros de grupo, tentando ler suas atitudes e expressões corporais. Só conseguiu reconhecer entre eles o mais velho, que pelas pontudas orelhas deveria ser um meio-elfo, este provavelmente um frequentador da Sadbows. Não sabia exatamente o que achar de cada um, só estranhando um pouco as vestes do humano da lança, que parecia mais um bárbaro tribal, trazendo um preocupante ar de imprevisibilidade.

Ouviu algumas lamentações do contratante, que julgou como um monte de choradeira, antes de finalmente chegarem a tal vila, essa que parecia ainda mais miserável do que o tal Esegar havia descrito, algo que Borin claramente não gostou. Começou a se questionar como aqueles pobres diabos iam bancar a ajuda de aventureiros e mercenários naquele estado deplorável, trocando alguns olhares com Godrik, que parecia pensar a mesma coisa. Foi guiado junto do resto para uma mesa do lado de fora de uma casa, que provavelmente pertencia ao próprio, esta tão miserável e deplorável quanto as outras. Olhou para a humilde refeição que lhe era oferecida, enquanto ouvia o que Esegar comentava.

— Gostaria muito de dar uma refeição digna para um hobbit, mas infelizmente no momento não temos tantos recursos para tal. Espero que me perdoe. — o anão não se conteve e soltou uma gargalhada debochada:

— E a refeição digna de um anão? Nisso você não pensou, não é? — logo se pôs a sentar, já tomando uma taça e a enchendo de vinho, enquanto apanhava um punhado de pão e queijo. Continuou: — Você não falou quase nada sobre esses bandidos, então o faça, rapaz!

Esegar se pronunciou, não necessariamente o respondendo mas sim falando com todos:

— Eles chegam normalmente perto do pôr do sol, então temos algum tempo — disse Esegar, que saiu por um momento para falar com seu povo, enquanto Borin já atacava a comida, se fartando de fatias generosas de pão e queijo. O contratante retornou brevemente, anunciando: — Não deixaremos vocês fazerem o trabalho todo sozinho. Eu e mais alguns dos poucos homens capazes de lutar os ajudaremos. Porém, a maioria do nosso povo não tem boas habilidades em luta e precisaria de algum tipo de treinamento. Gostaria de saber se algum de vocês poderia se oferecer para treiná-los, e assim estarmos mais preparados para quando os saqueadores vierem. — e só agora que Borin foi reparar no campo atrás deles, onde alguns camponeses praticavam com espadas de madeira. Foi o primeiro a se levantar, se oferecendo para tal:

— Parece que a sorte finalmente resolveu pegar o lado desse lugar miserável! Transformar fazendeiros inúteis em guerreiros é a minha especialidade, aye! Se quiser eu me encarrego disso.

Última edição por Gulielmus em Qua Mar 29 2017, 21:24, editado 1 vez(es)

descriptionMesa #007 - Rusty Magic EmptyRe: Mesa #007 - Rusty Magic

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— Eu costumava ser ingênuo ─ Esegar havia falado antes de chegarem na vila. ─ Achava que as autoridades fariam alguma coisa por nós e um dia isso iria parar. Juro que procurei ajuda real várias vezes, mas parece que o governo não vem para nossa vila exceto para pedir pagamento de impostos, os quais sempre pagamos adequadamente ─ dizia, sempre olhando para frente e pensativo. De cima de seu alazão, o meio-elfo segurou um risadinha, mas no fundo lamentou por toda aquela gente dependente da escória governamental. Durante a meia hora de percurso, Lorrach buscou estudar o ar de seus companheiros, e no anão robusto reconheceu um rosto familiar, talvez também fosse outro fiel à Sadbows. Julgou ser silencioso e ágil o hobbit sobre o pônei; na lança portada pelo humano, interpretou uma atmosfera bárbara ou guerreira dele proveniente. O escudeiro do anão carregava um semblante carrancudo, parecia zangar-se com o parceiro e o meio-elfo não achava que aquela cara traduzia força ou astúcia.

Sua desconfiança e sua inquietude, até então ofuscadas pela possibilidade de uma boa recompensa, estamparam o desapontamento em seu rosto quando chegaram na vila. Pela infelicidade dos moradores, pelo ar de derrota e de escassez, soube que não seriam recompensados tão cedo. Esegar os guiou até uma mesa, onde sentaram-se e puderam desfrutar de uma refeição modesta. O contratante falou algo sobre comida e o anão replicou, agarrando a garrafa de vinho e se servindo em seguida. Lorrach se serviu logo após e encheu a mão de pão, devorando-o em algumas mordidas enquanto perscrutava as imediações da vila.

— Eles chegam normalmente perto do pôr do sol, então temos algum tempo ─ disse Esegar, que saiu por um momento para falar com seu povo e depois voltou. ─ Não deixaremos vocês fazerem o trabalho todo sozinho. Eu e mais alguns dos poucos homens capazes de lutar os ajudaremos. Porém, a maioria do nosso povo não tem boas habilidades em luta e precisaria de algum tipo de treinamento. Gostaria de saber se algum de vocês poderia se oferecer para treiná-los, e assim estarmos mais preparados para quando os saqueadores vierem.

— Parece que a sorte finalmente resolveu pegar o lado desse lugar miserável! Transformar fazendeiros inúteis em guerreiros é a minha especialidade, aye! Se quiser eu me encarrego disso ─ falou Borin, de pé.

O meio-elfo terminou com o pão e deu uma golada no vinho, que escorreu pela barba.
─ Eu agradeceria se pudesse me dar mais detalhes sobre o bando, rapaz. São quantos, mais ou menos? Por onde vêm? São metódicos ou se comportam como selvagens? Que tipo de armas usam? Não é que eu queira bancar o chato, mas conhecer o inimigo é fundamento do meu ofício.

descriptionMesa #007 - Rusty Magic EmptyRe: Mesa #007 - Rusty Magic

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Parte da taverna recebeu com euforia e calorosidade a voluntariedade do grupo, despedindo-se em meio a gritos e brindes. Alguns, com certa relutância e para manter o caráter frio e intransigente, permaneceram calados. Um pequeno grupo desajustado emitiu ofensas às raças, porém foram abafados pela maioria que valorizava o ambiente diversificado da taverna. Mesmo no centro das atenções, o grupo não se deixou levar pela evidência e não rebateu as críticas e ofensas, dando a entender que não se importava. Na opinião de Diarmuid, eram todos iguais. O lanceiro preferiu fitar a Besta do meio-elfo enquanto saíam do local, imaginando cenários de batalha com o uso da mesma.

Na estrada, Diarmuid permaneceu calado. Preferiu contemplar o som e a aparência exuberante da natureza enquanto acompanhava o grupo, que não estava em um ritmo veloz, já que apenas dois dispunham de montarias. Essa relativa lentidão não lhe exigiu muito esforço, sendo de extremo agrado pela abertura de um maior tempo para contemplação e atividade pensativa; o lanceiro imaginava se o que estava por vir tinha promissão.

Não se surpreendeu ao chegar no local. Viu um ambiente de topografia regular, poucas casas e árvores avulsas, com florestas ao redor; no distante, via-se as construções mais elevadas de Dawpash. Quanto à remuneração, não pensara muito, pois para ele a recompensa moral era de um maior apreço que a remuneração financeira, uma vez que preenchia uma lacuna importante em seu coração, decorrente de fantasmas do passado. Diarmuid teve certa empatia pelo povo do vilarejo.

O lanceiro aproveitou o banquete como pôde. Sentiu certa ofensa interna, questionando se tal povo nunca havia passado fome para exigir tamanha qualidade de si mesmos na área da alimentação, mas logo se deu conta que queriam agradar de toda forma por não terem muito para oferecer. Escutou com atenção toda a ponderação sobre o vindouro ataque, quando finalmente disse em uma oportunidade: — Não duvido do potencial de seu povo, não há nada mais forte do que homens em uma batalha visando a proteção de suas casas e famílias. Também não duvido de sua liderança e organização, visto que já separou bons homens e armas em boas condições. Apenas acho que precisamos definir uma divisão de papéis primeiramente, pois precisamos, antes de mais nada, de uma estratégia. — Olhou para o anão. — A aparência acaba refletindo a idade. Espero que não leve isso como uma ofensa, mas ela, em conjunto com a sua raça, deu-me a impressão de que tem um conhecimento relevante de guerra. Estou errado?

descriptionMesa #007 - Rusty Magic EmptyRe: Mesa #007 - Rusty Magic

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Em algum ponto atrás das nuvens o sol começava a agraciar-lhes com sua presença naquela manhã de outono. Longbottom cavalgava a passo lento pelo caminho tranquilo, numa viagem relativamente curta em direção à vila. Milo já havia se preparado para o pior durante todo o percurso, mas tal qual foi a sua surpresa ao chegar ao local e contemplar um lugar sem vida: era tão simplório que beirava o miserável, com poucas casas pelos arredores, e ao olhar para os moradores se via um semblante amuado e desalegre em seus rostos.
Imediatamente vieram-lhe a memória lembranças de Dawnshell e sua alegria pulsante, onde o sol brilhava e a grama era muito verde, onde se tinha fartura e energia de sobra todas as manhãs; e ali, pensava ele, se via o exato oposto.

Esegar guiou-lhes até uma mesa pouca farta, onde se viam pães, leite, queijo e uma garrafa de vinho; direcionando o olhar para si em seguida.
— Gostaria muito de dar uma refeição digna para um hobbit, mas infelizmente no momento não temos tantos recursos para tal. Espero que me perdoe. — Milo acenou com a cabeça, em sinal de respeito e agradecimento, permitindo que o homem continuasse. — Eles chegam normalmente perto do pôr do sol, então temos algum tempo — disse, saindo por um momento para falar com seu povo e voltando em seguida. — Não deixaremos vocês fazerem o trabalho todo sozinho. Eu e mais alguns dos poucos homens capazes de lutar os ajudaremos. Porém, a maioria do nosso povo não tem boas habilidades em luta e precisaria de algum tipo de treinamento. Gostaria de saber se algum de vocês poderia se oferecer para treiná-los, e assim estarmos mais preparados para quando os saqueadores vierem.

O anão prontamente se pôs a falar, elegendo-se para auxiliar com o treinamento e aproveitando para se gabar no processo. Não sabia o que pensar sobre ele ainda, parecia o tipo beberrão falador que tantas vezes já cruzara em suas jornadas, mas surpreendera-se positivamente por ele não ter virado suas costas e ido embora ao bater o olho no local. Em seguida, foi a vez do meio-elfo se pronunciar, e este demonstrava ponderação em sua postura, fazendo perguntas que Milo já martelava em sua cabeça. A visão do mesmo causava-lhe estranheza, ele se portava como as Pessoas Grandes, ao mesmo tempo em que tinha em seu rosto traços evidentes dos elfos, mas em todo caso julgava-o detentor de uma muito bem vinda sapiência. Por fim, o lanceiro fez a sua voz ser ouvida. Assim como o meio-elfo, demonstrou cautela e sensatez com perguntas pertinentes. Seu visual nada habitual e seus elogios veementes aos valores do homem passaram ao hobbit a imagem de um homem isolado, com pouco ou recente contato ao ‘mundo exterior’ do qual fora criado.

Milo escorou-se para trás e cruzou uma perna sobre o joelho, passando a mão sobre a mesa e pegando um pedaço de pão para si. Por mais que fosse um entusiasta de refeições regulares e fartas, entendia que a situação ali não era nada fácil.
— Com todo o respeito, compreendo sua dor, mas você não pode pensar que arrumar quatro homens e meio e dar a eles metade de um dia seria suficiente para acabar com o seu problema. — Olhava diretamente para os olhos cansados de Esegar, partindo o pão ao meio. — A não ser que estejamos numa inesperada vantagem numérica, voto para que simplesmente entreguemos a eles o que vierem buscar, tomando então um tempo real para preparação. Eu entendo o sofrimento ao qual vocês vêm sendo expostos, e imagino o quão grande deva ser a vontade de acabar com isso o quanto antes; mas com a experiência de uma criatura de pouco mais de um metro que vive sozinho na estrada a mais de três anos com nada além da inteligência ao seu favor, eu lhe digo: em muitas das vezes mais vale viver para lutar em outro dia. — Ele mergulhou o pedaço de pão dentro do leite, levando-o a boca em seguida. — Treinar seus homens em uma tarde? — Abriu os braços, como quem procurava sentido naquilo, dando outra mordiscada no pão em seguida. — Que bem isso faria, além de cansá-los antes de uma real batalha? Não se cria um guerreiro em uma tarde, isso eu bem sei. Comovo-me com sua causa, senhor, e falo isto com a sinceridade de meu coração, mas não morrerei de bom grado por ela. Precisaríamos de pelo menos uma semana para que algo lhes seja ensinado, além de informações dos inimigos e dos aliados, conhecimento do terreno, armas à disposição e preparação para sermos atacados, fortificações, fossos, barricadas, essas coisas. Se há algo de bom em saqueadores, é a previsibilidade com que agem.

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Esegar aguardou calmamente enquanto os aventureiros falavam um atrás do outro, lhe perguntando coisas e sem aguardar as respostas. Deu uma leve sugestão de sorriso, dando a entender que tinha gostado dos homens que trouxe. Olhou primeiramente para Milo, no qual achou que fez as perguntas mais interessantes.

— Aprecio sua inteligência, Hobbit, e eu realmente gostaria de poder esperar mais um dia. Porém, tivemos a pior produtividade desde que essa vila fora criada. Aproveitando para responder o que o meio-elfo perguntou, esses saqueadores não são tão inteligentes, mas não chegam a ser selvagens. E não são do tipo que só roubam. Eles gostam de quebrar, destruir. Da última vez que vieram, não tínhamos tantos recursos e isso os irritou profundamente, fazendo-os quebrar partes da vila e... - Esegar olhou para o seu lado esquerdo, onde havia uma mulher  próxima de uma casa, observando tudo, séria. Um dia fora bastante bela, mas os machucados em seu rosto arruinara parte da beleza. — ...bater em alguns do nosso povo. Agora, temos menos de um décimo de recursos do que tínhamos dessa última vez. E eu não quero saber o que eles seriam capazes de fazer agora. Lamento pelo pouco tempo, mas creio ser suficiente. Eles sempre vêm em cerca de dez ou quinze homens, bem armados com espadas e facões, e unidos. Provavelmente virão da direção nordeste. Nossos homens vêm treinando há dias, já se preparando para a batalha que certamente ocorrerá hoje. Pretendemos treinar parte da manhã e descansar até o meio da tarde, para nos prepararmos para a chegada deles bem aquecidos e relaxados.

descriptionMesa #007 - Rusty Magic EmptyRe: Mesa #007 - Rusty Magic

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Borin e Godrik se mantiveram em silêncio enquanto o resto do grupo se pronunciava, ambos pousaram sua atenção no campo de treinamento ao fundo, trocando olhares enquanto estudavam a forma em que os camponeses se portavam, já tentando ponderar como se sairiam numa situação real de batalha. Era fácil de notar como mantinham uma sincronia e ritmo de treinamento característico de quem o executa a um bom tempo; praticavam golpes em bonecos de palha ou entre si, enquanto portavam remendadas e improvisadas espadas de madeira, tudo de uma forma um tanto desorganizada, sem medir importância para a postura ou regularidade dos ataques, além da falta de pensamento em conjunto, todos ali lutavam de uma forma muito individual e precipitada. De fato, como o hobbit pontuava ao fundo, transformá-los em uma tropa de batalha numa única tarde era impossível, porém, a dupla de mercenários achava plausível ao menos lhes instruir o mínimo de organização. Apesar do convívio complicado entre os dois, era claro o quanto suas mentes estavam em sintonia.

Quando Esegar terminou de responder as precisas colocações do hobbit, a dupla se voltou para o resto e o anão encarou o lanceiro. Ele apanhou o jarro de vinho e esvaziou o que restava em seu próprio copo, dando uma generosa golada antes de se pronunciar com uma expressão séria:

— Você teve a impressão certa, ó Ser Lanceiro. — ironizou sem mudar o tom. — Como já falei, me encarrego de supervisionar essas últimas horas de treinamento, mas óbvio que não vou fazer nenhum milagre... — pousou o copo sobre a mesa após terminar de beber, continuando: — Deu pra reparar que eles já vem praticando a algum tempo, de uma forma porca e imbecil, de fato, mas pelo menos eles tem algum tipo de base. No mínimo é possível organizar-los de uma forma eficiente nessas horas seguintes.

— Nós precisamos de detalhes. Quantos homens você tem, quanto armamento e de que tipo, quantos sabem usar um arco e se possuem cavalos e montadores competentes... — dessa vez foi Godrik quem se pronunciou, logo sendo interrompido pelo velho:

— Cavalos não são uma boa ideia, mesmo se tiverem um bom número de homens que saibam montar com competência, é muito difícil de ensinar alguém inexperiente a lutar em cima de um. Mas o resto é válido, também precisamos saber o que vocês já planejaram até o momento, tenho algumas ideias que talvez se encaixem com a estratégia já estabelecida.

— E também temos que saber de que lado esses bandidos veem ou se já sabem onde eles estão estabelecidos, talvez... — novamente Godrik tomou a palavra e foi interrompido.

— ...talvez seja possível um ataque direto. — trocou olhares com o rapaz e em seguida com o resto do grupo. — Não vou repetir o que o nosso amigo gnomo já falou, mas temos muito pouco tempo para fazer uma estratégia defensiva realmente efetiva, a única coisa que temos ao nosso favor é o fator surpresa e é isso que podemos usar. Eles mal devem esperar que esses inúteis conseguiram se organizar e planejar uma defesa, imaginem então uma investida direta contra eles? Se essa abordagem for possível, eu enxergo dois caminhos: um ataque direto no acampamento deles, podemos pegá-los de surpresa enquanto estão despreparados e causar o máximo de danos que conseguirmos antes de recuarmos. Para isso, recomendo um grupo pequeno , para conseguir se deslocar rapidamente pelo bosque.

— O outro caminho seria um ataque surpresa no caminho deles até aqui, certo? — Godrik antecipou o pensamento de seu tutor.

— Exatamente. Seguiríamos o mesmo conceito do outro plano: causar o máximo de dano possível e recuar. Provavelmente ainda restaria um bom número deles e eu acho que esse número restante insistiria no ataque. Mas enfim, ainda é cedo para se fazer suposições sem sabermos de mais detalhes... — o anão voltou seu olhar para Esegar e esperou pelos tais detalhes. Diferente do que alguns podem ter imaginando, em nenhum momento a dupla citou o quanto parecia improvável que aquele monte de miseráveis tivessem suficiente para conseguir prover a ótima recompensa que Esegar havia prometido, pelo contrário, em nenhum momento eles tocaram nesse assunto, mostrando total foco no planejamento.

Última edição por Gulielmus em Qui Mar 30 2017, 16:07, editado 1 vez(es)

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Esegar observou a conversa entre o anão e o humano até que tivesse espaço para falar.

— Não temos cavalos. Os saqueadores levaram todos os que tínhamos. Homens que podem lutar temos eu e mais seis, mas eles também levaram a maior parte do nosso armamento. Tudo que temos são facas, facões e uma ou duas espadas velhas. Meu plano inicial era realmente fazer um ataque surpresa quando viessem, mas a ideia de matá-los na base deles também é interessante. No entanto, eles vivem em algum lugar ao leste daqui, dentro de uma floresta bastante densa. A menos que vocês tenham alguém que saiba rastrear, não aconselho seguir por esse lado.

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Borin voltou seu olhar para o campo de treinamento, enquanto escutava a resposta de Esegar. Não se abalou ao escutar que eles sequer tinham armas, era o que já imaginava desde o princípio, ao menos saber que eles planejavam seguir uma estratégia parecida com a sua foi um pouco tranquilizador, já que perderia menos tempo em ter que instruí-los sobre o que fazer e como se portar caso fossem seguir por esse lado.

— Essa é uma vila de fazendeiros, com certeza devem ter uma meia dúzia de forcados à disposição. — falou, sem tirar os olhos do camponeses. — Reúna todos os que encontrar e os distribua entre seus homens, vão usá-los como lanças improvisadas. Vou ajudar a organizar esses inúteis e instruí-los em como se comportarem como uma tropa única, o treinamento deles é individual demais e isso é uma péssima ideia. — pegou uma última fatia de pão e deu uma mordida antes de continuar, dando uma olhadela para o meio-elfo. — Imagino que você deva ser experiente quando o assunto é rastrear, eu e o garoto podemos ajudar com isso. Caçar o rastro de bandidos estúpidos é algo que faço a décadas...

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— Essa é uma vila de fazendeiros, com certeza devem ter uma meia dúzia de forcados a disposição. — falou Borin para Esegar, sem tirar os olhos do camponeses. — Reúna todos os que encontrar e os distribua entre seus homens, vão usá-los como lanças improvisadas. Vou ajudar a organizar esses inúteis e instruí-los em como se comportarem como uma tropa única, o treinamento deles é individual demais e isso é uma péssima ideia. — pegou uma última fatia de pão e deu uma mordida antes de continuar, dando uma olhadela para o meio-elfo. — Imagino que você deva ser experiente quando o assunto é rastrear, eu e o garoto podemos ajudar com isso. Caçar o rastro de bandidos estúpidos é algo que faço a décadas...

Embora a ideia de atacá-los na base lhe fosse tentadora, não a alimentava com muitas esperanças. Começou a afagar a barba, pensativo.
─ Sim, creio estar são quanto as minhas faculdades investigativas. Mas acho que, mesmo agindo com furtividade e velocidade, nosso armamento é pobre demais para atacarmos o inimigo pela fonte. Lembremos que eles detêm o melhor arsenal, e qualquer erro de nossa parte é uma brecha para que possam se recompor do susto e se armarem. Além do mais, ninguém garante que apenas o bando que aqui ataca está acampado por lá. Eu simpatizo mais com o seu outro plano, anão, de surpreendê-los no caminho. Assim, se obtivermos sucesso, não terão onde buscar recursos e podem escolher entre lutar até morrer ou fugir.

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─ A ideia de uma emboscada durante o percurso me pareceu a mais interessante, de imediato. No entanto, durante a minha ponderação, veio à mente a ideia de uma conciliação entre o que há de melhor nas duas situações. Ao mesmo tempo que a emboscada durante o percurso me parece mais segura, ela é proporcionalmente mais ineficaz que o ataque à base. ─ Disse Diarmuid, enquanto colocava um pote marrom sobre a mesa. ─ Este que vos assiste é o veneno Wicite, o meu maior conhecimento na área da alquimia. ─ Enquanto o grupo escutava, emergia de dentro do pote um líquido roxo de viés lustroso.

Um breve silêncio tomou conta do ambiente, e Diarmuid aproveitou-o para beber uma quantidade de água. Ao término da absorção da novidade, ele continuou:
─ 0,1mL é o suficiente para gradualmente enfraquecer e, posteriormente, adormecer a vítima. É a quantidade que tomo como base geralmente, mas uma quantidade superior poderia levar a óbito. Wicite é versátil e pode ser inserido em quaisquer bebidas e nos mais variados tipos de comidas, sem perder a eficácia. Devem estar pensando o mesmo que eu, logo tudo o que eu dissesse a partir daqui seria redundante. Peço-lhes para que reconsiderem uma ida à estadia adversária, pois por mais perigoso que seja, seria o mais eficaz se o objetivo é ganhar tempo. Ademais, não precisaríamos necessariamente matá-los em uma batalha direta.

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Borin teve a resposta do velho de orelhas pontudas, que coçou a barba em um semblante pensativo. Se mostrou um tanto quanto incrédulo no sucesso do primeiro plano sugerido, seguindo um viés mais a favor do segundo, um pensamento que o anão julgou coerente. Depois foi a vez do lanceiro quebrar seu silêncio e se pronunciar, manisfestando mais apresso pela primeira estratégia e revelando seu conhecimento sobre venenos, o que abriu uma nova linha de pensamento para todo aquele planejamento.

O anão voltou a se sentar e parou para refletir por alguns segundos sobre o que Diarmuid havia dito. Godrik o encarou, com uma certa incredulidade no rosto. Havia achado aquela ideia de veneno frouxa e indigna, se pronunciando:

─ Veneno? Homens lutam frente-a-frente, isso é arma de mulher... ─ o que se ouviu em seguida foi um sonoro estalo gerado pela pesada palma de Borin, quando essa se chocou com o rosto do rapaz, que, pela dor ardente, se curvou para trás. Godrik perdeu sua compostura por alguns segundos, deixando os olhos marejarem e se pondo de pé, sendo seguido pelo anão. Ambos se encararam por alguns segundos, o rapaz com um semblante furioso e o anão com uma expressão impiedosa e postura dominante, algo que calou o resto do grupo, este, espectador daquela cena inusitada. Bastaram esses poucos segundos para o rapaz mais jovem se demandar e partir para o campo de treinamento, enquanto o velho voltava a se sentar. Assumiu a palavra novamente, como se nada tivesse acontecido:

─ Bem, pelo que eu considerei, isso que o nosso amigo lanceiro propôs pode realmente ser de grande utilidade, mas não suficiente para dar fim em todos esses homens. Não há como termos garantia que todos eles vão, especificamente, comer o que for envenenado, fora o fato de que isso não será uma missão nem um pouco fácil de se executar. Acho que seria mais fácil envenenar a água, caso eles estejam longe de algum rio e a estoquem, ou o álcool. Não posso dizer que sou expert em venenos como nosso companheiro, mas pelo que eu sei, um veneno perde seu efeito num alimento quando esse é cozinhado. ─ encheu a taça, que antes estava cheia de vinho, com leite e deu um gole. ─ Enfim, se formos fazer isso, é preferível que seja feito em líquidos. Talvez só consigamos afetar menos de meia dúzia, mas já vai ser uma ajuda. O que eu sugiro para fazermos em seguida é queimar suas tendas, um pouco de óleo deve ser mais que suficiente, no caso de eles estarem acampados numa clareira. ─ deu mais um gole no leite. ─ Se estiverem no meio do bosque, vai ser mais fácil ainda, contanto que o façamos com cuidado. Cuidado esse que vai ser essencial. Eu iria sugerir que o fogo fosse acesso com uma flecha em chamas, mas talvez isso vá contra a ideia de que possamos fazer isso sem deixar vestígios de nossa presença. Se o que... ─ parou por alguns segundos para se lembrar do nome do meio-elfo. ─ ... Lorrach, suspeita se concretizar e eles realmente tiverem mais gente, é provável que eles chamem reforços se tiverem certeza que o incêndio não foi acidental. Até mesmo as ações do veneno podem criar um ar de dúvida, mas não certeza, o que é mais do que suficiente para nós... ─ olhou para o resto do grupo, esperando por mais alguma colocação.

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O hobbit entendia que a situação da vila era delicada, mas não por isso iria refrear seu apetite. Ouvia com atenção tudo que era dito enquanto mordiscava pedaços de pão, com queijo e leite. Esperou até que todos respondessem e discutissem o que achavam importante, forrando seu estômago no processo, até que a ideia do veneno atraiu sua atenção.  

─ Um grupo de saqueadores ditos "não-tão-inteligentes"? Mais do que certamente vivem a embebedar-se, se me permitem a pouca modéstia posso entrar e sair de qualquer lugar sem ser visto, ouvido ou sequer farejado. ─ Falou de boca cheia, o olhar vagueava pelas poucas opções sobre mesa. ─ Se de fato descobrirmos onde eles acampam teremos então uma infinidade de cenários a seguir, não duvidaria que todos bebessem do líquido envenenado; mas é válido considerar que não. Se aceitarem, posso adentrar no acampamento deles discretamente e pôr o tal veneno em sua bebida. O que fazer a seguir é igualmente cheio de opções, mas creio que o ideal seria não dar a eles tempo para decidir o que fazer. ─ Terminou de mastigar e repousou uma taça de vinho e outro pedaço de pão sobre a mesa, fazendo seu tom brincalhão dar lugar a uma fachada de ar mais grave. ─ Sei que não é de todo hobbitesco, e nada me agrada ter de dizer isso, mas bem vejo os males que estes homens trazem a este lugar. Até mesmo pelo risco de eles serem parte de um bando maior, seria prudente atacá-los logo pela manhã, se possível antes que notem a ação do veneno, sem deixar qualquer opção para testemunhas ou chamada por reforços.

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O anão claramente gostou da postura mais ofensiva que o hobbit propôs, mas ainda se manteve pensativo. Voltou a estudar o treinamento dos camponeses, coçando a volumosa e áspera barba enquanto falava. Permanecia com um tom bastante sério e autoritário, bastante diferente do modo de agir impulsivo e barulhento que havia mostrado anteriormente.

─ Como já havia dito antes, de fato eles não vão estar esperando uma retaliação desses miseráveis, ainda mais uma em seu próprio acampamento. O que eu estou levando em conta, porém, é a inexperiência dos nossos homens; para eles será muito mais fácil lutarem num cenário em que eles já estão familiarizados, com total controle sobre o terreno, seus pontos fracos e fortes. A menos que o veneno afete a grande maioria, prevejo muitas baixas... ─ fez uma breve pausa, ainda pensativo. ─ Bem, se queremos tornar esse ataque o mais inesperado possível, talvez devêssemos criar o incêndio nas barracas momentos antes de iniciá-lo, além disso, nosso amigo gnomo vai precisar ser mais cauteloso o possível, entrando e saindo de lá sem não ter sido visto uma única vez. Vamos precisar de detalhes sobre o tempo em que esse veneno vai demorar para fazer efeito, para assim já anteciparmos os homens de Esegar para o ataque... ─ por fim, o anão apanhou sua alabarda, que até o momento estava pousada ao lado de sua cadeira, e deu um último gole em seu copo de leite.

─ Bem, recomendo que, além do gnomo e do meio-elfo, vão Esegar, para ajudar a procurar pelo acampamento e o nosso especialista em venenos, para instruir o hobbit. ─ em seguida, falou com Diarmuid: ─ Seu foco precisa ser no tempo em que o seu veneno vai demorar para fazer efeito, quando achar que está na hora certa, ordene para o resto iniciar o incêndio nas tendas, a fumaça será o sinal para eu avançar com o homens. E antes que eu me esqueça, obviamente alguém vai ter que retornar e me mostrar o caminho até o acampamento, avançando junto comigo para o ataque. ─ olhou para todo o grupo, antes de finalizar. ─ Vou me encarregar de organizar essa cambada de inúteis o melhor possível e depois lidera-los ao ataque. Sugiro que já partam de imediato, porque quanto antes melhor.

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Esegar refletiu sobre o plano, mas seu rosto preocupado era bem visível.

— Baixas? - repetiu o que o anão disse, claramente incomodado. — Se for tão arriscado assim, é melhor seguirmos o plano original, de esperarmos eles aqui e fazermos um ataque surpresa em um ambiente familiar em que saberemos o número de inimigos. O plano que pensaram é realmente muito interessante, admito, mas estaremos lidando com o desconhecido e torcendo para a sorte estar ao nosso favor.

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Cruzou os braços e encarou Esegar, ouvindo o que ele tinha a dizer. Balançou a cabeça em negação quando ele terminou, retrucando logo em seguida:

— Você não deve ter escutado merda nenhuma do que a gente discutiu aqui. Que maldita diferença vai fazer nos metermos em algum pedaço do bosque para uma emboscada, do que simplesmente irmos até o acampamento deles? Ou por acaso esses indigentes já desbravaram essa floresta antes? O único lugar em que a familiaridade seria um fator realmente positivo é aqui, onde eles não só conhecem de cabo a rabo, mas tem tempo e recursos para montar defesas. — se aproximou de Esegar, o encarando de uma forma fria. Falou, abrindo seu característico sorriso debochado e desdentado:

— E não pense que não reparei o quanto é inverosímel a ideia de você e esse monte de inúteis terem ouro o suficiente para pagar todos nós, ou você pensou que todo mundo aqui é idiota? Não vim aqui para fazer caridade, uma boa razão de eu querer entrar naquele acampamento, em primeiro lugar, é para pegar minha parte do que eles pilharam de vocês como pagamento pelo meu serviço. — se virou, dessa vez falando com todos. — Alguém aqui pensa o contrário, por acaso? Não vou conseguir fazer o milagre de, em algumas horas, transformar esse bando de camponeses em soldados. Para termos alguma chance, precisamos trapacear e criar o máximo de condições ao nosso favor, seja com veneno, fogo ou o fator surpresa, e mesmo assim ainda vamos ter a provável desvantagem numérica. — encarou Esegar uma última vez:

— Se quiser mudar o que planejamos e fazer as coisas do seu jeito, então o faça, mas não espere que eu e o garoto estejamos aqui para morrer junto com vocês. — o anão então deu as costas e partiu para o campo de treinamento.

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Esegar apenas acenou a cabeça para o anão, com uma expressão neutra, não querendo questioná-lo pelo seu modo de agir. Olhou para o céu por um instante e então se voltou para os aventureiros restantes.

— É hora de ir.

Os quatro homens prepararam-se o mais rápido que conseguiram para partir para a floresta, que não ficava a muitos metros dali. Esegar explicou para os outros aldeões qual seria o plano deles e alguns ficaram preocupados, desejando boa sorte e que tivessem cuidado. Os outros três aventureiros foram bem recebidos pelos habitantes da vila, que lhes desejaram tudo de bom e os agradeceram pelo que estavam fazendo.

— Vocês são os nossos salvadores - uma mulher de meia idade surgiu, tocando nas mãos de cada um dos aventureiros e as beijando. — Que os deuses retribuam em dobro.

A mulher loira com machucados no rosto permaneceu quieta, distante, apenas observando um pouco desconfiada. Depois, ela voltou-se para o campo de treinamento, onde os seis lutadores da vila iriam receber uma espécie de treinamento do anão.




O pequeno grupo partiu para a floresta alaranjada e densa, adentrando-a enquanto os habitantes observavam de longe, com esperança de que a missão fosse bem sucedida e voltassem com vida. O aspecto estético da floresta, apesar de muito profunda, não tinha nada de amedrontador; pelo contrário, possuía uma vegetação bastante bela e os pássaros cantavam suavemente, trazendo uma ambientação leve para o local. Além dos cantos das aves, o grupo só ouvia o som do vento movendo as folhas das árvores e alguns animais inofensivos passando por perto.

Esegar apontou uma direção aproximada onde poderiam seguir. Lorrach concentrava-se, já no começo da floresta, na procura de algum rastro que pudesse guiá-los. Seus vários anos caçando nas florestas e fazendo outros tipos de trabalhos permitiu que encontrasse facilmente já no início pegadas que levavam para uma direção. O meio-elfo viu que claramente era um grupo de três pessoas que havia caminhado por ali.

O grupo seguiu pela fonte dos passos, adentrando cada vez mais na floresta. Onde quer que os rastros finalizassem, estava distante. Passaram-se várias dezenas de minutos e ainda não conseguiam ver à frente algo que não fosse mais árvores. Além disso, precisavam andar com cuidado por conta de em todo lugar haver folhas caídas no chão, fazendo um barulho considerável sempre que pisavam nelas.

Felizmente, quando o sol estava bem próximo do meio do céu, encontraram não muito distante uma espécie de um grande acampamento em uma clareira. Esegar sugeriu que não se aproximassem tanto, ao observarem que existiam alguns vigias. O hobbit e o humano não conseguiam ver claramente daquela distância, mas o meio-elfo observou algumas cabanas, tendas, uma fogueira apagada e cerca de vinte pessoas no acampamento, sentadas ou em pé, sendo três delas os vigias.




Observações


Resultados dos dados: http://prntscr.com/erj8b7
Mapa atual: https://i.imgur.com/2mb45L3.png
Preto: Esegar; Verde: Milo; Ciano: Lorrach; Laranja: Diarmuid;

Se acostumem com as cores de vocês. Vocês vieram do canto inferior esquerdo.

Link do status: https://docs.google.com/spreadsheets/d/1Hdr7MydEd8Ry86OiDrZ1X6QTYlmAZzMV1i8rFxH1oBg/edit?usp=sharing
Imagens dos personagens: https://br.pinterest.com/joshfallsun/rusty-magic-personagens/

A densidade da floresta é mais ou menos assim: http://kingofwallpapers.com/autumn-forest/autumn-forest-022.jpg

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Mastigando um pedaço de pão que tinha apanhado da mesa, o meio-elfo mergulhou floresta adentro com o hobbit, o humano e o contratante. Cadenciava seus passos conforme era acolhido pelo farfalhar de folhas ao solo e ao alto e pelo coral aviário que vinha de qualquer lugar daquele mundo alaranjado que, mesmo no começo, parecia ser interminável. Memórias de outrora vieram a seus pensamentos e ele suspirou, desejando poder viver sob as copas cor de fogo para todo o sempre. Logo após focar-se na tarefa para qual fora enviado, não demorou para achar, na superfície fofa do solo, falhas que desenvolveram-se em pegadas mais à frente. Curvou-se perante elas e analisou, sussurrando apenas para si mesmo que as marcas eram um tanto profundas, distantes, separadas em pares; concluiu, então, que um trio as fizera.

Seguiram, e o sol já tinha se aventurado por entre meio céu quando o quarteto encontrou o acampamento do inimigo, em uma clareira. Abrigava umas vinte pessoas e três vigias por ali rondavam; nas cabanas e tendas que avistou, esperou estarem escondidos barris e jarros de bebida. Lorrach preparou uma flecha na besta e colocou-se na ponta dos pés, caminhando por entre as folhas caídas e as errando como quem calcula cada passo dado. Deu com as costas num tronco de árvore mais próximo do acampamento e por detrás dele espreitou. Seus olhos passaram pelos vigias e neles buscaram armas ou quaisquer indícios do efeito do álcool ─ nunca tomou aqueles homens por mais que uma trupe de bêbados sem um mínimo de noção. Depois, varreram as tendas e toda a parte visível da clareira, procurando pelo armazenamento de bebida do bando e por algum arsenal. Enquanto fazia aquilo, aproveitava-se do silêncio natural e centralizava sua audição naquela tarefa, talvez fosse de grande ajuda se escutasse qualquer conversa.

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Lorrach aproximou-se do acampamento com o máximo de cuidado que conseguia. No entanto, na metade do caminho, percebeu que mesmo na mais leveza dos seus passos, o vigia que olhava aquela direção percebeu os sons que tinha feito nas folhas. O trio que ficou para trás conseguia ver que um vigia caminhou alguns passos para frente, analisando o ambiente, à procura do ser que tivesse feito aquele barulho. Por sorte, ele não parecia ter chamado reforços e continuou apenas na desconfiança, analisando mais atentamente aquela direção. O meio-elfo, agora mais perto, conseguiu ver que o vigia possuía uma besta.




Resultado nos dados: http://prntscr.com/ermitz

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De face para o seu sul, onde encontrava-se os seus companheiros, ouviu um dos vigias se aproximando, atraído pelo estalido das folhas. Ainda com as costas coladas no tronco, de pés juntos na tentativa de minimizar sua silhueta, esperou até que o ouvisse voltando.

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