O sul hospedava o principal objetivo daquela rebelião e também os principais inimigos, a região entregaria obstáculos cada vez mais difíceis conforme descessem, porém não houve um soldado que não gritou de prazer ao sair das terras gélidas do norte. Sentir o calor aconchegante das terras de verão depois de meses enfiados em neve fora um dos melhores momentos da vida dos mercenários da Companhia Dourada, em contrapartida os nortenhos acostumados com seu próprio clima estranharam os extensos campos e suas terras férteis, tudo tão vivo e iluminado pelo sol quente da tarde. Mas tudo isso só foi sentido duas semanas após o casamento que concretizou o elo entre o rei e sua rainha, um atraso significativo em meio aquela guerra, mas entendível pelas tempestades fortíssimas cercando-os. Quando ganharam a chance de saírem, não demorara muito para os cavalos serem preparados e uma grandiosa quantidade de homens cavalgarem em direção às terras distantes de Winterfell. Um cerco fora estabelecido nas margens de Ramo Verde do Tridente, especificamente em volta de um dos castelos das
Gêmeas, a sede da casa Frey.
Era notável o ódio emanado pelos nortenhos em direção às construções de pedra e seus hospedeiros, principalmente ao verem mais uma afronta imperdoável: em cada ameia um estandarte de uma casa nortenha sofrida da traição balançava, meio chamuscada e claramente manchada de sangue, e nas estacas segurando-as contra o vento jazia um cadáver esfolado, revelando à eles a misteriosa localização de Roose Bolton. Todos estavam loucos para estocarem uma lâmina no coração de seus inimigos, dos assassinos de seus familiares, dos malditos traidores que trouxeram tanta desgraça às suas famílias. O rei, sabendo do enorme desejo de sangue, ordenou à todos que matassem os herdeiros e deixassem as herdeiras vivas, alguns perguntaram para que, mas ele apenas respondera que tinha uma utilidade em mente para elas.
Os primeiros ataques foram detidos facilmente, quem tentasse atravessar a ponte não muito larga era acertado por uma saraivada de flechas, então num segundo ataque os homens dirigiram-se à ela numerosos e numa parede de escudos, porém novamente foram detidos quando no minusculo espaço da conexão da ponte e do portão, pedregulhos e óleo quente foram arremessados sobre eles como se houvesse uma fonte de ambos no interior daquelas muralhas. Depois de uma tarde enfiado em sua própria tenda pensando em como invadir aquele lugar, o rei decidiu formar uma guarnição e sair dali por alguns dias, tudo para encontrar sinais de seu dragão e onde estava. Completando-se uma semana desde que haviam chegado ali, os soldados do rei voltaram para o acampamento gritando para arrumarem-se para o ataque, e rapidamente todos colocaram suas vestimentas e pegaram suas armas. Um rugido do norte anunciou o inicio da invasão, as fileiras de homens esperaram tensos o dragão sobrevoá-los, não tirando os olhos em momento algum da criatura soltando ondas de chamas nos inimigos sobre as muralhas, inundando-os numa morte lenta e dolorosa. O monstro em si havia crescido desde a última vez visto, suas asas pareciam mais longas e seu tronco mais robusto, os chifres porém continuavam do mesmo tamanho e seus dentes não necessitavam de um aumento, poderiam cortar carne humana como uma espada bem afiada decepa dedos.
Desmond fitou as primeiras fileiras de homens correndo pela ponte e jogando seus ganchos no topo das muralhas, subiram rapidamente e desapareceram em seguida, o plano consistia neles abrirem o portão para o restante passar. O cavaleiro postava-se dentre as fileiras seguintes junto à seus companheiros da Guarda Real, também havia lordes nortenhos como
Droenn Stark naquela fileira pela inexistência de uma organização certa de soldados. Mesmo sob o nervosismo de uma batalha, ainda pensava na ida de Serena à Dorne, voluntariara-se para ir com ela protegê-la, mas a própria disse que o irmão precisaria mais dele do que ela e para compensar foram enviados alguns dos melhores soldados, um deles dornês.
Ainda pergunto-me por que Melisandre foi com ela, nunca saiu de perto de Daeron antes.
- Tremendo, Rhaego? - escutou
Alayne Karstark, ao lado do homem, provocando o cavaleiro.
- Ainda não, mas caso a senhorita comece, recomendo-a voltar para o tricote - respondeu
Rhaego com um sorriso, fazendo-a rir em seguida.
Tirou sua atenção da dupla, sacou sua espada, apertou o punho com as duas mãos, deixando a lâmina ao lado do seu rosto, respirou fundo, viu o portão levadiço sendo levantado e quando os primeiros gritos surgiram junto à milhares de soldados avançando para o portão, gritou também e atravessou a ponte junto à todos guardas reais portando suas respectivas armas. Adentrando no lugar, encontraram um gigantesco pátio dividido em quatro pedaços por corredores de pedra com janelas e portas frente a frente para locomoção, enquanto em cada um desses setores havia casas e torres. Inúmeros soldados esperavam-os. Ambas forças chocaram-se num baque estrondoso e sangrento, espadas atravessadas ali e aqui, berros de dor e gritos de guerra, membros decepados e cadáveres no chão. Virou-se, sendo surpreendido pela aparição repentina da rainha.
- Onde está Daeron? - perguntou
Talia Baratheon, desviando de um golpe e atravessando uma de suas espadas curtas num inimigo.
- Majestade, creio que ainda esteja no dragão, não lembro de vê-lo sair de cima dele - respondeu, matando um dos soldados inimigos. O dragão que antes atacava aquela primeira área fora em direção ao outro lado do largo e grande rio, continuando seu ataque.
Mapa das Gêmeas: https://i.imgur.com/JQ6WCDp.pngMapa do local: https://i.imgur.com/Gc5YrFr.pngTalia[Babi]Vestimenta: Calças, botas de cavalaria e uma cota de malha por baixo das vestimentas.
Armas: Duas espadas curtas e uma adaga com um chifre gravado na lamina.
Um homem com espada e escudo vem em sua direção.
Rhaego[Dwight]Vestimenta: Sua
armadura era modesta em comparação as outras, mesmo resistente favorecia a mobilidade: apenas o braço da espada possuía proteções, o ombro era protegido por uma ombreira de aço, o braço escondia-se em vestimentas normais e uma cota de malha ia até o cotovelo, enquanto uma manopla cobria o restante. O peito era protegido por couro e sobre ele uma cota de malha que cessava apenas na cintura, embaixo vestia uma calça simples e botas.
Armas: Arakh de Aço Valiriano e duas adagas com o punho em formato de cavalos-marinhos esculpidos em prata presas cada uma a um lado da cintura.
Naquela batalha não vira Cetim por perto, deduziu então que não participaria dela.
Três homens estão em sua frente, dois de espadas e um com machado, apenas um de cada está com escudo.
Droenn[Prime]Vestimenta: Uma armadura normal, um pouco velha devido o uso, com ombreiras um pouco maiores que o normal, além da cota de malha embaixo.
Armas: Espada com a cabeça de um lobo gigante esculpida em seu punho, nomeada de Netuno. No guarda-mão, as dizeres de sua casa grafados: O inverno está chegando.
Tobin Reed está ao seu lado, lutando ferozmente, assim como todos outros lordes nortenhos furiosos, em sua frente está dois homens: um de machado e escudo, outro com espada longa.
Alayne[Mary]Vestimenta: Vestimentas modestas sob duas camadas de couro, uma cobrindo todo seu tronco e outra por cima protegendo completamente seus ombros, a última fundida com uma cota de malha resistente que ia até sua cintura, onde Solar era mantida pacientemente. Numa bainha no lado contrário da espada, era guardado a lâmina de obsidiana que Henrik havia lhe dado, para dar sorte.
Armas: Espada nomeada como Solar, a empunhadura negra é feita de couro e o pomo feito de prata, em formato de sol, daí o nome. Uma adaga com os dizeres de sua casa gravado na lâmina curvada: o sol no inverno. Tem a empunhadura negra e sem adornos. Um escudo de madeira com bordas de metal.
Há um inimigo em sua frente, um homem muito musculoso com uma espada longa em mãos, em sua cintura há um machado e na outra uma adaga, ambos prontos para ajudá-lo te matar.