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#Mesa 003 - Fire and Blood

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Babi
Chris
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description#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 4 EmptyRe: #Mesa 003 - Fire and Blood

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Os sobreviventes organizaram-se, voltando a fuga até então sucedida, separando-se em duplas que correram para diferentes direções, tentando despistar ou diminuir o número de inimigos que os seguiam. Conforme avançavam mais difícil era enxergar o que os esperava pela frente, algumas vezes os trovões clareavam a floresta iluminando os caminhos traiçoeiros cobertos de raízes e estilhaços de troncos pelo chão, a lama que parecia descer mais violentamente piorava a locomoção, algumas vezes sentiam os pés quase deslizarem.

Vocês precisam tirar 12 para escaparem dos traidores a salvo.

Babi/Josh: http://prntscr.com/9mggct + 2 da floresta
Prime/Chris: http://prntscr.com/9mggth + 2 da floresta
Dwight/Serena: http://prntscr.com/9mgh4s + 2 da floresta


Rhaego[Dwight]
Vestimenta: Roupas casuais.
Armas: Espada normal.

Serena sentia seu corpo balançando nos braços de Rhaego que respirava com dificuldade, o homem parecia correr há horas, distanciando-se da lareira que os separou e dos traidores insistentes, queria sair dos braços do companheiro e saltar no chão, levantar-se e correr ao seu lado, mergulhando na escuridão para salvar sua própria vida, mas lá estava ela, sendo carregada como um fardo. Seu sangue parecia borbulhar e ferver com o avançar na floresta, seu corpo aquecia-se a cada passo que o mercenário de cabelos azuis dava, e estranhamente sentia que o próprio parecia aquecer-se também. Estamos adoecendo?, refletiu sob a chuva encharcando seu rosto, a única coisa que poderia fazer naquela situação era observar. Virou o rosto para trás, vendo um grande número de homens seguindo-os.

- Eles estão próximos - murmurou fitando-os.

Rhaego cansado e sem fôlego só pode amaldiçoar aquele dia novamente, se dissesse algo não duvidava de cair ali mesmo, suas pernas começavam gritar para que parasse e sua visão estava ficando embaçada, os pensamentos vinham com dificuldade, apenas corria e não parava, era a única coisa que poderia fazer naquela situação. Pulou algumas raízes grandes suficientes para torcer um pé, escorregando algumas vezes no solo encharcado, mas tomando o equilíbrio em seguida. Perguntou-se se os companheiros estavam com mais sorte e, num certo momento, pensou em desistir e parar, deixando que terminassem o que tanto queriam, mas lutou contra seu corpo e continuou. Sua sorte aumentou quando a natureza iluminou-lhe o caminho uma vez, dando-lhe uma noção do que vinha à frente, sorriu ao vê-la iluminando novamente. Sabia para onde ir. Virou para nordeste, mergulhando numa área de moitas bem escondidas dentre as árvores que pareciam engoli-las na mais profunda escuridão. Parou ali para resfolegar, percebeu o coração quase saltando para fora de sua boca, seus batimentos cardíacos poderiam classificar-se num nível próximo à morte, abriu a boca, deixando que a água dos céus adentrassem, precisava de algo para molhar a garganta.

Passaram algum tempo ali, levando-o acreditar que conseguira escapar, mas quando ouviu passos naquela área a vontade de jogar-se contra eles voltara pior do que antes, cansara-se de fugir e fugir, queria vingar sua companhia pela maldita traição. Mas a garota ainda permanecia em seus braços, perdendo cada vez mais sangue, notou o quão vermelho estavam suas vestimentas. Afastou-se silenciosamente a passos curtos, talvez conseguisse avançar alguns metros e retomasse a vantagem, porém escutou-lhes gritando que os viram e obrigou-se a correr novamente, voltando à direção anterior, rumo a norte. Ou sul, não fazia ideia para onde corria. Não houveram mais trovões para clarear seu caminho, a floresta parecia fechar-se mais, dificultando-lhe o avanço, e a lama grudava em seus pés regularmente. Soube da derrota ao topar com uma clareira naquela imensidão verde, eram apenas alguns metros sem vegetação com algumas rochas e moitas. Olhou para Serena e a viu desacordada, moveu um pouco o braço e viu que estava fria, desesperou-se, não sabia se ela congelava naquela noite ou se seu corpo não carregava mais vida. Os traidores aproximaram-se, carregando espadas e outras lâminas, olhou-lhes furioso. Não queria morrer sem lutar, principalmente com a possibilidade da filha de Brandyn morta em seus braços.

https://youtu.be/OfmoyTL64R0?t=59

O chão balançou de repente, num baque. Pousou-a no chão, sacando a espada que havia roubado de um adversário, contou cerca de sete homens, preparou-se para lutar por sua vida e olhou mais uma vez para pequena garota. Quando subiu os olhos para iniciar seu último combate, deparou-se com os homens recuando, assustados com algo. Virou-se para trás quando um trovão mergulhou-lhes em luz novamente, vendo o que os assustava. Então os três remanescentes de Valyria reuniram-se pela primeira vez.

Uma criatura monstruosa escorava-se apertado dentre aqueles árvores, algumas prestes a cair, encarando-os com seus olhos carmesim, suas escamas eram brancas, tão pálidas quanto um dia nublado, seus chifres erguiam-se perfurando os troncos, enquanto seus dentes eram afiados como lâminas de aço valiriano.

- Dracarys! - gritou uma voz grave.

O monstro simplesmente abriu boca e soltou uma rajada de chamas que engoliu os mercenários, queimando-os numa velocidade assustadora. O fogo era tão vermelho quanto seus olhos. Rhaego temeu que a criatura o atacasse, mas ela simplesmente avançou, perseguindo um traidor sortudo que escapara de seu ataque. O dragão pegou-lhe pela boca e balançou-lhe até fechar seus dentes, arremessando metade do corpo para longe, enquanto o restante deslizava por sua garganta. Durante seu ataque, o mercenário foi surpreendido pela aparição repentina de um homem de cabelos azuis, era como se estivesse olhando no espelho. Uma mulher de armadura aproximou-se, seguindo-lhe, ambos derraparam no chão, caindo ao lado da garota.

- Eu não estou sentindo o pulso dela - disse o homem desesperado.

A mulher abaixou-se, encostando sua cabeça no peito de Serena, passou alguns segundos ali e ergueu-se.

- Ela ainda pode ser salva - disse, mas notou que não convencera o conhecido. - Foco, Brynn! Não deixaremos que sua irmã morra, ela não vai morrer. Não posso cuidar dela e me preocupar com você. Faça sua parte.

Os olhos de Brynn demonstravam ódio, tristeza, medo, angústia e desamparo, o misto de emoções era tão grande que era difícil chutar o que pensava. Ele não era um dos homens mais atraentes do mundo, mas era bonito, seus cabelos azuis pareciam realçar seus olhos, vestia roupas normais sob uma cota de malha velha, seu corpo parecia em forma. Virou os olhos para o mercenário de aparência semelhante analisando-lhe rapidamente.

- Aerion, dood alle totdat er niemand - levantou-se furioso de repente, berrando as palavras incompreensíveis para o dragão que esticou as asas e voou, desaparecendo nas copas das árvores. Momentos depois os mãos negras viram uma luz alaranjada surgindo no horizonte alguns quilômetros de distância. Brynn sacou sua espada, avançando para lá, provavelmente em direção ao acampamento.

Rhaego olhou para trás novamente, surpreendendo-se ao ver dezenas de homens bem armados atravessando sua vista, seguindo o dono do dragão.

- Ei, mercenário, siga-me para meu acampamento ou vá atrás dele, é sua escolha - salientou a mulher, pegando Serena no colo e levando-a para direção que corria anteriormente.

Talia[Babi]
Vestimenta: Roupas casuais.
Armas: Espadas curtas e a adaga.

Kyan[Josh]
Vestimenta: Trapos sujos e fedidos, cheio de rasgos e buracos.
Armas: Espada normal e uma adaga.

Talia ajudou o desconhecido adentrar nas entranhas obscuras da floresta, ele era alto e pesado, mas ela conseguiu carregá-lo sem muitas dificuldades. Olharam para trás diversas vezes, notando que alguns inimigos os seguiam também, parecia que separar-se não havia adiantado muita coisa. Enquanto continuavam distanciando-se da ladeira, os perseguidores aproximavam-se mais e mais, a mulher refletiu em jogar o ferido em algum buraco e tentar lutar com eles, mas poderiam ser o dobro do que viam naquele fim de mundo. Passaram muito tempo trocando entre atalhos e trilhas difíceis para atrasá-los, porém aproximavam-se cada vez mais. Quando chegaram num conjunto de pedras, os traidores estavam poucos passos de atacá-los pelas costas. Encostou Kyan numa pedra e sacou suas espadas, esperando que viessem. Três aproximaram-se, apenas eles. Nenhum carregava um arco, por sorte. Começaram um combate, estava cansada, além de carregar feridos, lutara e correra também, seu corpo estava no limite e uma dor de cabeça alastrava-se enlouquecidamente, o hidromel ainda parecia ter efeitos sobre sua pessoa. Conseguiu matar dois deles, mas o terceiro mantinha-se em pé, trocando golpes sem temor algum de perder. Numa oportunidade, ela penetrou a lâmina em seu peito e finalizou aquele inferno, deitando-se no chão, exausta. Queriam passar algum tempo ali, mas não era um dos melhores esconderijos, então continuaram avançando para procurar um melhor e só pararam quando a floresta incendiou-se de repente, viram muito ao oeste gritos e uma claridade laranja. Minutos depois viram uma criatura gigante com asas pálidas sobrevoando a floresta. Escutaram milhares de passos e pularam para trás de algumas árvores, escondendo-se.

Observaram uma grande quantidade de desconhecidos indo em direção ao acampamento, fixaram seus olhos no que parecia liderar, pensaram ter visto Rhaego, mas era outra pessoa com os mesmos cabelos azuis. Num certo momento, os olhos do homem e de Talia se encontraram, mas nenhuma palavra foi dita, ele continuou sua rota e ela se escondeu.

Droenn[Prime]
Vestimenta: Roupas casuais.
Armas: Espada com a cabeça de um lobo gigante esculpida em seu punho, nomeada de Netuno. No guarda-mão, as dizeres de sua casa grafados: O inverno está chegando.

Daven[Chris]
Vestimenta: Roupas casuais.
Armas: Arco e adaga.

Durante a longa e fria noite, dois mercenários corriam pela floresta encharcada pela chuva, os trovões ajudavam-lhes a tomar um rumo algumas vezes. Não precisavam olhar para trás para ver os perseguidores aproximando-se cada vez mais. Tropeçaram numa raiz e caíram, deslizando pela lama. Droenn levantou-se, tentando erguer seu amigo e voltar para a fuga, mas era tarde demais, os homens que os perseguiam estavam próximos demais. Uma espada girou no ar, atravessando o peito do primeiro que tentou machucar a dupla. Os traidores levantaram os olhos, vendo uma dúzia de homens aproximando-se. Quando os dois mãos negras encontraram-se cercados apenas de desconhecidos, viram duas mãos sendo estendidas para que levantassem, algo que aceitaram. O homem era charmoso, a barba engolia um pouco de seu rosto e seus olhos demonstravam seriedade, a armadura de metal parecia um pouco enferrujada.

- Continuem, mais um pouco e encontrarão um grupo nos aguardando, praticamente estão fora da floresta, lá terá um meistre para cuidar das feridas dele - disse, juntando-se ao restante de seus homens e avançando para o acampamento.

Olharam para cima, vendo uma gigantesca criatura com asas sobrevoando a floresta, logo depois viram uma grande marca laranja surgindo dentre os espaços pequenos das copas, iluminando um pouco a região.




Mapa: https://i.imgur.com/BqG8BjP.png

O mapa como sempre não é uma representação fiel, é apenas para dar uma ideia, a localização de vocês não é exatamente nessas posições.

Prime/Chris podem postar que toparam com a Babi e o Josh depois que continuaram avançando, avisando-os inclusive do que o cavaleiro disse. Basicamente, cada um tem que postar sua reação e indo em direção ao grupo que disseram ter fora da floresta. Dwight é um caso único, tu pode escolher entre seguir o Targaryen ou ir para o grupo fora da floresta, onde a mulher tá levando a Serena.

Aliás, toda aquela galera tá com tocha e a floresta depois do que aconteceu tá bem iluminada até.


#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 4 NDl7aam

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Não teve muito problema em carregar o prisioneiro de início, mas sabia que haviam vários traidores seguindo eles. O homem apoiado nela não parecia reagir a dor de uma forma comum, só tinha gemido na hora que caiu e depois não fez mais nenhum som, era como se já tivesse aguentado ferimentos muito piores que aqueles. A cabeça da mulher tinha começado a doer, provavelmente pela bebedeira, além de já estar exausta. Foi aí que decidiu parar de fugir.

Pousou o desconhecido em um monte de pedras e tirou suas espada. Três homens vieram em sua direção, os dois primeiro não foram muito difíceis de matar, mas o terceiro dificultou lutando como se não tivesse medo de perder aquela batalha. Enfiou a espada no coração do homem dando fim a persistência dele. Deitou-se no chão cansada, mas percebeu que ficar deitada poderia causar a morte dos dois.

Levantaram e continuaram a procura de um melhor esconderijo. Pararam quando uma grande claridade veio do lugar de onde estavam vindo. Em seguida avistaram uma grande besta voando por cima da floresta, e o que pareciam centenas de passos eram ouvidos na floresta. Talia e o homem esconderam-se atrás das árvores. Uma grande quantidade de homens estavam indo em direção ao acampamento, mas não eram seus inimigos como inicialmente tinha pensado. Focou-se no homem que de início tinha pensado ser Rhaego e que liderava o grupo. Por um momento ele olhou para sua direção e os olhos dos dois se encontraram, nenhuma palavra foi dita e o homem continuou seu caminho.

Esperou eles se distanciarem um pouco quando seu companheiro decidiu falar pela primeira vez:

- Obrigado... e... desculpe - Estava com uma voz cansada e carregada de dor. Talia acenou com a cabeça para ele e deu apoio novamente para o companheiro, que se segurava na árvore.

- Acho melhor continuarmos, não sabemos se esses estão do nosso lado, ou se eles vão voltar. - Disse, ainda curiosa pelo olhar que tinha trocado com o homem do cabelo azul.

Avançou o mais rápido que pode. A exaustão que estava na hora da luta tinha aumentado de uma forma que para ela era surpreendente. Quando passaram por uma clareira, mal estava se aguentando de pé, mas se obrigou a continuar. Atravessaram uma estrada, mas sabia que seguir por ela era a coisa mais burra que alguém podia fazer. Continuou acelerando o máximo que podia e torcendo para não cair naquele breu, ou deixar o prisioneiro cair.

De longe viu uma claridade em meio as árvores, mas continuou seguindo em frente. Quando saiu de trás delas se deparou com um grande acampamento. Antes que pudesse avançar mais, sua visão embaçou e era como se em sua cabeça um som muito agudo começasse a crescer. Soltou o homem que estava apoiado em si para que ele não caísse junto. A última coisa que se lembrava foram pessoas desconhecidas se aproximando dos dois.

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Foi inevitável libertar uma lamúria quando chutou uma raiz e desabou na lama junto de seu companheiro. Os calcanhares lhe davam dolorosas ferroadas e a panturrilha clamava por descanso. Levantando-se, passou o tecido ensopado da túnica sobre o corte em seu peito e estendeu o braço para Daven, mas recolheu-o no mesmo momento: traidores chegaram mais cedo do que o esperado. O primeiro atrevido abraçou o gume de uma espada e caiu de joelhos. Droenn nada pôde fazer, assistia um grupo de homens engolindo os caveiras e os corvos ─ admirou o sangue a espirrar de suas gargantas e atentou à melodia das lâminas furando seus corpos.

O Stark estava perdido. Na cabeça, uma dor perturbava-lhe junto com a vontade de entender a situação.
─ Continuem, mais um pouco e encontrarão um grupo nos aguardando, praticamente estão fora da floresta, lá terá um meistre para cuidar das feridas dele ─ memorizou apenas a barba e o rosto fechado do rapaz que desapareceu com o grupo nas folhagens.
─ Tem ideia de quem seja? ─ perguntou para Daven. ─ De qualquer forma, vamos. Piorará se isso continuar revirando-lhe as tripas ─ apanhou o loiro outra vez e seguiu.
Algo roçava as árvores por cima e as fazia chacoalhar. Droenn ouviu asas a bater e mirou curioso para o céu: uma criatura lançava puro fogo sobre as copas. Dragão? Caminhava de olhos no alto, continuando a pernada.  Aos poucos a floresta cobria-se dum alaranjado ardente.

Última edição por Prime em Qua Jan 06 2016, 22:52, editado 1 vez(es)

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Suas pernas doíam e sua respiração falhava, naqueles poucos minutos Rhaego já havia pensado em entregar sua vida ao destino inúmeras vezes, mas o fato de carregar outra nos braços ajudava-o a afastar o pensamento da mente. Notara que as gotas geladas da chuva começavam a ser engolidas por um vento morno, abafado, na medida em que seu sangue também borbulhava. Considerou a hipótese de ser a adrenalina agindo, mas sentia que o corpo de Serena também se acalorava.

Eles estão próximos. — Serena falou, quase como que cochichando. Eles não vão nos alcançar, ele pensou, você vai ficar bem, eu prometo; mas as palavras não saíam mais de sua boca. Já começava a questionar se era a escuridão que o cegava, ou se sua visão que estava lhe traindo.

Aproveitou-se dos clarões para guiar-se até algumas moitas, onde parou para resfolegar. Abria a boca para os céus esperando que as gotas da chuva caíssem em sua garganta, respirando com extrema dificuldade. Mas a garota perdia cada vez mais sangue, ambos já estavam empapados em vermelho, não podia se dar ao luxo de pausas. Ouviu o som de passos se aproximando e firmou a menina no colo, se afastando silenciosamente. Voltou a correr sem rumo quando gritos indicavam que tinham sido vistos, seus pés escorregavam e tropeçavam pelo chão, mas lutava para manter-se equilibrado. Parou novamente ao topar com uma clareira, um incomum local onde as árvores rareavam e a vegetação era escassa. Percebeu Serena desacordada e tocou-a no rosto, sentindo seus dedos gelarem. Ele caiu de joelhos, tremendo como uma folha em meio a uma tempestade, lágrimas escorriam quentes sobre suas bochechas e seu coração parecia prestes a explodir. A última vez que sentira-se tão impotente fora a três anos atrás, no enterro de Brandyn, quando se martirizava pelo ocorrido. A última vez que havia chorado.

Escutava os traidores se aproximar e sentiu o chão tremer com um estrondo, sabia que não tinha mais para onde fugir. Pousou Serena ao pé de uma árvore e agarrou a única espada que ainda carregavam, erguendo-se para enfrentar quem aparecesse. Contou sete, todos com lâminas. Abaixou o olhar mais uma vez para a garota que se apequenava encolhida ao chão, e quando o levantou novamente notou que os inimigos recuavam. Trepidavam como bandeiras ao vento, com o medo estampado no rosto enquanto acuavam e tropeçavam em seus próprios pés. Já havia intimidado oponentes antes, mas parecia improvável na atual situação.

Voltou-se para a escuridão que se alastrava às suas costas e entre os ruídos estrondosos dos trovões que se sucediam avistou uma figura gigantesca, se erguendo impiedosa sobre ele. Sabia que era um dragão quando o viu: branco como a neve sob a luz da lua, suas escamas eram pálidas e seus olhos brilhavam em um vermelho-sangue. Suas asas abriam-se colossalmente empurrando as árvores como gravetos, fumaça negra entrava e saia de suas narinas quando respirava.

Dracarys! — Bradou uma voz grave.

A fera expandiu a embocadura e emitiu uma lufada de fogo em direção aos mercenários, banhando-os em uma chama vermelha que os inflamou instantaneamente. Rhaego encarava-o incrédulo, não podia acreditar no que estava vendo. Eles estão todos mortos, — lembrava das histórias que seu pai lhe contava, sobre Aegon Veneno de Dragão e o seu infame legado, — aquilo diante de seus olhos não podia ser verdade. A besta avançou e abocanhou o traidor que conseguira escapar de sua chamas, fechando os dentes afiados ao redor de seu tronco e balançando sua carcaça. Alguns pedaços voaram no ar, jogando o que restou para cima e deixando-o deslizar para sua garganta, como um gato que brincava com seu novelo. Quando o dragão abaixou a cabeça sangue brilhante pingava entre os dentes sujos dos restos de carne.

Notou que a voz que lhe dera o comando vinha logo atrás, um homem de barba e cabelos azuis surgia, — como um reflexo de si mesmo, — acompanhado de uma mulher de cabelos negros. Ambos derraparam no chão, caindo ao lado de Serena, o que de súbito lhe assustou, fazendo-o se aproximar.

Eu não estou sentindo o pulso dela. — disse o homem, não pareciam ter más intenções, finalmente algo de bom parecia acontecer para os dois.

A mulher abaixou-se, e recostou a cabeça no peito da garota.

Ela ainda pode ser salva. — respondeu a mulher. — Foco, Brynn! Não deixaremos que sua irmã morra, ela não vai morrer. Não posso cuidar dela e me preocupar com você. Faça sua parte.

Irmã?, as peças iam se encaixando em sua cabeça, sabia que só tinha uma coisa que aquilo tudo podia significar. Recordou-se novamente de seu pai, de como ele dizia-lhe para sempre zelar e proteger o sangue do dragão, talvez tivesse-o feito até então, sem saber. O homem encarou-lhe, claramente passava por um conflito de emoções, analisando-o rapidamente. — Aerion, dood alle totdat er niemand — Vociferou furioso, berrando as palavras incompreensíveis.

Eu também gostei do seu, mas aconselho uns dois tons mais escuro. — Rhaego retrucou, arrependendo-se das palavras à medida que elas saíam de sua boca ao lembrar do dragão logo atrás. O homem não parecia compartilhar do seu singular senso de humor.

As asas do animal estalaram e ele levantou voo, fazendo as árvores tremerem. Brynn sacou sua espada e dezenas de homens surgiram da escuridão, seguindo-o em direção contrária.

Ei, mercenário. — chamou-lhe a mulher — Siga-me para meu acampamento ou vá atrás dele, é sua escolha - Concluiu, pegando Serena no colo e levando-a para direção de que veio.

Ah, claro. Eu atravesso milhas correndo com uma menina ferida no colo e a entrego para os primeiros estranhos acompanhados de um dragão que eu encontrar. — Rezingava, abaixando a espada. — Além do mais, eles tem um dragão enorme, para que precisariam de mim? — Continuou a resmungar, seguindo a mulher em direção ao acampamento.


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O último momento que Daven lembrara de estar consciente do que fazia foi pouco antes de ser atingido pelas flechas inimigas.

Rolou barranco a baixo deixando seus ferimentos mais graves ainda, estava totalmente fora de si devido a dor e pouco de alcoolismo restante em seu corpo.

- Ai.

Droenn o ajudara levantando-o e o auxiliando na fuga dos mercenários. A dor do seu corpo combinada com o cansaço só aumentava. Estava completamente confuso.

Sem muita noção, não pode deixar de notar o resgate feito pelo homem misterioso. Não prestara muita atenção no que o mesmo dizia, estava cheirando o ar com uma feição de dor e confusão.

─ Tem ideia de quem seja? ─ perguntou o Stark para Daven. ─ De qualquer forma, vamos. Piorará se isso continuar revirando-lhe as tripas ─ apanhou o loiro outra vez e seguiu.

- Eu tenho uma pergunta melhor: Por que só consigo sentir cheiro de sangue? - rebateu o arqueiro com dificuldade para falar.

Sentiu-se novamente carregado e foram em direção ao local onde estava o meistre.


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O céu cinzento projetou uma imagem escura naquela região entre florestas, transformando o dia em noite mais cedo do que era comum. A água da chuva misturava-se com o sangue dos mercenários mortos no chão, uma junção da qual Kyan estava constantemente movimentando seus pés sobre.

Correu até a floresta com a dupla e outros Blackhand que se juntavam a eles, deixando para trás todo aquele massacre que lhe incomodava interiormente, mas sem demarcar esta emoção no rosto vazio e molhado. Não era muito percebido no grupo, mas os ataques de Kyan os ajudavam a avançar depressa. Gostaria de regressar e procurar sua espada, mas poderia ser perda de tempo, considerando que a lâmina pode ter sido vendida por um bom preço. Sentiu-se triste com isso, dado o tamanho significado que aquela arma tinha para si.

O caminho era lamacento e liso, não muito fácil de tropeçar, mas escorregar talvez fosse uma possibilidade. O grupo foi forçado a correr bastante rápido quando encontraram em suas costas os inimigos seguindo-os e atirando flechas, conseguindo manter uma certa distância, mas ainda não sendo suficiente para despistá-los.

A vista de uma floresta escura próxima era auspiciosa, mas o que atraiu os olhos de Kyan foi a pequena ladeira que a precedia, onde teriam que atravessá-la de um jeito ou de outro. Não encontraria problemas em passar pela descida, mas a onda de flechas que atravessou a garota, um Blackhand e inclusive o próprio Kyan removeu o pensamento otimista. Foi acertado por uma ponta afiada no ombro esquerdo, causando-lhe uma pequena dor que o lembrava de seu passado, que acabou atrapalhando seu caminho e o fazendo cair da ladeira desajeitadamente, rolando no chão. Quando por fim parou de descer, sentiu que quebrou sua perna em um dos movimentos, impedindo-o de andar sozinho.

A sua falta de angústia era visível para quem estava por perto. Por mais que doesse, os ferimentos de Kyan não eram um real problema. Ele havia sido derrubado por inimigos enquanto fugia com mercenários que não o conheciam. Qual seria a chance de sobreviver naquela situação? Por mais que se arrastasse, uma hora seria encontrado e morto brutalmente pelas duas companhias traidoras. Imaginou que o abandonariam ali e seguiriam o caminho, sem se atrapalhar ou se importar com sua incapacidade de ir em frente.

Estava deitado de olhos para o céu, deixando cair muitas gostas em seu rosto enquanto observava as nuvens. Viu a figura de um bebê, com uma textura de fumaça negra, parecendo sorrir e olhar para Kyan. Depois, viu a sombra de uma mulher, molhada pela chuva, o encarando. Logo supôs que era uma inimiga que iria matá-lo naquele instante. Fecharia os olhos para aceitar sua morte, mas percebeu em instantes que era uma das garotas Blackhand. Ela ajudou-o a se levantar, deixando o guerreiro se apoiar no seu ombro para levá-lo junto. Por que está me ajudando? Perguntou-se. Não entendia o motivo de uma mercenária como ela se esforçar tanto para prolongar a vida de um prisioneiro que mal conhecia. Acreditou que ela tinha um bom coração, talvez a única que o ajudaria.


— Espero que você consiga mancar rápido, grandão – ouviu-a dizer. Parecia ser uma guerreira forte e determinada. Não conseguiu falar nada e não demonstrava nenhum sentimento em seu rosto. Preocupava-se em ser o possível motivo da morte da garota, caso os inimigos o alcançassem.

Kyan conseguia ouvir os passos dos traidores cada vez mais próximos. Gostaria de poder utilizar sua espada e matar todos eles, mas suas condições não o permitiam nem ao menos se locomover sozinho. A garota continuava utilizando suas forças para ajudar o ex-prisioneiro, tentando ir por vários caminhos diferentes na floresta para fazer os perseguidores perderem os dois de vista. Porém, eles só se aproximavam mais e mais, até que não era mais possível fugir sem lutar com os que estavam atrás.

A garota encostou Kyan em uma pedra para lutar com três homens que estavam perto deles. Observou o quanto ela estava cansada, respirando com não tanta facilidade e movimentos mais lentos do que antes. No entanto, facilmente dois foram abatidos pela guerreira. Para acabar com o terceiro foi necessário mais tempo e esforço, mas também foi finalizado. Viu-a deitar-se no chão, exausta de tanto correr, carregar o homem e lutar. Perguntou-se por quanto tempo ainda conseguiriam fugir e refletiu seriamente se deveria mandar a mulher ir sem ele, para ter mais chances de sobreviver.

Toda aquela ambientação melancólica desapareceu quando observaram o arvoredo incendiar-se. Ouviram muitos gritos e passos, deixando-os aflitos sobre o que acontecia naquela situação. Kyan surpreendeu-se quando viu uma criatura branca sobrevoando as árvores. Nunca havia visto algo parecido, mas não tinha tempo para vê-la mais de perto. A dupla escondeu-se por trás de umas árvores para poderem ver o que se passava por ali. O homem de trapos negros se apoiava em um tronco.

Um grande grupo de pessoas caminhava em direção a um acampamento próximo. Um dos homens, o suposto líder, tinha um cabelo azul, igualmente a um dos Blackhand que antes estava com eles. Ele encarou a garota ao seu lado por um momento, mas nada disse ou fez, ignorando os dois e seguindo seu caminho. Supôs que não faziam parte dos mercenários traidores, o que o aliviou.

Kyan focou seus olhos na garota por um tempo. Era bonita e forte, não parecendo que desistiria em algum momento. Era bastante grato pela ajuda, mas achou que seria melhor se afastar dela quando estivesse segura. As pessoas ao seu redor e com quem se importava sempre acabavam mortas, e não queria que o mesmo acontecesse com a mulher, nem com nenhum dos Blackhand.

— Obrigado... - iniciou, com um pouco de dificuldade para falar por conta de sua exaustão e as dores no corpo. - E... Desculpe... - achou que seria um bom momento para agradecer pela ajuda, e se desculpar por ser um peso em sua fuga que a impedia de seguir com mais agilidade e menos visibilidade.

A garota acenou como resposta e deu seu ombro para fazê-lo andar novamente.

— Acho melhor continuarmos. Não sabemos se esses estão do nosso lado ou se eles vão voltar – ela sussurrou, enquanto avançavam pela floresta.

Kyan não sabia o que pensar daqueles homens. Não os atacaram e nem os ajudaram, o que simbolizava que tinham alguma missão a completar naquela floresta. Considerou que a criatura alada fazia parte disso, mas não saberia dizer se estava com eles ou contra. Se fosse um inimigo, tornaria-se um grande problema para a dupla caso a encontrassem novamente. Não estavam com condições para enfrentar um monstro.

O cansaço de sua parceira incomodava-o bastante, mas não pelo fato de que teriam uma grande desvantagem em relação a futuros inimigos na floresta, e sim porque era a primeira vez desde muito tempo que alguém se importava se Kyan estava vivo ou não. E ela mal o conhecia. Prometeu a si mesmo que algum dia retribuiria esse favor, caso sobrevivessem.

Após um longo avanço, os dois encontraram um acampamento. No entanto, a Blackhand estava muito exausta, fazendo-a soltar Kyan antes de despencar no chão. Pessoas desconhecidas se aproximavam, e o destino da dupla iria ser decidido ali. Aguardou enquanto encarava o céu mais uma vez, considerando que talvez fosse a última.

Última edição por Josh em Sáb Jan 09 2016, 12:36, editado 7 vez(es)

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#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 4 R9MV4Gv

O terror do obscuro bosque que escaparam parecera modificar-se para um calmo e relaxante descanso mais rápido que poderiam imaginar. O grupo reunira-se inesperadamente alguns quilômetros à norte, deparando-se com um acampamento cheio de homens de armaduras e cotas de malha, passeavam com suas bainhas ocupadas por espadas afiadas e de alta qualidade, suas aparências variavam de homens feios e homens atraentes, as mulheres escondiam-se em camadas de proteção, mal podiam ver suas curvas, mas em grande maioria aparentavam possuir beleza. Os dois feridos foram levados à uma pequena tenda onde foram cuidados por um meistre, mesmo jovem mostrava habilidades fora do normal, manuseava suas mãos com extrema funcionalidade, ajustando a perna do antigo prisioneiro, fixando-a entre dois pedaços de madeira amarrados com uma corda forte suficiente para que não arrebentasse tão cedo. Tudo parecia desenrolar-se bem para os mãos negras, receberam alimentos e panos para aquecerem-se, algo que receberam de agrado, esticando seus braços para fogueira recém acessa.

Por outro lado, sob a visão de uma gigantesca criatura pálida, os mercenários mergulharam na clareira onde o acampamento das três companhias repousavam, caminharam na carnificina explorando as tendas e cadáveres em busca de algo útil, enquanto o homem de cabelos azuis correra para o lugar mais óbvio, a maior tenda. Seus homens reuniram-se em volta, esperando que voltasse, ele saiu com ódio nos olhos, parecia prestes a descontar em alguém, mas acalmou-se, respirando fundo. Avisou que não havia nada ali, forçando a voz mais calma que poderia encontrar, mas estavam a tempo demais com ele para não saber quando queria explodir e atacar o que visse pela frente, era um bom homem, mas seu temperamento não era uma das suas qualidades, por mais que conseguisse controlar. Como poderiam jugá-lo? Não era surpresa para nenhum deles que iriam para aquela missão salvar sua irmã e recuperar o ovo. Não conseguir nenhum dos dois irritaria qualquer um, principalmente quando a primeira falha fora tão feia.

- Está tudo bem, irmão - disse um de pele escura, abraçando-lhe. Garren Fyllys fora um escravo desde criança, trabalhando até a exaustão nos palácios da família Essolis, libertado pelo Targaryen indignado nas maneiras abusivas e cruéis que os nobres tratavam seus subordinados, muitos dos homens que estavam ali eram homens livres de correntes. Tornaram-se melhores amigos não muitos depois, crescendo juntos até que puderam finalmente usar suas espadas num grupo de mal feitores pelas rondas. Harrold ensinara-lhes desde criança que não poderiam ser infectados pelo pior erro de um cavaleiro: a arrogância. Desde pequenos receberam poucos tratamentos dignos de uma soberania, o que era comum para o rapaz, mas não para Brynn, sofrera muito até acostumar-se com as dificuldades da vida.

O grupo abandonou o local quando o dragão afastou-se, dirigindo-se para os campos e montanhas que tanto adorava. Brynn controlava-o o suficiente para que não fosse uma ameaça para si e seus companheiros, mas não o suficiente para que parasse de afastar-se quando bem quisesse. Ainda era uma criatura selvagem. Chegaram em seu acampamento momentos depois, vendo os sobreviventes da traição sendo cuidados. O Targaryen foi imediatamente para tenda onde cuidavam de sua irmã e não saíra dali até que ela pudesse ser movida para uma carroça, assim como os outros feridos. Serena acordara algumas vezes, mas apenas por alguns segundos, antes que desmaiasse novamente. Dois dias passaram-se e todo acampamento foi desfeito, arrumaram-se em fileira e saíram dali. Os mãos negras apenas seguiram o grande grupo na excursão, notando a distância enorme que cobriam. Só descobriram o objetivo deles quando viram muralhas de pedra eclodindo das árvores que as circundava, era uma pequena fortaleza que protegia um castelo bem bonito.

Desmond foi uma das várias surpresas daqueles últimos dias, o homem aparecera de repente na fileira, estava ferido, mas vivo. Foi ele que clareou a situação. Começou explicando quem era o homem de cabelos azuis que liderava a fileira, contando a história da Guerra das Tormentas, quando o continente de Westeros abandonaram a linhagem de reis Targaryen e declararam Jan Baratheon como seu novo rei. O Baratheon mandou que matassem todos de sangue do dragão, mas havia apenas um para eles, dois para os subordinados fiéis da família. Serena Blackhand era um bastarda do rei Aenys, levada daquele lugar para sua própria salvação, e Brynn era Daeron Targaryen, o herdeiro legitimo do trono, levado ainda criança de Porto Real por Harrold Goodbrother, a mão do rei. Desde então escondiam-se no continente, longe da sabedoria dos Sete Reinos.

- Contar isso para meia dúzia de mercenários não foi muito esperto, na minha opinião - disse o loiro, deitado na carroça ao lado de Kyan, parecia processar aquilo mais rápido que o resto do grupo, e mesmo assim todos pareciam confusos e chocados com aquelas informações. Para o antigo prisioneiro, aquilo era muito interessante, não conhecia muito sobre Westeros e toda aquela história fora bom para passar o tempo, enquanto levavam-lhes para seja lá onde.

- Eu não sou o único que fazia parte da companhia relacionado à esses homens.

- Brandyn também, não? - Rhaego soltou, sabendo a resposta sem que respondesse.

- Sim, ele há muito tempo fizera parte da guarda real de Jaehaerys. Jurou fidelidade a nosso grupo rapidamente, prometendo proteger a garota como se fosse sua filha, e por mais que no começo tentara não apegar-se a ela, anos depois eram pai e filha - respondeu mesmo assim, ficando em silêncio depois.

Descobriram outras coisas dentro do castelo, sabiam da história de Garren Fyllys e os outros escravos que lutavam pelo Targaryen. Sabiam da infância rigorosa que o homem teve que enfrentar, os poucos privilégios que recebera, crescendo com sabedoria do mundo cruel que vivia, não era o tipo de nobre que enojava-se com a vida do campo, habituara-se a locais assim. Desde cedo fora ensinado em táticas, linguás, culturas e religiões, todo o ensinamento que um rei deveria ter. Conheceram inúmeras pessoas durante os dias que descansaram no castelo, mas a pessoa mais destacável fora uma bela mulher sempre vestida de vermelho, seus cabelos pareciam estar em chamas e seus olhos eram tentadores. Melisandre olhava-os com curiosidade, sempre seguindo o Targaryen. Ele mesmo era visto por eles poucas vezes, sempre que estava no castelo ia direto para o quarto de Serena para checá-la e depois caminhava apressado para saída. Uma vez tiveram a oportunidade de vê-lo subindo no dragão branco e sumindo nas nuvens.

O grupo de mercenários alimentava-se no hall do castelo, sempre juntos, inclusive o antigo prisioneiro, não sabiam em quem confiar ali, até mesmo Desmond parecia estranho depois da conversa na fileira. Escutaram alguns barulhos estranhos do céu e viram o dragão surgindo das nuvens, souberam que havia pousado fora do castelo no impacto que balançou o chão e tirou um pouco do conteúdo dos copos que bebiam, sempre ficavam fascinados pela criatura e surpresos pela normalidade que o restante do castelo tratava algo incomum e único. Observaram o Targaryen fitando-os outra vez, mas passando direto, indo novamente em direção à Serena, porém daquela vez fora por um minúsculo espaço de tempo, voltou minutos depois, carregando uma besta, parecia pronto para caçar.

- Chega dessas saídas! - gritou alguém. Harrold Goodbrother saiu das sombras, entrando no hall e parando a atividade de todos ali, estava acompanhado de Melisandre.

- Tenho certeza que consigo passar algumas horas fora de sua vista sem ser morto - disse Brynn. - Eu tenho um maldito dragão ali fora, com o que se preocupa?

- Não estou preocupado com a situação de seu corpo, estou preocupado com o que se passa na sua cabeça. Você tem sua irmã pela primeira vez depois de anos, a menina que você sempre reclamou de não poder crescer junto, e a primeira coisa que você faz é fugir? O que está acontecendo com você, Brynn?

- Eu visito-a todos dias, e todos dias eu a vejo piorando. Não me culpe por procurar uma distração - respondeu, virando-se para os portões.

Harrold sacou sua espada, acertando o lado achatado na orelha de Brynn.

- Qual o seu problema? - questionou ele, furioso.

- Desde criança você sempre preferiu afogar as preocupações e tristezas - falava circundando-o - em treinamento, uma vez ou outra eu o via trocando golpes com Garren. Faça isso agora comigo.

- Eu não vou lutar com você - respondeu.

- Então apanhe - Harrold levantou a espada e desceu no homem que sacou a sua por instinto e defendeu-se. O dragão subiu, saindo dali, cansado da espera. O Targaryen olhou para a criatura afastando-se e suspirou.

- Se é o que você tanto quer - disse sorrindo pela primeira vez desde que sua irmã fora encontrada naquela situação. Os mãos negras souberam de sua personalidade durante a estadia, todos os subordinados disseram que se havia algum ótimo lorde para eles era aquele homem. Sempre de bom humor, tratava todos com o máximo de educação que sabia, era extremamente fiel à seus aliados, protegendo-os com a vida. Mas o temperamento era seu problema, irritava-se fácil e na fúria tornava-se uma fera. Ensinado em todas táticas de combate, dominava-as como um ótimo comandante, mas na grande parte do tempo preferia fazer as coisas na hora, sua felicidade verdadeira era durante uma batalha, ele amava o campo de batalha, mesmo que tivesse participado de pouquíssimas, talvez fosse por isso que o tentava tanto. Tudo isso significada que era uma pessoa chamativa, mas desde que o conheceram de vista apenas viram amargura e tristeza, além do total desinteresse neles. Mas ali, lutando com Harrold, divertia-se como nunca, sorria como se fosse uma criança recebendo um brinquedo.

O combate terminou com a vitória do Targaryen, posicionando sua espada alguns centímetros da garganta do ruivo. Os dois abraçaram-se e todos os moradores do castelo pareceram aliviar-se, seu lorde estava de volta. Enquanto os trabalhadores voltavam à suas atividades, os mãos negras observaram outros combates iniciando-se. Naquela hora viram pela primeira vez a mulher de cabelos vermelhos sorrindo, voltando para o interior do castelo.

- Lute comigo - exclamou Talia ao vê-lo ganhar todos seus cavaleiros.

- Quem é você? - perguntou.

- Sua oponente - respondeu Talia.

O Targaryen franziu o cenho com a resposta, mas aceitou a proposta, jogando uma espada cega à ela. A Blackhand pareceu um pouco surpresa, esperava de alguém como ele cercado de homens e nascido na cultura de Westeros, mesmo em Essos, um preconceito por ser mulher, mas ignorou e agarrou a espada no ar. Preparam-se, posicionando-se enquanto os cavaleiros soltavam piadas, provocavam dizendo que perderia para a rainha da beleza.




Vocês todos descansaram em quartos espalhados pelo andar dos trabalhadores, comiam na sala deles e grande parte do dia ficavam no hall que era um lugar muito bonito, o centro era um grande quadrado de terra e possuía um curral onde os animais e cavalos ficavam, em volta era um jardim belo com árvores, plantas e flores. Nenhum de vocês tiveram muito contato com as pessoas significantes dali, apenas os trabalhadores.

Mapa: https://i.imgur.com/pl1dddb.png

Talia[Babi]
Vestimenta: Roupas casuais.
Armas: Espada cega.

Quando você chegou no castelo, a primeira roupa que entregaram-lhe foi um vestido, negou-lhe rapidamente, pedindo roupas mais masculinas, algo que as criadas estranharam.

Agora você está de frente a Brynn, ambos encarando-se.

Droenn[Prime]
Vestimenta: Roupas casuais.

Estranhamente, mesmo com seus amigos machucados, você foi o mais bem cuidado ali, recebendo o melhor quarto do andar dos criados. No segundo dia que voltara para o quarto de noite, deparara-se com a mulher de cabelos vermelhos analisando sua espada, coçou a garganta e ela virou os olhos para ele, não surpresa com sua presença.

- Pense bem em suas escolhas, Droenn Stark, e nas escolhas que resultarão dela. Terá um futuro brilhante ou um destino cruel? - disse sorrindo, a última parte como se caçoasse dele. Entregou a espada e saiu do quarto sem dizer outras palavras. Desde então a mulher dera poucas chances para que questionasse o que falara.

Agora você está com seus companheiros, num banco, alimentando-se.

Rhaego[Dwight]
Vestimenta: Roupas casuais.

Frequentemente algum criado chamava-lhe de lorde, notando em seguida que era outra pessoa, algo que o fazia rir sempre.

Agora você está encostando numa árvore, sob suas sombras.

Daven[Chris]
Vestimenta: Roupas casuais.

Você foi o que mais aproveitou da mordomia, sempre chamando as criadas mais jovens para seus banhos, elas vinham fascinadas pelo jeito galanteador e sua beleza.

Agora estava jogado no banco, observando as pessoas no pátio. Havia um pequeno grupo de amigas olhando-lhe, quando virou para vê-las, viu-as rindo e olhando para outra direção.

Kyan[Josh]
Vestimenta: Roupas casuais.

Sentia-se estranho naquele lugar, os mercenários que o acompanharam recebiam uma confiança estranha dos moradores do castelo, mesmo os mais importantes, mas ele sempre recebia olhares estranhos que pareciam piorar com o tempo. Sabia que mais cedo ou mais tarde acabaria expulso daquele lugar.

Agora estava em cima de um toco de madeira, alimentando-se. Você ainda está com os pedaços de madeira amarrados na perna, para sua recuperação ser mais rápido e com sucesso, o meistre recomendou-lhe não mover muito a perna. Utilizava uma muleta de madeira pra apoiar-se.

Última edição por Luckwearer em Qua Jan 13 2016, 17:27, editado 1 vez(es)


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description#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 4 EmptyRe: #Mesa 003 - Fire and Blood

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Não ficaram muito tempo no acampamento do Targaryen, foram andando até que chegaram em um belo castelo com uma pequena muralha. Desde que tinha acordado não havia falado nada, ainda tentava digerir todas as mortes que aquela traição tinha causado. A companhia agora se resumia aos poucos Blackhands que estavam com ela.

Ao chegarem no castelo foi oferecido a Talia um vestido que ela logo recusou pedindo roupas mais masculinas. Só usava vestidos quando era menor e acontecia banquetes importantes em ponta tempestade, de resto, ela sempre preferiu um calção e uma camisa. Ja estavam no castelo durante sete dias, mas ainda sentia uma grande raiva e tristeza pelos companheiros perdidos. Durante o tempo que ficaram no castelo não tinha conversado muito, tudo que queria era liberar essa raiva de alguma maneira.

Também queria saber o que estava acontecendo com Serena, mas sempre que via Brynn entrando e saindo do quarto dela, ele parecia cada vez mais preocupado com a irmã. Em um momento quando estava sentada com Kyan, viram o dragão descendo do céu com o homem em suas costas. Quando ele foi para o quarto da irmã, passou fitando os Blackhands com aqueles seus olhos que a deixavam curiosa, por as vezes parecer azuis e as vezes parecerem purpuras.

Algum tempo depois ele saiu com uma besta, mas antes que pudesse montar no dragão um homem o impediu e fez com que o de cabelos azuis lutasse com ele. Pela primeira vez viu um sorriso no rosto do Targaryen, sabia como ele se sentia, não havia nada melhor que uma luta pra deixar ela esquecer de todos os problemas.

Depois que Harrold perdeu, Brynn continuou lutando com outros homens, Talia levantou-se e foi caminhando em direção ao lugar onde estava acontecendo as lutas. Precisava de um alivio também. Ficou observando até que outros homens haviam perdido. Saiu do meio das outras pessoas que observavam e exclamou:

- Lute comigo

- Quem é você? - Perguntou o nobre

- Sua oponente - Respondeu Talia com um sorriso de canto.

O homem franziu o cenho mas jogou uma espada cega para ela. Ficou surpresa por ele não falar nada sobre ela ser uma mulher. Em volta ouvia os homens falando que Brynn perderia pra rainha da beleza, deu um sorriso ao ouvir aquilo.

-Eu preferiria se fossem duas espadas, mas acho que uma é o suficiente.- Disse ela se preparando pra luta

Ficaram se encarando um pouco até que o homem foi na direção dela. trocaram alguns golpes, ate que em um dos golpes Talia se esquivou e acertou um chute na barriga dele, fazendo com que ele cambaleasse. bateu a espada na cabeça do homem e deu uma rasteira nele. Quando ele caiu no chão, a bastarda pisou na mão do nobre fazendo ele soltar a sua espada.




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Sequer imaginava quem eram aquelas pessoas, mas aceitou todos os agrados lhe oferecidos. Ao meistre entregou o companheiro Daven, incerto de suas aptidões em razão do aspecto jovem. Julgara errado: o prisioneiro e o loiro não poderiam ter um melhor tratamento. Com o tempo, os efeitos do hidromel desfaziam-se, assim como as pancadas na cabeça irritavam-lhe cada vez mais.

A beleza pálida do dragão o fascinava e o rapaz a montá-lo lhe despertava a curiosidade, além de lembrar o tyroshi cabeça-azulada, tamanha era a semelhança que perguntaria sobre as intenções de Rhaego em cima da criatura para qualquer companheiro próximo. Seus pensamentos voavam longe, para lá do Mar Estreito, no Rochedo Casterly e em Winterfell ─ o que seria feito de seu lar? O que seria feito de Dania? Arrancaria tudo de importante na vida de quem fizesse qualquer mal à irmã. Questionava-se também sobre o futuro dos mãos negras, porém, engoliria uma possível falência e rumaria Westeros para aplicar justiça, mesmo que custasse-lhe a vida.

Para clarear a situação, Desmond encarregou-se de explicá-la durante a viagem. Droenn fora pego de surpresa quando o rapaz deu as caras, considerava-o morto. Contou-lhes de Serena, de Brynn e de tudo o que precisavam saber. O Stark ouvia-o atentamente, revelações saíam umas atrás das outras. Nunca suspeitaria de nenhuma delas.

Muralhas ascendiam, anunciando que estavam próximos do castelo. Deram-lhe um quarto bastante agradável e espaçoso, apesar de que até mesmo o curral seria suficiente para uma boa noite de sono. Por que não reservar um destes para os necessitados?
No segundo dia que voltara para o quarto de noite, deparara-se com a mulher trajada em carmesim que poucas vezes viu. Os longos cabelos ardiam num vermelho tão profundo quanto o do vestido, avivando o olhar azul. Tateava a lâmina de Netuno com delicadeza.

─ Pense bem em suas escolhas, Droenn Stark, e nas escolhas que resultarão dela. Terá um futuro brilhante ou um destino cruel? ─ a mulher exibiu-lhe um sorriso misterioso e entregou a espada. O mão negra tentava desvendar os dizeres enquanto a assistia caminhar para fora do quarto. Aprisionou os segredos daquela moça em sua mente, teimoso em descobrir quem era ela para aconselhar-lhe de seu futuro, como se o previsse.

Depois de terminar seu banquete, dirigiu-se para fora. Recheou o peito do ar fresco e soltou, sentando no banco mais próximo para fazer a comida descer. Não apreciava mais o confinamento e a monotonia de um castelo, a vida de mercenário mudara alguns de seus gostos. Pássaros cantavam acima de Rhaego e o desconhecido mordiscava uma refeição ali perto. Ao seu lado, Daven, que como de costume, estava sendo alvo das moças. Brynn e Talia preparavam-se para um duelo sobre a terra, o cabeça-azulada podia ter suas manhas, mas o Stark não subestimaria a mercenária.

─ Como vocês acham que serão as coisas a partir de agora? ─ perguntou para qualquer um, assistindo o início do combate.

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Babi escreveu:

-Eu preferiria se fossem duas espadas, mas acho que uma é o suficiente.- Disse ela se preparando pra luta

Ficaram se encarando um pouco até que o homem foi na direção dela. trocaram alguns golpes, ate que em um dos golpes Talia se esquivou e acertou um chute na barriga dele, fazendo com que ele cambaleasse. bateu a espada na cabeça do homem e deu uma rasteira nele. Quando ele caiu no chão, a bastarda pisou na mão do nobre fazendo ele soltar a sua espada.


Você precisa tirar 6 para concluir essa ação.

http://prntscr.com/9o012c + 3


Os dois entreolharam-se enquanto circundavam o campo, observando o adversário com atenção. Brynn tentou golpeá-la, mas a mulher desviou e começou uma troca de golpes que só foi terminar quando acertou-lhe um chute no estomago, depois de empurrar a espada para cima com um golpe. Ele recuou, sem ar, soltando uma risadinha e empolgou-se para o restante do combate, fitando-a com mais atenção. Talia notara que mesmo brincando ele sabia o que estava fazendo, então decidiu esforçar-se mais, iniciando outra troca de golpes. Num certo momento, abaixou-se de um golpe e desviou de outro, girando e acertando sua orelha com a parte achatada da espada.

- Por que sempre na orelha? - questionou ele, irritado.

A Blackhand aproveitou-se da distração e quando ele se virou para enfrentá-la, recebeu uma rasteira que o fez cair e como reflexo apertou o punho da espada com mais força e preparou-se para tentar distanciá-la dali, porém rápida como uma gata pisou em sua mão e colocou a ponta da lâmina em seu pescoço, obrigando-lhe a soltá-la. No final das contas, havia ganhado. Os cavaleiros começaram rir e até mesmo a seriedade de Harrold pareceu cair por alguns segundos. Talia estendeu a mão, ajudando-o levantar.

- Parabéns, oponente, você acaba de me envergonhar na frente de todos meus companheiros - murmurou apenas para ela, pegando a espada do chão e jogando para alguém próximo da pequena prateleira de espadas.

- Meu nome é Talia - disse, jogando-a também.

- Brynn... ou Daeron Targaryen, como você já deve saber a essa altura - revelou seu nome também e apertaram as mãos. - Provavelmente Brynn seria melhor, para manter o disfarce em pé. Onde aprendeu a lutar assim? Talvez eu precise de umas aulas depois dessa humilhação - brincou, sorrindo.

Última edição por Luckwearer em Qua Jan 13 2016, 17:28, editado 1 vez(es)


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O combate durou alguns minutos até que a mulher derrubou o homem e colocou a espada na garganta dele. Ao seu redor todos os que acompanhavam a luta estavam rindo da situação do Targaryen. Abriu um sorriso pra ele e estendeu a mão para ajuda-lo a levantar.

- Parabéns, oponente, você acaba de me envergonhar na frente de todos meus companheiros - murmurou apenas para ela, pegando a espada do chão e jogando para alguém próximo da pequena prateleira de espadas.

- Meu nome é Talia - disse, jogando a sua espada também

- Brynn... ou Dareon Targaryen, como você já deve saber a essa altura - revelou seu nome também e os dois apertaram as mãos. - Provavelmente Brynn seria melhor, para manter o disfarce em pé. Onde aprendeu a lutar assim? Talvez eu precise de umas aulas depois dessa humilhação - brincou o homem sorrindo para ela.

- Aprendi em Ponta tempestade, eu treinava com meus primos quando eu ainda era uma garotinha, o resto eu aprendi na companhia. Quem sabe eu te ensine, talvez assim você ganhe de mim algum dia, Brynn - Disse com um sorriso brincalhão pra ele.  Antes o homem apenas saia e ficava com aquele olhar triste quando via Serena, mas tinha descobrido como ele realmente era, e admirava nobres assim.

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─ Como vocês acham que serão as coisas a partir de agora? ─ perguntou Droenn para qualquer um.

- Repletas de prazer. - respondeu Daven olhando as três belas jovens que o encaravam, cochichavam e riam.

O mesmo trocava olhares com as moças e estava prestes a ir até elas, porém tem sua atenção chamada pela batalha de Talia contra o tal Brynn.

Deu uma breve risada debochada ao ver o homem ser derrotado pela mulher. Após isso, tentou não dar muita atenção para os dois e voltou a dialogar com Droenn.

- Só sei que eles não estão dando toda essa mordomia para nós de graça. - falou mudando sua feição para seriedade. - Só nos resta saber o que teremos que dar em troca.


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Fayth, pensou, enquanto estava deitado na cama do seu quarto, dentro do castelo que tinha acabado de chegar. Fitava o teto com olhos relaxados, refletindo sobre toda a situação em que havia entrado. Recuperou suas forças quando foi bem alimentado, teve cuidados médicos e finalmente tinha conseguido dormir depois de tantos dias naquela cela. Estaria pronto para voltar à ativa em Essos em seus trabalhos comuns se não fosse aquele grupo de mercenários, os mãos negras. Os Skullhead provavelmente ainda estavam vivos e impunes, enquanto os Blackhand foram devastados e estavam a um passo do seu fim. Sentia que precisava fazer algo, mas sem certeza ainda do quê.

O castelo lhe parecia um bom lugar para se ficar, mas ainda não tinha confiança em seus habitantes. Todos lhe eram estranhos, assim como era um estranho para eles. Eles sabiam que Kyan não era um Blackhand pelo seu modo de vestir quando o encontraram, mas por estar junto da companhia o trataram igualmente. No entanto, parecia que a cada dia que se passava os olhares sobre ele simbolizavam uma expulsão próxima, ou talvez seria preso novamente? Não gostava da ideia, e por isso refletiu se deveria fugir dali e deixá-los em paz.

Levantou-se da cama, encarando o seu reflexo no espelho à frente. Seu rosto ainda era tão sombrio quanto quando era prisioneiro, apesar de estar com saúde e condições muito melhores. Agora mais uma cicatriz estava desenhada em seu corpo. Outra flecha, refletiu, lembrando de como ganhara a primeira marca. Se me deixar ser acertado por uma terceira, estarei morto. Movimentou seu ombro para testá-lo, e felizmente estava bem. Porém, sua perna ainda não estava totalmente boa, o que explicava ter que usar uma estrutura de madeira e uma muleta desse mesmo material para poder andar. Conseguiria caminhar sem este equipamento, mas provavelmente não aguentaria muito tempo e as dores na perna aumentariam.

Durante os banquetes, sempre comia em silêncio e nunca havia começado uma conversa, apesar de o olharem de forma avaliativa. Não desviava olhares, assim como também não encarava por muito tempo. Mantinha-se sempre em um lugar calmo e solitário, de preferência perto do exterior, para poder observar o céu, que oscilava entre um azul profundo e neutro para um branco frio e de manchas cinzas.

Talia chegava a interagir com Kyan algumas vezes, fazendo-lhe perguntas sobre os motivos de ter sido preso. Mas, do resto, ninguém havia falado com o homem. Entendia que havia se tornado uma pessoa pouco sociável, mas aquele silêncio e aceitação do antigo prisioneiro o incomodava às vezes. Não sabia o que esperar.

Em um outro dia, quando o sol estava no centro azulado, Kyan alimentava-se sentado em um toco de árvore, enquanto alguns Blackhand estavam por perto e Talia desafiava Brynn para uma luta. Observou a luta poucas vezes, com total desinteresse sobre quem ganharia, apesar de confiar que a garota levaria a vitória. Terminou de comer suavemente o pão com carne, limpando os lábios com a mão direita. Sentiu-se feliz por dentro por sua companheira ter ganhado.

─ Como vocês acham que serão as coisas a partir de agora? ─ perguntou o rapaz que ouviu dizer se chamar Droenn.

Pensou em responder, apesar de que não seria algo que o mercenário desejava ouvir, mas desistiu da ideia em seguida.

— Repletas de prazer - respondeu o jovem que tinha sido acertado na perna durante o dia da fuga. Em um momento também descobriu seu nome, que era Daven.

Kyan tinha pena do garoto. Era um rapaz alegre, bem disposto e com uma ótima autoestima, mas parecia que ainda não conhecia o mundo real. Sua visão otimista no meio de pessoas desconhecidas poderia ser uma desvantagem que o levaria à morte. Esperava que isso não acontecesse, apesar de não conhecê-lo. Os blackhand eram as pessoas mais próximas que tinha de amigos por ali, o que significaria que a morte de qualquer um deles lhe dificultaria mais ainda à sobrevivência no lugar.

Olhou fixadamente para o chão verde, refletindo sobre se ainda deveria levar em consideração a opção de fugir dali e seguir seu caminho. Não tinha certeza se sua presença na companhia mercenária dos mãos negras lhe trariam boa sorte, considerando o grande número de pessoas ao redor de Essos que queriam sua cabeça em uma bandeja. Mas, provavelmente os Skullhead o declararam morto, o que o tornou um fantasma.

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Daeron Targaryen era um homem que colocava honra em frente à muitas coisas e sempre carregou um ódio absurdo dos traidores de sua casa, mas sabia que quando voltasse não poderia julgá-los todos ou teria que enfrentar o continente, obrigando-o ter que aceitá-los com o tempo. Mas havia duas família dentre tantas que não perdoaria e só pararia ao destruí-los todos, elas eram os Lannister e Baratheon, os maiores traidores e os que mandaram dizimar, mutilar e esquartejar todos os vassalos honrados que continuaram firme para manter a dinastia de séculos em pé. Ele cresceu prometendo a si mesmo vingá-los, não teriam morrido em vão, graças a eles alguns fiéis tiveram tempo de salvá-lo das mãos sujas dos malditos gananciosos. Desmond e Korgopeth eram os dois guardas reais que abandonaram seus postos para levá-lo de lá com a ajuda de Harrold, a antiga mão do rei. E agora, em sua frente, estava uma bela mulher com todas características da família, alegando que Ponta da Tempestade era sua antiga moradia. Engoliu em seco, decidindo como reagir aquilo nos milésimos que teve.

- Sim, acho melhor pedir ajuda à seus primos - depois de eu matá-los todos, pensou.

Talia fitou-lhe, notara o quão desgostoso o príncipe ficara após ouvi-la falando de Ponta da Tempestade. Pensou em perguntar algo, mas a mulher de vermelho apareceu de repente:

- Meu príncipe, abra os portões. O último deles chegou - disse, afastando a dupla e colocando-se no meio, fitando os portões calmamente.

Brynn olhou-a, feliz pelo fim daquele momento constrangedor, e mandou que abrissem. Quando finalmente puderam ver quem estava no outro lado, depararam-se com um homem vestindo um manto sujo e um pouco rasgado com um capuz tampando uma grande parte de seu rosto, enquanto o próprio era escondido por uma máscara de prata. Alguns homens pegaram lanças e apontaram para o mascarado.

- Quem é você? - ordenou um deles.




Shaddan[Guliel]
Vestimentas: Um manto marrom, que esconde a cabeça com um capuz.

Você se surpreende ao ver seus antigos companheiros espalhados pelo pátio, nota a desconfiança vinda dos olhos do homem de cabelos azuis e um sorriso misterioso da mulher de vermelho.

Última edição por Luckwearer em Qua Jan 13 2016, 17:28, editado 1 vez(es)


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O sol nascera ardente e duro, Rhaego sentava-se à sombra de uma árvore remexendo uma taça repleta de um escuro vinho tinto em sua mão. Mal havia trocado palavras com qualquer um ali, e por mais que fossem bem cuidados, eram deixados as cegas sobre muita coisa. Desmond os esclareceu alguns detalhes, dos quais grande parte ele já havia deduzido por conta própria, mas desde então eram tratados como se não estivessem ali.

A culpa ainda o atormentava de alguma maneira. Queria saber da situação de Serena, que pelas reações de seu irmão não era boa, mas pouco lhe era dito. O bocado que sabia era por intermédio de Desmond, e as notícias não eram nada animadoras — se ao menos tivesse notado os arqueiros — sentia que havia falhado com ela como falhara com Brandyn, e a simples notícia de que ela estava a salvo depois de tanto esforço ajudaria a tirar esse peso de suas costas.

Agarrou o jarro de vinho com o palmo que vestia a luva negra, questionando se aquilo em sua mão ainda significaria algo depois do ocorrido, preenchendo novamente sua taça com o líquido vermelho e virando o conteúdo em sua garganta. Agora nada restara dos Blackhands senão cinzas do que um dia já foram. Vira com seus próprios olhos seus companheiros terem suas gargantas cortadas e seus corpos atravessados por lâminas. Talvez seu destino fosse voltar às águas, — Salladhor Saan provavelmente o aceitaria de volta em sua tripulação, — sentia saudades do movimento das marés e até mesmo do cheiro forte que se desprendia do mar, mas não queria voltar para a inconstância da vida na pirataria.


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O escuro e pálido céu daquela noite se iluminou de forma súbita quando as intensas labaredas escarlate se irromperam através do bosque, despertando o mascarado do profundo transe em que se encontrava para vislumbrar aquela cena estonteante. O contraste alaranjando que se alastrou por entre as nuvens cinzentas durante aqueles curtos segundos fora uma das cenas mais belas que o homem já presenciara em sua vida, mesmo que fosse acompanhada por um aterrador rugido, tão alto e grave quanto um trovão. O tyroshi mal teve tempo de se perguntar o que causara aquilo, avistando quando um enorme vulto se ergueu por entre as copas das árvores e avançou pelo céu negro, cortando o ar em velocidade com o bater de suas asas, fazendo o homem jogar-se contra o chão. Temeu pela própria vida caso fosse visto pelas írises avermelhadas da criatura, sentindo-se aliviado quando assistiu sua sombra passar direto. Foi só então, naquele momento de alívio e calmaria, quando a dor de seus ferimentos resolveu atacá-lo de forma intensa, mais do que suficiente para lhe extrair um abafado urro de dor. 
 
─ Grr... ─ socou o chão por entre os rugidos, tentando raciocinar de onde as fisgadas vinham e só então reparando na pequena flecha que atravessava o seu antebraço direito, provável resultado de um tiro de balestra. Ergueu o torso e se rastejou para trás até sentir o tronco de uma árvore lhe confortar as costas, aconchegando-se o melhor que podia. Mordeu um graveto que botou por entre os dentes, abaixo da máscara, precavendo-se contra a provável resposta negativa à dor que começou a manisfestar-se quando ainda rasgava a manga do manto, revelando a chamuscada pele atravessada pela flecha, que por milímetros não se afundou nos músculos e causou um estrago ainda maior. Começou cerrando os dois lados da ceta, usando a espada de uma maneira improvisada, enquanto se contorcia de dor por baixo da máscara de prata, que se empapou do suor frio escorrido através das bandagens. Depois estancou a circulação do braço com o cinto, esperando alguns segundos para finalmente iniciar o lento processo de remoção da flecha, que o proporcionou alucinantes momentos de dor. Por fim, gastou as bandagens reservas para emendar o braço e estancar o sangramento, umedecendo a ferida com o vinho de seu cantil, como uma temporária forma de desinfecção por não ter em mãos nenhum tipo de medicação, que lhe seria necessária para uma efetiva limpeza e sutura. Esperou ali por alguns minutos, julgando que seria o tempo necessário para que as duas forças inimigas deixassem o acampamento, local para onde dragão voou e de onde espessas fumaças escuras subiam. Botou-se de pé quando os últimos pingos de chuva caíram. 
 
Tentou refazer o caminho que usou durante a fuga, seguindo-o para ao acampamento. Passou pelos cadáveres carbonizados, os estudando brevemente e constatando que ali não havia nenhum Blackhand, mesmo sabendo que um dragão daquela dimensão conseguiria engolir um adulto sem dificuldades. Mesmo com a chuva, alguns rastros ainda podiam ser identificados e úteis para se seguir, caso Shaddan escolhesse o fazer. Tentava pensar racionalmente sobre aquilo, mas era difícil não alimentar as esperanças sobre o sucesso dos companheiros, além do mistério a respeito da mitológica criatura, que pareceu estar sob controle de alguém para agir de forma tão racional.  
Voltou para sua caminhada, chegando as ruínas do acampamento alguns minutos depois. Deparou-se com o que já esperava: um lugar vazio e sem vida, queimado até o chão. Os corpos carbonizados exalavam o mesmo odor miasmático e característico que sentiu no bosque, atribuído diretamente ao fogo mágico baforado pelo dragão. Guiou-se pelo local com familiaridade, afundando as botas no chão lamacento, pisando e desviando-se dos cadáveres de inimigos e aliados, seguindo até sua tenda que já podia enxergar ao longe. Quatro cadáveres mutilados enfeitavam sua entrada, denunciando o doloroso destino de quem se atreveu em tentar violar os limites de sua morada. Abriu um sorriso por baixo da máscara, achando graça ao ver que a fatídica lenda criada em cima de seu personagem se concretizara de maneira tão brutal e sangrenta. Acendeu uma tocha, usando do fogo que ainda ardia para iluminar o caminho que percorria, adentrando a familiar tenda e caçando qualquer coisa que lhe fosse útil. Recolheu o valioso elmo e as manoplas da armadura, que guardou na mochila ao invés de vestir, além de pegar um punhado de raízes e ervas medicinais, que logo usaria. Obviamente aquele não era um bom lugar para se estabelecer por muito tempo, mas lhe seria útil para recuperar o fôlego e planejar seus próximos movimentos.
 
Abriu um pequeno espaço por entre os corpos e cavou uma pequena trincheira, onde depositou alguns gravetos e folhas secas, circundados por uma organizada pilha de pedras, onde armou uma pequena fogueira acendida com sua tocha. Usou do inteligente fogaréu para preparar uma receita medicinal, usando um pote de barro para aquecer um punhado de raízes e ervas recém amassadas, que se tornaram uma pasta viscosa e fedorenta. Com a receita pronta, pegou uma porção da papa esverdeada e aplicou nos ferimentos, causando uma sensação forte de ardência. Depois, esquentou a ponta de um graveto e o aplicou no exterior e interior das chagas, cauterizando-as e impedindo futuros sangramentos. As limpou mais uma vez com o medicamento, antes de iniciar a sutura e fechar os dois lados da ferida. Foi um processo doloroso, mas necessário.
 
Recolheu suas coisas, levando porções de pão e cantis cheios de vinho e água, que se racionados bem, durariam pela próxima semana. No caminho para fora do acampamento, uma movimentação em uma tenda lhe chamou atenção, principalmente por reconhecê-la como a de seu conterrâneo de cabelos azuis, Rhaego. Apesar de não lembrar de quase nada do que ocorreu durante a fuga, estava em dúvida se havia visto o companheiro fugir ou não, coagindo-o a investigá-la. Seu interior estava levemente danificado pelo fogo, além de um pouco revirado, mas o que mais lhe chamou atenção foi um ferido Skullhead que agonizava solitário. Adentrou a barraca e se aproximou do caveira, iluminando seu rosto perdido com a tocha e escutando sua súplica por água. 
 
─ Aqui, beba... ─ Shaddan cedeu um pouco de água de seu cantil, encarando o decrépito inimigo que bebia com dificuldade, enquanto tentava agradecer. ─ Diga-me o exato motivo dessa traição. ─ não recebeu uma resposta do homem, que parecia em dúvida. ─ Meu amigo, você foi abandonado para morrer, não vale a pena mostrar lealdade à mercenários... ─ a voz do tyroshi era branda e serena, mas a expressão da máscara não eliminava o tom de ameaça. 
 
─ Os n-nobres... eles... eles ditaram... eles q-queriam os Blackhand fora. Foram negócios... ─ Shaddan teve sua resposta em uma voz trêmula, confirmando o que já imaginava ser o motivo. Ele percorreu os olhos pela tenda uma última vez, tendo sua atenção fisgada por dois cavalos marinhos prateados, que facilmente reconheceu como os punhos das adagas de seu conterrâneo. As recolheu, especulando que o apressado Rhaego as deixou durante o tumulto, concretizando uma perda lastimável, já que escutou que elas lhe eram de família. Guardou uma delas no cinto e voltou a encarar o Skullhead, falando com ele uma última vez:
 
─ Bom homem... ─ murmurou, fincando a tocha no chão e apoiando sua cabeça na palma de sua mão direita, enquanto a lâmina da adaga buscava a nuca. ─ Nos veremos novamente... ─ afundou o curto gume, lhe presentando com uma rápida morte. Não fez aquilo por vingança, muito menos por compaixão, apenas não queria uma ponta solta para trás, considerando perigoso deixar alguém que soubesse de sua presença nos arredores, no caso de alguma força inimiga retornar para o local. Limpou a adaga e a guardou, recolhendo a tocha e partindo para fora. Rumou para longe do acampamento, retornando para a floresta de onde saiu e buscando seguir o que ainda restava dos rastros. Caso isso se tornasse um infortúnio, desistiria da busca e partiria para o Sul, talvez alguma Cidade Livre, para voltar a se estabelecer como mercenário, talvez tomando uma nova identidade. Deixou para trás o que restava de sua casa, o que restava de sua família e o que restava de seus amigos. Deixou para trás um mausoléu a céu aberto de quem era Shaddan Blackhand, enfeitado pelo sangue e pelo fogo
 
Foi uma longa e solitária viagem, mas von Roqqa persistiu. Seguiu os rastros até onde conseguiu, guiando-se somente pela intuição e o palpite. Passou pelos resquícios do acampamento Targaryen, lhe confirmando a presença de uma força militar na região, que talvez fosse responsável pelo dragão e a salvação de seu grupo. Não sabia porque uma força tão poderosa dessas se interessaria pelo conflito internos de mercenários, mas o ataque daquele dragão provou que estavam do lado aliado, e era esse pensamento que o fazia continuar. Teve suas habilidades de sobrevivência testadas naqueles dias, sendo obrigado a dormir em cavernas e árvores, banhar-se em rios e matar predadores, mas quando viu a figura majestosa do dragão cruzar os céus, e notou que em cima dele havia um homem, soube que tudo aquilo valeria a pena. Não sabia dizer se aquilo era realmente o sinal de um sobrevivente Targaryen, mas foi o que tomou como verdade assim que viu aquela criatura lendária pousar dentro do castelo a sua frente como um cão treinado. Foi até os portões, planejando o que diria para os convencer a deixá-lo entrar, sendo surpreendido ao ver as portas se abrindo repentinamente.
 
No interior do local, viu uma força militar se organizar em sua frente, apontando suas afiadas lanças enquanto um homem se aproximava, questionando-o. Começaria a proferir seu discurso planejado mas botou os olhos nos rostos familiares ali dentro, reconhecendo seus companheiros perdidos. Depois, examinou com o olhar uma enigmática mulher de cabelos e trajes vermelhos, que lhe chamou bastante atenção, além de um imponente jovem com seus cabelos ocultos por uma tinta azul, fortalecendo ainda mais o que ele presumia a respeito dos Targaryen.
 
─ Shaddan von Roqqa, Blackhand uma vez, mas presumo que esse nome já não tem mais valor... ─ deu dois passos para dentro do portão, erguendo a luva negra. Depois, desembainhou a espada, deixando os soldados em um breve momento de alerta que terminou assim que ela foi jogada ao chão. 

 


 

Quando finalmente teve oportunidade, caminhou até Rhaego, girando as adagas por entre os dedos. Parou a sua frente e o encarou por curtos segundos, antes de estender a dupla de armas. Se desculpou com uma voz pacata e simpática:
 
─ Espero que me perdoe por sujar uma delas com sangue de Skullhead, não pude evitar a vontade de testar uma lâmina tão elegante.

Última edição por Gulielmus em Ter Jan 12 2016, 18:07, editado 1 vez(es)

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#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 4 MUqHPl3

Velha Volantis, primeira filha de Valíria. Orgulhosa Volantis, rainha do Roine e senhora do Mar do Verão, lar de nobres senhores e adoráveis senhoras do mais antigo dos sangues. Poderosa Volantis, a mais grandiosa e populosa das Nove Cidades Livres. Bela Volantis, cidade de fontanários e flores. A canção de bardos que rondava as tavernas da cidade pousou em seus ouvidos sem que percebessem, a carruagem desceu de um monte e mostrou a grandiosidade da Muralha Negra, a fortificação oval com mais de sessenta metros e tão grossa que seis carroças poderiam atravessá-la lado a lado, algo feito anualmente em aniversário da cidade. O coração da Antiga Volantis, como muitos chamavam Volantis, era cercada pelas muralhas de pedra negra, mais resistente que aço e diamante, era uma cidade dentro da cidade, apenas aberta e habitada por pessoas com alguma prova de relação com os antepassados de Valíria. Serena jogou-se na pequena abertura que chamavam de janela, observando fascinada a Grande Ponte aproximando-se conforme a estrada de lama e o portão norte da cidade sumia no sul junto com as maciças paredes que a cercavam. A missão do grupo era encontrar os Exploradores, um grupo que os levaria ao conhecido e rico comerciante que interessava-se por todos objetos raros espalhados pelo mundo, quanto mais fossem mais beneficiados seriam seus antigos possuidores, e tinham certeza que um ovo de dragão não seria do desinteresse dele. Todos aquelas informações vieram da Targaryen, contou-lhes da conversa entre os dois comandantes.

Serena reagiu muito mal às notícias sobre sua real família, xingando e jogando coisas que poderia agarrar em Brynn que afastou-se da garota por algumas horas até que a mesma se acalmasse. Ela sempre tivera algumas lembranças de um irmão mais velho, mas eram memórias de uma criança jovem demais para ser algo claro ou talvez até existente, o próprio Brandyn nunca falara muito sobre sua família real ou como chegara à ele. Não conseguira evitar a fúria quando um homem de cabelos azuis sentara-se ao seu lado, tentando explicar que vinha do sangue de uma família antiga do outro lado do mar estreito, desculpando-se pela ausência. Irritada, não deixara-lhe terminar, acertou-lhe um soco no nariz e esperou que ele ficasse furioso com aquilo, porém apenas tristeza pareceu sair dos olhos lilás. Na noite daquele dia ele voltou, estavam apenas eles naquele quarto.

- Antes que você comece me espancar ou jogar coisas em mim, deixe-me contar uma história sobre um garoto que não pôde aproveitar os primeiros trinta anos de sua vida - franziu o cenho em relação aquilo e não se moveu, deixando que terminasse, algo que tirou dele um suspiro. - Nós somos filhos de Aenys, o penúltimo rei de Westeros. Eu sou seu filho real, você é algo que chamam de bastarda lá, pois saí da rainha e você de uma mulher de escala menor. Mas isso não importa, porque tirando o nosso irmão servindo a Patrulha da Noite atualmente, somos os únicos remanescentes da nossa família. E por isso que durante a Guerra da Tormentas fomos retirados de lá ainda pequenos, levados para esse maldito continente quente e desértico para nos afastar dos malditos traidores que tomaram os Sete Reinos de nós. Sumimos, não houve nenhuma morte improvisada, apenas sumimos, então eles não desistiram de nos perseguir e Jan Baratheon ordenou-lhes todos que levassem nossas cabeças para ele.

- Por que? - perguntou ela.

- Porque se continuássemos vivos, seu reinado estaria em risco, pois mesmo após ele mutilar e aniquilar todos os homens que continuaram fiéis à nós, ainda existiam aqueles que num empurrão poderiam mostrar sua verdadeira fidelidade - parou de falar de repente, tentando controlar a raiva que surgia aos poucos. - Então fomos escondidos em Pentos nos primeiros anos. Os homens que nos tiraram de lá foram Desmond e Korgo, ambos guardas reais de nosso pai.

- Desmond? Eu pensei que ele participou apenas da Companhia Dourada antes de entrar nos Blackhand.

- Pode-se dizer que nosso querido Desmond é um homem de aventuras, talvez tenha participado de quase todas grandiosas oportunidades que existem no mundo. Enfim, ele e outros decidiram enviá-la para longe de mim, para que crescesse longe de perigos e como uma pessoa feliz. Espere, antes que diga algo, agora chegou o momento de contar a história que eu falei minutos atrás. Eu cresci sob os cuidados de dezenas de pessoas, desde que me conheço por gente fui ensinado a escrever, ler, lutar, planejar, dialogar e tudo que um rei precisa saber. Tudo isso e raríssimas vezes pude sair com meus pouquíssimos amigos para qualquer lugar divertido em Essos, eu apenas aprendia e ganhava duas escolhas: voltar para meu quarto ou ficar zanzando pelo pátio do castelo. Eu vivi um vida difícil, e mesmo viajando anualmente para diversos lugares, ao mar e vilas, cidades e palácios, ainda assim era como se eu fosse um prisioneiro - dissera todas aquelas palavras com a cabeça abaixada, levantou-a para continuar: - Então, grite e me odeie, mas se eu pudesse participar da reunião onde foi escolhido livrá-la dessa maldição, eu a mandaria também.

Serena fitou o rosto triste do homem, refletindo sobre o que contara.

- Por que não foi atrás de mim nos últimos três anos, quando meu verdadeiro pai morreu e eu fiquei sozinha numa companhia passos de sumir?

- Eu quis, eu realmente quis. Mas não era hora. Foram quase duas décadas preso àquela maldita vida para que esse ano chegasse.

- "Esse ano"? - questionou, um pouco desinteressada na resposta.

- A reconquista.

Os antigos mercenários e o antigo prisioneiro olharam por suas janelas também, observando a ponte que ligava o lado ocidental com o oriental de Volantis, o pobre com o rico. A carruagem parou, deixando que saíssem. Escolheram aproximar-se até aquele ponto para não toparem com nenhum membro das duas companhias mercenárias, colocaram mantos e capuzes, algo que não fez diferença para o mascarado, e saíram do transporte, esticando as pernas depois de uma longa viagem.

- Eu realmente não conheço nenhum de vocês, principalmente o que depositamos tanta confiança - disse para o grupo, no final olhando para Kyan -, mas todos vocês estão aqui para honrar pela última vez a companhia que passaram anos, honrar seus comandantes assassinados e seus companheiros traídos. Estou aqui pelo ovo e dele terão o prazer ao saberem do fracasso dos Bastardos Ligeiros. Eu sei que passaram dias naquele maldito castelo sem receberem explicações além da minha origem e de minha irmã, prometo que quando isso acabar vocês estarão tão atualizados quanto o restante dos meus homens.

E continuaram seu caminho, adentrando na ponte. Se não fosse pelas lojas e tendas que encurtavam o espaço da trilha onde os viajantes e comerciantes passavam, era provável que duas carroças pudessem atravessá-la lado a lado. Serena olhou para tudo que vendiam, espadas com empunhaduras enfeitadas de bijuterias variadas e arcos feitos de diversos materiais, alguns não recomendados para um combate e feitos apenas para demonstração na opinião da Targaryen. O grupo seguia em fileira única, puxando o capuz para baixo toda vez que um vento ou alguma parte das inúmeras lojas agarrassem nele, pretendiam passar o maior tempo possível na cidade sem problemas, a guarda dali não era conhecida por ser misericordiosa com problemáticos, rezavam para que os traidores passeando por ali também soubessem disso. Quando a atravessaram de vez, toparam com uma enorme praça infestada de pessoas, inclusive algumas montadas em elefantes, Brynn virou-se para Kyan para observá-lo mais uma vez, enquanto pensava. O homem rodeado de olhares desconfiados finalmente apresentara-se para o grupo de mercenários e as pessoas importantes do castelo durante a discussão sobre o ovo, contando que conhecia o líder - chamado de Dorath - dos Exploradores que localizavam-se em Volantis. Brynn não confiava e nem gostava dele, principalmente depois que sua irmã contou-lhe o por que de ter sido prisioneiro. Atacar uma família grande como os Freets é um desejo absurdo de suicídio, dissera à ela. Mas o tempo era curto e nenhum conhecido do Targaryen conhecia Volantis o suficiente para saber onde exatamente o grupo estava, obrigando-lhe a confiar nele.

- Diferente de todo restante, você é o único que não faço ideia de quem seja ou se pode ser confiável, se você tentar qualquer coisinha contra um de nós, nos levando para uma enrascada, nenhum músculo ou altura garantirá sua garganta intacta - ameaçou-lhe em frente ao restante do grupo, no meio da praça. - Você vem comigo, por precaução.

- Então nos dividimos em três trios? - perguntou Garren.

- Sim - respondeu Brynn, virando-se para observá-los e decidir quem juntar, quando topou com Talia desviou os olhos rapidamente, uma hora teria que falar com ela sobre o sangue que escorria em suas veias, mas não naquele momento. - Eu, o prisioneiro e Serena iremos para o porto. Garren, Talia e Droenn irão para o centro da cidade. Rhaego, Shaddan e Daven irão para Casa do Mercador.




Os lugares que eu acabei de citar foram todos proporcionados pelo Kyan. Os Exploradores são uma espécie de mercenários que não são mercenários, trabalham para o comerciante procurando e negociando objetos preciosos. Sempre dividem-se em vários grupos nas diversas regiões e cidades que ficam, geralmente não procuram problemas, a não ser desconfiarem muito.

O plano basicamente consiste em conseguir informações do paradeiro do comerciante famoso e talvez até dos Bastardos Ligeiros.

Serena Targaryen
Vestimenta: Um manto azul escuro com um capuz que escurece seu rosto, embaixo há uma camada de couro para proteção básica.
Arma: Uma espada curta e um arco em suas costas.

Brynn Targaryen
Vestimenta: Um manto azul escuro com um capuz que escurece seu rosto, embaixo há uma cota de malha.
Arma: Uma espada normal e uma adaga.

Kyan[Josh]
Vestimenta: Um manto negro com um capuz que escurece seu rosto, embaixo há uma camada de couro para proteção básica.
Arma: Uma espada comum.

Os dois usuários de sangue do dragão seguiram o antigo prisioneiro, observando-lhe virar para lá e para cá, continuar reto e algumas vezes desculpar-se por ter avançado um pouco demais, fazendo-os voltarem alguns metros para ir pelo caminho certo. Notaram os olhares assustados crescendo conforme adentravam mais na cidade, vendo o homem à frente também notando-os e ficando um pouco tenso. Brynn apertou o punho da espada quando viu alguns vultos vindo de várias direções e ruas, até que numa oportunidade agarrou Kyan e Serena, jogando-os num beco e mandando-os correr, viram vários homens adentrando no corredor e mais surgindo no outro lado, sem outras opções, o Targaryen chutou a porta de uma das casas, assustando seus moradores que começaram gritar algumas coisas. Kyan pegou um armário e jogou sobre a porta, tampando a tempo de ouvir xingamento lá de fora.

- Você não gosta de enfiar o pé dos outros pela garganta, proteger os indefesos e matar os ladrões, os vilões? Saia daí, Justiceiro! - gritou um homem lá fora.

- Enfiar o pé dos outros pela garganta? - exclamou Serena com sua espada em mãos.

- Por que vocês o querem? - gritou Brynn.

- Pelo jeito seus amigos não conhecem sua fama de justiceiro, Justiceiro. Então vou explicar que você passeia pelo continente matando homens inocentes que fazem o que é necessário para sobreviver, mas não basta matá-los, na primeira oportunidade que tem você os mutila, arrancando membros e algumas vezes enfiando em lugares que não devia. Seu filho da puta, você matou meu filho porque ele resolveu aproveitar-se um pouco de uma prostituta. Uma prostituta, seu filho da puta!

Brynn virou-se, queria decepar a cabeça daquele maldito mudo ali mesmo, amaldiçoava-se por ter o incluído naquilo. Escutaram alguns barulhos de vidro quebrando e caindo no chão, eram alguns homens pulando pela janela e entrando na casa, loucos por vingança. Atrás viram um machado atravessando a porta, provavelmente mais golpes viriam.

Mapa: https://i.imgur.com/16NwqMf.png

Kyan sacou sua espada e viu dois homens com espadas vindo em sua direção, sedentos por vingança.


Garren Fyllys
Vestimenta: Um manto azul escuro com um capuz que escurece seu rosto, embaixo há uma cota de malha.
Arma: Uma espada longa.

Talia[Babi]
Vestimenta: Calças, botas de cavalaria e uma cota de malha por baixo do manto negro, com o cabelo amarrado dentro do capuz, é difícil reconhecer que há uma mulher embaixo daquilo.
Armas: Duas espadas curtas e uma adaga com um chifre gravado na lamina.

Droenn[Prime]
Vestimenta: Um manto azul escuro com um capuz que escurece seu rosto, há uma cota de malha embaixo.
Armas: Espada com a cabeça de um lobo gigante esculpida em seu punho, nomeada de Netuno. No guarda-mão, as dizeres de sua casa grafados: O inverno está chegando.

- O que Brynn sente em relação as casas de Westeros? - perguntou Talia ao melhor amigo do homem que pareceu pensar um pouco antes de responder.

- Bem, apesar de ter alguns ressentimentos, as que ele odeia de fato são os Baratheon e Lannister, um ódio que muitos já tentaram livrá-lo, mas ele não deixa, mesmo que sejam uma parte importante dos Sete Reinos. Creio que não tenha problema algum com o norte, como vocês sabem os Stark que na época eram os lordes mantiveram-se neutros - disse a última parte encarando o Stark.

Caminharam pela cidade, aproximando-se cada vez mais das muralhas negras. Quando finalmente chegaram onde deviam, viram alguns comerciantes saindo de uma pequena taverna que estranhamente ninguém entrava.

- Exploradores, não? - perguntou Garren à um dos dois guardas em frente à porta.

Os homens entreolharam-se e abriram a porta, deixando-os entrar. Atravessaram o lugar, passando por várias mesas ocupadas por homens negociando objetos e outras coisas, até que um dos guardas que os acompanhara até ali parou de repente e assoviou, levantando inúmeros homens com lanças e espadas que os cercaram. Um homem bem vestido saiu de um quarto, arrumando as calças e dando um tapa na bunda de uma prostituta que soltou uma risadinha e saiu correndo.

- Olá, viajantes, me chamo Dorath. O que vocês querem? Desculpem a recepção nada amorosa, mas geralmente comerciantes vem aqui, não homens armados com o rosto escondido.

- Nós estamos aqui para...

- Não quero ouvir de você, não gosto de negros fedidos - virou-se para os outros dois. - Por que vocês não tiram esses capuzes?

Mapa: https://i.imgur.com/UaqXDUy.png


Rhaego[Dwight]
Vestimenta: Um manto azul escuro com um capuz que parecia fundir-se com seus cabelos e uma camada de couro qualquer para uma proteção básica.
Armas: Arakh Dothraki e duas adagas presas cada uma a um lado da cintura. Os punhos das lâminas são do formato de cavalos-marinhos esculpidos em prata.

Shaddan[Guliel]
Vestimentas: Um manto verde escuro com um capuz que escurece sua máscara e seu elmo, embaixo possuí uma cota de malha simples e nas mãos as manoplas de sua armadura.
Armas: Uma espada longa bravosi.

Daven[Chris]
Vestimenta: Um manto azul escuro, um capuz escurecendo seu rosto e couro negro embaixo.
Armas: Arco e uma adaga.

O trio atravessou inúmeras ruas até finalmente chegarem na Casa do Mercador, uma monstruosidade de quatro andares que dominava as docas, cais e armazéns que a rodeiam. Era considerada uma das maiores pousadas de Volantis. Os homens adentraram no pátio comum, notando quão grande era, talvez maior que muitos salões de Westeros. Ao ar livre, caminharam dentre diversas mesas, aproximando-se de um bar, onde pediram algo pra beber. Olharam em volta e nenhum sinal de algum comerciante negociando.

- Você sabe algo sobre os Exploradores? - perguntou Shaddan ao taverneiro sem rodeios.

- Não, senhor - respondeu simplesmente.

Parecia que um dos lugares de Kyan estava errado afinal. Viraram-se para sair, afastando-se do lugar e notaram homens cercando-os. Surpreenderam-se quando reconheceram-lhes como mercenários dos Skullhead, principalmente um na mesa alguns metros à frente.

- É inacreditável como o mundo é pequeno, não é? - exclamou Sardok, levantando-se. - Eu pensei que nunca mais veria os dois heróis da guerra e... seja lá quem for esse loiro.

- Daven, prazer.

- Não importa seu nome! Vocês não podem existir, vocês morrerão, morrerão, vão morrer! Matem-os, ordeno que os matem! - berrou Sardok para os diversos homens que levantaram-se, tirou uma espada com uma caveira enfeitando a empunhadura e o restante fez o mesmo.

Mapa: https://i.imgur.com/aO3ijB5.png

Todos inimigos estão portando espadas.


#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 4 NDl7aam

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- Sim, acho melhor pedir ajuda à seus primos - Disse Brynn, tentando disfarçar o desprezo em sua voz. Talia olhou pra ele com um pouco de duvida do motivo pelo qual ele tinha ficado frio quando ela disse aquilo.

Antes que pudesse perguntar o que tinha acontecido, a mulher vermelha que Talia tinha visto algumas vezes no castelo junto do Targaryen entrou entre os dois. A bastarda sem entender o que estava acontecendo olhou a mulher mandando que abrissem os portões. Ao abrirem tiveram uma visão que provavelmente tinha surpreendido todos os Blackhands que sobraram. Shaddan entrou se apresentando e indo em direção a Rhaego para entregar as adagas do homem.

Tinha esquecido do quanto Brynn tinha ficado estranho pelo alivio de ver mais um companheiro vivo, mas quando foram pra Volantis na nova missão que tiveram, foi decidido que eles seriam separados em trios. Quando o homem ia escolher como seria dividido, por um momento ele olhou pra Talia e desviou o olhar. Ela levantou uma sobrancelha tentando entender o motivo daquilo, mas não falou nada.

Talia, Droenn e Garren foram mandados para o centro pra cidade. No caminho ficou pensando o que poderia ter causado o jeito do Targaryen com ela, lembrou-se de ter dito que era de ponta tempestade, provavelmente era aquilo. Sem conseguir ficar nessa duvida, decidiu perguntar pra Garren o que Brynn pensava das casas dos sete reinos. Viu que ele tinha hesitado antes de responder, mas explicou o ódio que o antigo príncipe tinha pelos Baratheon.

Ficou pensando nisso o resto do caminho, ele provavelmente gostaria de matar toda a sua familia pelo que fizeram com a dinastia da familia dele. Passou metade da vida longe daquelas pessoas. Na verdade até mesmo não gostava de alguns por não fazerem nada, mesmo sabendo o que a madrasta tentava fazer com ela. Ao mesmo tempo que pensava isso, vinha a lembrança dos olhos sorridentes do pai e daquele sorriso bobo que ele sempre carregava. Lembrava-se dos primos também, eles sempre tinham sido como irmãos pra ela, mas foram todos para Porto Real quando Jan ganhou a guerra. E mesmo os que não gostava, eram sua familia.

Acordou desses pensamentos quando quando Garren fez com que entrassem em um bar qualquer. Não tinha entendido o motivo, talvez estivesse perdida de mais nos pensamentos. Ao entrarem caminharam em meio as mesas até que o guarda que estava com eles assoviou, fazendo diversos homens armados levantarem e cercarem eles. Um homem bem vestido saiu do quarto junto com uma prostituta. Ela olhou meio enojada para mulher que soltou uma risadinha quando o homem deu um tapa em sua bunda.

- Olá, viajantes, me chamo Dorath. O que vocês querem? Desculpem a recepção nada amorosa, mas geralmente comerciantes vem aqui, não homens armados com o rosto escondido.

- Nós estamos aqui para...

- Não quero ouvir de você, não gosto de negros fedidos - Talia apertou o punho de uma das espadas ao ouvir as palavras do homem. Ele virou-se olhando para os Blackhand - Por que vocês não tiram esses capuzes?

A bastarda olhou para Droenn e para Garren esperando que os companheiros entendesse o olhar, caso as coisa ficassem ruim eles teriam que lutar. Continou com uma mão em sua espada e tirou o capuz com a outra.

- Pronto, espero que agora você possa abaixar essas armas da nossa cara. Queremos ter apenas uma conversa amigavel aqui. - Disse com um sorriso simpatico no rosto, mesmo que por dentro estava imaginando como matar todos aqueles homens em volta. - Você como um homem de negocios deve entender o que eu quero dizer.


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Dorath surpreendeu-se com a beleza sob o capuz, após ver uma barba eclodindo das vestimentas de um e uma negritude de outro, vê-la foi quase como um agrado dos deuses. Sorriu, ajoelhando-se em frente à mulher, puxando sua mão e beijando-a.

- Claro, senhorita - murmurou ele, piscando para ela. - Abaixem essas porra!

Os homens abaixaram suas armas e voltaram para seus respectivos negócios, infestando a pequena taverna novamente de conversas entre eles e os comerciantes interessados em alguma troca. O líder agarrou um de seus subordinados e puxou-lhe pelo ombro, sussurrando algo em seus ouvido. Voltou sua atenção para os três e disse:

- Vocês dois me sigam - disse à Talia e Droenn - e você vá para a puta que te pariu.

- Ele vai conosco - retrucou Talia.

Dorath encarou-a, abaixando seus olhos para pequena elevação no manto que não vira antes, queria saber se a vestimenta escondia bem o que estava por baixo ou eram realmente pequenos, mas pelo rosto, uma beleza daquela não poderia ter um corpo de criança.

- Sim, madame - respondeu mostrando um sorriso cheio de dentes amarelos, mandou um beijo para ela e piscou novamente. Vou foder essa mulher até o final do dia, não vai escapar dos meus gracejos.

Sentaram numa mesa distante das demais, era pequena e redonda, não havia cadeiras em volta até que ele arrastou algumas para lá. Ficou em frente aos três, algumas vezes olhando irritado com a presença de Garren e outras maravilhado pela beleza de Talia.

- O que vocês me oferecem? Espero que seja o que eu procuro: uma lança de dois lados, o cabo é de ouro e as lâminas de um aço muito bem feito, darei sacolas de ouro para a pessoa que me trouxer.


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Quando tirou o capuz, viu um olhar de surpresa no rosto do homem. Provavelmente tinha pensado que por tras daquele manto se escondia só mais um homem. Ele rapidamente se ajoelhou na frente da mulher e pegou sua mão dando um beijo de cortesia. Por dentro Talia ja sabia que tinha odiado aquele homem, mas por fora continuou com aquele sorriso.

- Claro, senhorita - murmurou ele, piscando para ela. - Abaixem essas porra! - Quando o homem deu a ordem, todos os que cercavam o trio abaixaram as armas e sentaram-se, continuando seus negocios. - Vocês dois me sigam e você vá para a puta que te pariu.- Falou olhando para Garren

- Ele vai conosco - retrucou Talia para o insulto do homem. Viu que por um momento o homem hesitou olhando para os peitos dela. Revirou os olhos sem que ele notasse, esperando ele mostrar o caminho.

- Sim, madame- Disse o homem com um sorriso amarelo. Cada vez ela ficava com um pouco mais de nojo dele. Provavelmente ele estaria pensando em como ainda foderia com ela, mas Talia tinha uma regra, ela nunca seria a puta de nem um homem. Se fosse pra ter sexo, seria por escolha dela.

Foram levados até uma mesa afastada das outras, onde os três sentaram em frente ao comerciante.

- O que vocês me oferecem? Espero que seja o que eu procuro: uma lança de dois lados, o cabo é de ouro e as lâminas de um aço muito bem feito, darei sacolas de ouro para a pessoa que me trouxer.

- Não temos essa lança... por enquanto. Podemos consegui-la para o senhor, mas eu tenho em mente um preço diferente do que esse que você nos propôs.- Disse dando um pequeno sorriso pra ele. Ela era mercenaria a bastante tempo, sabia como combinar um bom preço.- Ouvimos que você possui um artefato muito raro, espero que você saiba do que estou falando. A troca é simples, você nos entrega esse objeto e nos entregamos a lança. Uma troca justa.


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Dorath encarou a mulher, fitando-a com uma sobrancelha levantada, enquanto uma parte achava uma burra a outra alegrava-se pela facilidade futura de fodê-la.

- Você fala desse tal artefato explicando que ele é muito raro e que possuímos... a senhora sabe que o objetivo de estarmos aqui é ficamos com eles, por isso todo dinheiro gasto nisso, trocar algo muito raro, como você disse, por outra coisa não é muito esperto. Sinto dizer, minha rainha da beleza, mas sua especialidade não é esse tipo de dialogo - olhou-a de baixo para cima. - Mas você poderia negociar outra coisa, não?

- Olha o respeito - exclamou Garren levantando-se da cadeira com as mãos no punho da espada, chamando toda atenção da taverna.


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- Você fala desse tal artefato explicando que ele é muito raro e que possuímos- Disse ele depois de encara-la por algum tempo- A senhora sabe que o objetivo de estarmos aqui é ficamos com eles, por isso todo dinheiro gasto nisso, trocar algo muito raro, como você disse, por outra coisa não é muito esperto. Sinto dizer, minha rainha da beleza, mas sua especialidade não é esse tipo de dialogo - olhou-a de baixo para cima. - Mas você poderia negociar outra coisa, não?

- Olha o respeito - exclamou Garren levantando-se da cadeira com as mãos no punho da espada, chamando toda atenção da taverna.

Quando Talia viu que a atenção do resto da taverna foi direcionada a eles, também se levantou e colocou a mão no peito de Garren para que ele não fizesse nada estupido. Sempre era ela a fazer algo estupido, não podia deixar que outra pessoa fizesse. Acenou com a cabeça pra que ele entendesse que estava tudo bem e sentou-se de novo.

- Suponho que eu seja mais cara que qualquer ovo. Acredito que o senhor seja capaz de pensar em outra coisa, estamos dispostos a conseguir o que você quer, por aquele artefato.- Deu novamente um sorriso amigavel para ele


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Dorath, pensou. Não ouvia aquele nome fazia muitos anos, mas teve que lembrá-lo no dia que precisaram de informações sobre os Exploradores. Tinha salvado aquele líder de alguns ladrões, pelo o que a lembrança mostrava. Os agradecimentos do homem eram de desinteresse de Kyan, mas aceitou quando ele quis lhe pagar uma bebida. Naqueles tempos não tinha tantas moedas quanto gostaria, o que tornava qualquer ajuda bem-vinda. Observava o sorriso do homem enquanto ele lhe falava algumas coisas. Achava tudo aquilo inútil, mas não imaginou que um dia aquelas informações seriam valiosas.

As pessoas o olhavam como uma lua vermelha no céu, um sinal ruim, algo que não poderia se confiar. Era assim que ele se sentia, mas não se importava. Tinha que ajudá-los para retribuir os favores que fizeram para ele, Kyan pensava, mas no fundo gostava deles, apesar de negar isso sempre que refletia sobre. Depois dali, iria seguir seu rumo e nunca mais encontrá-los, dizia para si mesmo. Não sirvo para fazer parte de homens de um futuro rei ou rainha. Sou corrosivo, como ácido. Não faz bem para eles estarem ao meu redor.




Seus pensamentos se comprovaram quando ele e os dois Targaryen estavam sendo atacados por alguns homens insignificantes que queriam a cabeça de Kyan por ter matado estupradores. Sentia os olhares furiosos de Brynn, que já não confiava no homem. Porém, não tinham tempo para discussão sobre desconfiança. Esperava que a garota não pensasse da mesma forma que o irmão e se arrependesse de tê-lo ajudado quando estava preso na cela. 

Os guerreiros se arrumavam para a viagem, enquanto Kyan já estava pronto, escorando-se em uma parede de pedra do castelo para observar o céu branco. Os olhares sobre ele aumentavam, e já tinha ouvido alguns questionarem se ele estava falando a verdade, sem perceberem que o homem estava por perto. Lançou-os olhos neutros, revelando seu desinteresse na opinião alheia.

Certa vez, Shaddan, o mascarado, veio tentar dialogar brevemente. Kyan respondia friamente, com frases curtas e nunca lhe fazia perguntas. Também não o olhava diretamente; máscaras não lhe traziam boas lembranças. O homem perguntou se planejava ficar. Disse-lhe apenas que não cabia a ele decidir, mas talvez não ficar possa ser uma escolha. Terminou dizendo que o tempo dará a resposta exata.

No dia que finalmente esteve com a perna curada, voltou a praticar exercícios. Não era bom deixar o corpo despreparado, principalmente quando poderia estar prestes a lutar novamente. Fazia as sessões em seu quarto, onde ninguém o incomodava. Quando terminava, tomava um banho gelado, que esfriava não só seu corpo, mas também a mente, muito bagunçada em seus últimos dias.

— Se você tentar qualquer coisinha contra um de nós, nos levando para uma enrascada, nenhum músculo ou altura garantirá sua garganta intacta - Brynn ameaçou-lhe em frente ao restante do grupo, no meio da praça, em Volantis. Kyan o encarou com uma expressão pouco séria, mostrando que seu medo era nulo naquilo que falava, mas não sorria. Desaprendeu a sorrir há mais de dez anos. Tudo que conseguia fazer era uma pequena elevação nos lábios, quase imperceptível. No entanto, não tinha o mesmo significado que um sorriso.

Brynn falava o plano.

— Eu, o prisioneiro e Serena iremos para o porto - dizia ao grupo. Até quando serei um prisioneiro na visão deles? Não percebem que aqui, em Volantis, eu não estou preso com eles. Eles estão presos comigo. A visão lhe entristecia, e esperava estar errado.

O Targaryen puxou Kyan e Serena para um beco quando percebeu que estavam sendo seguidos. Cercados, não viram outra opção a não ser adentrar uma casa sem consentimento dos moradores, que gritaram assustados. O que o homem de roupas negras temia parecia estar acontecendo.

— Você não gosta de enfiar o pé dos outros pela garganta, proteger os indefesos e matar os ladrões, os vilões? Saia daí, Justiceiro! - gritou um homem lá fora.

— Enfiar o pé dos outros pela garganta? - exclamou Serena com sua espada em mãos.

— Por que vocês o querem? - gritou Brynn.

— Pelo jeito seus amigos não conhecem sua fama de justiceiro, Justiceiro - ouvia as palavras com uma expressão que misturava neutralidade com preocupação. - Então vou explicar que você passeia pelo continente matando homens inocentes - estupradores, assassinos. -  que fazem o que é necessário para sobreviver - estuprar e matar inocentes. - mas não basta matá-los, na primeira oportunidade que tem você os mutila, arrancando membros e algumas vezes enfiando em lugares que não devia. Seu filho da puta, você matou meu filho porque ele resolveu aproveitar-se um pouco de uma prostituta - Uma garota de doze anos, inocente como um jovem verde. Gritava por seus pais enquanto o homem estava por cima dela. -  Uma prostituta, seu filho da puta!

O homem de cabelo azulado lançou-lhe um olhar furioso. Kyan não tinha o mínimo interesse de se explicar, mas percebeu que ainda existem pessoas que confiam mais em homens que acabam de conhecer do que outros que estiveram por perto por dias. O poder da ameaça parece ser mais forte que o som do silêncio.

- Brynn, tenha bom senso - falou sem tirar os olhos dos dois que o encaravam. - Se eu matasse inocentes, esses não iriam atacar você e a Serena. Em alguns momentos, opiniões erradas podem ser mortais - não esperou que o Targaryen acreditasse nele, mas era melhor falar algo. Silenciar-se poderia ser um consentimento.

Avançou sem esperar resposta, com um ataque feroz no primeiro oponente, que o fez largar a espada. Em seguida, Kyan cortou-lhe a garganta rapidamente, já partindo para o segundo. O inimigo defendeu seu golpe vertical de cima para baixo, o que não impediu o homem de roupas negras se aproximar e socar seu rosto com a mão esquerda, o deixando tonto e posteriormente permitindo que fosse espetado no coração pela espada do que chamava de Justiceiro.

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O trio caminhava em direção ao local indicado por Brynn, e no percurso, Daven resmungava:

- Primeiro não recebemos informações nenhuma e agora isso? Sou só eu que não vou com a cara daquele babaca de cabelos azuis?

Ele olha para o lado, mais especificamente para Rhaego e associa-o com o que acabou de dizer.

- De você eu gosto. - fala enquanto assente, tentando não ofendê-lo.

Os três adentram o local destinado e encontram-se com o homem de nome Sardok, cujo revela-se um Skullhead. Ele reconhece Shaddan e Rhaego, e ordena para que seus comparsas que estão na taverna eliminem os Blackhands.

- Se eu não sou importante, por que me matar? - reclama o arqueiro dando um salto na mesa que está a suas costas.


No movimento, ele degola o Skullhead que estava ali próximo com sua adaga. Puxando seu arco e flechando o outro oponente que estava na sua esquerda, dando um golpe certeiro em seu coração.


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─ É inacreditável como o mundo é pequeno, não é? ─ ouviram ao virarem-se para a porta de saída. ─ Eu pensei que nunca mais veria os dois heróis da guerra e... seja lá quem for esse loiro.

─ Daven, prazer.

Rhaego sentiu o olhar de outros homens pousando sobre eles, mantendo o corpo ereto e fechando o punho em volta de seu arakh. O lugar cheirava a mijo e ao medo que exalava dos fregueses assustados. Sacou sua arma simultaneamente aos outros, contou oito, além do que lhes dirigia a palavra.

─ Não importa seu nome! Vocês não podem existir, vocês morrerão, morrerão, vão morrer! Matem-os, ordeno que os matem! ─ urrou Sardok, desembainhando sua espada.

Rhaego correu para a direita, sentindo o vento em suas costas quando Daven saltou sobre a mesa. Girou sua arma sobre a cabeça e num movimento fluído com o braço, ─ no qual a lâmina mais parecia uma extensão de seu membro, ─ talhou o pescoço do primeiro oponente a sua direita. Rodopiou o arakh mais uma vez em suas mãos e cravou-o no ombro armado do segundo, ─ um golpe que seria pouco efetivo, ─ não fosse o movimento brusco do adversário para atacá-lo. Enquanto ele se movia, a lâmina virou e o peso do ferro fora o suficiente para deslocar o osso. O berro de dor só cessou quando a adaga na mão oposta do tyroshi trespassou, suavemente, através de sua garganta.
Desenvolvera certa gratidão para com Shaddan por ter lhe recuperado a arma de família.


Última edição por Dwight em Ter Jan 12 2016, 01:17, editado 1 vez(es)


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