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#Mesa 003 - Fire and Blood

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description#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 8 EmptyRe: #Mesa 003 - Fire and Blood

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O exército portando os estandartes do dragão foram rápidos na dominação da cidadela, os milhares de homens bem habilidosos e equipados foram demais para as forças inimigas, ainda vivas lutavam pela sobrevivência contra os mercenários e piratas sedentos da vitória, as muralhas negras estavam completamente ocupadas por arqueiros aliados e os guerreiros desciam pelas escadas velozmente, loucos para juntar-se à seus companheiros na batalha. Faltava pouco para que a terceira e última etapa da invasão começasse, invadiriam o castelo matando todos os cavaleiros que vissem pela frente até chegar nos aposentos de Aden Baratheon, o refém essencial para guerra começar otimista. Desmond acompanhara uma porção separada de homens, eles avançavam violentamente contra os inimigos, faltavam pouco para liberar o caminho para os portões do castelo quando escutaram gritos avisando de novos inimigos. Viram surgindo no leste outra manada inimiga, mas aquela o estandarte era uma leão e soldados pareciam mais focados do que os anteriores. Os dois lados colidiram enfiando lanças e lâminas imediatamente, foi quando notou uma figura inundada em metal aniquilando dúzias de soldados como se fossem nada, equivalia a seis homens lutando sem parar. Gregor Clegane balançava sua enorme lâmina para lá e para cá, decepando e mutilando quem estivesse por perto, era tão forte e tão rápido que as forças aliadas pareciam mais prejudicadas por ele do que pelo resto dos leões, a espada tão longa não necessitava de um alvo especifico, varria sua área borrifando sangue e cadáveres. A única porção do exército do dragão não enfiada naquele combate com os restantes do veado e a infantaria de leões era a do comandante azulado, mandou que fossem para dentro do castelo ao ver mais de seus homens chegando para impedir que o exército inimigo ganhasse, logo viriam atrás deles e seria melhor adiantar logo a captura do refém.

O interior do castelo pareceu uma boa ideia na grande parte do tempo, serpentearam os luxuosos corredores subindo escadas e avançando para o topo do castelo onde ficava os cômodos do lorde do castelo, mas antes que pudessem avançar muito escutaram diversos passos seguindo-os e numa virada foram encurralados por outro grupo de leões, entraram em combate para ultrapassá-los logo, mas outro surgiu na retaguarda, em número menor e com o gigante Clegane liderando. Randyll virou-se para ver o que surgira e finalmente notara o bastardo, num turbilhão de memórias um ódio incontrolável brotou pela primeira vez depois de tantos anos, mandou que continuassem, deixando alguns homens para trás, ele os lideraria durante o combate, era mais importante chegar logo no objetivo do que distrair-se com aquele pequeno grupo inimigo, então num aceno de confiança do comandante azulado foi permitido aquilo, podendo finalmente focar-se naquele grande oponente que teria de matar. O combate entre os grupos foi rápido e violento, resultando em dois sobreviventes: o queimado e o culpado. Sabia da desvantagem contra alguém daquele tamanho num lugar tão fechado, afastou-se cuidadosamente, saindo da proteção de uma teto e entrando numa varanda grande suficiente para ajudá-lo, sobre eles estava uma das gárgulas, o dragão de pedra tinha asas gigantescas e olhava diretamente para onde os exércitos lutavam. Gregor pulou em cima dele rapidamente com vários golpes pesados, mesmo de armadura o Thorne conseguiu desviar-se e saltar para longe, girando sua espada e tentando acertá-lo também, mas numa subida a espada inimiga tirou seu elmo da cabeça machucando-lhe um pouco, o gigante pareceu surpreso pelas bandagens. Tirou-as, revelando o rosto queimado.

- Vê esse rosto deformado? Foi você quem o fez assim, e essa nem mesmo é a pior coisa que causou à minha vida - contou-lhe, cuspindo as palavras com ódio.

A luta recomeçou, a dinâmica fora a mesma, o gigante atacava e ele escapava por pouco, tentando golpeá-lo, mas falhando, algumas vezes conseguia fazer um corte aqui e ali, porém não o suficiente para chegar próximo de uma possibilidade de vitória.

- Sabe quantas vidas foram perdidas no saque de Porto Real, na busca gananciosa pelo trono de outra pessoa? - gritou para o maldito, a trovoada dificultava o entendimento das palavras, então dava toda sua voz para que escutasse aquela liberação dos sentimentos trancados por tanto tempo. - Inocentes foram mortos, mulheres foram estupradas, crianças esquartejadas, bebês esmagados, tudo por você e seus aliados - acertou a espada direcionado à sua cabeça, afastando-a - Não bastou exterminar tantas pessoas da cidade, como também adentrou na Fortaleza Vermelha e estuprou a viúva de Aenys até cansar de seu corpo, deixando-a para seus soldados - os gritos tornavam-se mais altos e furiosos enquanto continuavam lutando - Nyra Martell enlouquecera nas mãos de seus homens antes de terminarem de estuprá-la, assassinando-a finalmente, naquela altura considerado uma benção.

- Foda-se, eu não ligo para o que já fiz - berrou o gigante cansado de ouvi-lo, a fúria o dominou e golpes começaram surgir com mais velocidade, abrindo sua guarda.  

- Mas eu ligo - desviou dos golpes e notou a guarda aberta do inimigo. - Você estuprou, matou e esmagou a barriga de minha mulher! - desviou de outro golpe e viu a segunda oportunidade de atacá-lo - Você matou minha mulher e minha criança! - então num golpe vertical de baixo para cima decepou o braço da espada do gigante, fazendo-lhe gritar de dor e de incompreensão.

Pensou ter ganhado, mas não esperava uma reação tão súbita do oponente. Gregor Clegane avançou e num soco quebrou-lhe o maxilar, jogando dentes partidos para longe. Randyll caiu no chão, falava algumas palavras incompreensíveis enquanto via o gigante aproximar-se, tentou levantar-se, mas ele num pisão esmagou seu pé, soltou um terrível grito, cuspindo sangue e saliva, o gigante jogou-se em cima dele e colocou os dedos em seus olhos, afundando-os.

- Eu a estuprei e a matei, assim como matei sua criança e matarei você! - berrou ele, colocando toda força que tinha naquela única mão e esmagando a cabeça do Thorne.

O grupo continuara sua rota no castelo, prestavam mais atenção no local, tentando mudar o caminho toda vez que escutavam algo que parecia outro grupo inimigo, foi quando depararam-se com seus homens que o alívio os dominou. Anunciaram a vitória no pátio causando algumas comemorações entre eles. Desmond notou a preocupação evidente do azulado em relação à seu amigo, então anunciou que separariam-se em dois grupos, um voltaria para ver o que acontecera e para liderar o restante do exército lá fora, enquanto o dele continuaria em busca do Baratheon, o comandante pareceu não muito feliz com aquilo, mas agradeceu e foi na direção contrária. Durante a volta mais soldados inimigos surgiram, estavam num número considerável e prontos para matá-los, correndo para atacá-los no mesmo segundo. Kyan seguindo-os até então tomou a dianteira.

- Deixe-me com alguns homens, cuidarei deles, vá atrás de seu amigo - falou à Rhaego. - Confie em mim.

- Senhor, foi ele quem impediu que jogassem óleo quente para incendiar o casco do ariete - contou um dos homens.

Rhaego acenou e continuou sua ida dividindo o grupo pela milésima vez. A batalha contra os oponentes demorou um pouco, os números iguais trocaram golpes e golpes até finalmente o lado do dragão ganhar. Ele e a dúzia de soldados no corredor fitaram surpresos outro grupo de Lannisters correndo perto dali, o que chamara atenção fora o fato de Aden estar no meio. Refletiu se deveria segui-los ou não, então sem tempo e vendo-os escapar foi com os companheiros atrás deles. Atravessaram alguns corredores que levavam à passagens secretas, desciam em degraus pela cidadela, terminando numa pequena praia sob a grandiosa ilha, as ondas estavam violentas, mas isso não impediu os vários leões empurrarem inúmeros barcos para o mar, jogando-se dentro. Quando finalmente colocou seus pés na areia, o Baratheon escondia-se dentre soldados num barco dirigindo-se à uma embarcação escondida na tempestade e escuridão, apenas podia ver seu vulto gigantesco. Kyan sacou seu arco rapidamente, não poderia deixá-lo escapar, estava longe demais para recuperá-lo, sobrara apenas a opção de matá-lo, colocou uma flecha e tentou enxergar naquela chuva, soltando-a e rezando para acertá-lo. A seta pegou em cheio no irmão do rei Jan, fazendo-o cair na água turbulenta, algo que desesperou os leões ao seu lado. Alguns dos soldados que ainda preparavam seus barcos os notaram pela primeira vez, repetindo o que acontecia há horas. Foi varado por várias flechas depois que a maioria de seus parceiros morreram, mas continuou em pé, sangrava demais e a dor era insuportável, mas não deixou-se cair, envergonharia seu pai. Eu estou orgulhoso de você, filho, dissera uma vez quando voltara ao lar e encontrara-lhe crescido.

- Você é bem resistente, hein? - disse uma voz surgindo em sua frente.

Um bonito homem loiro surgira, colocando-lhe como alvo, fora reconhecido pelos poucos mercenários westerosi como Argus Lannister, o herdeiro de Rochedo Casterly e marido de Jenna Baratheon, filha de Jan Baratheon. O combate iniciou-se calmamente, os dois lutadores dominavam suas lâminas com sabedoria, manuseando-as facilmente, mas com o tempo Kyan foi notando a habilidade do Lannister. Era sua primeira guerra naquele dia, a primeira vez em muitos anos que tivera um propósito, a primeira batalha com algum lorde importante dali e tudo o levava para derrota. O leão decepou-lhe a mão da espada numa oportunidade, girou e acertou outro golpe em sua panturrilha, obrigando-o ajoelhar-se no chão. Você não me obrigou a ajoelhar, Daeron, mas fui pelo inimigo. Viu-lhe guardando a espada e tirando uma adaga, sentiu a lâmina adentrando em seu corpo e gritou de dor conforme ela descia lentamente criando uma fenda, os berros aumentaram quando o loiro atravessou a mão na fenda e tirou as tripas para fora, levantando-as para os soldados que gritaram de prazer. O corpo sem vida de Kyan caiu no chão. A chuva começara diminuir quando o Lannister viu o Clegane chegar sem um braço, levantou a sobrancelha e virou-se para ir embora dali, deixando o cadáver apodrecer solitário naquela encosta escondida do mundo.

Rhaego encontrou seu amigo com os miolos espalhados no chão, olhou-lhe paralisado, rezara pela sobrevivência do parceiro desde o momento que separaram-se. Ajoelhou-se ao seu lado, observando as mutilações de mais perto e colocou uma das mãos no peito do companheiro, sentindo uma das várias perdas do dia.

Então, Pedra do Dragão estava dominada.

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#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 8 MUqHPl3

O exército nortenho reunira-se com os oito mil mercenários westerosi após as notícias da dominação de Pedra do Dragão anunciarem a guerra contra o reinado Baratheon, contando à todos moradores do continente sobre a pretensão de Daeron Targaryen. Os três mil homens que ajudaram na conquista foram enviados para o norte, juntando-se aos cinco mil esperando o apoio do Umber. Foram vários dias de estrada para que finalmente chegassem em Karhold, a sede da casa Karstark, onde aconteceria a reunião dos lordes nortenhos, queriam ver o Stark nomeando-se Droenn e herdeiro de Joran de perto, avaliar se poderia guiá-los naquela guerra ou levá-los a morte, além do homem de cabelos brancos. Serena só teve sua atenção tirada do casal galopando lado a lado quando o castelo da família surgiu, duas grandes fortificações firmadas em dois grandes montes, o segundo era acessível apenas por uma grande ponte de madeira conectada à primeira, esta era aberta pela grande encosta cercada de acampamentos no sopé e subindo-a, viram inúmeros estandartes de casas grandes e de suas magistrais. Daeron começou citá-las calmamente conforme pulavam dos cavalos e começaram subi-las a pé, acompanhados de Droenn e Talia. Deixe-me ver, pelo que vejo as casas que vieram são os Mormont, Hornwood, Locke, Glover, Reed, Woolfield, Forrester, Woods, Banch, Bole, Cassel, Wells, Flint, Burley, Harclay, Knott, Liddle, Norrey e Wull, além dos dois estandartes principais daqui que são Karstark e Mandarly, conosco obviamente vem o de Umber, conforme os nomes viam e ele explicava as figuras nos tecidos a garota perdia-se cada vez mais, tanta informação deixou-lhe de cabeça quente e agradecia à paixão do irmão quando o interrompia, cansada também da explicação contínua. Uma guarnição esperava-os em frente à construção de pedra, duas pessoas mantinham-se em frente à eles, os donos daquele lugar. O homem pareceu surpreso pela aparência de Daeron, foram poucos que puderam ver os cabelos de Pyke naqueles últimos anos, então alguém com cabelo branco e olhos lilás era uma raridade em Westeros.

- Bem-vindos à Karhold, meu nome é Henrik Mandarly, sou o lorde da casa - anunciou apertando a mão dos dois homens e beijando a mão das duas mulheres. - Ela é minha esposa, Alayne Karstark, a senhora de Karhold - a mulher aproximou-se e eles a cumprimentaram, assim como ela fez com eles em seguida.

- Seus soldados serão alimentados e poderão descansar assim como os homens dos outros lordes, mas, infelizmente, vocês irão conosco para dentro de nosso castelo, eles estão ansiosos e impacientes para a reunião, querem-a agora - explicou Alayne.

Daeron e Droenn entreolharam-se, mas concordaram com o pedido, ela apenas os seguiu como sempre, com o tempo foi acostumando-se ao tédio dos salões e suas discussões chatas, apenas sentava-se e encarava os homens discutindo entre si, decidindo um plano ou qualquer coisa do tipo, aprendeu achar graça da indignação de alguns e da arrogância de outros. Enquanto caminhavam na ponte de madeira, aproximou-se da beirada e sorriu com a visão do penhasco, uma queda seria a morte certa, o perigo excitava-a. Dentro do castelo encontraram Harrold que havia rumado para lá bem antes, querendo checar o que estivesse no interior e os nortenhos que fossem chegando, ele disse que após algumas conversas, descobriu que no total todas aquelas casas talvez resultassem num exército de vinte e seis mil nortenhos, somando com os oito mil deles, poderiam ter trinta e quatro mil sob o comando do Targaryen.

- Será ótimo se alcançarmos esse número - disse para eles quando aproximaram-se da porta que os levaria para dentro do salão onde haveria a reunião, mas parou e encarou o Stark - Eu sou o rei, a guerra começou por minha causa, mas aqui é bem provável que eu tenha menos importância que você, afinal por enquanto a guerra que irão lutar será a sua, não a minha, então eu ajudarei no que for preciso, mas estará em suas mãos. Boa sorte, Droenn - então abriu-a, revelando uma grande mesa redonda de madeira ocupada por vários lordes que dirigiram os olhos para o trio de imediato enquanto os dois donos do castelo sentavam-se em seus lugares, os olhos primeiro fixaram-se no Targaryen, surpresos como Henrik, depois foram para garota e por fim no Stark.

Sentaram-se em seus lugares, trocavam olhares com todos os lordes nortenhos, o silêncio predominara o salão durante aqueles minutos, alguns tossiam e outros respiravam com dificuldade pela altura do lugar, mas todos focavam-se na dupla de homens procurando conquistas no continente, o dragão e o lobo, as pessoas mais importantes naquela reunião e, mesmo não querendo mostrar, nervosos pelo que viria em seguir. Serena ignorou os olhares, causando estranhamento de alguns, passou a mão por debaixo da mesa e pegou a do irmão, apertando-a, ele a olhou e ela sorriu, tentando confortá-lo, o homem devolveu o sorriso, então respirou fundo e finalmente começou a reunião:

- Meu nome é Daeron Targaryen, filho de Aenys Targaryen e Rhaella Targaryen, criado pelo pai e por Nyra Martell, uma boa mulher. Meu falecido irmão se chama Aegon e minha irmã ao lado é chamada Serena - explicou sua origem, no final apontando com os olhos para Serena ao seu lado. - Estou de volta ao continente para recuperar o que é meu por direito: o trono de ferro. Vocês sabem muito bem que mesmo na morte de Aenys, eu ainda estava vivo, assim como sua esposa Nyra, mas a ganância dos sulistas levaram à sua morte e a meu sumiço, tive que me ausentar por décadas para meu bem estar, desde pequeno me ensinaram tudo que precisava para reinar e liderei alguns ataques antes de vim para cá. Talvez tenham sido um dos poucos povos desse maldito continente que não ousaram ir contra à minha família, se foi por ordens ou honra, sinceramente não ligo, mas estou ciente do que os fez vir até aqui para isso, sei muito bem do Casamento Vermelho - os lordes pareceram entristecer-se de repente, mas continuou - e aqui está o único sobrevivente da família Stark.

- Qual a prova que é realmente um Stark? - berrou Hugar Mormont, era um homenzarrão, não na altura mas no corpo, era cheio e parecia de fato um urso, muito peludo e barbudo, sua voz era grossa e tinha presença no lugar. - Sei muito bem que não é o único sobrevivente da família, cadê o moleque ruivo? Ele sim é digno de nossa confiança, não esse pedaço de osso que parece um cãozinho amedrontado.

Daeron franziu o cenho com os gritos do homem.

- Acalme-se, Hugar - pediu Henrik. - Preocupo-me mais com a legitimidade da menina em seu lado, essa Serena não tem nada de igual à você, Daeron - ao contrário do anterior, o Mandarly falava calmamente, analisando-os.

- Ela é legitimada, mas nem todos Targaryen nascem com meus traços, na verdade lembro-me apenas de cabelo branco vindos de duas pessoas da mesma família, toda vez que um de nós casa com alguma outra família nasce alguém com aparência diferente - respondeu Daeron, firmemente.

- Ou seja, é uma bastarda, pois nunca houve uma criança de Nyra - observou Dieck Locke, era um homem de cabelos longos negros e uma barba mal feita, seu rosto era frio e os olhos ameaçadores fitavam-os.

- Era uma bastarda - respondeu Daeron com o mesmo nível de frieza, destacando o era.

- Uma vez bastarda, sempre bastarda. Não seguirei essa garota - disse Dieck.

- Que bom que você nunca ajoelhou-se em frente à Ramsay Snow, quer dizer, Ramsay Bolton - provocou Serena, anunciando-se numa reunião pela primeira vez.

Dieck pareceu irritar-se com aquilo.

- A praguinha ainda tem coragem de falar assim com um dos lordes querendo nossa ajuda! - gritou Hugar.

- A garota está certa, ele é o pretendente do trono e se ela for anunciada como Targaryen, será uma, se for anunciada como uma Locke ou Mormont terão de respeitar - pronunciou-se Mors Umber, acabando com aquela discussão sobre a menina de uma vez. - Temos mais coisas para discutir do que a legitimidade de uma garota já considerada como dragão por mais de oito mil homens.

- Eu ainda quero saber por que infernos seguiremos esse magrelo com cara de assustado, nem mesmo se pronuncia - berrou o urso novamente, enviando olhares de desconfiança e ódio à Droenn. - Mesmo que seja quem diz ser, o maldito matou o lobo e a própria mãe, Joran bondoso como sempre ainda deixou que fosse poupado e o enviou para o sul, mas o maldito fugiu como uma putinha desesperada. Não seguirei um lorde medroso, melhor o psicopata do que suicídio.




Mapa: https://i.imgur.com/sBut8ji.png

Os outros lordes enumerados ali serão apresentados conforme os posts avançarem.


Droenn[Prime]
Vestimenta: Camadas de pele para aquecer seu corpo.

Essa reunião se desenvolverá como aquela conversa com os Exploradores, ou seja, é com você Prime. Daeron, Serena e Harrold ajudarão no que puder, mas no geral as coisas estão na tua mão, obviamente eu tenho outras maneiras continuar o RPG, mas a princípio é com exército nortenho, você dependendo das respostas poderá perdê-los, não todos, mas alguns, e como os que estão falando são os com maior número de soldados, tenha cuidado.

É notável que poucos dali já estão convencidos de segui-lo, grande maioria espera alguma prova de legitimidade ou um encorajamento, qualquer coisa que os incentive a segui-lo.


Alayne[Mary]
Vestimenta: Camadas de pele para aquecer seu corpo.

Agora é o momento de dialogar, você pode falar, questionar e criticar o que quiser, desde o reinado do Targaryen, seus planos, como ele pretende derrotar seus inimigos, pode discutir com os outros lordes, falar sobre Ramsay e suas barbaridades, etc.

Você como todos ali foram ao casamento de Ramsay Bolton com Dania Stark, foi visível o sofrimento, tristeza e medo no rosto da garota ao aceitá-lo como marido e pior ainda para vocês ao ouvirem o louco sendo nomeado herdeiro de Winterfell.


Talia[Babi]
Vestimenta: Camadas de pele para aquecer seu corpo.

Ficara no acampamento após despedir-se do trio de nobres que iriam para reunião.

- Quando meu irmão se declarar e você aceitá-lo, prepara-se, terá que enfrentar a chatice que enfrentarei agora - murmurou Serena, antes de segui-los.

Enquanto preparava sua própria tenda foi interrompida quando uma figura apareceu, era a mulher de vermelho, viera junto com os três mil homens. Trocaram olhares analíticos por alguns segundos até que a mulher começou a falar:

- Meu rei parece interessar-se por você, mas de perto não vejo nada que pudesse interessá-lo a ponto de apaixonar-se daquele jeito - levantou a sobrancelha quando notou um pouco de surpresa no rosto de Talia. - Não notou? Ele não é de ficar perto de mulheres como fica com você, nunca conversou com nenhuma outra como conversou com você nesses últimos dias, muito menos riu com alguma. Estou tentando ver algo sobre você, mas nada me vem, sua pessoa é um mistério. O que pretende aproximando-se dele, Talia Waters?

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A vitoria em Pedra do Dragão tinha sido o real inicio da guerra. Assim que souberam da vitoria foram para Karhold. Droenn, Daeron e Serena teriam uma reunião com os nortenhos que pensavam em se juntar a causa. Quando chegaram no castelo seguiu o trio até certo ponto, nos últimos dias tinha se aproximado do Targaryen como se fossem amigos por toda vida, mas ela não tinha nada a ver com os assuntos dele. Parou e desejou boa sorte para eles na reunião.

- Quando meu irmão se declarar e você aceitá-lo, prepara-se, terá que enfrentar a chatice que enfrentarei agora - murmurou Serena, Talia olhou com curiosidade para ela enquanto se afastava.

Quando voltou ao acampamento e estava arrumando sua tenda, a mulher vermelha parou ao seu lado fazendo Talia olhar para ela por algum tempo. Ergueu uma sobrancelha e lançou um olhar esperando a mulher dizer por que a encarava.

- Meu rei parece interessar-se por você, mas de perto não vejo nada que pudesse interessá-lo a ponto de apaixonar-se daquele jeito - Surpreendeu-se com as palavras da mulher, Serena tinha acabado de dizer algo do tipo, mas para ela era só bobagem da garota. - Não notou? Ele não é de ficar perto de mulheres como fica com você, nunca conversou com nenhuma outra como conversou com você nesses últimos dias, muito menos riu com alguma. Estou tentando ver algo sobre você, mas nada me vem, sua pessoa é um mistério. O que pretende aproximando-se dele, Talia Waters? - A bastarda ficou alguns segundos olhando para ela sem entender o que ela queria dizer com aquilo e muito menos saber o que dizer em resposta.

-Certo - Disse se superando do susto e sorrindo- Eu na verdade não sei o que você quer dizer com isso, nos somos só amigos. Eu diria que você pode me chamar só de Talia mas pela forma que você me olha não parece que goste de mim, não é mesmo? E talvez você deva olhar de longe se de perto não te agrado - Disse virando-se novamente as cordas que amarrava antes da mulher chegar.

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Melisandre sorriu com a resposta, o desagrado da mulher à sua frente fora visível, não pretendia ofendê-la ou irritá-la, mesmo que agisse de maneira ousada, estava ali por curiosidade e surpreendera-se com o jeito da bastarda, talvez fosse por isso que Daeron interessara-se por ela.

- Randyll Thorne, conhecido por você como Shaddan, teve a cabeça esmagada por Gregor Clegane durante a invasão de Pedra do Dragão. Kyan, o prisioneiro que salvou, sumiu depois da batalha, creio que tenha morrido, não fugiria depois de ir até lá - contou-lhe sobre as mortes sem preocupar-se em parecer triste com aquilo, na verdade o sorriso permanecia em seu rosto.

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- Randyll Thorne, conhecido por você como Shaddan, teve a cabeça esmagada por Gregor Clegane durante a invasão de Pedra do Dragão. Kyan, o prisioneiro que salvou, sumiu depois da batalha, creio que tenha morrido, não fugiria depois de ir até lá. - Assim que a mulher falou das mortes o sorriso que Talia tinha enquanto falava com ela sumiu de seu rosto. Virou-se para ela surpresa com a noticia.

Nunca tinha sido muito próxima de Shaddan, mas desde que tinha entrado na companhia se lembrava dele, fora que o homem tinha vingado Brandyn na batalha contra os Dothraki e Kyan ela tinha ajudado a fugir da traição e conversou com ele algumas vezes. Para ela eram bons homens, quando viu o sorriso no rosto da mulher sentiu seu punho fechando com raiva. Encarou ela tentando disfarçar o que sentia.

- Tenho certeza que o Guerreiro ficará orgulhoso se eles morreram lutando pelo rei. - Disse com um olhar ironico para a mulher, nunca tinha sido muito ligada a religião, mas adoraria ouvir o que ela tinha a dizer. Suspirou. - De qualquer modo, por que você esta me dizendo isso?

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Droenn encarava a vasta mesa de madeira seca enquanto os ali presentes não se calavam. Naquele curto momento, suas ideias e ilusões passearam no tempo, viajaram para Essos e voltaram para Westeros, tudo numa sucessão de eventos. O festival de conversas o fez lembrar do amigo Daven, o exótico Shaddan, o enigmático Kyan ─ o prisioneiro e o mascarado estavam mortos, e o loiro vagando por algum lugar do outro continente. Daeron, Serena e os sobreviventes de mão negra ainda pisavam nessas terras, mas mesmo assim, Droenn viu-se outra vez sozinho ─ ou melhor: como sempre, sozinho.

Só acordou dos devaneios quando Daeron iniciou a reunião. Lordes de casas que uma vez foram vassalos leais da sua o encaravam. No olhar de alguns, a dúvida; de outros, a desconfiança que beirava a raiva. Por um bom tempo limitou-se a ouvir, ouvir e ouvir, e conforme escutava, soltavam os questionamentos e opiniões sobre o trio.
─ Qual a prova que é realmente um Stark? Sei muito bem que não é o único sobrevivente da família, cadê o moleque ruivo? Ele sim é digno de nossa confiança, não esse pedaço de osso que parece um cãozinho amedrontado ─ o Stark enterrou os olhos nos do Mormont, que cuspia as palavras, como se estivesse de frente ao inimigo. As respostas subiam-lhe pela garganta e ferroavam a língua, desesperadas para saírem.
Henrik Manderly o segurou. Não, que deixe-o falar. Uma discussão quanto às origens de Serena rolava, e ela arriscou uma resposta, algo que era novo.
─ Que bom que você nunca ajoelhou-se em frente à Ramsay Snow, quer dizer, Ramsay Bolton ─ Droenn deixou um sorriso de canto aparecer.
─ A praguinha ainda tem coragem de falar assim com um dos lordes querendo nossa ajuda! ─ Hugar Mormont voltou a dizer.
Ora, Lorde Dieck era quem devia medir os dizeres para com a irmã do Rei, mas, por um lado, é certo, nós precisamos da ajuda.
Mors Umber quebrou a discussão. O urso continuou, desta vez, mirando com ódio no Stark:
─  Eu ainda quero saber por que infernos seguiremos esse magrelo com cara de assustado, nem mesmo se pronuncia. Mesmo que seja quem diz ser, o maldito matou o lobo e a própria mãe, Joran bondoso como sempre ainda deixou que fosse poupado e o enviou para o sul, mas o maldito fugiu como uma putinha desesperada. Não seguirei um lorde medroso, melhor o psicopata do que suicídio.
Esperou Hugar terminar e tirou Netuno da bainha, deitando-a sobre a mesa.
─ Esta, meu bom Lorde Hugar, é a minha espada. Tem a cabeça dum lobo gigante esculpida no punho e as palavras de minha casa. Pode certificar-se, se lhe for de interesse. Deveria ser tolo para me passar por um Stark no outro continente, onde companhia nenhuma se importa com sua casa... Joran me dera ao décimo quarto dia de meu nome. Mas, eu tinha de fazer a minha família ruir por dentro, começando por minha mãe, Suesane, e pelo meu próprio lobo... Ainda assim, não terminaria o trabalho e deixaria meu pai vivo, para ser chutado de Winterfell e fugir para a vida deplorável de mercenário, que não se compara à vida de nobre em um castelo. Assisti Lanard, meu irmão, perfurar Suesane com uma espada de ferro, pouco maior que a própria perna, um garoto que não havia beirado os dez anos. Nada pude fazer, era meu irmão, ainda era meu irmão, e então abracei a culpa como um casaco de pele para o frio. Mas, a verdade chega, um dia ela chega, e ela me arrebentou por dentro, enquanto eu permanecia imóvel no outro lado do mundo. Ela chegou aos seus ouvidos, creio eu ─ deu uma breve olhadela para o velho Umber, que antes não aparentou culpá-lo ─, embora parece-me que preferiu ignorá-la... enfim... não serei eu quem irá mudar suas ideias, Lorde Hugar. Deste modo, se lhe for mais certo manter as desconfianças, peço que confie na minha espada, não em mim. Na guerra, não hei de dar um fim na vida daqueles que tentarão ferir seus homens, mas sim minha lâmina, e ela não te desapontará.

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- Existem apenas dois deuses, Talia, o da luz e o da escuridão. Servimos ao da luz, tentei por muitos anos incentivar Daeron a segui-lo, mas é um homem cético, não acredita nos desejos e punições dos deuses, mas não julga as pessoas que acreditam. Infelizmente continua assim, porém juntou-se na mesma luta que a minha quando entregou a espada ao comandante na Muralha, um nobre ato que salvará a vida do homem e de seus companheiros - respondeu Melisandre. - Seus companheiros morreram para levá-lo ao trono e pretendo que o ganhe - notou a paciência da mulher acabando e tratou de respondê-la logo sobre a presença ali: - Eu estou aqui para avisá-la que muito mais está em jogo do que apenas o trono de ferro, Jan Baratheon é de sua família mas ignora o perigo do norte, Daeron viu o que os espera no futuro e pretende pará-los, e para isso precisa de poder. Então, se um dia ter que escolher entre sua família e ele - olhou para trás, focando-se no castelo, depois virou-se e terminou -, escolha-o. Você o conquista mais e mais a cada dia que passa, talvez não veja, mas acontece e isso é perigoso, a última coisa que precisamos é machucá-lo como foi quando seu melhor amigo morreu.

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Quando todos que importavam para a reunião não ser algo em vão chegaram em Karhold, Alayne parecia conhecê-los. Passou boa parte do tempo em que os esperava informando-se com oque conseguia arrancar de Harrold.
Tinha plena consciência dos seus deveres, mas a companhia do homem se tornou muito mais interessantes; tinha um dom para detalhar suas histórias e experiências, e conseguiu fazer Alayne imaginar os lugares e sensações por onde passou melhor do que os livros conseguiam. Sua comunicatividade compensava a quietude da mulher, que estava cada vez mais empenhada em absorver e conhecer mais profundamente o Targaryen, aqueles que viriam, e suas intenções.
Se as convicções feitas a partir de Harrold estavam certas, Daeron era um bom homem. Logo, se seria um bom rei ainda era uma dúvida. Lhe fora dito que era bondoso e humilde, mas se o resto de sua personalidade não passasse de bondade e humildade, não enxergava o homem segurando as estribeiras de reinos em guerra.

A burocracia e o falatório crescente seriam coisas bem-vindas por Alayne se todos os argumentos não terminassem com ofensas desnecessárias. Permaneceu calada durante boa parte da reunião, observando outros lordes oporem-se para concluir se fazer o mesmo adiantaria algo.
Daeron pareceu confiante e não perdeu o foco, mas Alayne sentiu-se incomodada por alguns instantes ao citar o Casamento Vermelho. Maldito casamento. Todos que estavam vociferando ao redor da mesa circular tinham motivos para fazê-lo, e a dor deles também motivava a loira. Porém nada lhe faria mais feliz do que matar os assassinos traidores de seu pai, com a espada que a devolveram, junto com os restos mortais daquele a quem devia a sua vida.

Porém sua vingança podia esperar, mesmo que pouco. Voltou sua atenção ao debate - que parecia ser de um homem só, com ele mesmo: Lorde Hugar.
E por ele, a veracidade do rapaz Stark fora posta na mesa. Assim como sua espada e seus argumentos, e ambos eram imponentes e muito bem colocados, não pôde negar.

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- Existem apenas dois deuses, Talia, o da luz e o da escuridão. Servimos ao da luz, tentei por muitos anos incentivar Daeron a segui-lo, mas é um homem cético, não acredita nos desejos e punições dos deuses, mas não julga as pessoas que acreditam. Infelizmente continua assim, porém juntou-se na mesma luta que a minha quando entregou a espada ao comandante na Muralha, um nobre ato que salvará a vida do homem e de seus companheiros - respondeu Melisandre. Fazendo um sorriso surgir no rosto de Talia, achou engraçado a maneira em que ela falava de seu deus. - Seus companheiros morreram para levá-lo ao trono e pretendo que o ganhe. Eu estou aqui para avisá-la que muito mais está em jogo do que apenas o trono de ferro, Jan Baratheon é de sua família mas ignora o perigo do norte, Daeron viu o que os espera no futuro e pretende pará-los, e para isso precisa de poder. Então, se um dia ter que escolher entre sua família e ele - A mulher olhou para tras por alguns instantes terminando o que dizia. -, escolha-o. Você o conquista mais e mais a cada dia que passa, talvez não veja, mas acontece e isso é perigoso, a última coisa que precisamos é machucá-lo como foi quando seu melhor amigo morreu. - Franziu o cenho com as palavras da mulher e a olhou

- Eu não me importo qual deus realmente existe, mas você está certa, nós vimos o que tem lá fora. E isso me faz questionar o motivo de você estar sorrindo quando fala dos meus companheiros que morreram, você não acha que cada espada conta contra aquelas criaturas? - Olhou para ela por alguns segundos antes de continuar. - Sobre Garren, foi sim minha culpa a morte dele, e eu sei o que isso causou ao Daeron e a mim, não preciso que você fique lembrando disso pra que eu saiba. Só não acho que isso importe agora, pode ficar tranquila que eu não trairei a confiança dele novamente, mesmo que o que você diz que ele sente por mim seja verdade ou não, eu já decidi de qual lado estou. - Encarou a mulher esperando uma resposta, ainda em dúvida sobre o que ela tinha dito.

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O silêncio predominou o salão à medida que as palavras do Stark foram enviadas diretamente para o barbudo em fúria no outro lado da mesa, os lordes analisaram curiosos a bela lâmina posta sobre a mesa, reconhecendo-a como a espada entregue à Joran nos dias de rapaz verde, quando Baran Stark ainda era o Protetor do Norte. O rosto do Mormont escureceu, levantou-se da cadeira derrubando-a no chão e fez com que o restante o acompanhasse, temerosos do que poderia tentar fazer, era visível a mão roçando no cabo do grande machado em sua cintura.

- Não faça nada estúpido, Hugar! - ordenou Henrik.

O Mormont sacou seu machado e alguns lordes tentaram pará-lo, mas era tarde demais e o homem o arremessou em direção ao trio, e errou. Cravado na parede o machado que assustara a reunião estava vários metros acima da cabeça do Stark que pareceu neutro aquele ataque, se mantivera-se calmo ou tantas coisas acontecendo tão rápido que não tivera tempo de reagir ninguém sabia, mas continuava encarando o brutamontes que começara gargalhar de imediato, irritando alguns homens e aliviando outros.

- Esse fala como o pai, talvez tenha futuro - berrou o homenzarrão rindo da incompreensão de quem não conhecia sua personalidade, alguns como os donos do castelo e Mors sentaram-se, aliviados do homem não ter perdido completamente a sabedoria para selvageria. - Gostei do moleque - pegou a cadeira e sentou-se - agora voltemos aos Bolton.

- Como pretendem tirá-los do poder? - perguntou um dos lordes das casas magistrais, esses tipos de homens eram os mais virados para o lado inimigo, pequenas não sobreviveriam a fúria dos esfoladores.

- São várias casas que ficaram com eles, podem considerá-los com uma força superior a dez mil homens - salientou Henrik.

- Juntando-nos teremos um exército superior - retrucou Mors -, porém lembrem-se que eles tem o apoio do sul também, e por enquanto o sul está livre de ataques, o que libera uma porção de soldados para enviarem aos esfoladores.

- Não se esqueçam dos malditos Greyjoys! - exclamou Grennan Glover, chamando toda atenção para ele. Coçou a garganta, ajeitando-se, e continuou: - Minhas terras estão sendo atacadas pelos piratas, dominaram vários lugares e temo que não poderei enviar todas minhas forças para ajudá-los, se não acabarei voltando à meu lar com tudo destruído e saqueado. Desculpe-me, Droenn Stark, o apoiarei, mas não com tudo que tenho.

- Resolveremos esse problema depois - disse Henrik. - Nosso principal alvo são os Bolton.

- Eu tenho muitos homens dentro das muralhas de Winterfell - contou Taren Hornwood, pronunciando-se pela primeira vez, era notável o nervosismo na voz do rapaz, era jovem e devia ter menos que vinte anos, assim como muitas outras casas os assassinatos do Casamento Vermelho colocaram os herdeiros na liderança muito antes do que esperavam.

- Você acaba de confessar que podemos estar sendo denunciados neste exato momento, seu filho da puta! - berrou Hugar prestes a esganar o rapaz que amedrontou-se.

- Por que você está aqui então, Taren? - questionou Daeron, olhando-o calmamente.

O rapaz engoliu em seco, desviando os olhos do rosto furioso do urso e fitando apenas o paciente rei no outro lado da mesa.

- Ninguém da minha família esqueceu do que Ramsay Bolton fez à minha mãe - alguns não pareciam saber da história, principalmente o trio, então o rapaz contou: - Ele dominou nossa casa, obrigou minha mãe casar-se com ele então quando entediou-se de... quando entendiou-se dela, prendeu-a numa torre e deixou-a dias ali, encontramos-a roendo os próprios dedos, esfomeada e solitária - abaixou os olhos para mesa, tentando recompor-se e impedir as lágrimas de saírem. - Minha casa apoiará Droenn queiram ou não, não estou aqui para traí-los porque planejo vingar minha mãe e planejo vingar meu pai morto no sul, só então descansarei em paz.

Alguns olharam-o com pena, outros com desconfiança e alguns viam suas motivações transpiradas pelo rapaz, mas ninguém poderia negar o peso que o jovem carregava, todos ali tinham uma idade certa para liderar, menos aquele rapaz verde.

- Roose Bolton pediu para todas casas nortenhas enviarem representantes ou nós mesmos para Winterfell, fará um banquete de confraternização - explicou Henrik.

- Eu não recebi convite nenhum - reclamou Hugar.

- Você recebeu, senhor, estava com seu meistre quando o recebeu, mas jogou-o no fogo e voltou a dormir - disse um dos lordes menores.

- Não lembrava disso - murmurou o brutamontes, pensativo.

- Enfim, cada um de nós possuí homens lá dentro, por isso essa reunião foi feita secretamente, temos um trunfo - continuou o Manderly. - Sua irmã está lá dentro, Droenn.

- Podemos tirá-la? - perguntou Daeron.

- Será perigoso, o bastardo é conhecido por ser muito rigoroso. Caso falhemos, teremos o trunfo perdido, nossa fonte de informações será desperdiçada e conhecendo o histórico do maldito, enviando cachorros atrás de garotinhas, temo o que possa acontecer à sua irmã - avisou Henrik dos perigos daquela plano, caso fosse um sucesso poderiam tirar algumas casas das mãos dos Bolton pela falta de uma Stark, além de salvar a pobre garota, mas se falhassem, só os deuses teriam noção do que Ramsay Bolton poderia fazer com os homens e a pobre menina. - Essa será sua primeira decisão como lorde, Droenn Stark: nos arriscamos por sua irmã ou continuemos com ela sob os cuidados dos Bolton até os matarmos?




O comandante azulado espirrou, começara irritar-se com tantas chuvas e tempestades, pensava que estava próximo de pegar um resfriado, desde que colocara os pés de volta à um navio a madeira encharcava-se com tanta água dos céus, algumas vezes o sol vinha e alimentava sua pele de calor, como no dia que o dragão abandonara o continente ensolarado e viera atrás de seu dono, parando no topo da cidadela de Pedra do Dragão, deixando os homens admirados pela enormidade branca em volta de tantos dragões negros de pedra, lembrava-se das notícias vindas depressa sobre as reações assustadas dos ataques do dragão em regiões próximas de Porto Real, principalmente quando sobrevoou a cidade. Fora a única vez que rira naqueles dias, perdera amigos e inúmeros soldados na invasão à Pedra do Dragão, tivera pouco tempo com sua família quando conquistara as outras ilhas - a sua escolheu não lutar, por sua presença e pela falta de vontade de participar da guerra, e agora o rei colocara algo arriscado demais em suas mãos, nunca estivera com tamanho peso nas costas. Mesmo com toda tristeza, não pôde negar o orgulho que sentira quando ganhara os créditos da conquista, recebeu gritos de satisfação dos westerosi pelo primeiro grande sucesso na guerra e gritos de satisfação dos piratas pela vitória na batalha marítima, ordenando-os muito bem, o próprio Salladhor Sann o elogiara, falando sobre como parecia com o pai e como estaria orgulhoso se estivesse vivo.

- Senhor, chegamos - avisou um de seus homens, interrompendo seus pensamentos.

Ponta Tempestade surgiu no horizonte, grandes falésias com a fortificação mais bem segura do continente, se não fosse pela coordenada enviada por Daeron dias atrás falando sobre uma entrada secreta que os levaria direto para dentro do castelo, pelo menos esperavam que fosse. As águas mesmo com a chuva pareciam calmas considerando como falavam da violência das ondas do lugar, o plano inicial de aproximar o minúsculo navio deles até as encostas foi trocado por algo mais seguro, possibilitando-os de jogar alguns barcos e remar até lá, algo que felicitou Rhaego, quanto menos chances tivessem de ser pegos, melhor seria. Uma dúzia de homens, contando com ele, subiram nos barcos com mantos negros para evitar molharem-se muito e poderem esconder-se na escuridão da noite, com a guerra recém anunciada muita precaução seria pouco para lugares óbvios de serem atacados como aquele. Perguntava-se por que o Targaryen não enviara logo um exército para distrair as muralhas do lugar enquanto uma grande porção invadia pelos túneis cedidos pela Baratheon, mas considerou o plano de capturar a filha de Jan Baratheon bom também.

Atravessaram as pequenas ilhas descritas por Talia para localizarem a caverna, deixando-os felizes de não terem sido enganados. Adentraram no lugar úmido deparando-se com uma grande caverna, mais do que esperavam, escuro se não fosse pelas tochas acessas depois da chuva não poder mais alcança-los, zarparam nas pedras mais próximas, caminhando com cuidado em direção à rachaduras que os levariam para os interiores do castelo, enquanto alguns homens prendiam os bracos e depois corriam atrás deles. Dentro, era chamativo e formoso, mas muito movimentado, tiveram que movimentar-se pelo pátio com muito cuidado, depois de surgirem dos interiores do calabouço, mataram alguns guardas e agradeceram pela falta de prisioneiros, os que tentaram começar gritar podendo comprometê-los foram calados com flechas. Passaram pelo pátio com muito cuidado, quase sendo encontrados num certo momento, as coisas pioravam conforme avançavam pelos corredores da grande torre, o principal problema de invadir um local como aquele era que tudo estava nos interiores de apenas um lugar e por isso a movimentação era algo muito comum mesmo numa madrugada como aquela.

Mapa: https://i.imgur.com/PriqVbc.png

Devia estar nos primeiros andares, não sabia exatamente onde estava o quarto da princesa, apenas que nos últimos andares, então talvez tivesse problema com isso se não soubesse logo sua localização exata. O lugar era bem vivo, bastante vegetação e árvores, surgiram em sua entrada, algumas tochas espalhavam-se pelo lugar iluminando-do, não estava tudo visível, mas o suficiente para poderem enxergá-los. Ele e seus homens esconderam-se atrás do celeiro, analisando o local dali, seus soldados esperavam um plano para passarem por ali. A grande casa estava escura em seu interior, provavelmente muitos serventes descansavam ali.

- O que faremos senhor? - perguntou um de seus homens.

Ele tinha três arqueiros, alguns homens que sabiam manusear adagas jogando-as, mas o restante eram apenas espadachins.




Melisandre fitou a mulher com curiosidade, afirmava estar no lado do Targaryen mesmo com sua família em jogo, não sentiu nenhum fraquejar conforme as palavras diziam segui-lo, não sabia se mentia bem, mas resolveu confiar nas palavras da mulher, acreditando que ela poderia ser algo bom para o homem, então.

- Então prepare-se, o futuro não será fácil e as perdas em Pedra do Dragão não serão nada comparáveis ao que perderá no futuro, ao que todos nós perdemos no futuro. A guerra contra os seres da escuridão, os Outros, será trágica e muito difícil, precisaremos de todos homens que tivermos de fato, mas para tê-los teremos que sacrificar alguns - falava com a bastarda sem o sorriso pela primeira vez, sua voz tornara-se séria. - A noite é escura e cheia de terrores, Talia. Cuide dele, e ele cuidará de você, talvez seja nossa única esperança.

Virava-se para sair quando algo mais veio em sua mente, então sua atenção voltou para Talia outra vez.

- Queremos o mesmo: o bem estar de Daeron e sua vitória. No futuro precisarei de sua ajuda, o fará ou me colocará na posição de inimiga?

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- Então prepare-se, o futuro não será fácil e as perdas em Pedra do Dragão não serão nada comparáveis ao que perderá no futuro, ao que todos nós perdemos no futuro. A guerra contra os seres da escuridão, os Outros, será trágica e muito difícil, precisaremos de todos homens que tivermos de fato, mas para tê-los teremos que sacrificar alguns. A noite é escura e cheia de terrores, Talia. Cuide dele, e ele cuidará de você, talvez seja nossa única esperança. - Disse a mulher vermelha, dessa vez séria e sem o sorriso estúpido no rosto. Talia suspirou para as palavras dela e abaixou o olhar.

- Eu não quero ser a esperança de ninguém, mas eu não pretendo falhar lutando a favor do rei. E eu sei que não existem guerras sem sacrifícios, só espero que esses sacrifícios não te façam sorrir sempre. - Murmurou ainda com um pouco de raiva, mas se acalmando enquanto via a mulher saindo de perto. Ela parou e virou-se novamente para a bastarda.

- Queremos o mesmo: o bem estar de Daeron e sua vitória. No futuro precisarei de sua ajuda, o fará ou me colocará na posição de inimiga? - Deu uma pausa antes de respondê-la.

- Você pode não gostar de mim, mas se tem algo que a gente concorda é que o inimigo de verdade é pior que qualquer guerreiro ou sacerdote. - Olhou para os olhos dela novamente - Mesmo sendo uma bastarda, eu sei honrar o que eu digo. Se eu concordar, você terá minha espada para o que for necessário.

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Sabia que o Mormont não o mataria tão rápido, afinal, a dúvida de que era ou não um Stark ainda parecia viver. E ela logo morreu, dando lugar às gargalhadas repentinas. Droenn retribuiu as boas expectativas de Hugar com um sorriso, assentiu com Grennan Glover e, ao jovem Hornwood, prestou condolências silenciosamente.

Interessou-se como nunca quando Henrik comentou sobre o banqute de Roose Bolton.
─ Enfim, cada um de nós possuí homens lá dentro, por isso essa reunião foi feita secretamente, temos um trunfo. Sua irmã está lá dentro, Droenn.
─ Podemos tirá-la? ─ perguntou Daeron.
─ Será perigoso, o bastardo é conhecido por ser muito rigoroso. Caso falhemos, teremos o trunfo perdido, nossa fonte de informações será desperdiçada e conhecendo o histórico do maldito, enviando cachorros atrás de garotinhas, temo o que possa acontecer à sua irmã. Essa será sua primeira decisão como lorde, Droenn Stark: nos arriscamos por sua irmã ou continuemos com ela sob os cuidados dos Bolton até os matarmos?
Por um momento, ficou a pensar.
─ Se a deixarmos nas mãos de Ramsay, a terá como refém, uma vantagem, e assim nos desarmará fácil durante a guerra. Mesmo se ele não planejar isso, Roose o advertirá antes. Só nos resta arriscar.

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- Pois bem, iremos mandá-los resgatá-la o mais rápido possível - respondeu Henrik, tirando os olhos do Stark e mirando nos lordes ao redor. - O plano consistirá em pegarmos a garota, com isso além de algumas casas abandonarem o inimigo pela falta de um Stark, ainda faremos com que os esfoladores entrem em desespero, estarão em desvantagem.

- Teremos de fazer isso rápido, o clima está cada vez mais frio e creio que nevascas estão muito próximas de vim - disse um dos lordes.

Daeron observou-lhes discutindo sobre a volta do inverno até que finalmente soltou:

- Então, todos aqui estão de acordo em fazer dele o Protetor do Norte? - questionou, apontando com os olhos para Droenn.

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Todos pareciam estar de acordo, já que não foram feitas novas objeções. O Stark havia conseguindo domar - ainda que temporariamente - a fera que era Lorde Hugar. Alayne não se preocupou no aparente acesso de raiva do homenzarrão; os nortenhos eram difíceis de lidar, mas não inconsequentes.

- Então, todos aqui estão de acordo em fazer dele o Protetor do Norte? - Os objetivos de Droenn, assim como os de Daeron, estavam claros, e encaixavam-se uns aos outros. Compreendeu as expressões duvidosas e exitações assim que o Targaryen fez tal pergunta, mas a mulher, ainda assim, enxergava além da honra evidente de um nato Stark. Via a possibilidade de vingar-se, assim como todos os outros Lordes pensativos e alguns decididos, ao redor daquela mesa.
Ficaria não satisfeita, mas temporariamente saciada por dar um fim nos malditos traidores. Nada preencheria a falta que seu pai e seu tio lhe faziam, logo, até a morte mais humilhante e suja seria digna demais para aqueles porcos.

A Karstark poderia ter brincado nos montes de neve de Winterfell e Karhold com o Stark, se não fossem as injustiças a que fora submetido. Desde muito, praticamente o mesmo sangue corre na veia dos Stark e Karstark. Não era atoa que Alayne sentia que mesmo de olhos fechados, Droenn seria alguém que realmente protegeria o Norte.
Deu um olhar significativo para seu marido, que apenas assentiu, com a sombra de um sorriso nos lábios.
- Terá meu apoio e o de Henrik. Sabemos que a responsabilidade e comprometimento correm por suas veias.

Os demais se pronunciaram, mas havia uma pergunta que estava se formando dentro de Alayne desde o início da reunião.

- Dareon? - Os olhos violetas como as raras flores que apareciam por ali se voltaram para a mulher loira, solícitos. Alayne continuava com sua expressão séria, mas agora, sua voz era dura. - Já decidimos oque fazer com o Norte. Mas... quanto ao Sul, como ele será tomado? Temos um exército grande, mas sabemos que os sulistas tem um número maior, se não o dobro. Já tem algum plano em mente? - Não tirou os olhos de Dareon, ansiosa e curiosa pela resposta.

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Todos lordes olharam diretamente para o Targaryen após os questionamentos da mulher, interessados na resposta, de fato haviam dialogado até então apenas sobre a primeira metade da conquista, faltava a mais difícil e arriscada, a maioria acreditava e pretendia seguir o Stark, mas ainda estavam preocupados com o homem de cabelos brancos. Qualquer um experiente na história da família dos dragões sabia muito bem que poderiam enlouquecer do dia para noite, mesmo aquele demonstrando tamanha paciência e tranquilidade, além de bondade e atenção à problemas de alguns lordes como Taren.

- Você está certa, Alayne, discutimos muito apenas sobre o norte e faltou que eu explicasse sobre o sul, desculpo-me por isso, senhores - respondeu Daeron. - Acreditem ou não, temos todas peças para conquistar o trono de ferro, basta usá-las com eficiência. Não foram apenas nortenhos que sofreram com o Casamento Vermelho, os Frey participaram da traição e exterminaram grande parte dos membros dos Tully, inclusive os esfoladores mataram a única sobrevivente quando invadiram Winterfell. Hoje, dominam as Terras Fluviais, e aposto que os lordes de lá estão tão feliz como vocês, a questão é que temos alguém com o sangue Tully, com os cabelos ruivos e os olhos azuis, Adrew é nosso meio de conseguirmos a ajuda deles, então destruiremos de uma vez por todas aqueles que traíram seus familiares.

Daeron pausou para pensar, olhou, disfarçadamente, para Serena num segundo e depois voltou sua atenção para os lordes.

- Ainda há o Ninho da Águia, o lorde morrera há um certo tempo atrás, mas ainda há Lysa Stark ordenando-os, tenho certeza que foi comovida pelo fim de sua família e nos ajudará quando descobrir sobre as vitórias de Droenn no norte, reconquistando o que é seu - explicava para eles todo o plano em sua mente. - O problema é que mesmo assim eles terão uma certa vantagem. Porém, Jan Baratheon nasceu para estar na linha de frente de uma batalha, não criando estrategias, e não é um tirano, aproveitarei isso.

- Como? - perguntou Mors.

- Com o anunciar da guerra ele jogou a filha dele para os interiores de Ponta Tempestade, algo esperto considerando que é a fortaleza mais difícil de se invadir desse continente. Porém encontramos um meio de adentrá-la sem precisar de um cerco e meses de espera.

- Por que não enviar um exército, então? - questionou Dieck, achando aquela ideia uma estupidez.

- Porque estou aqui com vocês - a resposta pareceu surpreender os lordes, deixando-os curiosos sobre aquilo - Eu poderia estar, nesse exato momento, capturando terras ao redor de Porto Real até finalmente capturá-la, seria rápido e talvez até fácil, mas escolhi zarpar no norte e iniciar minha reconquista consertando os erros de Jan ao invés de simplesmente sentar no trono e deixá-los sob merce deles - observou-lhes por alguns segundos, então terminou: - Provavelmente enquanto conversamos meu enviado já está dentro do lugar, em busca da filha de Jan, capturando-a teremos uma vantagem considerável nessa guerra.

Os homens pareceram gostar daquela ideia, muitos eram pais e sabiam como filhos correndo perigo poderiam ser impactantes em coisas daquele tipo.

- Confia que esse enviado será habilidoso suficiente para cumprir essa tarefa? - perguntou Henrik.

- Seu nome é Rhaego, e sim, confio nele, foi quem dominou Pedra do Dragão - respondeu Daeron.

- Então rezemos para que dê tudo certo.

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Repousou a mão enluvada no peito do amigo caído, ajoelhando-se ao seu lado. Sangue e miolos espalhavam-se ao redor do que um dia fora seu rosto. Em seu âmago sabia que o homem seria lembrado, o matador de Khal, um general na retomada de Pedra do Dragão, mas questionava-se, de que adiantava isso agora que seu crânio jazia esparramado em um canto qualquer do castelo?

Que seu Deus lhe julgue com justiça. — As palavras escorregaram de seus lábios entre um soluço involuntário.

Quase quinze dias de seu nome se passaram desde a última vez em que Pedra do Dragão carregara o estandarte dos Targaryen, mas notava agora que o custo de uma guerra era alto, — e Rhaego sentia-o no exato momento, por cada homem caído sob o seu comando.




Presenciou um breve momento de contentamento em meio a guerra ao retomar a sede de sua casa, Derivamarca manteve-se exatamente como era em suas memórias, conhecia cado pedacinho da ilha como conhecia a si mesmo.

Senhor, chegamos. — O maldito coxo voltou a alertar-lhe, afastando-o de suas memórias.

As muralhas de Ponta Tempestade emergiam no horizonte, imensos paredões negros afloravam sobre as falésias pálidas de sua costa. Certamente um castelo que assombraria até o mais experiente dos guerreiros, aparentava ser impenetrável à distância. Em seu intímo orava para que as coordenadas enviadas por Daeron, supostamente guiando-os para uma entrada secreta, se comprovassem verdadeiras. Pelo menos as renomadas águas tempestuosas da Baía dos Naufrágios não estão fazendo jus a sua reputação, pensou consigo mesmo, calmas como a mais pacata das orlas. A chuva fina molhava-lhe os cabelos, silenciosa e sossegada. Por alguns instantes questionava-se o porquê daquilo, Daeron podia chocar seu exército contra a muralha e encurralar o inimigo com aquela entrada secreta, mas ao invés disso ele estava embarcando em uma missão suicida com uma dúzia de homens em direção ao castelo inimigo. Havia jurado sua espada e não recuaria frente a isso, e por mais que o plano parecesse atrevido em demasia, só dependia de seu sucesso para comprovar-se certeiro.

Acompanhado de um pequeno grupo, desceram alguns barcos ao mar e remaram, atravessando as pequenas ilhas e localizando uma úmida caverna, — aparentemente a tal entrada era real. Embrenharam-se por entre o caminho traçado e finalmente penetraram o interior do castelo, onde o movimento era intenso. Moveram-se com cuidado, mataram alguns guardas de surpresa e se esgueiraram com extrema cautela pelo pátio e pelos corredores da grande torre, até alcançarem um pátio movimentado.

O que faremos senhor? — Lhe foi perguntado.

Rhaego contou pouco mais de seis oponentes, alguns praticamente adormecidos. Assoviou de leve e apontou para um de seus homens avançar pelo flanco, acompanhado de dois dos arqueiros, em direção a grande casa, onde um velho dormia do lado de fora. Não seria problema matá-lo, e o casarão serviria perfeitamente de cobertura para os arqueiros aproximarem-se dos guardas que protegiam as escadas. A mulher que cantava poderia causar algum contratempo, mas com sorte seus berros ajudariam a mascarar os passos dos homens de arco. O Velaryon guiou um grupo menor para livrarem-se dos homens em volta ao celeiro, se fossem discretos o suficiente poderiam matar os de fora e ainda ter algum tempo até que os dois no interior os notassem. Um dos homens quase dormia em pé, enquanto o guarda ao seu lado parecia alerta. Sinalizou para que um de seus arqueiros se postasse ao lado, fora do campo de visão dos guardas, e eliminasse o inimigo mais atento enquanto ele se esgueirava para finalizar o sonolento.

O rapaz parecia uma menina, com o rosto liso e caracóis negros caindo sobre os ombros, mas era inegavelmente um arqueiro habilidoso. A flecha varreu o ar e penetrou a garganta do homem, impedindo-o de gritar. Quando o mais próximo recobrou a atenção em um sobressalto, Rhaego já tapava-lhe a boca, esfaqueando-o no coração.  

Os Targaryens mandam lembranças. — O corpo deslizou, sem forças e sem vida para o chão.

Adentrou o celeiro, com o rapaz poucos passos atrás, ambos preparados com suas lâminas em mãos. Os dois homens em seu interior aproximavam-se da saída curiosos com a movimentação do lado de fora, fazendo-os alvos fáceis para os lealistas do dragão. Aço penetrou seus corpos antes que pudessem compreender o que estava se passando. Volveu para o lado de fora e atravessou o pátio com os seus poucos homens para averiguar como haviam se saído no lado oposto, orando para que o caminho estivesse livre e pudessem rumar ao próximo andar.

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O final da reunião foi marcado pela decisão de um pequeno banquete no interior do castelo, em seu grande salão onde sentavam-se o marido e sua mulher para ouvir os moradores locais, porém naquela noite seria ocupado pelos lordes e pessoas convidadas, os soldados de fora organizariam sua própria festa, era nítido as cabanas enormes para os comandantes da Companhia Dourada, destacando-se na inexistente variedade de grupos rodeando uma fogueira e jogando papo fora. Anoitecer iniciara o evento, o exército organizara-se sob as colinas do castelo no mesmo momento em que os nobres arrumavam-se para festejarem no salão com toda ostentação ou modéstia praticável, alguns planejavam chamar atenção e outros apenas meterem-se num canto para regozijar-se. Tronos de madeira foram posicionados diante das longas e numerosas mesas do salão, sobre a área onde encostariam a cabeça escupiram os símbolos de cada lorde: as duas chaves cruzadas da casa Locke, o punho de prata da casa Glover, o urso negro da casa Mormont, um brutamontes a rugir com correntes de prata quebrada da casa Umber, um dragão vermelho de três cabeças da casa Targaryen - desta fizeram dois, um lobo gigante da casa Stark, um sol branco da casa Karstark, um tritão segurando um tridente com a mão direita da casa Manderly, o alce negro da casa Hornwood e um lagarto-leão negro da casa Reed. O dragão e o lobo sentaram-se nas maiores, deixando-os mais visíveis para multidão formando-se. Cantorias desabotoaram da boca dos bardos, ousaram canções sobre os feitos de Aegon, O Conquistador e contos sobre os heróis do norte, maioria carregara o estandarte do lobo, perante o cântico serene pessoas pegaram-se nas mãos e dançaram no fundo do salão, onde os casais e amigos divertiam-se, por vezes os cantores mudavam o tom de voz para algo mais truculento, berrando as realizações mais importantes e violentas, os ouvintes seguiam-os mexendo-se mais selvagemente conforme as palavras tornavam-se brutais.

Serena estava entediada, a menina largara-se no trono demonstrando a falta de educação, os nobres podiam ver apenas sua cabeça sobre a mesa cheia de pratos com as melhores comidas e jarras das melhoras bebidas. O irmão olhou-a com um sorriso, comeu o suficiente para entretê-lo, esperou um grupo de atores executarem uma peça sobre a vitória dos nortenhos contra os Bolton, avisou-a que poderia ir no banheiro se quisesse e, finalmente entediado, distanciou-se dali lentamente, observando as pessoas ainda dançando, beijando-se e, bêbadas, brincando uma com as outras. Sua atenção foi chamada quando uma mulher chamou-lhe pelo nome, virou-se para ver de onde a voz viera e alguns centímetros distante dele surgira a mulher que o acompanhara por todo caminho desde a Muralha, suas duas mãos ocupavam-se com jarras de cerveja.

- Duas, não é muito para só você? - questionou-a, perguntando-se internamente o quão resistente ela era bebendo, talvez pudesse derrotá-la numa competição daquelas, compensaria as perdas sucessivas contra ela em batalhas.

- É pouco, na verdade - admitiu ela, fazendo-o desistir da ideia anterior, decepcionado. - Essa é pra mim, e essa para você - enfiou uma delas em sua mão -, agora pagará sua aposta.

- Aposta? - murmurou desajeitadamente, tentando fingir que não sabia nada sobre.

- Sim, vossa graça, o senhor será um rei honrado, não é? Então cumpra o acordo e bebe logo! - perguntou numa voz serene, antes de torná-la grossa e ameaçadora, obrigando-lhe colocar o vidro contra boca, bebendo o líquido. Sorriu, vitoriosa, então disse, bebendo sua própria: - Muito bem.

Os dois sentaram-se no canto mais distante da mesa, quase em seu fim, observavam o aglomerado de nobres dançando, havia poucas pessoas próximas, estavam quase sozinhos, geralmente a solidão era interrompida pelos vários lordes e servos prestando homenagens ou servindo algo, a mulher não negou nada delicioso, agarrando doces e comendo-os, soltava alguns gemidos de prazer em seguida, fazendo com que o rei levantasse uma sobrancelha e formasse um sorriso, ela apenas mirava os olhos para os copos esperando serem enchidos e ele suspirava, bebendo-os sob olhares avaliativos. Ela mesmo o acompanhava na virada de copos, algumas vezes olhava assustado a mulher agarrando uma garrafa e virando-a, enquanto ele pegava timidamente um copo e enchia-o até o topo, tentando equilibrar-se e obviamente falhando.

- Não desmaia, viu - repreendeu Talia, afastando-o de seu ombro.

Ele estava completamente bêbado, por mais controlado que fosse, estava claramente mais solto e divertido, ria uma vez ou outra dos nobres dançando feito idiotas, quando ousou gritar para que procurassem um professor para aquilo, a Waters pegou-lhe pelo rosto com a mão e virou para outra direção, tentando disfarçar aquele ato idiota. Agora, mais controlado, ela podia aproveitar-se do pobre homem.

- Você nunca deve ter bebido, pelo visto - reparou.

- Não, já bebi, inclusive após a morte de Garren e meus homens - respondeu inocentemente, vendo o sorriso da mulher morrer - Desculpa, sei que isso te traz memórias desagradáveis. O que quero dizer é que já bebi muito mais que isso, mas foram poucas vezes, duas contando com essa - riu como um idiota, mas continuou: - O restante foram alguns copos e talvez uma garrafa, não deixavam-me aproveitar... pra ser sincero, essa é minha primeira festa - contou, parecendo um pouco triste. - E quanto a você, já participou de muitas como essa?




Droenn[Prime]
Vestimenta: Roupas formosas, vestia uma capa negra com o lobo gigante cinzento estampado.

Estava em seu lugar, esperando pacientemente os juramentos que viriam no fim daquele festejar, os lordes prometeriam estar em seu lado e protegê-lo até o fim.


Alayne[Mary]
Vestimenta: Um lindo vestido azul claro, na cabeça há alguns enfeites de madeira mergulhados no cabelo, no pescoço um colar de uma pequena adaga de pedra negra dada pelo marido, nos pulsos vários braceletes com jóias.

Sentava-se em seu trono, observando o festejo, principalmente seus dois filhos correndo pelo pátio, quando seu marido chamou-a baixinho, virou-se para vê-lo e notou um sorriso desdenhoso.

- Quer dançar? - mesmo com tanto carinho, ela notou um pouco de seriedade na voz do homem.


Talia[Babi]
Vestimenta: Negara quaisquer vestido entregue à ela, então vestiram-na com roupas de homem, mas pomposas, fora obrigada por Serena usar pelo menos um colar de pérolas, algo que tentara negar pela riqueza, mas a garota apenas dissera que isso chamaria atenção de homens, ou de um.

Claramente o rei está bêbado, mesmo tentando manter-se sob controle. Continuam no fim da mesa, distante dos outros nobres e próximo dos dançantes no fundo, há muita comida na mesa e várias jarras de todo tipo de bebida.


Rhaego[Dwight]
Vestimenta: Sua armadura era leve, favorecendo a mobilidade: as ombreiras eram feitas de couro, esculpidas em quatro camadas que desciam por seu ombro, o braço era protegido por escamas do mesmo material. O peito era protegido por couro flexível e sedas coloridas esvoaçantes cobriam-lhe até o meio das pernas, por cima de calça simples e botas.
Armas: Arakh de Aço Valiriano e duas adagas com o punho em formato de cavalos-marinhos esculpidos em prata presas cada uma a um lado da cintura.

O gramado inundou-se em sangue, a dúzia de soldados executou cada problema do local, avançando para os próximos andares, onde puderam locomover-se com mais facilidade, pegaram trajetórias onde apenas alguns guardas guardavam, as outras cheias de servos mantiveram-se distantes conforme subiam a fortificação, parando uma vez ou outra para esconderem-se. Chegaram onde deviam meia hora depois, agarraram algum servo obrigando-o soltar o que sabia e depois bateram sua cabeça contra parede desmaiando-o, rapaz verde não colocaria-os em vigilância antes que estivessem quilômetros longe, felizes pela mulher em suas mãos se os deuses quisessem. O quarto era um dos primeiros do corredor, o restante prefeririam não descobrir ou checar, abusariam demais da sorte. A porta foi aberta vagarosamente, durante os pensamentos sobre o que diziam da mulher passearam pela cabeça do comandante azul, falavam de uma moça calma e bonita, carinhosa e sensível, então quando finalmente abrira e pudera entrar, a fera jogando-se sobre ele fora uma surpresa. A mulher portava uma adaga e gritava de raiva, tentando fincá-la nele, porém com os braços impedira da lâmina aproximar-se mais do que estava, alguns centímetros de seu olho. Escutou movimentações de fora, e notou que teriam de apressar-se se não morreriam dentro daquela torre.

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Alayne, apesar de ser inquieta, agora estava mais confortável sentada em uma das grandes cadeiras de madeira. Não a via como um trono; estava dura e a mulher cansada, implorando por uma superfície macia e quente. As pessoas dançantes e bêbadas que estavam girando e derrubando copos de vinho e cerveja uns nos outros, podiam desejar tudo, menos uma cama.
Alayne estava diferente agora, cansada e ansiosa. Uma combinação que lhe rendeu broncas crescentes ao longo de sua adolescência.

Observava protetoramente seus filhos correndo entre os bêbados e passando por debaixo das mesas. Eles estavam ansiosos por algo que não devia ser contado às mães e nada cansados, uma combinação mais perigosa ainda.
Sentiu o toque gentil de seu marido em sua mão e tirou a atenção das crianças.

- Quer dançar? - Pela sua expressão séria, devia ser apenas um pretexto para sair de perto dos ouvidos atentos do lordes que os cercavam.

- Claro. - Henrik tomou-lhe a mão e foram até onde as pessoas se misturavam. Alayne não conseguiu disfarçar. - Está tudo bem?

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Logo após a reunião foi anunciado um banquete. Pelo que parecia tiveram sucesso em conquistar o nortenhos na reunião. Quando lhe falaram da comemoração, no inicio teve um pouco de receio pela ultima vez, mas logo ela se animou. Afinal, ela era Talia Waters, nunca recusaria bebida e diversão. Ofereceram a ela um vestido, mas recusou preferindo uma roupa masculina qualquer, o que causou olhares de desaprovação de Serena que com algum esforço convenceu a bastarda a usar um colar chique de perolas.

Ao chegar no salão do castelo sorriu ao ouvir a cantoria e sentir o cheiro de gordura no ar. Cantou com os bardos e dançou com desconhecidos, parou por um tempo para comer e para beber mais, quando viu Droenn na mesa dos lordes, levantou a caneca de cerveja para ele cumprimentando com um sorriso no rosto. Estava indo encher mais um copo de cerveja nos barris quando viu Daeron se levantando da mesa. Pegou mais uma caneca, colocou cerveja até a borda e foi caminhando na direção do Targaryen. Gritou seu nome fazendo o homem se virar e olhar com curiosidade para as bebidas em sua mão.

- Duas, não é muito para só você?

- É pouco, na verdade. Essa é pra mim, e essa para você -Disse ela sorrindo e enfiando uma das canecas na mão dele -, agora pagará sua aposta.

- Aposta? - murmurou ele, fingindo não saber do que ela falava

- Sim, vossa graça, o senhor será um rei honrado, não é? Então cumpra o acordo e bebe logo! - perguntou numa voz serene, antes de torná-la grossa e ameaçadora, obrigando-lhe colocar o vidro contra boca, bebendo o líquido. Sorriu, vitoriosa, então disse, bebendo sua própria: - Muito bem.

Sentaram em uma mesa mais isolada e ficaram bebendo e saboreando as comidas. Sempre que via que o copo do rei não estava cheio, completava, fazendo ele a olhar com surpresa e causando gargalhadas na mulher. Depois de alguns copos o homem já estava bêbado, fazendo Talia rir do quanto ele era fraco para bebidas.

- Não desmaia, viu - repreendeu Talia, afastando-o de seu ombro quando ele se desequilibrou. Dava mais gargalhadas do homem bebado rindo e gritando.- Você nunca deve ter bebido, pelo visto - reparou.

- Não, já bebi, inclusive após a morte de Garren e meus homens - Disse o homem fazendo o sorriso de Talia sumir. Mesmo bebado ele percebeu o desconforto dela. - Desculpa, sei que isso te traz memórias desagradáveis. O que quero dizer é que já bebi muito mais que isso, mas foram poucas vezes, duas contando com essa - riu como um idiota, mas continuou: - O restante foram alguns copos e talvez uma garrafa, não deixavam-me aproveitar... pra ser sincero, essa é minha primeira festa - contou, parecendo um pouco triste. - E quanto a você, já participou de muitas como essa? - Sorriu novamente esquecendo do que ele tinha dito anteriormente, podia não estar tão bebada quanto ele, mas estava um pouco tonta e mais alegre que o normal.

- Você se surpreenderia com como a vida de mercenária pode ser divertida. - Disse enchendo o copo de hidromel e virando. - Mas pelo que parece você realmente não esta acostumado com isso. Sorte a sua ter a mim para leva-lo ao mau caminho. - Deu uma risada enchendo o copo do homem e em seguida o seu. - Agora você tem uma professora, desde que não vomite em mim

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O homem girou-a com uma mão e depois puxou-a para perto, aproximando seus rostos.

- Hoje de tarde vi um corvo saindo do castelo e depois sumindo no horizonte - sussurrou em seu ouvido, girando-a mais uma vez e puxando-a outra. - Era um de nossos corvos para cartas. Eu estranhei, claro, então subi até o topo onde fica a sala para deixá-los voar, e no caminho me deparo com Taren Hornwood. O rapaz faltou cagar-se quando me viu, mas como uma peça importante de nosso plano preferi checar por mim mesmo antes de acusá-lo de algo, quando subi e pensei em encontrar o velho Romar, ele estava dormindo sobre a mesa, e a tinta estava aberta - começaram acompanhar os outros casais, dançando também. - Ele me disse que não vira ninguém ou que muito menos um lorde viera até ele, mas quando checara os corvos, notara um faltando. Eu não fiz nada por ser tarde demais, causaria tempestades que poderiam comprometer a aliança. Temo pelo que ele possa ter feito, amor.




- Um brinde ao mau caminho! - exclamou erguendo o copo, bateu o dela e sorriu dele rindo.

A dupla virou, notando alguns homens soltando gracejos para mulher, estavam bêbados e soltavam o que viesse em suas cabeças: gostosa, rainha da beleza, peituda, deusa da beleza e qualquer bobeira que uma mente confusa pudesse bolar. Daeron pareceu irritar-se com aquilo e gritou para que procurassem uma puta, os homens notando quem estava ao lado dela recuaram.

- Estou começando me incomodar com tanta atenção em você - murmurou alto suficiente para que ela pudesse escutar. - Quero dizer, nem acompanhada eles tem respeito mais.

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- Um brinde ao mau caminho! - exclamou erguendo o copo, bateu o dela e sorriu dele rindo.

Perto deles alguns homens começaram a soltar gracejos para Talia, chamando ela por diversos nomes. Fez o de sempre ignorando os homens, mas ao olhar novamente para Daeron viu um olhar irritado. Logo ele gritou para que os homens fossem procurar uma puta, ao perceberem quem dava a ordem eles se afastaram fazendo Talia rir para o Targaryen.

- Estou começando me incomodar com tanta atenção em você - murmurou alto suficiente para que ela pudesse escutar. - Quero dizer, nem acompanhada eles tem respeito mais. - inclinou a cabeça olhando para ele com um pouco de duvida, mas ainda sorrindo.

- Pensei que você tinha dito não ter ciumes, Vossa graça. - Disse com um sorriso provocante, se divertindo ao lembrar do que Melissandre tinha dito. - Pode ficar tranquilo, eles não farão nada, já me acostumei com isso. Fora que eu sei escolher para quem eu dou atenção, e não será para eles - Deu uma risada olhando para Daeron.

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- Não é ciúmes, só... respeito pelas mulheres. Um brinde ao respeito pelas mulheres! - dessa vez bateu o copo contra o dele com a sobrancelha levantada, o Targaryen era péssimo em algumas coisas, uma delas era criar uma desculpa. - Olha, pelo seu jeito e como atraí os homens em volta, não duvido que tenha ficado com vários homens, estou errado? Eu perguntaria se você nunca se apaixonou por um ou coisa do tipo, mas considerando a vida de mercenária, acho que você não tinha muito tempo para isso.

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- Não é ciúmes, só... respeito pelas mulheres. Um brinde ao respeito pelas mulheres! - dessa vez bateu o copo contra o dele com a sobrancelha levantada, o Targaryen era péssimo em algumas coisas, uma delas era criar uma desculpa. - Olha, pelo seu jeito e como atraí os homens em volta, não duvido que tenha ficado com vários homens, estou errado? Eu perguntaria se você nunca se apaixonou por um ou coisa do tipo, mas considerando a vida de mercenária, acho que você não tinha muito tempo para isso.

- Certo, respeito pelas mulheres então - Deu uma risada com aquilo e virou mais um copo de sua bebida. - E sim, já estive com alguns homens por diversão, mas me apaixonar realmente nunca.- Sorriu para ele tentando adivinhar com quantas mulheres ele já tinha dormido. Imaginou que não muitas, pela forma que foi criado, não achava que ele tinha muito tempo pra isso. - E você? Já esteve com muitas mulheres ou não leva jeito em conquista-las?

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Parou para pensar, demonstrando dificuldade em lembrar-se pela expressão confusa em seu rosto, após alguns minutos finalmente voltou sua atenção para mulher e respondeu-a:

- Eu já estive com algumas mulheres sim, eu e alguns rapazes aproveitávamos algumas viagens para escaparmos, provavelmente minha segunda mulher foi uma puta - admitiu envergonhado, riu e pegou outro copo para beber.

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Viu o homem parando para pensar por alguns segundos, aproveitou para beber mais um pouco do conteúdo de seu copo. A cara de confusão do homem sumiu trazendo um sorriso.

- Eu já estive com algumas mulheres sim, eu e alguns rapazes aproveitávamos algumas viagens para escaparmos, provavelmente minha segunda mulher foi uma puta - admitiu o homem envergonhado fazendo Talia dar uma risadinha.

- Pobre rei, nem ao menos tem certeza se foi uma puta ou uma donzela - Depois de rir mais um pouco olhou para ele com um olhar de curiosidade- Isso me faz pensar, se a puta foi a segunda, quem foi a primeira? - Disse com um sorriso sacana para ele esperando a resposta

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