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#Mesa 003 - Fire and Blood

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- Minha primeira foi uma aia do castelo, trocamos conversas por algumas semanas até que finalmente houve algo - confessou, estava receoso de contar mais sobre aquilo, então a mulher incentivou-lhe e a bebida a ajudou - Tudo aconteceu normalmente, o problema é que numa hora, quando ela estava com ele na boca... não ria, mas ela.... ela... porra, ela mordeu. Não a culpo, era tão ou mais inexperiente que eu, mas foi muito doloroso, ela morreu de vergonha e depois que terminamos, nunca mais a vi.


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- Minha primeira foi uma aia do castelo, trocamos conversas por algumas semanas até que finalmente houve algo - O homem deu uma pausa pensando se devia continuar a historia, mas Talia insistiu para que continuasse. Ouvindo com atenção as palavras do rei - Tudo aconteceu normalmente, o problema é que numa hora, quando ela estava com ele na boca... não ria, mas ela.... ela... porra, ela mordeu. Não a culpo, era tão ou mais inexperiente que eu, mas foi muito doloroso, ela morreu de vergonha e depois que terminamos, nunca mais a vi.- Começou a gargalhar assim que ele terminou, vendo o rosto do homem enrubescer pela vergonha.

- Desculpa, mas essa aia merece um brinde - Disse se recuperando das risadas e batendo o seu copo no dele- Mas pense pelo lado bom, ela pode ter ganhado de você na cama, mas nunca ganhou de você com uma espada em mãos, diferente de outras mulheres por ai - disse dando um sorriso provocando o homem


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Avançavam pelos cantos do castelo, deslizando para longe da luz e de volta às sombras até finalmente alcançarem o quarto que buscavam. Abriu a porta com cautela, surpreendendo-se com a mulher que saltou sobre ele com uma adaga em mãos. Uma doce e deslumbrante dama, disseram-lhe, mais me parece um javali selvagem. Agarrou-a pelo braço com a mão negra e tapou-lhe os lábios que berravam com a palma contrária, jogando-a contra a parede.

Durante todo o caminho seu plano era ameaçá-la, se ele morresse, ela iria junto, mas após vê-la atacar como um animal arisco não tinha tanta convicção de que ela seria facilmente intimidada. Movimentações ocorriam do lado de fora, não teria muito tempo, e a sorte não aparentava estar a seu lado. Por outro lado, era pequena, muito pequena.

Desculpa por isso, princesa. — Seus dedos se fecharam com mais firmeza ao redor da mandíbula da mulher, puxando seu rosto levemente para frente, — Acredite, vai doer mais em minha honra do que em você. — colidiu a parte de trás de sua cabeça com firmeza contra a parede. O impacto foi seco, quase inaudível, e a mulher caiu desacordada em seus braços.

Jogou-a sobre o ombro e regressou, fazendo o caminho inverso pelo o qual havia vindo, com o mesmo cuidado da primeira vez. Tinha uma garantia em mãos, mas não podia agora ter menos prudência do que anteriormente.


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A conversa da dupla foi interrompida quando os nobres começaram organizarem-se para o inicio dos juramentos, voltavam à seus lugares desistindo da dança e deixando os bardos finalmente descansarem suas vozes. O Targaryen olhou para sua roupa cheia de manchas, havia derrubado o líquido dos copos várias vezes sobre as vestes e agora precisava dirigir-se para o local, sujo daquele jeito.

- Eu acho que vou me trocar - avisou-a, tentando levantar-se e quase caindo quando perdeu o equilíbrio, por sorte a mulher foi rápida e agarrou-lhe antes que caísse.

- Deixa que eu te ajudo - ofereceu-se, colocando um de seus braços pelo ombro.

Os dois caminharam juntos lentamente, adentraram nos corredores e logo subiram escadas, ele tropeçara em alguns degraus e a única coisa que a bastarda podia fazer é rir e ajudá-lo, erguendo-o e continuando o trajeto. Foi quando finalmente chegaram onde havia os quartos dos lordes que puderam notar os barulhos intermináveis da festa parando para que o evento finalmente fosse finalizado, precisavam apressar-se ou ele perderia os ajoelhamentos. Encostou-o na parede e abriu a porta de seu quarto, puxando-o para dentro e fechando-a. Deixou que sentasse na cama e virou-se para buscar algumas roupas dentro do armário, normalmente deixaria o homem cuidar-se de si próprio, mas como era o rei e o embebedara, o mínimo que poderia fazer é ajudá-lo naqueles poucos segundos, voltou-se para entregar-lhe as peças e assustou-se ao vê-lo empurrando-a contra o armário calmamente, antes que pudesse exercer alguma reação o homem colou seus lábios contra os dela e começou beijá-la.


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Antes que o homem pudesse responder a provocação, viram os nobres se organizando para os juramentos. Olhou para o Targaryen esperando ele levantar e ir para perto de Droenn.

- Eu acho que vou me trocar - Disse Daeron depois de olhar suas roupas sujas de bebida. Quando foi se levantar perdeu o equilibrio, mas Talia foi rápida e puxou o impedindo que o rei caísse bêbado no chão. Não devia ter incentivado ele a beber tanto.

- Deixa que eu te ajudo - Disse com um sorriso passando o braço dele em volta do seu ombro para dar apoio. Não podia deixar o rei parecer um tolo caindo no meio do salão.

Foram na direção dos aposentos do homem, sempre que ele tropeçava a bastarda ria e o ajudava a continuar. Ao chegaram no quarto apoiou ele em uma parede para abrir a porta e em seguida entraram fechando a porta. Tinham que ir rápido ou começariam o evento sem o homem. Falou pra ele se sentar enquanto pegava as roupas para que se trocasse, era o minimo que podia fazer já que tinha deixado ele naquele estado. Quando foi entregar as roupas para ele, o homem se levantou e foi empurrando ela. Sentiu suas costas encostarem no armário atrás de si. Antes que pudesse dizer qualquer coisa ele a beijou.

Com um empurrão afastou ele pelo susto com a atitude de Daeron. Olhou para a expressão curiosa do homem e sorriu, se aproximando dele novamente e retribuindo o beijo. Enquanto se beijavam foram indo em direção a cama. Com as duas mãos agarrou a blusa do homem a rasgando em dois pedaços, o Targaryen parou de beija-la e deu um sorriso tirando a blusa da mulher em seguida. deitaram na cama e deixaram todas as responsabilidades de lado, focaram-se apenas naquele momento raro de felicidade em dias como aqueles.



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Serena fitou o casal rindo perto dos dançarinos, alegrou-se ao vê-los tão felizes, seu irmão precisava de alguém apegar-se, mantinha-se firme na maior parte do tempo pelo papel de rei e seus amigos eram raríssimos, isso se existissem, era um homem solitário e nos últimos dias estivera muito quieto com ela, aquilo deixava-a triste, também estava sozinha no mundo, foram muitos anos na Companhia Blackhand com o pai adotivo e seus homens, mas aquela família ruiu e agora sobraram poucos, após a traição dos caveiras tudo que restara para ela de sua família original foram cinco pessoas, mas duas afastaram-se de sua vida pela morte ou ego, um estava com a cabeça cheia demais para qualquer outra coisa e o azulado estava no outro lado do mundo, restara apenas sua amiga Talia e depois do tanto que sofrera apenas queria que ela encontrasse algo que a fizesse feliz, sendo seu irmão seria a melhor coisa daquelas últimas semanas. Sorriu ao vê-los afastando do salão juntos e depois voltou sua atenção para o aglomerado de nobres voltando à seus lugares, prontos para que os juramentos iniciassem. Observou os lordes levantando-se e formando uma fila, estavam em frente à Droenn que acabara de levantar-se também, ela continuara em seu lugar, colocando os cotovelos na mesa e apoiando sua cabeça nas mãos, observando aquilo entediada, a única coisa que prestara atenção fora o homem com a capa negra, durante seu tempo na companhia nunca costumara destacar-se ou interagir com muitas pessoas. Pergunto-me quantos de nós são solitários, tão importantes e tão vazios, admirável.

Preparavam-se para iniciar os juramentos quando os portões do salão foram abertos num empurro violento, os nobres viraram-se e a dupla na área dos tronos apenas ergueu os olhos para descobrirem o que estava acontecendo, um grande grupo de homens encostou-as contra parede, formando um conjunto de vinte homens quando seu lorde finalmente adentrara no salão acompanhado de um velho tentando acompanhar-lhe com dificuldade, mancando sempre, carregava uma grande sacola, parecia pesada. O salão tornou-se uma quietude repentinamente, ninguém conseguia abrir a boca ou mover-se, adiante, sorrindo descaradamente, estava o motivo de estarem prontos para seguir o Stark: muito bem vestido, o rosto de Ramsay Bolton não demostrava surpresa ao vê-los ali, muito menos raiva, apenas sorria como uma criança e esperava que falassem algo. O sorriso só desapareceu quando a paciência do homem terminou.

- Ninguém comemorará minha chegada? - perguntou à eles, inocentemente, com sua voz de deboche padrão. Esperou-os, sorrindo novamente, mas ninguém fez nada, então suspirou e sua expressão tornou-se séria. - Vocês não parecem saber que quando seu superior chega, o mínimo é ajoelhar-se ou cumprimentá-lo. Vejo que estão enferrujados, então ignorarei a falta de respeito de hoje.

Serena saiu de seu trono e foi para o lado de Droenn, observando o misterioso brincando com os lordes.

- Quem é? - perguntou à ele.

- Ramsay Bolton, provavelmente - respondeu, fitando-o também.

Os nobres olhavam-lhe num misto de emoções, alguns estavam surpresos pela presença do maldito e outros amedrontados, as casas pequena sabiam que seriam inúteis contra a fúria do bastardo, durante toda a reunião o temor dominou-os e quando o banquete fora anunciado um pingo de esperança eclodiu dentro deles, mas agora sumira num passe de mágica, lá estava o inimigo, ciente de suas presenças e o sorriso era uma declaração do quanto desejava enfiar suas cabeças numa estaca. Tirando os lordes principais e alguns guardas armados que correram para protegê-lo, os únicos armados eram os vinte homens, assustadores e claramente poderosos, além da pequena espada na bainha do Bolton. Hugar Mormont acordou do transe e puxou seu machado, preparando-se para atacar o esfolador, mas os outros o agarraram, impedindo-o de avançar.

- Bastardo maldito, matarei-o agora! - berrou o urso.

Ramsay pareceu irritar-se ao chamarem-o de bastardo, mas respirou fundo e controlou-se, sorrindo novamente, seus olhos varreram cada lugar do salão, mirando em cada nobre e analisou-os com sorrisos sinistros. A Targaryen e o Stark vendo-o pela primeira vez puderam entender o quão detestável era, muitos homens horríveis escondiam-se em beleza ou bondade, mas aquele mostrava toda escuridão para o mundo e seu rosto expressava nada mais que a pura vontade de fazer o pior com quem estivesse ali. Quando os olhos finalmente encontraram Serena, ele sorriu como nunca e avançou alguns passos, mas parou quando o próprio Henrik pegou uma das espadas de seus guardas e saiu do conjunto de lordes para aproximar-se também, parando um pouco distante com a lâmina erguida e o rosto frio.

- Não ameace-me, Henrik Manderly, sou um hospede, e não matamos hospedes em nossas casas, lembra-se? - disse Ramsay rindo, então seus olhos finalmente encontraram-se com os de Droenn - Digo, os honrados não matam os hospedes, não é? - e gargalhou, enquanto todos os lordes lembraram-se do casamento vermelho e sentiram o ódio crescer, do medo a raiva nasceu e o desejo matá-lo naquele exato momento era difícil de controlar. - Brincadeira, brincadeira! Não irritem-se.

No silêncio do salão notaram a ausência dos festejos do exército no sopé da colina, não sabiam o que poderia ter acontecido fora do castelo, mas pela tranquilidade do exterior nenhuma batalha ocorria.

- Olha só, se não é o filho que matou a própria mãe! - exclamou Ramsay. - Prazer, Droenn Stark, meu nome é Ramsay Bolton, filho do homem que enfiou uma adaga no peito de seu irmão e mandou que enfiassem a cabeça de seu pai numa estaca. Não irrite-se também, estou apenas brincando, apesar de serem fatos. Fedor, venha aqui! - berrou para o velho, fazendo-o cair no chão ao tentar correr, o pobre idoso levantou-se com muita dificuldade e, claramente, muita dor, aproximou-se mancando e tomou uma tapa na cabeça. - Não me faça passar vergonha novamente!

- Sim, senhor - desculpou-se o velho em sussurros dolorosos.

- Agora mostre à eles meus presentes! - ordenou alegremente.

Naquela altura o Stark juntara-se aos membros restantes da reunião, próximo à Ramsay e seus homens. O grupo de lordes observou o servo aproximando-se e puderam avaliá-lo de perto, a pele era esponjosa e colava-se aos ossos como gosma, o cabelo branco, frágil e quebradiço, notaram a falta de dedos em suas mãos e o mindinho da direita mutilado, pedindo para ser decepado. O coitado fixou-se em frente à eles cabisbaixo, ajoelhou-se com dificuldade quase caindo novamente e cumprimentou-lhes mostrando a boca com dois ou três dentes, abriu a sacola e deixou que o conteúdo rolasse pelo chão. Os nobres gritaram de nojo e surpresa enquanto as cabeças derrapavam pelo chão, parando nos pés dos principais lordes, eram todos os emissários das casas que estavam presentes no salão. Porém, para Droenn, aquilo não pegou sua atenção completamente, seus olhos encontraram os verdes do velho, os mesmos que olharam-lhe com tanta frieza no dia que encontrara seu lobo estripado, era seu irmão bastardo, Lanard.

- Isso é por virem à uma reunião de traidores - declarou Ramsay e tirou um dedo de uma sacola, mostrando e depois jogando em Droenn. - Isso é por voltar para o norte achando que poderá me vencer e roubar o que é meu por direito. É o dedo de sua irmã, uma deliciosa garota por sinal.




Mapa: https://i.imgur.com/sXne8XE.png

Os azuis são os nobres.

Droenn[Prime]
Vestimenta: Roupas formosas, vestia uma capa negra com o lobo gigante cinzento estampado.
Armas: Espada com a cabeça de um lobo gigante esculpida em seu punho, nomeada de Netuno. No guarda-mão, as dizeres de sua casa grafados: O inverno está chegando.

...


Alayne[Mary]
Vestimenta: Um lindo vestido azul claro, na cabeça há alguns enfeites de madeira mergulhados no cabelo, no pescoço um colar de uma pequena adaga de pedra negra dada pelo marido, nos pulsos vários braceletes com jóias.
Armas: Espada nomeada como Solar, a empunhadura negra é feita de couro e o pomo feito de prata, em formato de sol, daí o nome. Uma adaga com os dizeres de sua casa gravado na lâmina curvada: o sol no inverno. Tem a empunhadura negra e sem adornos.

...


Rhaego[Dwight]
Vestimenta: Sua armadura era leve, favorecendo a mobilidade: as ombreiras eram feitas de couro, esculpidas em quatro camadas que desciam por seu ombro, o braço era protegido por escamas do mesmo material. O peito era protegido por couro flexível e sedas coloridas esvoaçantes cobriam-lhe até o meio das pernas, por cima de calça simples e botas.
Armas: Arakh de Aço Valiriano e duas adagas com o punho em formato de cavalos-marinhos esculpidos em prata presas cada uma a um lado da cintura.

Você precisa tirar 4 para fugir sã e salvo da fortaleza.

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O grupo voltou pelo caminho anterior desviando algumas vezes ao ouvirem o som de passos vindo pelo mesmo corredor, o comandante carregava a princesa no ombro e liderava seus homens em direção às cavernas escondidas sob as muralhas. Chegaram à elas após passarem por muitos lugares e fugirem de algumas dúzias inimigas, evitando brigas para não perder muito tempo, quando subiram nos barcos e distanciaram-se dali, sabiam que aquele meio de entrada seria fechado, os seguiram por tempo suficiente para que pudessem descobri-lo, mas aquilo não importava mais, a missão fora um sucesso.

- O que será de nós agora, senhor? - perguntou o rapaz arqueiro de aparência feminina, seu nome era Cetim.

- Agora iremos para o Norte juntar-se à nosso rei - explicou Rhaego, observando Ponta Tempestade sumindo na tempestade conforme o barco aproximava-se do navio.


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... e conhecendo o histórico do maldito, enviando cachorros atrás de garotinhas, temo o que possa acontecer à sua irmã. As palavras de Henrik vieram na cabeça assim que Ramsay entrou no salão. Trajado de toda a sua insanidade, jogava sorrisos perigosos, olhares que gritavam de maldade e uma voz a dançar entre o sério e o engraçado. Pelo menos, engraçado para ele.

Perguntava-se onde Daeron tinha se metido, e então passeou pelo salão com uma olhada. Não viu Talia. Por um instante, pensou que faria sentido mandar alguém ─ ou Serena ─ para buscar o rei, mas era tarde. E também não arriscaria a vida da garota: poderia acabar topando com qualquer homem do bastardo assim que virasse a primeira esquina para os quartos ─ não se ouvia barulho lá de fora, o que deixava Droenn com uma dúvida incômoda.

Para enfurecer alguém, Ramsay apenas precisava daquela cara atrevida e medonha. Quando Lorde Hugar explodiu, pouco se espantou e queria que aquele machado voasse. Seguraram o urso e Henrik Manderly se postou frente ao bastardo, de espada na mão.
─ Não ameace-me, Henrik Manderly, sou um hospede, e não matamos hospedes em nossas casas, lembra-se? ─ os olhos de Bolton e Stark cruzaram-se. ─ Digo, os honrados não matam os hospedes, não é? ─ ah, matam sim, e alguns dão os restos para os lobos, mas a pele eles arrancam antes.

─ Olha só, se não é o filho que matou a própria mãe! Prazer, Droenn Stark, meu nome é Ramsay Bolton, filho do homem que enfiou uma adaga no peito de seu irmão e mandou que enfiassem a cabeça de seu pai numa estaca. Não irrite-se também, estou apenas brincando, apesar de serem fatos ─ você sequer serve de palhaço. ─ Agora mostre à eles meus presentes! ─ falou para um velho qualquer que apareceu aos tropeços e trazia uma sacola.
Por algumas vezes, as cabeças rolaram no chão, chegando aos pés dos lordes, que gritavam. Droenn tirou os olhos daquela lamentável cena e os levou ao velho. Na boca, dentes que contaria numa só mão ─ mas, nas mãos do coitado, faltavam dedos. Tão quebradiços eram os cabelos que a cabeça era como um arbusto branco e morto. Desceu, e achou o olhar verde. Como o verde de Jardim de Cima, pensou no irmão bastardo, o traidor, o doente, numa ligação direta e obrigatória que o acompanhava desde os tempos de Winterfell e os passeios na Mata de Lobos. Como o verde de Jardim de Cima? Não... não...

Ali estava Lanard. Incrédulo, Droenn levantava a cabeça em vão, tentando tirá-lo de sua vista. O que o maldito teria feito com seu irmão, por mais que merecesse?
─ Isso é por voltar para o norte achando que poderá me vencer e roubar o que é meu por direito. É o dedo de sua irmã, uma deliciosa garota por sinal ─ disse Ramsay, jogando-lhe o pedaço.
Droenn retorceu a boca e o encarou, nunca odiara tanto aquele rapaz como naquele momento. Desembainhou sua espada e disse:
Achando? ─ deu alguns passos para frente. ─ Não, eu vou te vencer e roubar o que é seu, por direito ou não.

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O Stark deu alguns passos para frente ameaçando o homem com sua espada e fez com que Ramsay gargalhasse.

- Vocês não entendem, não é? - perguntou ele em voz alta para que todos pudessem escutar. - Essa rebelião será o fim de suas vidas e de suas casas, realmente pretendem sumir com o pouco que sobrou da rebelião de Joran Stark? Vocês tem um número grande de soldados, tenho que admitir, mas eu tenho meu próprio exército e o apoio do sul, sabendo da presença do falso rei nessas terras tenho certeza que ganharei alguns milhares de homens para lutarem ao meu lado.

- Então por que veio aqui? - questionou Henrik.

- Eu sou uma boa pessoa, acreditem ou não, e estou disposto a perdoá-los - respondeu Ramsay. - Tudo está contra vocês, no sul haverá um exército seis vezes maior do que pude ver sob a colina, no norte terão de enfrentar forças que os diminuirão ainda mais, não há um futuro otimista para nenhum de vocês, estão numa causa perdida e nem sabem disso. Inclusive, há traidores sob o otimismo de vocês, esperando o momento certo para esfaqueá-los pelas costas - deu uma piscadela para Henrik que franziu o cenho, o salão inundou-se em murmúrios. - Então, Droenn Stark e seus lordes, ajoelhem-se perante mim e talvez ganhem misericórdia. Isso ou entraremos em guerra, e receberá um pedaço de sua irmã por dia... mas não se preocupe, ainda continuará viva, preciso de algumas partes intactas para herdeiros, se é quem entende.


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Ramsay Bolton falou e falou, mas Droenn pareceu ouvir apenas a parte sobre Dania, esta que preferiu responder com o silêncio: uma vez enfurecido, estaria divertindo o bastardo. Podia sentir a espada coçando por carne. Pouco se importava com números e chances, continuaria em sua missão, na falha ou no sucesso.

─ Olhe em volta, Ramsay, para cada lorde aqui. Contará nos dedos aqueles que se dobrarão, além dos que você diz nos traírem ─ olhou para o rapaz e em seguida para Henrik, que parecia não entender a piscadela lançada por Ramsay. Espero que não entenda, pensou, espero mesmo. ─ Se está aqui para isso, sabe agora que perdeu seu precioso tempo.

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O bastardo olhou aborrecido para seu maior inimigo, o homem ignorava muito bem suas provocações controlando-se para não atacá-lo, sabia da habilidade de seus vinte bons homens e do número que trouxera aos pés das colinas, poderia muito bem safar-se do castelo com a cabeça do rebelde real herdeiro de Winterfell. Suspirou, olhou para cada um dos lordes uma última vez e focou-se novamente na expressão fria de Droenn.

- Pois bem, desejo-lhes má sorte nessa rebelião e anuncio daqui adiante suas casas estarão na lista de traidoras - exclamou para o grande grupo de nobres olhando-lhe temerosos. - A guerra por Winterfell começa aqui, e vocês serão os perdedores.

Então virou-se sendo ocultado pelo grande grupo fechando-se ao seu redor e foi embora dali, pegando seu exército nos pés do castelo e sumindo na floresta. Antes, o velho chamado de Fedor enviara um último olhar à Droenn, mas juntara-se com seu lorde para ir embora.


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O estandarte do homem esfolado sob os pés da colina transformou seu antemanhã na escuridão mais taciturna em séculos de existência, os servos sumiram dos corredores durante todo alvorecer, as festividades do gigantesco exército morreram muito antes do próprio bastardo atravessá-los em direção ao castelo e os juramentos nunca ocorreram, todos olhavam-se desconfiados, as notícias da boca inimiga sobre traidores poderiam e deveriam ser ignoradas, afinal apenas ganharia com discórdia entre eles, mas era inegável o quão verídico era pela situação atual, eram inúmeros lordes nervosos com a aparição repentina do Bolton e isso não passara despercebido por ninguém. Harrold Goodbrother, a mão do rei, passeara pelos corredores trocando algumas palavras com homens em seu caminho, deixara o rei aproveitar-se de sua noite, mas não estava nem um pouco feliz com aquilo, numa guerra como aquela o melhor era se preparar para casar com alguma mulher que pudesse proporcioná-lo um exército e a atenção dada para bastarda dormindo ao seu lado poderia ser muito destrutiva naquela conquista. Abriu a porta e os viu dormindo juntos na cama, levantou a sobrancelha quando viu as roupas rasgadas no chão e acertou um forte soco na porta, acordando-os. Olharam-se assustados e depois os olhos focaram na figura esperando-os acordarem de vez na porta, pareceram envergonhados, mas o ruivo ignorou.

- Arrume-se, Daeron, em breve acontecerá um reunião - avisou, fechando a porta e esperando-o ao lado.

Os dois saíram da cama procurando algo para vestir-se, a bastarda alegrou-se de usar roupas masculinas quando viu as suas rasgadas e agarrou algumas peças arremessadas por ele, vestiam-se trocando alguns olhares nervosos, ele pela quantidade de memórias confusas da noite anterior e ela por ter acabado de levantar-se da cama de um rei, nada daquilo era normal na vida cotidiana da dupla.

- Eu acho que seria bom conversarmos mais tarde - disse à ela, sorrindo desajeitadamente, enquanto saiam do quarto, depararam-se com a mão do rei claramente reprovando aquela noite, porém o rei não parecera importar-se com o olhar e a mulher acompanhada da independência do homem olhara para ele, entregando um pequeno sorriso, e afastou-se dos dois, ignorando o incômodo do ruivo.

Os acontecimentos do banquete foram bem detalhados à Daeron, o ruivo contou-lhe tudo do começo ao fim, destacando alguns momentos como as declarações do Bolton sobre traição. Diversos sentimentos vieram a tona quando soube de sua ausência naquele encontro tão inesperado, demorou alguns minutos estático em frente à Harrold refletindo sobre aquilo, estava irritado, mas estranhamente não arrependido. Então, infelizmente, sua irmã surgiu em sua mente e tristeza rondou-lhe, havia encontrado-a há tão pouco tempo e estava tão apegado com a garota que não queria deixá-la ir, mas estava na hora, principalmente com o risco de uma emboscada, tudo o que ela merecia era uma vida melhor e mais garantida que aquela. Avisou do que faria e chegaria mais tarde na reunião, o ruivo apenas acenou, ciente do peso daquela escolha. Encontrou a garota almoçando com os soldados sob os pés da colina, estava junto aos mercenários da Companhia Dourada, cumprimentara todos em seu caminho e pediu para que ela o seguisse, precisavam conversar.

Sentou-se na mesa da reunião cansado e deprimido, as coisas como esperava não terminaram bem entre ele e sua irmã, queria um tempo sozinho, mas era o rei e precisava estar ali, compensar sua falta na noite anterior, então colocou-se sério e analítico como sempre, escondendo seus sentimentos. Não recebeu nenhum olhar julgando-o, apenas alguns acenos de reconhecimento do Mormont, o urso como os outros milhares de homens consideravam a mulher uma beleza única. Assim como na manhã anterior reuniram-se na grande mesa, na mesma formação, exceto pela falta da irmã do rei. Os lordes começaram discutir sobre várias coisas, mas foram logo engolidas pela discussão sobre os traidores.

- Por que não pedimos para que todos façam logo os juramentos, assim veremos quem recuará - recomendou um deles.

- Conhece o significado da palavra traidor? - questionou Dieck, fitando o homem com frieza. - Ele está aqui conosco há dias, algumas palavras não mudarão sua missão, principalmente pelo fato que estava prestes a juramentar-se quando Ramsay entrou, estupidamente interrompendo o que poderia nos matar.

- Estamos perdendo nosso tempo olhando um para o outro, quando alguma das casas magistrais podem muito bem ser os traidores - disse Grennan.

- Ramsay não procuraria uma ajuda minuscula, uma vez tendo uma das casas maiores, terá todos seus vassalos - respondeu Henrik.

- Então basta descobrirmos quem é - disse Mors.

Daeron observou-lhes, analisando cada um ali e desconfiando de alguns. Será que a charada de Ramsay é exatamente para nos confundir, colocando um traidor onde não há ou onde há mais que um?

- Analise-os bem, Droenn, eu tenho minhas próprias opiniões, mas é fácil vê-los dirigindo os olhos especialmente para você, esperando sua decisão - murmurou para o companheiro, sem tirar os olhos dos outros lordes.




Droenn[Prime]
Vestimenta: Camadas de pele para aquecer seu corpo.

Mors Umber não parecia nem um pouco nervoso com aquela situação ou olhares direcionados à ele, seu rosto frio e mal humorado mantinha-se firme como sempre, pouco julgava os outros, apenas esperava uma resolução logo. Droenn sabia da existência de uma filha do homem, ainda em Última Lareira, diziam que o homenzarrão amava-a muito, apenas a garota podia ver algum tipo de emoção no rosto do homem.

Alayne Karstark os recebera muito bem, mas durante toda reunião e o confronto com o bastardo soltara poucas palavras, sempre parecia pensativa, quando os olhos chegavam à ele e Daeron sempre analisava-os. Era uma das maiores candidatas a traição, estavam em seu lar, poderia muito bem aproveitar-se dele se não fosse pela presença inesperada do Bolton, e tudo só piorava sendo esposa de Henrik Manderly, o mesmo homem que ganhara a piscadela de Ramsay, o Stark falara com muitos homens do castelo naquela manhã e o velho que cuidava dos corvos avisara que o único que fora até ele no dia anterior fora Henrik Manderly, ele me acordou perguntando se havia vindo alguém aqui antes e foi embora quando eu disse que não, tinha um olhar estranho quando eu notei que faltava um corvo que eu tinha certeza de não ter enviado, falara o velho. Aquele casal poderia muito bem acabar com todos eles, estavam em seu lar e cercados de seu exército. Tinham duas crianças e a família Manderly tinha alguns familiares sob as mãos de Jan.

Analisar Hugar Mormont como traidor era algo difícil e muito pouco provável, mas o fez mesmo assim, era um homem muito impulsivo e estressado, selvagem e independente, preferia um machado e inimigos do que sentar-se numa sala de reunião, tinha uma família em seu lar. Se aquele fosse o traidor de Ramsay, teria de elogiá-lo mais tarde, escolhera o melhor para aquela tarefa.

Dieck Locke era um homem simples, era casado com uma mulher qualquer e tinha apenas um filho velho suficiente para herdar seu lugar, o mais destacável que poderia tirar daquele rosto frio eram os olhares de ódio e desconfiança enviados para Daeron ocasionalmente, não parecia ligar muito para Droenn. Talvez fosse um dos que mais desconfiava dos outros.

Grennan Glover assim como a maioria dos lordes parecia ansioso e nervoso para descoberta do traidor, era um bom homem pelo que seus soldados diziam, estava bastante estressado pelos ataques dos piratas, mas até então parecia lidar bem com as invasões, tendo poucas áreas invadidas, mesmo que os homens aumentassem cada vez mais.

Taren Hornwood era o alvo de muitos lordes, o rapaz que alegara ter vários homens dentro de Winterfell e explicara o desejo de vingança de sua casa contra o psicopata bastardo, estava muito nervoso e desviava os olhos de todo lorde desconfiado que o fitava.

Tobin Reed era um rapaz de aparência jovem e magricela, não dissera uma palavra desde que chegara ali, mas olhava-o sempre, pelo que diziam dele era simpático e calmo, assim como grande parte de sua família, sabia que Joran Stark e Howland Reed, pai do rapaz, foram melhores amigos durante toda vida.

Agora bastava que pensasse bem, questionasse como e quem quiser e finalmente encontrasse o culpado.


Alayne[Mary]
Vestimenta: Camadas de pele para aquecer seu corpo.

Henrik parecera mais distante, pensativo sobre o ocorrido daquele noite, conversaram muito pouco, mas estavam sentados lado a lado na reunião.


Talia[Babi]
Vestimenta: Camadas de pele para aquecer seu corpo.

Entediada, afastou-se do salão onde ocorrera o banquete após alimentar-se, não tinha nenhum amigo ali e algumas vezes alguns homens vinham cumprimentá-la, mas estava perdida demais em seus próprios pensamentos para participar das provocações divertidamente. Subiu as escadas, pretendia observar o norte de cima do castelo e surpreendeu-se em encontrar Serena sentada nas ameias, balançando os pés, não parecia nem um pouco amedrontada com a distância absurda do chão. Sentou-se ao seu lado, na direção contrária, com os pés apoiados no chão daquele andar sob o ar fresco do dia. Ela parecia triste, observando o horizonte com os olhos perdidos, sabia de sua raiva algumas horas antes, não indo à reunião, mas agora estava muito calma.

- Ele quer que eu pegue outro maldito navio e me afunde mais nessa merda de continente - ela anunciou de repente, sem que precisasse perguntar algo. - Está me mandando casar com algum Quentyn... Mar... Quentyn Martell, acho que é isso, não tenho certeza. Digo, ele falou que a escolha seria minha, que eu apenas iria para lá ver se o garoto vale a pena... mas eu sei que tenho tanta escolha quanto ele em ser rei ou não - a raiva parecia começar voltar. - Ele diz que passou anos querendo me ver e depois de alguns meses comigo quer me afastar de novo.


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description#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 9 EmptyRe: #Mesa 003 - Fire and Blood

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O barulho de alguém batendo na porta a acordou, quando olhou para o lado se deparou com Daeron a olhando com o mesmo olhar que provavelmente estava olhando para ele. Ao virar para onde tinha vindo o barulho que acordou eles se deparou com Harrold olhando com desaprovação para os dois. Ah, porra. Provavelmente estaria rindo se fosse em outra situação, mas tinha dormido com o rei e estava sem reação.

- Arrume-se, Daeron, em breve acontecerá um reunião - O homem avisou fechando a porta.

Levantou-se assim que a porta bateu, procurando roupas para se vestir, mas as suas estavam todas rasgadas no chão. Daeron jogou para ela algumas peças para se vestir. Olhava de vez em quando para o homem esperando ele dizer algo ou simplesmente reclamar por ela ter o embebedado, mas sempre que ele olhava, a bastada desviava o olhar e continuava se vestindo.

- Eu acho que seria bom conversarmos mais tarde - Disse ele finalmente com um sorriso sem jeito. Quando saíram se depararam com a mão do rei esperando na porta, com o mesmo olhar de antes. Quando a bastarda olhou para Daeron percebeu que ele não demonstrava nenhuma preocupação com aquilo, deu um pequeno sorriso para ele e fez uma reverencia para o outro homem antes de sair deixando os dois tratarem de seus assuntos.

Ficou andando pelo castelo depois de ter se alimentado, estava entediada e ocupada pensando sobre o que tinha acontecido na noite anterior. Enquanto estava no salão ouviu homens falando sobre o que tinha acontecido, sentou-se com eles e tirou todas as suas duvidas, mas assim que começaram as provocações ela se levantou e saiu. Enquanto caminhava pelos corredores teve a ideia de ir a um lugar alto para ver o norte. Não era muito fã de alturas, mas sempre valia a pena.

Quando subiu as escadas se deparou com Serena sentada nas ameias balançando os pés. Levantou uma sobrancelha ao ver que ela não parecia nem um pouco assustada com a altura. Talia foi até ela e sentou-se ao lado da garota, mas com os pés virados para dentro do lugar, ficou em silencio enquanto a garota observava o horizonte com tristeza.

- Ele quer que eu pegue outro maldito navio e me afunde mais nessa merda de continente - ela falou antes que Talia perguntasse algo - Está me mandando casar com algum Quentyn... Mar... Quentyn Martell, acho que é isso, não tenho certeza. Digo, ele falou que a escolha seria minha, que eu apenas iria para lá ver se o garoto vale a pena... mas eu sei que tenho tanta escolha quanto ele em ser rei ou não - A cada palavra que ela dizia parecia que aumentava sua raiva - Ele diz que passou anos querendo me ver e depois de alguns meses comigo quer me afastar de novo. - Talia suspirou olhando pra garota, não sabia muito bem o que dizer para aquilo, mas depois de um tempo decidiu falar.

- Eu sei que provavelmente não adianta muito, quer dizer eu sou só uma bastarda e agora você é uma princesa, eu nunca vou saber como é isso. A questão é, nos duas sabemos o motivo pro rei te mandar pro outro lado do continente agora. A guerra vai começar e você é a pessoa mais importante para ele, Serena, e a unica família de Daeron. - Disse abaixando o olhar - Caralho, você sabe por tudo que passei com minha família, ninguém dava a minima importância se eu vivia ou morria naquele lugar. Quando eu fui pra Essos, eu encontrei com Brandyn, e com vocês, talvez tenha sido a primeira vez que eu tive uma família de verdade...- Parou um pouco depois de descarregar todas as palavras com tristeza, e olhou para a garota ou seu lado - Eu sei que deve estar sendo horrível ser mandada pra longe, mas ele é sua familia de verdade, merece a sua confiaça - Deu um sorriso confiante para ela e falou num tom de brincadeira - Fora que, se você conhecer esse garoto e não gostar dele, vão ter que passar por cima de mim pra te obrigarem a casar.


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─ Terá meu apoio e o de Henrik. Sabemos que a responsabilidade e comprometimento correm por suas veias ─ saberiam mesmo?, enquanto olhava Alayne e o esposo, Droenn refletia sobre a reunião passada. Repentino, estranho... Nem mesmo Lorde Umber ─ que parecia confiar no Stark até então ─ negou-se às perguntas. Uma mulher, crianças e um castelo, de fato é uma família bonita... Pergunto-me se Henrik faria de tudo para protegê-la, inclusive aliar-se aos Bolton.

O corvo ainda martelava seus pensamentos. Se descobrisse quem havia o enviado, talvez teria o caminho para o traidor, ou não, afinal, poderia ter sido usado para qualquer outra coisa, e enviado por alguém com boas intenções.

Taren Hornwood esbanjava nervosismo, mas o real motivo ainda era uma dúvida. Tem de ser muito verde para tremer-se todo numa simples reunião, ou está escondendo algo que não sabemos.
Droenn endireitou-se no assento e disse:
─ Um dos corvos levantou voo, e não pelas mãos de Romar. Fui ao viveiro e ele me disse que Lorde Henrik visitara-o ontem. Algo certamente o perturbou quando ficou sabendo do sumiço da ave ─ lançou uma olhada estreita para o casal. ─ Lorde Henrik, se sabe de algo, é de extrema importância que compartilhe, e assim poderemos achar o traidor.

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Os olhares julgadores focaram-se no rosto pensativo do lorde Manderly, o homem direcionou sua atenção diretamente à Droenn.

- Sim, você está certo, eu fui ontem no viveiro - respondeu causando alguns murmúrios no salão. - Mas não para enviar qualquer corvo, estive após seguir Taren Hornwood, o rapaz aproveitou-se do velho sonolento para escrever algo as escondidas e enviar um corvo.

Acusariam-o de imediato se não fosse pela reação do rapaz verde.

- Isso é verdade? - questionou Daeron, calmamente.

- Sim - então os lordes gritaram e o Mormont ameaçou tirar o machado, mas o rei mandou que se calassem e deixassem-o terminar. - Obrigado, vossa graça. Eu fui durante a tarde, as escondidas, para pedir que o velho me deixasse usar um dos corvos.

- Para nos trair, seu filho da puta! - berrou o urso.

- Não! Eu sou o mais novo aqui e nenhum de vocês sequer me olha sem julgar-me de fraco e incompetente, eu queria provar meu valor adiantando o plano da retirada de Dania Stark - explicou um pouco estressado.

O salão inundou-se em discussões sobre as palavras do rapaz, alguns poucos acreditavam e a maioria parecia inclinada a considerá-lo o traidor.

- Então, você está dizendo que nesse exato momento, enquanto o bastardo cavalga dentre as árvores, a garota pode estar sendo retirada? - perguntou Mors, curioso.

- Sim, senhor.

Sob a perspectiva os nobres tornaram-se mais calmos em relação ao rapaz, o salão aquietou-se novamente após horas de discussão e tudo que restara fora o silêncio constrangedor, alguns coçavam suas gargantas e entreolhavam-se, analisando-se e esperando encontrar indícios no nervosismo crescente dos opostos, porém tudo aquilo levava mais intrigas e a quietude. O Targaryen tirou o queixo de trás das mãos cruzadas e ajeitou-se na cadeira, fitando-os apreensivo, de trás de aliados uma fera escondia-se na pele de um cordeiro esperando o momento certo para atacá-los, o garoto portava-se semelhante ao Reed se não fosse o nervosismo, esbanjava uma minúscula felicidade no rosto. Notava os olhares do Locke regularmente, tinha certeza dos problemas que viriam das mãos do homem absorto. Olhou para o restante e notou a comum expressão avaliativa no rosto da linda mulher loira, fitou-a e não disse nada, pulou para o marido e ele continuava reflexivo - claramente aliviado, avançou para o urso e ignorou-lhe rapidamente ao perceber como era inútil avaliá-lo, o Glover parecia perdido naquela reunião e o Umber mostrava a inexpressão como sempre, concentrando-se mais em servos servindo-os do que nos outros nobres. Impressionante quão numerosos são os candidatos de traição, e como se escondem bem.




- Você está certa, participávamos de uma boa família e a perdemos como todos nosso amigos que sobreviveram a traição - olhou para mão direita - eu ainda sinto saudades do couro negro cobrindo ela. Resta apenas você e Rhaego atualmente, somos os únicos remanescentes dos mãos negras, os mercenários que lutavam por riquezas, e arriscamos nossas vidas todo dia pelos Sete Reinos... então que seja - levantou-se e saltou das ameias, colocou-se em frente à mulher e continuou: - Se ele quer aumentar o exército dele, eu o aumentarei, mas esta parte será minha, não fui traga à esse maldito lugar frio para esperá-lo agir e eu ficar de lado tricotando, estarei de volta o mais rápido possível para ajudá-los - as palavras saiam poderosas da boca da garota, estava finalmente decidida despertar o lado liderante de sua criação por Brandyn, e principalmente o sangue real da família dos dragões. -  Aproveitando como estiveram próximos noite passada, prometa-me cuidar daquele cabeça oca enquanto eu estiver fora.


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─ Não! Eu sou o mais novo aqui e nenhum de vocês sequer me olha sem julgar-me de fraco e incompetente, eu queria provar meu valor adiantando o plano da retirada de Dania Stark ─ o plano de Taren animou Droenn por um instante, mas não mais do que isso.

Soa bom, mas mesmo assim... Isso é mais difícil do que eu esperava. E não podemos esperar um ou dois dias para achar o maldito.
─ E como você pretendia realizar essa sua repentina investida, Taren? ─ perguntou, encarando-o. Se se engasgasse nas descrições, estaria as inventando.
Temo que realmente tenha feito e o modo com que fez. Que Dania esteja segura.

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- Você está certa, participávamos de uma boa família e a perdemos como todos nosso amigos que sobreviveram a traição - olhou para mão direita - eu ainda sinto saudades do couro negro cobrindo ela. Resta apenas você e Rhaego atualmente, somos os únicos remanescentes dos mãos negras, os mercenários que lutavam por riquezas, e arriscamos nossas vidas todo dia pelos Sete Reinos... então que seja - Levantou-se das ameias e ficou de frente para Talia - Se ele quer aumentar o exército dele, eu o aumentarei, mas esta parte será minha, não fui traga à esse maldito lugar frio para esperá-lo agir e eu ficar de lado tricotando, estarei de volta o mais rápido possível para ajudá-los. - Disse a menina com confiança fazendo surgir um sorriso no rosto da bastarda. -Aproveitando como estiveram próximos noite passada, prometa-me cuidar daquele cabeça oca enquanto eu estiver fora.

- Me parece que o castelo todo já sabe disso, não é mesmo. - Disse sorrindo - De qualquer modo, seu pedido é uma ordem, vou fazer o máximo que eu puder pra ajudar seu irmão no que for preciso.- Olhou de relance para a paisagem atras de suas costas e voltou a atenção para a Targaryen.- Espero que você volte logo daquele lugar, cunhada - Disse a ultima palavra em um tom de brincadeira e gargalhou em seguida pensando em tudo que a garota tinha dito, só tinham sobrado poucos de sua família, mas estar com Serena a fazia pensar o quanto ainda era grata por ter eles.


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O rapaz engoliu em seco sob a atenção de todo salão, mas respirou fundo e respondeu o Stark:

- Meu plano consiste no que planejamos aqui, aproveitar-me de meus homens no interior de Winterfell para pegarem a menina, existe vários meios de sair dali sem muitos alarmes, mas o que pretendia é que descessem as muralhas com cordas, são altas, mas não infinitas, então dali arrumariam cavalos colocados mais cedo para sumirem nas florestas - algumas vezes enrolava-se nas palavras, mas sabia como contornar os erros e no final o resultado fora algo um pouco convincente. - Eu não sou seu inimigo, acredite em mim, apenas quero uma soberania melhor.


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Apesar de uns soluços aqui e ali, o plano de Taren soou convincente.
─ Eu não sou seu inimigo, acredite em mim, apenas quero uma soberania melhor.
Para aquilo, Droenn calou-se. Não sabia se poderia acreditar no rapaz, e também não via nele um traidor. O silêncio era doloroso, esperavam que apontasse para alguém, mas apenas sabia fitar os lordes. Ajeitou-se outra vez, e disse:
─ Lorde Dieck, por que motivo se irritou quando Serena citou Ramsay?

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- Simples, ela comparou-se com o bastardo esfolador. Eu não tive escolha se não segui-lo, mas ela eu tenho - respondeu, claramente as últimas palavras direcionadas a garota saiam com ódio.

Daeron fitou o homem com uma expressão séria por alguns segundos, mas desviou.

- Chega dessa merda! - gritou o Mormont batendo os punhos contra mesa, assustando os outros lordes, e tirou seu machado. - Eu vou enfiar essa porra no maldito traidor, antes irei arrancar pedacinho por pedacinho, o pau será enfiado no rabo!

Mors apenas o encarou enquanto pegava um copo de vinho para beber, Alayne levantou uma sobrancelha para loucura do homem surgindo novamente, Henrik suspirou preparando-se para outro ataque de fúria, Taren olhou para baixo desviando-se dos olhares do selvagem, Glennan ajeitou-se na cadeira afastando-a do brutamontes aos gritos, Dieck interrompeu sua sequência de olhares desconfiados pro Targaryen para olhá-lo e Tobin não mostrou muita reação aquilo.


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─ Chega dessa merda! ─ lá ia Lorde Hugar outra vez sacar seu machado. ─ Eu vou enfiar essa porra no maldito traidor, antes irei arrancar pedacinho por pedacinho, o pau será enfiado no rabo!

Droenn franziu o cenho e ficou observando o urso, que parecia amedrontar alguns lordes. Queria entender como suportavam aquele homem, todo explosivo e boca suja. Era talvez o único que permanecia ameaçando o traidor, os outros limitavam-se a compartilhar ideias, ajudando o Stark de alguma maneira.
Então, ele arriscou:
─ Sim, Lorde Hugar? Estão todos sentados, nada impede-lhe de lançar isso na cara de qualquer um. Faça-o se sabe quem é o traidor, mas temo que não saiba. Toda essa fúria é para disfarce?

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O salão silenciou-se no comentário, o urso tirou os olhos dos suspeitos e direcionou-os diretamente à Droenn, fitando-o perplexo antes que o ódio surgisse em seus olhos.

- Como é, moleque? - questionou furioso. - Você perdeu sua cabeça? Eu talvez seja o mais fiel nessa maldita mesa e acusa-me de traição? - notou a expressão do restante, claramente refletindo na possibilidade da fera portando o estandarte do urso fosse o traidor. - Então é assim, todos contra mim? Seus filhos da puta, colocam-me como seu inimigo e o verdadeiro está detrás de suas costas, sorrindo pela liberdade dada nas suas suspeitas enviadas a pessoa errada.

- Hugar, estamos avaliando como fizemos com muitos aqui - disse Henrik, levantando-se da mesa acompanhado do resto, encarava o machado na mão do brutamontes balançando-o inconscientemente. O único sentado foi o rei, observando-os silenciosamente.

- Olhe o desespero, é claro para mim sua culpa - gritou um dos lordes menores e outros começaram urrar também.

O Mormont irritado com tantas acusações preparou-se para rodear a mesa.

- Venham aqui falar na minha frente, seus filhos da puta - gritou enfurecido apertando o punho de seu machado com força.

Alguns lordes juntaram-se para pará-lo, o homem não os atacou pela surpresa mesmo que pudesse, então num golpe em sua perna o homem caiu no chão, tentou levantar e com muita força de várias pessoas o mantiveram ali, enquanto guardas adentravam no lugar.

- O que fará, senhor? - questionou um dos lordes à Droenn vendo o desenrolar dos acontecimentos.


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Pôs-se de pé como os outros lordes ─ esperava a ira do urso, mas quando tentaram segurá-lo, rezou para que aquele machado não encontrasse nenhuma garganta.

─ O que fará, senhor? ─ um dos lordes perguntou. Droenn sentiu uma culpa súbita, qualquer um que o olhasse veria uma expressão incerta tomando seu rosto. Seria realmente ele?

─ Desarmem-no, e prendam-no até que se acalme, não poderemos conversar assim. E em nenhum momento eu o acusei, Lorde Hugar. Fiz uma pergunta, mas se levou como uma acusação, nada posso fazer ─ disse, esperando que fosse ouvido no meio dos acontecimentos. ─ Henrik, certifique-se de que a partir de hoje tenha segurança no viveiro. Teremos de pegar alguns homens de Lorde Hugar para fazê-los falar a verdade, se ela existe ─ suas últimas palavras saíram mais preocupadas do que ele desejaria, ainda imaginava se existia um traidor ou se não era apenas um.

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Estranhamente, naquela manhã particular, o alvorecer surgira numa nevasca congelante, os rios distantes das colinas começaram solidificar-se e as estradas sumirem na camada de neve sobreposta, as vestes de pele não serviam tanto quanto antes e o frio era algo inevitável de sentir, eram poucos grupos sob o castelo afastados de uma quente e grande fogueira, principalmente os seguidores do estandarte do urso, tentaram uma rebelião no momento onde as notícias sobre o aprisionamento de seu lorde espalharam-se, nenhum deles alegou qualquer fidelidade ao esfolador e irritaram-se quando os superiores pareceram não ligar, então decidiram tirá-lo dali, porém um rugido alastrou-se pelo lugar e amedrontados com a chegada do dragão branco, acalmaram-se. Preso em celas frias e sujas do calabouço, o brutamontes não soltou uma palavra, não foram poucas pessoas atrás dele procurando respostas e provas, o homem não dissera nada, limitava-se num palavrão ou cuspir no rosto do oposto, o que aconteceu com Droenn Stark. Os dias seguintes da reunião estavam longe de serem considerados bons, mas na tarde anterior o castelo alegrou-se nas notícias emitindo a salvação da garota Dania Stark, todo o norte infestou-se daquela sabedoria e muitos urraram de prazer, dezenas de corvos pousaram no viveiro, casas questionando se poderiam segui-los mesmo após manterem-se no lado dos Bolton. Aquele dia comprovara a fidelidade de Taren Hornwood, e finalizara de vez o respeito de Hugar Mormont, nomeado traidor pela grande maioria dos lordes, acharam-no o culpado quando tudo começou dar certo.

O ar fresco da manhã corrompeu-se no momento que pisaram no vilarejo infestado de peixes, a guarnição segurou a respiração no primeiro contato com o cheiro, mas não havia nada que pudesse ser feito, os moradores viviam daquilo e o pequeno porto que usariam para receber o homem azulado além de enviar a irmã do rei para longe seria de grande ajuda, precisavam movimentar-se na surdina durante a guerra e o rei fazia isso muito bem, raro os que sabiam dos planos dele para garota. A vila mostrava vários locais com sinais de incêndio e destruição, as pessoas olhavam-lhes cobertos de suspeitos e muitas vezes os evitavam. O grupo dirigiu-se diretamente à pequena construção eclodida da areia macia e terminada alguns metros de distância dela, sobre as águas salgadas e geladas do mar. Pararam, observando o navio aproximando-se, o dia destacava-se pelo sol vivo e luminoso, não havia nuvens de chumbo ou qualquer tempestade, apenas o pouco calor fornecido no começo daquele inverno e um horizonte amigável, onde podia-se ver os pássaros passeando. Os tripulantes soltaram barcos e saltaram sobre eles, remando em direção à civilização, o capitão bem vestido na sua armadura causou um sorriso no rosto do Targaryen, parecia melhor do que a última vez que o vira. Lembrou-se da morte de alguns conhecidos seu, como o mascarado queimado durante a proteção de sua família, aquilo o entristecera, mas perdas eram comuns, bastava vingá-las, como pretendia. A filha do usurpador pudera ser encontrada conforme aproximavam-se, um saco de batata tampava seu rosto e suas mãos estavam amarradas atrás de suas costas, soltava alguns gemidos, mas nada chamativo. Quando encostaram as embarcações no pier, os aliados pularam para ponte de madeira e vieram atrás do grupo esperando-os na praia.

- Há quanto tempo - disse o rei sorrindo, apertando a mão de Rhaego.

Jenna Baratheon balançou a cabeça como louca e jogou a sacola longe, direcionando seus olhos raivosos para o homem de cabelo branco que olhou-a gentilmente. O capitão avisara seus homens da necessidade de afastarem-se da garota pela sua preciosidade e nenhum pareceu muito motivado a desobedecê-lo, percebiam a loucura dela sob tamanha beleza e educação. A mulher olhava-lhes todos com ódio, mas não passou despercebido por nenhum deles o quão chocada ficou quando encontrou sua prima alguns passos atrás da aglomeração de homens, olhando-a num misto de emoções, a mulher não mudou a expressão até o saco ser jogado sobre sua cabeça novamente, obrigando-a caminhar para longe, em direção à saída da vila. Então toda atenção, antes dela, reunira-se numa só garota, Serena Targaryen.

- Então acho que é isso - murmurou ela.

Daeron avançou e abraçou-a, apertando-a com força, talvez fosse a última vez que se vissem, esperava que não, mas era provável numa guerra. Os irmãos ficaram assim por um tempo, até que ele a soltasse e beijasse sua testa.

- Cuide-se lá, por favor - pediu soltando-a.

- Você tem que parar de ser tão gentil em frente a seus homens - respondeu ela sorrindo, limpando a testa.

- Boa sorte, garota - disse Talia, abraçando-a.

- Adeus, Talia - abraçou-a também. - Trate de cuidar desse cabeça oca como eu disse antes, prometeu-me.

- Tente não abandonar os velhos costumes e começar usar vestidos - brincou o azulado abraçando-a também.

- Obrigado por tudo, Rhaego, desejo-lhe boa sorte nessa guerra - respondeu abraçando-o também.

Afastou-se do grupo, juntando-se alguns homens que voltariam para os barcos e a levariam embora. Harrold preparou-se para ir também, a mão do rei seria precisa mais no sul conversando nas terras desérticas do que nas batalhas futuras.

- Adeus, Harrold - disse Daeron, formalmente.

O homem sorriu pela formalidade e o pegou num abraço, ignorando tudo que havia ensinado-lhe em anos e anos. Durante toda vida do Targaryen considerara o ruivo como um irmão mais velho. Separaram-se e o homem seguiu a garota, subindo no mesmo barco.

- Não morram até que eu volte, pretendo ajudar vitoriosos e não cadáveres! - gritou Serena quando os remos começaram bater contra água.

Seus companheiros sorriram, a garota havia crescido muito desde as épocas onde a família de mercenários sorriam após missões bem concluídas. O irmão apenas pôde perder o sorriso conforme o barco da garota afastava-se, levando-a para longe novamente, a bastarda colocou a mão sobre seu ombro tentando confortá-lo e ele a apertou, sorrindo para ela carinhosamente, mesmo que a tristeza fosse clara. Os últimos dias da dupla foram prazerosos, toda noite reuniam-se em seu quarto e na manhã seguinte a mulher esgueirava-se de volta à seu próprio quarto, mesmo que todos soubessem deles. Quando finalmente puderam vê-los subir no navio e a grande embarcação começar mover-se, começaram caminhar de volta às casas de madeira, encontrando-se com o grupo carregando a filha do usurpador esperando-os. Rhaego não tirou os olhos de seu navio durante toda caminhada.

- Não fique triste, um dia você voltará a tê-lo - brincou o rei, caminhando ao seu lado.

- Espero - respondeu ainda fitando-o, antes que finalmente sumissem da praia e adentrassem na vila novamente.

Serena viu aquelas pequenas figuras sumindo da praia e sorriu, sua família estava ali, virando-se para voltarem a guerra. As memórias de sua infância na família de mercenários, de sua adolescência perturbando-os em busca de tarefas enquanto Brandyn tentava pará-la e o começo de sua vida adulta passaram em seus olhos rapidamente, fazendo-a sorrir sozinha.

- Você ficará bem - disse Harrold, aproximando-se da amurada.

Quando preparou-se para respondê-lo alguns tripulantes apontaram para o vilarejo e puderam ver muito movimento dentre as casas, principalmente ao notarem as catapultas saindo da proteção das mesmas e parando na praia, enquanto carregavam. Ordens foram berradas, a irmã e a mão do rei puderam afastar-se da murada antes das pedras começarem ser jogadas, sobrevoando muitos metros de água e acertando em cheio a embarcação. Serena tentou processar o que acontecia, mas conforme o navio era destruído começara acordar e finalmente voltar ao mundo real.

- O que está acontecendo? - berrou para Harrold.

- Eu não sei! - gritou ele, um pouco longe dela.

Um pedregulho acertou o convés, quase ferindo-a, viu mais vindo em direção à eles e preparou-se para mandá-lo pular com ela, porém uma das pedras acertou em cheio o homem explodindo-o num jato de sangue que a congelou, então a última coisa que sentiu minutos depois foi a água cercando-a e o navio afundando.




O grupo caminhou calmamente pela vila, cercando o rei e a refém, mas diferente de quando chegaram algumas ruas estavam mais vazias que o normal, principalmente as barracas deixadas solitárias, os poucos moradores entravam nas casas ou olhavam-os mais sombrios que o comum. Os homens começaram trocar palavras, espalhando em toda guarnição para ficarem preparados para qualquer coisa.

- Estamos numa emboscada, então - comentou o rei, não parecendo muito surpreso.

Não demorou muito para serem atacados, algumas dezenas de homens os cercaram com bestas e espadas, seus soldados levantaram escudos e correram para atacá-los, enquanto alguns ficaram em volta de Daeron para protegê-lo. O Targaryen tirou sua espada da bainha junto alguns outros companheiros e ordenou que levassem Jenna depressa para longe dali. Parou para analisá-los e nenhum daqueles homens portava um estandarte ou qualquer sinal de quem serviam, vestiam algumas camadas de proteção como couro e cota de malha, mas nada além disso. Foi quando escutaram alguns barulhos de rodas e puderam ver catapultas avançando em ruas distantes.

Mapa: https://i.imgur.com/zuADaAw.png

Rhaego[Dwight]
Vestimenta: Sua armadura era leve, favorecendo a mobilidade: as ombreiras eram feitas de couro, esculpidas em quatro camadas que desciam por seu ombro, o braço era protegido por escamas do mesmo material. O peito era protegido por couro flexível e sedas coloridas esvoaçantes cobriam-lhe até o meio das pernas, por cima de calça simples e botas.
Armas: Arakh de Aço Valiriano e duas adagas com o punho em formato de cavalos-marinhos esculpidos em prata presas cada uma a um lado da cintura.

Um brutamontes de machado matou dois ou três aliados, colocou-lhe como alvo e foi em sua direção, acompanhado de dois outros homens com espadas que correram em sua direção antes que o verdadeiro perigo chegasse, afinal andava em passos lentos. Cetim surgiu em seu lado, segurando uma espada normal, o arco mantinha em suas costas, bem firme numa corda, o garoto fora um prostituto épocas passadas e sofria preconceito em sua tripulação por causa disso, mas era inegável suas habilidades.


Talia[Babi]
Vestimenta: Calças, botas de cavalaria e uma cota de malha por baixo das vestimentas.
Armas: Duas espadas curtas e uma adaga com um chifre gravado na lamina.

Matou alguns inimigos, lutava lado a lado com o rei, e ambos tiveram sua atenção chamada quando uma das catapultas mudou sua rota, virando-se para praça onde estavam, provavelmente para atirar uma das pedras contra eles.

- Eu acho que vou precisar da sua ajuda - pediu Daeron, sentindo seu orgulho ferido novamente, quando tratava-se de batalhas as duas derrotas anteriores o faziam distanciar-se da mulher nos assuntos.

Correram em direção aquilo, deparando-se com alguns homens em seu caminho. O Targaryen teria de enfrentar três deles e ela dois de espadas, precisavam ser rápidos antes que conseguissem colocar algum peso dentro da catapulta.


Droenn[Prime]
Vestimenta: Uma armadura normal, um pouco velha devido o uso, com ombreiras um pouco maiores que o normal, além da cota de malha embaixo.
Armas: Espada com a cabeça de um lobo gigante esculpida em seu punho, nomeada de Netuno. No guarda-mão, as dizeres de sua casa grafados: O inverno está chegando.

O bosque era frio e sombrio, as árvores cobertas de neve davam aquele lugar um clima mórbido e solitário. Cercado de uma guarnição formada por mais de cinquenta homens habilidosos, do Manderly ao seu lado e o Reed bem atrás, seguindo-os silenciosamente como sempre, sentia-se sozinho e incomodado, e tudo aquilo era subjugado pela ansiedade de reencontrar sua irmã, pretendia compensá-la todos dias horríveis que tivera dentro das muralhas de Winterfell sob cuidado das mãos inimigas, abusando-a. Encontraria-se com os homens de Taren num fazenda qualquer, distante de algumas vilas locais bem habitadas e um pouco depois da bifurcação de um rio.

- Por que você está aqui, Henrik? - questionou o Stark.

- Claramente fui um dos que mais recebeu desconfiança, talvez ainda seja, estou aqui em seu lado para prová-lo minha lealdade, assim como farei nos meses futuros na guerra - avisou-lhe, ainda fitando o caminho a frente.

Conforme avançavam na floresta o emaranhado sobre suas cabeças sombreava cada vez mais o caminho em frente. Poucos realmente prestavam atenção em volta, então só notaram os barulhos aproximando-se quando era tarde demais. Inúmeras flechas voaram.

Você precisa tirar 11 para não ser acertado por nenhuma.

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Duas flechas acertaram-lhe nas costas, fazendo-o cair no chão, seu cavalo afastou-se desesperado, sentiu-as quebrando-se quando colidiu no chão e adentrando mais, levantou-se com dificuldade quando o Manderly pulou de seu próprio animal para ajudá-lo, viu um grande número de inimigos cercando-lhes, pareciam homens dos esfoladores, não sabia o que pensar daquilo, diversas duvidas espalharam-se em sua cabeça, escutou um gemido e virou seu rosto para o lado, viu Henrik engasgando em seu próprio sangue, uma seta encravara-se em seu pescoço. O homem desabou em seus braços e deixou que ele caísse lentamente, vendo seus últimos resquícios de vida sumir, no silêncio e quietude, sem despedir-se de sua família ou palavras honrosas, apenas uma dolorosa e lenta morte. Ergueu os olhos e viu uma mulher sorrindo, abaixou seu arco e desviou de alguns de seus aliados atacando-a.

Levantou-se do chão, sacou sua espada e olhou em volta atentamente, viu seus homens sendo derrotados um por um e sabia que os sobreviventes não durariam muito contra o grande número de inimigos. Dois homens o rodearam, esperando que abrisse a guarda, ambos de espadas longas, do mesmo tamanho que a sua, mas não da mesma qualidade.

Mapa: https://i.imgur.com/o9bN8VC.png


Alayne[Mary]
Vestimenta: Uma camisa azul, calças marrons e uma bainha de couro.
Armas: Espada nomeada como Solar, a empunhadura negra é feita de couro e o pomo feito de prata, em formato de sol, daí o nome. Uma adaga com os dizeres de sua casa gravado na lâmina curvada: o sol no inverno. Tem a empunhadura negra e sem adornos.

Desviou de alguns golpes do filho, o garoto lutava como uma fera e não pensava antes de atacar, tudo que escolhia era violência, aquilo o mataria futuramente se não aprendesse com os erros.

- Brandon - disse Alayne desviando de outro golpe e acertando um golpe fraco em sua nuca com a parte achatada de Solar - tente não atacar os outros como se fosse uma besta, em batalha precisará de habilidade e inteligência, não apenas força bruta.

Como resposta, o garoto gritou e jogou-se contra ela, caindo no chão quando ela deu alguns passos para o lado. Riu da inocência do rapaz, ajudou-o levantar e beijou-lhe na testa. Tirou seus filhos do pátio do castelo, levando-os para o quarto, pretendia alimentá-los, normalmente iriam para o salão de refeição, mas naqueles dias de desconfiança eterna e a ausência de seu marido, perambular com suas crias não era uma boa ideia. Henrik havia desculpado-se pelo silêncio daqueles últimos dias, tentara compensá-la alegrando-a de toda maneira que pudesse, algo que cedeu facilmente, e mesmo chateando-a ao despedir-se, entendia a necessidade de seguir o Stark, ela mesmo notara os olhares desconfiados em seu marido.

- Mãe, eu quero continuar treinando! - reclamou Brandon, o menino mais velho, seus cabelos loiros e os olhos azuis vieram da mãe.

Sorriu, pediu para que umas das aias trouxessem comida e deixou que entrassem no quarto, jogando-se na cama, o mais novo chamado Landor de cabelos tão castanhos quanto os olhos começara pular em sua própria cama, causando algumas risadas na mulher, o outro escolhera jogar-se sobre ela, emburrado de não poder mais treinar com sua espada de madeira pousada em uma das paredes do quarto. Escutou a porta sendo aberta e virou-se para tirar a bandeja das mãos da serva, mas encontrou apenas três homens cobertos de couro e cota de malha adentrando no quarto, suas expressões denunciavam o que planejavam.

- O que posso fazer por vocês? - perguntou calmamente.

- Foder - respondeu o com dentes amarelos e rosto tão feio que parecia deformado.

- Cala a boca, seu idiota - repreendeu um deles.

Alayne levantou uma sobrancelha, simplesmente sacou sua espada e mandou que os filhos ficassem atrás dela, eles não precisaram de palavras e pularam das camas para ficarem colados no canto da parede mais distante do trio, o loiro segurava sua espada de madeira como se fosse servir de algo.

- Aqui permanecemos - disse o que havia repreendido o companheiro.

- Aqui ficamos - disse outro, errando o lema da casa Mormont.

- Aqui permanecemos - recitou o feio.

O primeiro possuía uma espada curta, o segundo uma adaga e o terceiro um pequeno machado.

Mapa: https://i.imgur.com/XCN2Yom.png

Última edição por Luckwearer em Ter Ago 29 2017, 23:03, editado 1 vez(es)


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Quando viu o olhar da prima para ela não sabia como reagir, fazia cerca de 12 anos que não via a mulher. No olhar dela viu os mesmos sentimentos, mas também estava confusa ao ver Talia com o outro grupo. Antes que ela pudesse dizer algo colocaram o saco de batata em sua cabeça novamente, Talia olhou para o chão pensando no que estavam prestes a fazer, mas já tinha se decidido. Na conversa com Serena tinha percebido que a família dela estava ali agora, não em Porto Real ou Ponta Tempestade. Ergueu o olhar novamente e preparou-se para se despedir da menina. Sentiria falta dela, tinha visto a garota crescer e era como uma irmã mais nova para a bastarda. Sorriu e se aproximou dela dando um abraço.

- Boa sorte, garota.

- Adeus, Talia. - Disse Serena abraçando a bastarda - Trate de cuidar desse cabeça oca como eu disse antes, prometeu-me. - Deu um sorriso e assentiu dando um passo para trás enquanto Rhaego se despedia dela.

Ficaram um tempo observando enquanto o barco partia com Serena e a mão do rei. Viu o sorriso sumindo do rosto de Daeron a medida que a embarcação ficava mais distante. Colocou uma mão em seu ombro e deu um pequeno sorriso para o homem. Tinham estado muito próximos nos últimos dias, sabia o quanto devia estar sendo difícil para ele. O homem colocou a mão sobre a dela e devolveu o sorriso.

Logo se distanciaram da praia e começaram a andar pelas ruas da vil. Diferente de antes essas estavam vazias e os moradores olhavam de dentro das casas para eles, ergueu uma sobrancelha e colocou a mão no cabo de uma das espadas, já esperando pelo pior.

- Estamos numa emboscada, então - comentou o rei. Não muito tempo depois diversos homens apareceram cercando-os, com bestas e espadas. Puxou as duas espadas e se preparou.

Olhou para Daeron que atrás de uma barreira de seus soldados puxava sua espada. Seguiu lutando lado a lado com o rei com um pequeno sorriso, sentia saudade das lutas, desde quando reconquistaram o ovo não tinha se envolvido em outras batalhas. Estavam em uma praça e a atenção dos dois foi chamada quando uma das catapultas virou para onde estavam.

- Eu acho que vou precisar da sua ajuda - Disse o rei, fazendo o ego da mulher crescer e trazendo outro sorriso ao seu rosto

- Sempre - Disse avançando para onde ele ia.

Três homens foram para Daeron e dois em Talia. Não se preocupou com o rei pois sabia que ele era capaz de ganhar a batalha. Sem muita demora desviou de alguns golpes do primeiro homem e num rodopio fez um corte diagonal no peito do inimigo que sem forças caiu. Foi em direção ao segundo desviando de seu único golpe e acertando a panturrilha do adversário. Quando ele caiu enfiou a espada em seu coração. Olhou para a situação de Daeron, ao ver que não precisava de ajuda seguiu seu caminho para matar os homens da catapulta e impedir que pedras fossem lançadas.

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Alayne lutou calorosamente com seus filhos, mas pela primeira vez sentiu o frio instalar-se em sua cabeça, descendo em dolorosas pontadas até seu peito. Sentia o frio da neve e dos arbustos da Mata dos Lobos, como se a neblina que avançava lentamente camuflada na neve a tocasse, lhe dando calafrios. Ao contrário de Braedon, que parecia ter o Sol e o fogo vivo dentro de si.

Lutava com vontade, em frenesis de força mal calculada com sua pequena espada de madeira. O pequeno loiro acalentava seu coração, onde quer que Alayne fosse, levava consigo uma pequena chama que pulava segurando-se nas suas roupas, implorando para treinar mesmo que já estivesse com suas roupas de dormir. E durante todo o processo difícil de convencer Braedon de que a hora seria mais tarde, Landor estava quieto, olhando imaginativo para qualquer objeto nos corredores ou rindo ao enfiar suas botas na neve.
Era mais tímido, seguia instintivamente sua mãe, porém tropeçava em seus próprios pés enquanto perdia-se nos seus pensamentos, que Alayne daria tudo para entender. Enquanto Braedon lutava com a loira que ao olhar segundo em segundo para trás procurando por Landor, encontrava o mais novo sorrindo para algum guarda ou tocando curiosamente as armas e flechas. Sorria junto, mas não podia negar que um pontada de tristeza tornava o simples ato mais difícil. Os cabelos castanhos e os olhos escuros que sempre brilhavam eram idênticos aos de Henrik. O sorriso tímido a lembrava dos momentos de vergonha quando eram recém casados e estavam aprendendo a lapidar os sentimentos que não haviam crescido direito.

Um sorriso que havia se tornado raro, e que os Deuses a perdoassem pelo sentimento errado e egoísta que carregara consigo desde que Henrik partira, mas malditos eram aqueles que mesmo sem intenção, arrancaram o sorriso de seu amado e o brilho de seus olhos.

Desde então, havia passado todo o tempo que podia com seus filhos, que mesmo opostos, haviam herdado um pouco do pai. Braedon, a ousadia, a coragem e o lado capaz de alegrar a pessoa mais dura, que infelizmente poucos conheciam. E Landor... que herdou a fachada contida, a mente esperta e a simpatia que encantava todos. Tal qual Alayne era horrivelmente refém.


- Mãe, eu quero continuar treinando! - O loiro explosivo que tanto parecia com a Karstark havia se jogado sobre a mãe, demonstrando o cansaço de ter falhado durante todo o treino que levou a tarde. Já o menor pareceu reservar sua energia e gastar pulando incessavelmente na cama, que estava aguentando muito bem os trancos e a insistência do garoto que parecia ter sem querer o intuito de quebra-lá.

Ouviu a porta sendo aberta e virou-se sorrindo para pegar a bandeja da mão da serva que deveria estar ali. Mas no lugar, estavam 3 homens com uma expressão que todas as mulheres que tiveram a infelicidade de cruzar com um covarde conhecia.
- O que posso fazer por vocês?
- Foder.
- Cala a boca, seu idiota - repreendeu um deles.

Respirou fundo. Sua primeira ação foi mandar seus filhos encostarem-se na parede atrás da loira, que assustados, obedeceram sem pestanejar. Ao empunhar Solar, viu Braedon a imitar e empunhar sua pequena espada de madeira e colocar-se na frente de seu irmão menor. A cena fez seu coração contrair-se e pode sentir toda suas preocupações esvaindo-se, dando lugar ao seu instinto. Pouco lhe importava que se machucasse, aquelas eram suas crias. Não iriam tocá-las. E para a má sorte daqueles 3 homens sórdidos, oque deveria ser medo cresceu como adrenalina e raiva em seu peito.

- Aqui permanecemos - disse o que havia repreendido o companheiro.

- Aqui ficamos - disse outro, errando o lema da casa Mormont.

- Aqui permanecemos - recitou o feio.

Seu inconsciente ecoou que havia avisado. Mas não havia tempo pra martirizar-se, queria apenas rasgá-los.
Golpeou bravamente o primeiro, que tinha consigo uma espada. Focou em sua mão, na tentativa de a decepar, mantendo a lâmina na mesma posição e rasgando o abdômen do homem, em um golpe rápido e preciso. O segundo portava uma adaga, portanto afastou-se minimamente, esperando o recuo de um golpe que Alayne desviou para cravar Solar em sua barriga, de cima para baixo. Assim que o homem caiu agonizando no chão, partiu para o próximo que parecia amedrontado. Pisoteou os outros dois caídos e trocou alguns golpes com o machado enferrujado e em uma brecha chutou sua barriga, fazendo-o bater na parede do corredor. Golpeou seus joelhos e movimentou-se rapidamente, enfiando a sua larga espada na garganta do infeliz.


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