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#Mesa 003 - Fire and Blood

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description#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 14 EmptyRe: #Mesa 003 - Fire and Blood

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O coitado apertou-se mais contra parede, virando o rosto para ela e não deixando de encará-la. Vazava um medo notável, tentando ignorar o homem aproximando-se da cela ao mesmo tempo que chamava-o pelo nome que exigia tanto ser chamado. Passou minutos paralisado, notando conforme o tempo passava o Stark ainda parado esperando-o responder algo, então vendo que não afastaria-se, virou-se para ele com os olhos em seus pés.

- Sim, senhor - respondeu numa voz fraca e baixa. - Você é irmão do traidor, o mesmo que abriu os portões para os Bolton.

Engoliu em seco, sem saber mais o que dizer, muitas coisas passaram por sua cabeça e finalmente teve coragem de dizer sua vontade há séculos, algo que temia até então pela reação do bastardo. Ele tiraria um de meus dedos ou o que restou dos meus dentes, não duvido. Lembrava-se da dor sempre, a dor da pele de seus dedos sendo arrancadas aos poucos, da perda daquilo, das marteladas diárias em cada um de seus dentes até que sobrasse um número tão pequeno que até comer doeria.

- Execute-me - implorou, ajoelhando-se ainda de olhos fixos nos pés do lorde em sua frente, sujando-se ainda mais. - Por favor, mate-me. Mate-me. É meu único desejo. Eu... eu só quero morrer. - Não demorou muito para que o cadáver ambulante começasse soltar lágrimas pelos olhos, conforme pedia a morte.

description#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 14 EmptyRe: #Mesa 003 - Fire and Blood

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Todo garoto sonhava em se tornar um cavaleiro. Os garotos com talento sonhavam em se tornar Guarda Real, já os garotos sem talento, porém, Rhaego jamais saberia dizer. Memórias de sua tenra idade vinham-lhe à tona, quando seu pai levava-o até Porto Real, memórias onde avistava os Mantos Brancos ao longe, como figuras quase mitológicas. Não eram apenas cavaleiros, eram os melhores cavaleiros dos Sete Reinos, o branco de seus uniformes passava para aquela criança de cabelos prateados uma imagem sem máculas, de guerreiros igualmente honrados e temíveis. Sor Arthur Dayne, a Espada da Manhã, e Sor Gerold Hightower, o Touro Branco, eram os únicos dos quais ainda se recordava dos rostos. Guardava-os em sua cabeça como heróis de uma infância, se metade das histórias contadas sobre eles fossem verdade, manejavam suas espadas melhor do que qualquer um que o mercenário já tivera o prazer de enfrentar.

— Estou dando à vocês uma escolha, não serão obrigados à juntar-se a nada, virem cavaleiros e jurem me proteger até o final de seus dias por escolha própria. Mas saibam que um guarda real não poderá ter mulheres, filhos ou castelos — Daeron havia lhes dito. — São os melhores guerreiros, tanto em habilidades quanto em reputação, os mais recomendados a lutarem ao meu lado durante as batalhas que virão no sul, então espero que pensem bem na sua escolha. Darei à vocês até o anoitecer, pois sei da escolha pesada colocada em mãos.

Aegon, o Conquistador, havia estabelecido a ordem como sua própria guarda pessoal após unir Westeros com fogo e sangue, e Daeron teria de fazer o mesmo para reunificá-lo. Para Rhaego, a Guarda Real era muito mais do que heróis de sua infância. Ouvira de seu pai histórias sobre Sor Corlys Velaryon, antepassado seu e membro da guarda do próprio Aegon, sendo o primeiro a carregar o título de Senhor Comandante da mesma. Para ele, fazer parte dela era, ao mesmo tempo, uma honra e um fardo enorme: estava ciente dos sacrifícios, não lhe seria permitido possuir terras, gerar filhos, casar ou ter qualquer submissão a não ser ao seu próprio Rei, sacrificaria sua posição no seio de sua família se aceitasse o convite e, sendo um Espada Branca, jamais caberia a ele julgar ao Rei, apenas proteger à ele e sua família indepentende de suas escolhas. Seu dever só morreria junto à ele, e até o fim de seus dias lutaria pelo bem estar da família Real.

— O que você pensa da Guarda Real, Cetim? — O garoto desatava nós de uma corda sentado ao chão, o sol já começava a desaparecer no horizonte.
— Eu não sei, eu sempre achei as histórias fantásticas, mas você sabe o que os homens dizem...
— Não sei. — Rhaego retrucou rápido, quase interrompendo-o.
— Dizem... que colocar um manto branco não faz um homem mais nobre ou corajoso. É apenas uma pequena e bonita cortina, e sob ela é o mesmo monte de merda. É o que dizem. — O garoto deu de ombros.
— Eu perguntei o que você acha.
— Bem, eu só os conheço por histórias, sabe? Canções de tavernas, — Largou os nós por um segundo, relembrando-as, — mas acho que é preciso muita coragem para se abdicar de tudo em nome de algo que você acredita, senhor. Há certamente algo de nobre nisto, eu acho.
— É, — Rhaego pensou nas palavras do garoto, um sorriso esboçou-se em seu rosto. — finalmente você não falou alguma merda, rapaz. — Os dois riram, e o mercenário afastou-se para voltar ao castelo.

Ele já havia feito sua decisão, seu nome se juntaria ao Livro Branco ao lado dos de seus heróis: de Sor Corlys Velaryon, primeiro Senhor Comandante da Guarda Real, passando pelo Príncipe Aemon, o Cavaleiro do Dragão, por Sor Arthur e Sor Gerold, dos quais guardava estimadas memórias de sua infância, e de Sor Barristan Selmy, o lendário cavaleiro que recentemente tivera o prazer de conhecer. Sor Rhaego Velaryon, pensou consigo mesmo, soa-me bem.

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Alayne estivera esperando tão ansiosamente pelos seus filhos que perdeu a conta de quantas vezes enganou-se com barulhos de cavalaria. Logo fora avisada e esbarrou em diversas pessoas sem se desculpar até chegar no pátio. Raramente era impulsiva ou tão afobada como esteve naquele momento, mas eram seus filhos. A única família que lhe restava, e estava morrendo de saudades.

- Souberam que logo iria para o sul e queriam despedir-se de você. Tivemos algumas dificuldades no caminho por causa do inverno, mas valerá a pena por eles.
Orgus era um homem de meia idade e extrema gentileza. Se dispôs a cuidar de suas crianças e com certeza havia sido lotado de perguntas que não possuiam respostas, ou não podiam serem respondidas. Lhe agradeceu de forma extremamente sincera antes de ser interrompida por 2 pequenas pessoas que emergiram do meio do pátio movimentado. Ajoelhou quando se aproximaram e por pouco não caiu para trás ao agarrar seus filhos e abraçá-los de uma maneira que seu coração pareceu cheio, outra vez. Os beijou e perguntou como havia sido o tempo em que passaram longe, até que Landor, observador, havia notado que sua mãe tinha de fazer outras coisas.

- Eu não quero que vá, mãe. - Brandon o acompanhou, corajoso e decidido. - Leve-nos com você, quero lutar.
Seus olhos estavam prestes a marejar, porém piscou e conteu as lágrimas que ardiam dentro de si. Olhou para Orgus que lhe lançou um olhar de reprovação.
- Por favor, mãe, não vai. - Landor insistia, e as lágrimas que a mãe contia ele deixou escapar, a abraçou, em prantos. Um choro sentido que a esmagou por dentro, era tão parecido com Henrik. E Brandon que continuou contendo suas lágrimas trazia consigo a resistência do pai.
Respirou fundo.

- Eu preciso ir, mas voltarei o mais rápido que posso para ensiná-los a lutar ou levá-los até a Mata dos Lobos. - Parou para enxugar as lágrimas de Landor e segurou seu rosto, enquanto olhava-os nos olhos. - Onde irei, as coisas não são fáceis e as pessoas não são muito gentis. Não poderiam treinar e as camas não são tão macias para se pular. Vocês teriam que me esperar lá também, mas não é legal. Esperem aqui, com Orgus, tenho certeza de que ele cuidará muito bem de vocês, não é? - Olhou para Orgus que assentiu sorridente, entendendo o recado. - Vocês ficarão em casa e a cozinha será toda de vocês, que tal? - Notou o vislumbre de um sorriso em Brandon e o espanto de Landor. - Prometo que voltarei tão rápido que nem sentirão minha falta. - Pausou por uns segundos, abraçando-os outra vez. - Agora, já que não temos lobos, vamos ver o Represeiro?

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─ Execute-me ─ implorou, ajoelhando-se ainda de olhos fixos nos pés do lorde em sua frente, sujando-se ainda mais. ─ Por favor, mate-me. Mate-me. É meu único desejo. Eu... eu só quero morrer ─ não demorou muito para que o cadáver ambulante começasse soltar lágrimas pelos olhos, conforme pedia a morte.

Droenn fitou o irmão bastardo, sua expressão era a mesma de quando deixou Winterfell para tornar-se um mercenário: pura pena.

─ Não ─ apenas negou o desejo de Lanard, observando o quão magro e fraco apresentava-se. ─ Você vai sair daqui, se recompor e, não que tenha alguma honra a conquistar, mas enquanto for meu irmão, mesmo bastardo, não aceitarei que viva sob a sombra do esfolador, como um mísero Fedor.

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O anoitecer aproximava-se lentamente, dando tempo suficiente para os convidados do casamento arrumarem-se e os servos ajeitarem o salão onde ocorreria. Inicialmente, a cerimônia aconteceria no Bosque Sagrado, sob a grandiosa árvore de madeira pálida e copa avermelhada, mas Daeron não rezava a nenhum deus especifico e, por outro lado, mesmo não sendo o exemplo de fiel, sua esposa nos Sete, fazendo-os optarem pelo grande salão de Winterfell para não desrespeitarem os nortenhos e seus deuses. Naquele curto período entre o sol pondo-se sob as nevascas fortíssimas e a escuridão começando dominar aquelas terras, a irmã do rei esfregava as unhas sujas na camada escamosa que protegia o que estivesse dentro do ovo, levantava os olhos e, ocasionalmente, dava olhadelas para a rainha preparando-se para o casamento com a ajuda de aias e amas, rindo com a impaciência da mulher com vestidos e o trabalho que dava colocá-los, principalmente um como aquele. A dupla havia encontrado um belíssimo vestido branco, mas a mulher negou-lhe imediatamente, dizendo que ela num vestido bastava, não precisava ser um ponto branco num salão colorido também, chamando toda atenção para si. O segundo foi o escolhido, a cor era azul e apesar de muito volumoso da cintura para baixo - algo bom considerando o frio do castelo, não chamava tanta atenção.

Quando a hora do casamento chegou, todos nobres e convidados juntaram-se no grande salão, antes usado para banquetes diários, agora completamente arrumado para aquele evento importante, o altar onde o rei e a rainha tornariam-se do outro estava cercado de velas coloridas, cada uma das sete cores simbolizando um deus dos Sete, e naquele momento especifico ocupado por dois homens ajoelhados em frente à Barristan Selmy. Antes do próprio casamento acontecer, os membros da Guarda Real seriam anunciados em frente ao grande público e ali eram feitos cavaleiros os primeiros. Arys Aenah, como era chamado o homem de pele escura, foi ornamentado como cavaleiro rapidamente, levantando-se e recebendo gracejos do rei. O próximo a receber o título de cavaleiro seria o antigo mercenário de cabelos azuis.

- Rhaego da casa Velaryon - começou Barristan, erguendo sua lâmina novamente e tocando-a de leve em seu ombro direito. Rhaego sentia todos olhos do salão em si, principalmente os de Daeron e, ao seu lado, de Desmond que acenara respeitosamente à ele quando chegara ao castelo. - Em nome do Guerreiro eu te ordeno a ser bravo. - Movimentou a lâmina para o ombro esquerdo: - Em nome do pai eu te ordeno a ser justo. - Levou a espada novamente ao ombro direito: - Em nome da Mãe eu te ordeno a defender os jovens e inocentes. - Voltou a tocá-la novamente em seu ombro esquerdo: - Em nome da Donzela eu te ordeno a proteger todas as mulheres...

E no término do juramento, o homem ergueu-se como Sor Rhaego e recebeu um aperto de mãos dos três homens, além de gracejos, também um pequeno aceno de aprovação com a cabeça vinda de Arys. Então, o Rei estava ao lado de seus guardas reais: o Senhor Comandante Sor Barristan, Sor Desmond, Sor Rhaego e Sor Arys. Todos cavaleiros saíram do altar e colocaram-se em frente as duas multidões, divididas por um vazio que formava o caminho onde a noiva caminharia. Serena segurava duas coroas com ambas mãos, uma para o rei e uma para rainha.

Talia Baratheon caminhava calmamente em direção ao salão, cercada de aias bem vestidas, encontrou Droenn Stark esperando-a pacientemente ao lado dos portões, em seu lado uma garotinha com uma cesta cheia de flores e outras coisas para jogar conforme ela aproximasse-se do altar. Notou um corvo encarando-a em cima de um dos parapeitos, continuando mesmo após notá-lo, só parando pouco depois, quando voou para longe. Trocaram um sorriso, não tiveram muitas conversas desde o inicio daquela guerra, mas ambos eram da mesma companhia que consideraram família antes de sua extinção, e pela grande quantidade de tempo apenas como mercenários, ainda compartilhavam o sentimento de estranheza com aquela situação.

- Quem diria, pouco tempo atrás eramos apenas assassinos em busca de moedas de ouro para sobreviver - disse Talia, cruzando um de seus braços com o de Droenn.

- E hoje eu sou o Protetor do Norte e você se tornará rainha - respondeu Droenn, soltando uma risadinha irônica.

Sem pai ou qualquer familiar, foi escolhido o dono do castelo para levá-la ao altar, algo que agradou a mulher mais do que se fosse um estranho. Respirou fundo, então acenou para o homem abrir os portões. Iniciaram a caminhada, deixando-a nervosa com tantos olhos vendo-a de vestido, rezava para não tropeçar e cair na sua própria cerimônia, mas também agradecia à Serena pela ideia de colocar uma calça debaixo daquele vestido volumoso para deixá-la mais confortável. Quando finalmente chegaram ao altar, subiu as escadas e ficou ao lado de Daeron, olhando para frente onde estava o septão. Deu um sorriso de canto à ele, no qual o mesmo devolveu. Trocavam olhares e risos enquanto o septão falava, ambos felizes pelo casamento. Serena observou-lhes com um sorriso no rosto, amava aqueles dois e agradava-a muito vê-los felizes.

- Na visão dos Sete, eu selo - os dois amantes cruzaram as mãos e as estenderam para perto do septão, vendo-o enrolar uma fita de seda nelas - essas duas almas, as unindo como uma só pela eternidade. Olhem um para o outro e digam as palavras.

Os dois viraram-se, ficando frente a frente, os olhos lilás fitando os olhos azuis. Daeron sorriu, então começou:

- Pai. Ferreiro. Guerreiro. Mãe. Donzela. Velha. Estranha. Eu sou dela e ela é minha, a partir desse dia, até o último de meus dias.

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Caminhou em direção ao salão incomodada com todo aquele pano que teve que vestir. Talia Waters nunca teve o costume de vestir-se com aquele tipo de roupa, mas agora era Talia Baratheon e era seu casamento. Mesmo que não tinha intenção de voltar a usar aquelas roupas depois disso, tinha que estar assim nessa ocasião. Seguiu com as aias que a acompanhavam até a porta do salão, onde encontrou com Droenn e uma garotinha que a esperavam. Notou um corvo a observando de cima de um dos parapeitos e ergueu uma sobrancelha, mas logo voltou sua atenção para o Stark. Sentia-se aliviada por ser ele a entrar com ela no salão. Trocou um sorriso e algumas palavras com o homem antes que ele abrisse o portão para que entrassem.

De braço dado com o amigo seguiu no meio do corredor de pessoas. Mesmo sentindo-se corar um pouco por todas aquelas pessoas a vendo de vestido, seguiu sem que acontecesse nenhum acidente. Ao chegar ao altar se posicionou ao lado de Daeron, diante do septão.

-Melhor não se acostumar com isso - Susurrou se referindo ao vestindo e deu um sorriso de lado para o rei enquanto o salão se silenciava para que começasse a cerimonia.

O septão falou algumas coisas que não tinha prestado total atenção já que toda hora trocava risos e olhares com Daeron. Por fim, estenderam as mãos e o homem enrolou uma fita de seda nelas e mandou que virassem um para o outro. Manteve os seus olhos azuis nos olhos purpuras do Targaryen que fez o mesmo olhando-a nos olhos como sempre havia feito.

- Pai. Ferreiro. Guerreiro. Mãe. Donzela. Velha. Estranho. Eu sou dela e ela é minha, a partir desse dia, até o último de meus dias.- Começou o homem sorrindo para ela. Desde antes da hora do casamento, estava sentido-se com um incomodo no peito, que sabia ser ansiedade e naquele momento aquilo só tinha aumentado. Respirou fundo e sorriu de volta para o rei

- Pai. Ferreiro. Guerreiro. Mãe. Donzela. Velha. Estranho. Eu sou dele e ele é meu, a partir desse dia, até o ultimo de meus dias.

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Após os votos ditos, os dois beijaram-se, concretizando o casamento e iniciando, depois de muito tempo, uma época onde a família dos dragões teriam sangue dos veados. A multidão observando-os começou bater palmas, o conjunto barulhento de aplausos alastrou-se pelo castelo, infestando-o até que finalmente parassem. Serena batia as palmas com uma das coroas penduradas no braço direito e a de seu irmão em sua cabeça, como se fosse a rainha ou o rei. O casal sorriu e separou-se do beijo, mesmo que os rostos ainda estivessem muito próximos. A Targaryen jogou a coroa de Talia para o Stark e ambos dirigiram-se para os tronos de seus superiores. Os recém casados sentaram-se nos dois tronos de madeira, ambos com o simbolo de suas respectivas casas por cima, fitavam os portões numa postura formosa e séria, esperando os dois próximos colocarem suas coroas em suas cabeças. A coroa de Daeron era simples, um modesto anel de metal, rodeando sua cabeça, com várias jóias vermelhas separadas por símbolos da família. A coroa de Talia ostentava mais: era feita de ouro que variava graciosamente em seus tons de dourado e bege, as jóias reluziam ao ponto de parecerem laranjas e os mesmos pequenos chifres que cresciam sincronizados ao redor das pedras, cresciam imponentes do alto de sua coroa, desordenados.

O banquete iniciou-se no momento que as coroas foram postas, durante o próprio os lordes nortenhos e alguns comandantes da Companhia Dourada ajoelharam-se perante o quarteto, jurando protegê-los e servi-los. No terminar dos juramentos, a festa começou de fato, com todos mergulhando em pratos gigantescos de comida e derramando jarras inteiras de bebidas no rosto, algumas brigas brotavam ali e aqui, mas eram interrompidas rapidamente por guardas, que também aproveitavam-se da festa, mas moderadamente. O casal daquela noite trocava palavras e risos regularmente, bastante felizes com aquilo, depois das últimas trágicas semanas, um banquete alegre como aquele chegara no momento certo.




Mapa: https://i.imgur.com/zjwJKd1.png

Talia[Babi]
Vestimenta: O vestido de casamento, sob ele uma calça escondida. A coroa.

Talia sentava-se na sequência de tronos na parte superior do salão, onde fora o altar, agora uma longa mesa estendia-se em frente de todos nobres sentados ali, coberta de comida e bebida.


Rhaego[Dwight]
Vestimenta: Sua armadura era leve, favorecendo a mobilidade: as ombreiras eram feitas de couro, esculpidas em quatro camadas que desciam por seu ombro, o braço era protegido por escamas do mesmo material. O peito era protegido por couro flexível e sedas coloridas esvoaçantes cobriam-lhe até o meio das pernas, por cima de calça simples e botas.
Armas: Arakh de Aço Valiriano e duas adagas com o punho em formato de cavalos-marinhos esculpidos em prata presas cada uma a um lado da cintura.

Postava-se em frente às fileiras de mesas e nobres, quando crianças brotaram em seu lado brincando de espadas e quase derrubando-o.

- Desculpa, senhor - disse o mais novo de cabelos castanhos.

- Sor, idiota, chame-o de Sor. Ele é um cavaleiro da Guarda Real - repreendeu o mais velho de cabelos loiros e olhos azuis.

- Eu quero ser um cavaleiro da Guarda Real - disse o mais novo, sorrindo para o homem.


Droenn[Prime]
Vestimenta: Vestimentas formosas, uma mistura de peças negras e azuladas.

Droenn sentava-se na sequência de tronos na parte superior do salão, onde fora o altar, agora uma longa mesa estendia-se em frente de todos nobres sentados ali, coberta de comida e bebida.


Alayne[Mary]
Vestimenta: Um belíssimo vestido vermelho vinho com pontilhados brancos muito bem costurados, sobre seus ombros um manto de pele bem volumoso aquecendo-a do congelante frio do castelo. Ostentando não só os brincos dourados chamando atenção para seu rosto simétrico, os cabelos loiros presos em um coque trançado entregavam um penteado melhor que o da rainha. Em seu pescoço, um artefato estava pendurado num cordão: uma adaga de obsidiana.

Aproveitava o banquete quando as crianças levantaram, derrubando jarras de bebida na mesa e quase sujando-a, tirando espadas de madeira de sabe-se lá onde, iniciando pequenas batalhas que eram interrompidas pela fuga de um dos dois, obrigando o outro a correr pelas mesas tentando alcançá-lo. Levantou-se, suspirando, e começou segui-los, finalmente encontrando-os conversando com um cavaleiro da Guarda Real, o mesmo que vira brigando com a atual rainha numa reunião secreta marcada pelo Stark.

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Sentou-se ao lado de Daeron no trono com o símbolo de sua família esculpido. Ainda sentia-se um pouco estranha por todos aqueles olhares voltados para ela. Tinha o costume de chamar atenção por sua aparência, mas dessa vez era diferente, não olhavam para a rainha da beleza e sim para a futura rainha de Westeros. Virou seu olhar dos convidados para Serena que jogou a coroa para Droenn. Não tinha reparado no objeto até aquele momento, mas quando o fez ficou admirada com ela. Era uma coroa de ouro, formada por chifres de veado e encrustada por pedras com a cor do pôr do sol. O Stark se posicionou atrás do trono da Baratheon e ele e a garota Targaryen desceram as respectivas coroas, e então o banquete começou.

Ficaram no meio da mesa principal que tinha sido colocada no altar diante dos tronos. Ficou conversando e rindo com Daeron, enquanto alguns iam na mesa para fazer seus juramentos e os outros se empanturravam com as comidas e bebidas da festa. Serviu-se com um copo de cerveja e o virou com a mesma rapidez enquanto ouvia o rei a provocar sobre o vestido. Sorriu e repetiu que nunca mais voltaria a usar aquilo e também se queixou do quanto era incomodo, o que causou uma gargalhada do homem. Ajeitou a coroa em sua cabeça. Por mais da metade de sua vida tudo o que fazia era sair em missões em busca de riquezas, agora carregava uma fortuna em sua cabeça, mas o peso desse ouro era diferente, trazia mais do que só bebida e diversão como todo o ouro que já tinha pego. Encheu mais um copo pra si mesma e viu o de Droenn vazio o enchendo também.

-Então, chuto que o próximo casamento que iremos será seu ou da Serena, mas aposto em você. - Disse dando uma risada para o homem - Alguma ideia de quem será a mulher de sorte?


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Sabia que uma roupa ao nível daquela celebração era mais adequado para Talia, mas ao vê-la ostentando a beleza de um vestido chamativo, não pôde esconder a surpresa e sorriu num cumprimento.

─ Quem diria, pouco tempo atrás eramos apenas assassinos em busca de moedas de ouro para sobreviver ─ disse ela, cruzando um de seus braços com o do Stark, que deu uma risadinha irônica.

─ E hoje eu sou o Protetor do Norte e você se tornará rainha.

E, até hoje, aquilo tudo era demasiado novo para Droenn. Apesar de que, voltar ao lar sempre fosse seu maior desejo, as responsabilidades caíram e volta e meia via-se ainda um mercenário despreparado para tornar-se protetor de qualquer coisa. Hei de me adaptar, falou consigo mesmo enquanto abria o portão do grande salão e deparava-se com toda aquela majestosidade de luzes, pessoas e clima festivo.

Após ter levado a amiga ao altar, o silêncio no recinto deu início à cerimônia. O septão falou, os votos foram feitos e os noivos beijaram-se em seguida. Droenn aplaudiu junto com a multidão, até que Serena jogou-lhe a coroa da rainha: os dois seguiram os recém-casados até os tronos e deslizaram as coroas por suas cabeças. Juramentos foram feitos e só então a festa em si começou.

De seu lugar e diante uma vasta mesa repleta de comida, assistia pessoas afundarem-se em seus pratos e copos. Sorriu para si mesmo: o sentimento de felicidade, por mais que fosse raro e momentâneo, visitava-o. Notou que Talia serviu-se de cerveja uma segunda ou terceira vez, e em seguida encheu o copo do Stark.

─ Então, chuto que o próximo casamento que iremos será seu ou da Serena, mas aposto em você ─ disse, dando uma risada. ─ Alguma ideia de quem será a mulher de sorte?

Droenn soltou uma breve gargalhada e tomou um gole da bebida.

─ Sequer consigo imaginar, que o destino encarregue-se disso ─ disse, sorrindo. ─ Mas nem tente desviar o centro dos assuntos de você. Será que a rainha de Westeros e sua família terão algum tempo para visitar velhos amigos no Norte vez ou outra?

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O aposento era aquecido pelo fogo da lareira, que crepitava alegremente e enchia o local de calor, os votos haviam sido feitos e as coroas postas sobre as cabeças do Rei e da Rainha. Rhaego postava-se em frente às fileiras de mesas e nobres, devorando tudo que lhe apetecia, boa comida, cerveja de sobra, brigas e risadas, era realmente um momento de rara alegria em meio a tudo que vinham passando. Arrancou um pedaço de carne de cordeiro do osso, deliciosamente cozido com limões e temperado com crosta de ervas, não recordava-se de comer tão bem assim desde algum tempo do qual nem mais se lembrava.

— Desculpa, senhor. — disse-lhe um pequeno garoto de cabelos castanhos, após tropeçar nele enquanto brincava com o irmão.

— Sor, idiota, chame-o de Sor. Ele é um cavaleiro da Guarda Real. — repreendeu o mais velho de cabelos loiros e olhos azuis, sua frase foi abafada em meio à todas as vozes que se apinhavam na multidão.

O moleque me chamou de Sor Idiota? Demorou um pouco para compreender o que ele realmente havia dito, enquanto beliscava alguns pedaços de pão de aveia, pensativo.

— Eu quero ser um cavaleiro da Guarda Real. — disse o mais novo, sorrindo para o homem. Conseguiu captar o que o loiro havia dito, o que o fez deixar escapar uma pequena risada, agachando-se perto do mais novo em seguida.

— Vamos fazer um trato então, Sorzinho, — Havia simpatizado com a figura do pequeno, lembrava-o de si mesmo quando menor, — você me promete que treinará, que crescerá honrado e justo, e então prometo-lhe que eu mesmo irei proclamá-lo cavaleiro, combinado? — Esticou-lhe o braço como se fizesse um tratado entre homens, segurando sua pequena mão e devolvendo-lhe um largo sorriso.

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A atmosfera do salão estava agradável. Todos pareciam despreocupados e finalmente, sem pensarem no que aconteceria depois. Mas Alayne, mesmo durante os votos, havia pensado somente no passado. Apenas com as dispersas lembranças e o clima melancólico do casamento, foi capaz de viajar entre os anos que se passaram. Quaisquer as épocas, lugares e sensações que ainda guardava dentro de si, havia algo em comum em todas: Henrik.
Sentia sua falta, era inegável, mas uma parte dele havia ficado com a Karstark.
Incluindo seus dois filhos, que só não derrubaram os pilares do salão.

Durante o banquete a loira havia sentado-se numa longa mesa que escolheu sabiamente: as pessoas que a ocupavam mais bebiam do que comiam. Tomou poucas taças de vinho, mas foram suficientes pra se afundar em diversas conversas que aconteciam simultaneamente ao seu redor.
Brandon e Landor estavam sentados ao seu lado, o menor tentava comer e por vezes engasgava-se enquanto tentava perguntar algo de boca cheia, já Brandon estava totalmente hiperativo, se remexendo todo o tempo na cadeira e dando tantas cotoveladas em Alayne que em pouco tempo deixou de se importar. Estranhou o cessar das risadas infantis e logo diversas jarras derramaram-se na mesa quando explodiram em um súbito de animação e levantaram, lutando com espadas de madeira que Alayne não fazia ideia da onde surgiram. Levantou-se e suspirou, seguindo-os.

Encontrou Landor encarando assustado o homem de cabelos azuis que odiava o Norte, ou Sor Rhaego, como seria chamado. A Karstark estreitou os olhos e aproximou-se, ouvindo o pequeno dizer que desejava ser um Sor, assim como ele.
— Vamos fazer um trato então, Sorzinho, você me promete que treinará, que crescerá honrado e justo, e então prometo-lhe que eu mesmo irei proclamá-lo cavaleiro, combinado? — Rhaego esticou-lhe o braço como se fizessem um tratado entre homens, segurando sua pequena mão e devolvendo-lhe um largo sorriso.
Alayne sorriu com o pensamento. Já era uma criaturinha honrada e justa, apenas lhe restava crescer. Aproximou-se por trás de seus filhos, colocando a mão em suas cabeças e bagunçando os cabelos tão distintos.
— Diga a ele que já treina, filho. Em sua casa e não no meio de um salão. Sor Rhaego não lutou durante um banquete. — Torceu para que não o tivesse feito e lhe contrariasse, dando ideias aos pequenos. Virou-se para Rhaego e sorriu. — Parabéns, Sor. Pelo título e pelo cabelo capaz de fazer crianças lhe ouvirem.

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Tampouco terminou de falar e notou a mãe dos pequenos se aproximando, poucos passos atrás deles. Que ela não tenha me ouvido incentivando o garoto, orava em silêncio para os deuses do qual não acreditava.
— Diga a ele que já treina, filho. — Merda. — Em sua casa e não no meio de um salão. Sor Rhaego não lutou durante um banquete. — A mulher colocou a mão sobre as cabeças dos garotos e bagunçou seus cabelos, virando-se para ele sorridente. — Parabéns, Sor. Pelo título e pelo cabelo capaz de fazer crianças lhe ouvirem.

— Não há necessidade do Sor, na verdade não estou nem um pouco habituado a ele, mas obrigado, Senhora Karstark. — Agradeceu, levantando-se de sobre o joelho direito. — Os cabelos costumam me fazer ser levado mais a sério pelas crianças do que pelos adultos, uma triste verdade. — Sorriu de volta para ela, com um leve dar de ombros.

Os garotos pareciam começar a agitar-se novamente, à medida que um cutucava o outro com as espadas de madeira. Rhaego curvou-se perto dos dois e cochichou para os meninos, mesmo que claramente sua mãe ouviria.
— Não liguem para o que ela disse, eu lutei em diversos banquetes, continuem com o bom trabalho. — Piscou para os dois e o menor deu uma sonora risada, desviando o olhar para a mãe em busca de aprovação em seguida.

Alayne postava-se de braços cruzados atrás deles, com um semblante de desaprovação no rosto. Os três a olharam por alguns segundos de silêncio à espera de uma resposta, até que a loira acenou com a cabeça permitindo que eles prosseguissem. Os garotos comemoraram e trocaram cutucadas com as espadas de madeira, Rhaego afagou-lhes o cabelo e eles se puseram novamente a correr, derrubando a taça do ex-mercenário ao tropeçarem na mesa ao lado.

— Você merece os parabéns pelos maravilhosos filhos, senhora. Certamente serão grandes homens quando atingirem a idade. — O homem ainda ria da bagunça das crianças, juntando a taça ao chão e enchendo-a, junto a outra. — Se me permite perguntar, — Falou, oferecendo-a uma das taças e pondo-se a caminhar, — e me perdoe se for intrometimento de mais, como pode perceber não sou o mais comedido dos homens. — Olhou-a, mas a mulher não fez nenhuma menção para interrompê-lo.
— Você tem dois filhos lindos, uma morada segura e os cria sozinha, ninguém te julgaria, então o que te move para esta guerra? — Seu tom era mais sério, talvez um tanto desolado. Sabia que ela tinha perdido tanto quanto ele. — Desculpa minha inconveniência, eu só... não sei, talvez seja algo que me intriga sobre você, entendo se não quiser responder.

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─ Sequer consigo imaginar, que o destino encarregue-se disso ─ disse o homem ao seu lado sorrindo e causando uma risada na Baratheon

Serviu-se novamente, mas dessa vez de vinho tinto. Deu um gole da bebida sentindo o gosto das uvas misturado ao alcool, porém com uma doçura incomum. Nunca esqueceria-se do sabor do vinho da Arvore. Tinha bebido daquilo apenas uma vez, logo após a vitória do tio em sua rebelião, tinha sido feito um banquete. Foi naquele dia que ficou sabendo da morte do pai e naquela noite tinha se afundado no alcool pela primeira vez. Apesar das má lembrança, não podia negar uma coisa, aquele vinho era realmente o melhor de Westeros.

─ Mas nem tente desviar o centro dos assuntos de você. Será que a rainha de Westeros e sua família terão algum tempo para visitar velhos amigos no Norte vez ou outra? - Sorriu para a pergunta do homem

- Não se preocupe com isso, Stark. Nem se você quiser vai se livrar de nós, e apesar de que Daven não esteja mais conosco, você ainda tem que tentar ganhar de mim na bebida, mas não pense que vou aliviar por cortesia- Disse dando uma gargalhada e lembrando-se do ultimo banquete que tiveram como Blackhands. Muita coisa tinha mudado desde aquele dia, Droenn tinha virado o protetor do norte e ela carregava uma coroa em sua cabeça, junto ao titulo de rainha e um filho do dragão em seu útero. colocou a mão sobre a barriga e sorriu novamente para o amigo. - E além disso tenho certeza que o pirralho aqui vai adorar ter você como tio.

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─ Não se preocupe com isso, Stark. Nem se você quiser vai se livrar de nós, e apesar de que Daven não esteja mais conosco, você ainda tem que tentar ganhar de mim na bebida, mas não pense que vou aliviar por cortesia. E além disso tenho certeza que o pirralho aqui vai adorar ter você como tio.

─ Tio ─ repetiu ele, dando uma risadinha. ─ Essa é uma experiência irrecusável ─ bebeu o que restava de cerveja no copo e o encheu do mesmo conteúdo em seguida, dando continuação à competição criada. Por um momento, o Stark limitou-se a encarar a bebida: diversas lembranças de mercenário vieram quando o nome de Daven foi citado, mas preferiu guardá-las para si. ─ O pirralho? Então prefere que venha um menino?

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— Não há necessidade do Sor, na verdade não estou nem um pouco habituado a ele, mas obrigado, Senhora Karstark. — Agradeceu, levantando-se de sobre o joelho direito. — Os cabelos costumam me fazer ser levado mais a sério pelas crianças do que pelos adultos, uma triste verdade. — Sorriu de volta, com um leve dar de ombros.

— Lhe garanto saber como é isso, por dentro ainda sou uma jovem que estranha ser chamada de Senhora Karstark. E ter a atenção das crianças é em infinitas maneiras mais interessante do que ter a atenção de adultos, é um homem de sorte. — Alayne sorriu de volta para Rhaego pronta para lhe acrescentar algo mas a inquietudo de seus filhos estava lhe desconcentrando. Jurou que se continuassem se cutucando e balançando tão freneticamente, um tornado seria formado ao redor deles. Rhaego notou e polpou as crianças de terem suas armas confiscadas, incentivando-as a lutar. Então os traidores não haviam de fato acabado.
Landor, Brandon e Rhaego olharam para a Karstark com expectativa. Foi difícil manter sua feição séria ao notar que o Velaryon parecia tão excitado quanto seus filhos. Acenou com a cabeça para que saíssem correndo - não sem antes dar um passo para trás. Rhaego acariciou o topo da cabeça dos dois antes que disparassem num estrondo de copos caindo e risadas gostosas e contagiantes pelo salão. Sorriu discretamente, outra vez.

— Você merece os parabéns pelos maravilhosos filhos, senhora. Certamente serão grandes homens quando atingirem a idade. — O homem ainda ria da bagunça das crianças, juntando a taça ao chão e enchendo-a, junto a outra. — Se me permite perguntar, — Falou, oferecendo-a uma das taças e pondo-se a caminhar, — e me perdoe se for intrometimento de mais, como pode perceber não sou o mais comedido dos homens. — Olhou-a, mas a mulher não fez nenhuma menção para interrompê-lo. — Você tem dois filhos lindos, uma morada segura e os cria sozinha, ninguém te julgaria, então o que te move para esta guerra? — Seu tom era mais sério, talvez um tanto desolado. — Desculpa minha inconveniência, eu só... não sei, talvez seja algo que me intriga sobre você, entendo se não quiser responder.

— Obrigada, Rhaego. — Resolveu arriscar-se mais intimamente, já que o rapaz de cabelos azuis parecia um tanto desprendido de títulos para que "Sor" se fizesse necessário. Acompanhou-o na caminhada lenta. — São realmente crianças maravilhosas. Antes de me tornar mãe nunca imaginei que seres tão pequenos fossem capazes de me ensinar tantas coisas e sujar tanto as minhas roupas. São tão inteligentes que por vezes pareço uma donzela imaginando como serão quando crescerem. Só espero que não sigam conselhos errôneos e lutem em banquetes. — Deu um riso baixo e bebeu um gole do vinho que a aqueceu confortavelmente. — E não se desculpe. Sou feita de muitas curiosidades pra não lhe julgar como inconveniente. — Fez uma breve pausa, rodeando com os dedos os detalhes da taça que segurava.

— Não tenho motivações muito diferentes da grande maioria aqui neste banquete. Perdi uma considerável parte de minha família em um curto espaço de tempo, como deve saber. A vingança me motiva, por vezes não sou tão compadecida de bondade como aqueles que se foram. É um dever que se acentuou com o tempo: igualar toda a desgraça que assolou minha família e as tantas outras que foram destruídas e exterminadas. Assegurar de que meus filhos não tenham de se amedontrarem por nada mais que uma briga de ego de pessoas covardes. — Fitou os olhos de Rhaego. A encaravam com curiosidade agora. — Meus filhos não entenderão porque os deixo. Mas só preciso que eles entendam algo depois, quando voltar da guerra e mostrá-los que ficarei por perto, definitivamente. — Pausou por alguns segundos e percebeu que estava tensa. Relaxou, mas não desabou. Não havia sido tão clara com ninguém desde a morte de Henrik e isso antes, seria uma atitude arriscada que lhe arrancaria lágrimas silenciosas. Porém, desde então, nunca havia sido tão forte também.
— Cabelos azuis me ajudariam no processo diário de dizer para as crianças que voltarei em pouco tempo, não acha?

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Serena talvez estivesse em sua quinta ou sexta garrafa de hidromel, nunca tivera um organismo muito forte para bebidas e aquilo provava-se no momento, sentia-se cada vez mais separada do mundo ao seu redor, as vozes e o que diziam entravam em uma orelha e saiam pela outra, sem que entendesse completamente, soltou um pequeno arroto e notou o interior de seu estomago borbulhando. Levantou-se, tentando sair dali para afastar-se da festa e poder vomitar sem uma multidão vendo-a, mas estava tão tonta que teve de cair sobre a mesa para manter-se em pé, sendo salva pelo irmão em seguida. Longe, escutou uma gargalhada de Hugar, ao vê-la naquela situação.

- Parece que alguém bebeu demais aqui - disse Daeron sorrindo, cruzando um de seus braços em seu pescoço e ajudando-a ficar de pé. - Desculpem-me, se me dão licença, levarei minha irmã à seu quarto.

Sorriu para sua amiga Baratheon e seu antigo companheiro mercenário Stark, antes de soltar outro pequeno arroto e deixar o rei levá-la à seu respectivo quarto, algo que seria interrompido durante os corredores, não duvidava, para que pudesse vomitar.

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─ Tio. Essa é uma experiência irrecusável ─ disse o Stark dando uma pausa em seguida ─ O pirralho? Então prefere que venha um menino? - A pergunta do homem a fez pensar por um instante antes de responde-lo com um sorriso

─ Na verdade sugeri que fosse um menino apenas por ter esse pressentimento, mas não sei o que preferir, deixarei que os deuses joguem seu jogo e decidam. ─ disse, olhando para sua taça de vinho quase vazia e pensando no que seria da mulher com um filho. Nunca se imaginou cuidando de uma criança, mas também nunca tinha se imaginado casando e tornando-se rainha, mas isso tudo estava acontecendo.

Seus pensamentos foram interrompidos quando ao tentar levantar-se , Serena desequilibrou procurando apoio na mesa. Olhou surpresa para a garota, nunca em todos os anos que convivia com ela tinha visto-a bêbada daquela forma. Daeron com rapidez ergueu-se dando apoio para que a garota não caísse. O homem se ofereceu a leva-la para o quarto para que ela conseguisse pelo menos cruzar o salão de pé. Assentiu para ele com uma risada concordando que aquilo era sensato. A Targaryen dirigiu um sorriso para Talia e Droenn antes de deixar que o irmão a levasse, o que causou mais uma gargalhada na rainha.

─ Por essa eu não esperava, acho que a antiga Serena cresceu. Aquele principezinho dornês vai ter trabalho com ela. ─ Disse, dando mais uma risada e virando o resto de vinho de sua taça, a enchendo novamente. Mesmo que a divertisse a cena do garoto tentando conquistar a Targaryen, no fundo sentiu-se triste por saber que a veria partir pouco tempo depois do casamento. Os poucos Blackhands que haviam sobrado separavam-se aos bocados. Serena provavelmente ficaria em Dorne se as coisas corressem como Daeron planejava, depois que tudo acabasse Droenn ficaria no norte cumprindo seu dever de senhor de Winterfell, e Talia estaria em porto Real com o rei e com Rhaego. Virou-se com um olhar curioso para o amigo ─ Como você imagina que serão as coisas quando tudo isso acabar?

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─ Na verdade sugeri que fosse um menino apenas por ter esse pressentimento, mas não sei o que preferir, deixarei que os deuses joguem seu jogo e decidam ─ disse Talia, e logo depois uma Serena levantou-se sem equilíbrio. Aparentemente, havia bebido mais do que podia dar conta ─ era a primeira vez que Droenn via a moça naquele estado, mas não se surpreendeu. Daeron a socorreu e anunciou que a levaria aos seus aposentos. Assentiu, e quando Serena lançou-lhes um sorriso, riu junto da rainha: aquilo acabou o lembrando da sua última experiência com bebidas, tentaria não passar de seus limites dessa vez.

─ Por essa eu não esperava, acho que a antiga Serena cresceu. Aquele principezinho dornês vai ter trabalho com ela ─ Talia riu, encheu seu copo após virá-lo outra vez e olhou curiosa para Droenn ─ Como você imagina que serão as coisas quando tudo isso acabar?

O Stark deliciou-se com mais um generoso gole de cerveja e respondeu:

─ Bom, presumo que todos nós ex-mercenários, não saibamos muito bem como prosseguir, o que fazer ou que rumo tomar após... tudo isso ─ pegou o jarro de cerveja e despejou um pouco no copo. ─ Acho que até lá a separação dos mãos negras estará concluída, e depois disso, cada um com sua responsabilidade e vida que segue. Mesmo com um reino em paz e como nem tudo são flores, problemas e casualidades aparecerão para nos reunir vez ou outra ─ colocou um gole para dentro. ─ Pensar que encostaremos nossas espadas num canto e as deixaremos lá para fazer algo totalmente diferente é um tanto triste, não é mesmo?

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Partículas de pó dançavam nos feixes de luz em volta dos castiçais acessos que estavam espalhados pelas mesas do banquete.

— Lhe garanto saber como é isso, por dentro ainda sou uma jovem que estranha ser chamada de Senhora Karstark. — A mulher o respondeu. — E ter a atenção das crianças é em infinitas maneiras mais interessante do que ter a atenção de adultos, é um homem de sorte. — Alayne sorriu de volta para Rhaego, e estava pronta para lhe acrescentar algo, mas a inquietude de seus filhos parecia estar lhe desconcentrando. Rhaego notou e intrometeu-se, impedindo que as crianças tivessem suas armas confiscadas e incentivando-as a lutar. Esperava que ela não se incomodasse com isso, mas já a conhecera o suficiente para notar que não era tão fria quanto à primeira vista.
Landor, Brandon e Rhaego olharam para a Karstark com expectativa. Claramente ela tentava manter sua feição séria ao notar que o Velaryon parecia tão excitado quanto seus filhos. Ela deu um passo para trás e acenou com a cabeça para que saíssem correndo. Ele acariciou o topo da cabeça dos dois antes que disparassem num estrondo de copos caindo e risadas gostosas e contagiantes pelo salão. A loira sorriu discretamente, outra vez.

O cavaleiro a parabenizou pelos filhos, servindo-a uma taça de vinho e oferecendo-o à ela, que aceitou.
— Obrigada, Rhaego. — Apreciou o fato de tê-lo tratado com mais intimidade, estava cansado da costumeira abordagem distante que recebia de todos desde que deixou Essos. Ela o acompanhou na lenta caminhada . — São realmente crianças maravilhosas. Antes de me tornar mãe nunca imaginei que seres tão pequenos fossem capazes de me ensinar tantas coisas e sujar tanto as minhas roupas. São tão inteligentes que por vezes pareço uma donzela imaginando como serão quando crescerem. Só espero que não sigam conselhos errôneos e lutem em banquetes. — A loira deu um riso baixo e bebeu um gole, ele sorriu. Notava certo brilho em seus olhos azuis quando falava dos filhos, sem dúvidas eram a coisa mais importante para ela.  — E não se desculpe. Sou feita de muitas curiosidades pra não lhe julgar como inconveniente. — Ela fez uma breve pausa, rodeando com os dedos os detalhes da taça que segurava. Rhaego apenas lhe dirigiu um olhar de ternura, optando por manter-se calado.

— Não tenho motivações muito diferentes da grande maioria aqui neste banquete. Perdi uma considerável parte de minha família em um curto espaço de tempo, como deve saber. A vingança me motiva, por vezes não sou tão compadecida de bondade como aqueles que se foram. É um dever que se acentuou com o tempo: igualar toda a desgraça que assolou minha família e as tantas outras que foram destruídas e exterminadas. Assegurar de que meus filhos não tenham de se amedrontarem por nada mais que uma briga de ego de pessoas covardes. — Ela fitou seus olhos, Rhaego não saberia nem mesmo mensurar todo o peso que a loira carregara sobre os ombros nos últimos meses. — Meus filhos não entenderão porque os deixo. Mas só preciso que eles entendam algo depois, quando voltar da guerra e mostrá-los que ficarei por perto, definitivamente. — Pausou por alguns segundos e segurou-se, mesmo depois de tudo, ela não iria chorar.

— Você está certa, Alayne. — Ele remexeu o conteúdo de sua taça, virando-a na garganta e largando-a sobre uma mesa qualquer. A bebida tinha certa acidez, causando um frescor na ponta da língua. — Nós somos os filhos do meio dessa guerra, você não é uma Stark e eu não sou um Targaryen, por mais próximo que tenhamos nascido deles, e mesmo assim perdemos aqueles que mais amamos, família e amigos, em batalhas que não são nossas. Os senhores das Grandes Casas iniciam guerras porque a esposa de um Lorde corno resolveu engravidar de um outro Lorde corno, isso é um motivo mesquinho para se ir a guerra. E quando eles voltam para seus grandiosos castelos e escondem suas bundas atrás de suas muralhas, somos nós que vamos para casa juntando os pedaços do que sobrou, sozinhos. — Havia algo de triste em seus olhos, provavelmente nunca havia sido tão sincero com outra pessoa, acostumara-se a guardar tudo para si desde jovem. — Mas você está errada quando diz que suas motivações não são muito diferentes da grande maioria aqui. Buscar um mundo melhor para seus filhos crescerem? Eu passei os últimos 15 dias de meu nome pulando de batalha em batalha por dois continentes, e tudo que vi foram pessoas movidas por ganância ou falta de propósito, certamente nunca cruzei com homem ou mulher que lutasse por motivo tão nobre e singelo. — Parou em frente a ela e escorou-se em uma mesa vazia, observou a mulher e sabia que ela estava tensa, mas era forte o suficiente para não desabar. — Ninguém esperaria que eles entendessem agora, Alayne. Estão com medo, mas é por isso que você vai à guerra. Você voltará, eles crescerão em breve e entenderão o mundo, e garanto-lhe que não só vão compreender os seus motivos, como também terão grande orgulho da mãe incrível que eles têm. — Observar os pequenos que digladiavam-se em meio a risadas fez um discreto sorriso dançar em seus lábios, voltando seu olhar para a loira em seguida. Ainda temia ter se intrometido de mais.
— Cabelos azuis me ajudariam no processo diário de dizer para as crianças que voltarei em pouco tempo, não acha? — Aliviou-se por ela mostrar-se bem humorada.
— Eu já disse, elas adoram isso, — Deu de ombros com uma expressão imodesta. — você realmente deveria adotar, combinará perfeitamente com seus olhos. — Permitiu-se rir novamente, contente por terem afastado o clima fúnebre.

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— Não são todos que possuem atrevimento suficiente para admitirem que somos as marionetes nesse jogo cruel. Usam o fato de estarem numa guerra como pretexto para um ego crescente, mas jamais terei orgulho em ser controlada. Permaneço jogando não para me beneficiar com isso, mas sim para sair o mais rápido deste ciclo vicioso de armadilhas e traições, deve me entender. Voltar para a casa não será um privilégio, é um direito. — Deu seu último gole na bebida doce, pouco depois de Rhaego o fazer. Apesar do assunto que tratavam, a voz da Karstark permanecia suave e ponderada.
Não sentia fome — bastava estar absorta em algo interessante que uma névoa a rodeava; depositava sua atenção e concentração em uma única coisa e o resto era esquecido. Mas seus filhos eram exceção a este regra, fazendo-a olhar ao redor algumas vezes enquanto conversava com o Velaryon para checá-los e encontrá-los da maneira exata como estavam minutos antes: rosnando para o outro enquanto golpeavam com suas pequenas espadas. — Sinto que não pensa muito diferente de mim, já que é um homem... ousado. — Sorriu ironicamente, olhando para o seu cabelo ao dizer a última palavra. — E de certa forma, intrigante, estamos quites em relação a isto e a curiosidade... Não sou boa com rodeios e não acho formas para soar conveniente, perdão. Mas os seus traços, sua imposição durante a reunião e nesta conversa mostram que não é facilmente domado e nem conformado, uma pessoa que não veio e nem cresceu em meio á isto, — gesticulou, mostrando-lhe a festividade, fartura e riqueza que inundavam o salão — por reconhecer a verdadeira situação em que estamos e não iludir-se. Isso é raro. — Não preocupou-se em soar direta demais.
Alayne havia sido superficialmente informada por Harrold sobre a trajetória do grupo em que receberam em Karhold, mas não saciou sua curiosidade. Cada um dos que vieram possuiam suas particularidades, e estava focada em Rhaego, que mostrou-se desde sua chegada, excêntrico. — Se não se incomodar em dizer, gostaria muito de saber oquê em sua vida o fez ser assim. Sua trajetória parece ser interessante e se quiser limitar-se em aventuras, fique á vontade. — Deu um discreto sorriso de lado, esperando por uma resposta.

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— Não são todos que possuem atrevimento suficiente para admitirem que somos as marionetes nesse jogo cruel. Usam o fato de estarem numa guerra como pretexto para um ego crescente, mas jamais terei orgulho em ser controlada. Permaneço jogando não para me beneficiar com isso, mas sim para sair o mais rápido deste ciclo vicioso de armadilhas e traições, deve me entender. Voltar para a casa não será um privilégio, é um direito. — A voz da Karstark permanecia suave e ponderada, Rhaego apenas consentiu com a cabeça.
— Sinto que não pensa muito diferente de mim, já que é um homem... ousado. — Ela olhou para seu cabelo e sorriu ironicamente, fazendo-lhe rir. — E de certa forma, intrigante, estamos quites em relação a isto e a curiosidade... Não sou boa com rodeios e não acho formas para soar conveniente, perdão. Mas os seus traços, sua imposição durante a reunião e nesta conversa mostram que não é facilmente domado e nem conformado, uma pessoa que não veio e nem cresceu em meio á isto, — gesticulou, mostrando-lhe a festividade, fartura e riqueza que inundavam o salão — por reconhecer a verdadeira situação em que estamos e não iludir-se. Isso é raro. — Ela não preocupou-se em soar direta demais.
— Se não se incomodar em dizer, gostaria muito de saber oquê em sua vida o fez ser assim. Sua trajetória parece ser interessante e se quiser limitar-se em aventuras, fique á vontade. — Deu um discreto sorriso de lado, esperando por uma resposta.

— Eu vim do nada e logo retornarei para o nada, loira. — murmurou para a Karstark. — Mas, já que você desconsiderou meu atrevimento e saciou minha curiosidade, talvez mereça uma retribuição. Sou indiscreto e falo demais, mas creio que à esta altura você já se acostumou. — Ele suspirou, como se pensasse por onde começar. — De forma sucinta, eu nasci no lado contrário do Mar Estreito, em uma de suas viagens meu pai engravidou a filha de um comerciante local, — Ele sempre suspeitou ser filho de uma prostituta, mas na história que lhe era contada Talisa era filha de um comerciante, — ele tomou-me sob sua guarda logo após o primeiro dia de meu nome, a última vez em que estive com minha mãe. E nisto você se enganou, Alayne, eu cresci em meio á isto, — Imitou os gestos da mulher ao mostrar o salão, com um sorriso zombeteiro no rosto. — mas então veio a Guerra das Tormentas, eu era jovem, tinha menos do que o dobro da idade de Brandon, e a vida acabou me levando de volta para Essos. Não encontrei nenhum sinal de minha mãe ou sua família por lá, fui obrigado a me virar roubando comerciantes e esgueirando-me por entre as vielas da cidade. — Fitou o chão recordando-se de suas memórias, um sorriso saltou-lhe ao rosto. — Eu sei, difícil imaginar atos tão infames vindos de uma figura tão majestosa.
— Eventualmente fui pego, é claro. Acabei sob a posse de um mestre de escravos de Astapor, eles tinham o estranho gosto de ver crianças lutarem contra ursos e touros por lá. Apesar de ter sido o pior período da minha vida, o treinamento que recebi para as Arenas me ensinou a enfrentar qualquer coisa, de um gritador Dothraki a um cavaleiro Westerosi, e de alguma forma creio que isso me manteve vivo até hoje. Tudo isso era um grande espetáculo para eles, então, como um guerreiro tyroshi, eles começaram a pintar meus cabelos como fazem os do meu povo. Acabou se tornando parte de quem eu sou, eu acho.
— No que tange às minhas aventuras, tinha 16 anos quando matei meu primeiro homem, e... é basicamente aí que minha história acaba. — Deu de ombros, não parecia melancólico quanto aquilo. — De lá para cá minha vida se resume a isto, batalhas, guerras, mortes... Seja como escravo, pirata, mercenário ou Guarda Real, a partir daquele dia em Astapor, isso foi tudo que eu soube fazer. — Ele notou que a última vez que contara sua história para alguém fora quando entrou para os Blackhand, em conversa com Brandyn, e de algum modo aquilo aliviava-o. Agarrou a mão enluvada com os dedos da contrária, apertando-a. Lembrou-se da vez em que pensou ter encontrado felicidade, mas como tudo em sua vida, quando tentou segurá-la escapou por entre seus dedos.
— E bem, o cabelo, as sedas coloridas, os anéis... eu consegui sua atenção, não consegui? Posso ser um pouco chamativo, mas é isso que me faz único, minha cara. — Sorriu novamente, era algo raro que, naquela noite, se tornara rotineiro. — O vinho me fez falar muito, eu acho que preciso de um pouco mais. — Continuaram a conversar, dando meia-volta e seguindo a caminhada para mais próximo de onde as crianças brincavam e gargalhavam.

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Os irmãos caminhavam lentamente pelo corredor, sendo atingidos por jorradas gélidas de ar uma vez ou outra, fazendo-os apertarem-se mais contra o outro para aquecerem-se. Quando finalmente chegaram ao quarto da garota, o rei ajudou-a deitar na cama e sentou ao seu lado, vendo-a ajeitar-se.

- Tudo bem pra você ficar aqui sozinha? Deixarei os guardas ali fora, guardando as portas - disse Daeron, preocupado.

- Sim, tanto faz - respondeu Serena numa bocejada. Ficou de olhos fechado por um longo tempo, até ser acordada de seu cochilo pelo irmão levantando-se da cama. - Em breve nos despediremos novamente, não é?

- Sim - respondeu triste, mas ainda assim mostrando um sorriso para aquietá-la das preocupações -, mas será temporário.

Saiu do quarto minutos depois, afastando-se dali e indo em direção ao salão. Entrou e pouco depois foi obrigado desviar-se de duas crianças brincando com espadas, sorriu ao ver Rhaego e a Senhora de Karhold seguindo-as, cumprimentou-os e continuou passeando por dentre as fileiras de mesas cheias de lordes nortenhos. Viu sua esposa conversando com Droenn, sorrindo uma vez ou outra, provavelmente em sua milésima garrafa. Todo aquele clima leve deixava-lhe triste, sabia muito bem que no sul não lutariam contra esfoladores encurralados por famílias inimigas, mas sim com os milhares de bons soldados do sul sob comando dos melhores estrategistas.

Deixou os pensamentos de lado conforme aproximou-se de seu trono, preferindo aproveitar o restante da noite.

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#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 14 WtbmJbG

O sul hospedava o principal objetivo daquela rebelião e também os principais inimigos, a região entregaria obstáculos cada vez mais difíceis conforme descessem, porém não houve um soldado que não gritou de prazer ao sair das terras gélidas do norte. Sentir o calor aconchegante das terras de verão depois de meses enfiados em neve fora um dos melhores momentos da vida dos mercenários da Companhia Dourada, em contrapartida os nortenhos acostumados com seu próprio clima estranharam os extensos campos e suas terras férteis, tudo tão vivo e iluminado pelo sol quente da tarde. Mas tudo isso só foi sentido duas semanas após o casamento que concretizou o elo entre o rei e sua rainha, um atraso significativo em meio aquela guerra, mas entendível pelas tempestades fortíssimas cercando-os. Quando ganharam a chance de saírem, não demorara muito para os cavalos serem preparados e uma grandiosa quantidade de homens cavalgarem em direção às terras distantes de Winterfell. Um cerco fora estabelecido nas margens de Ramo Verde do Tridente, especificamente em volta de um dos castelos das Gêmeas, a sede da casa Frey.

Era notável o ódio emanado pelos nortenhos em direção às construções de pedra e seus hospedeiros, principalmente ao verem mais uma afronta imperdoável: em cada ameia um estandarte de uma casa nortenha sofrida da traição balançava, meio chamuscada e claramente manchada de sangue, e nas estacas segurando-as contra o vento jazia um cadáver esfolado, revelando à eles a misteriosa localização de Roose Bolton. Todos estavam loucos para estocarem uma lâmina no coração de seus inimigos, dos assassinos de seus familiares, dos malditos traidores que trouxeram tanta desgraça às suas famílias. O rei, sabendo do enorme desejo de sangue, ordenou à todos que matassem os herdeiros e deixassem as herdeiras vivas, alguns perguntaram para que, mas ele apenas respondera que tinha uma utilidade em mente para elas.

Os primeiros ataques foram detidos facilmente, quem tentasse atravessar a ponte não muito larga era acertado por uma saraivada de flechas, então num segundo ataque os homens dirigiram-se à ela numerosos e numa parede de escudos, porém novamente foram detidos quando no minusculo espaço da conexão da ponte e do portão, pedregulhos e óleo quente foram arremessados sobre eles como se houvesse uma fonte de ambos no interior daquelas muralhas. Depois de uma tarde enfiado em sua própria tenda pensando em como invadir aquele lugar, o rei decidiu formar uma guarnição e sair dali por alguns dias, tudo para encontrar sinais de seu dragão e onde estava. Completando-se uma semana desde que haviam chegado ali, os soldados do rei voltaram para o acampamento gritando para arrumarem-se para o ataque, e rapidamente todos colocaram suas vestimentas e pegaram suas armas. Um rugido do norte anunciou o inicio da invasão, as fileiras de homens esperaram tensos o dragão sobrevoá-los, não tirando os olhos em momento algum da criatura soltando ondas de chamas nos inimigos sobre as muralhas, inundando-os numa morte lenta e dolorosa. O monstro em si havia crescido desde a última vez visto, suas asas pareciam mais longas e seu tronco mais robusto, os chifres porém continuavam do mesmo tamanho e seus dentes não necessitavam de um aumento, poderiam cortar carne humana como uma espada bem afiada decepa dedos.

Desmond fitou as primeiras fileiras de homens correndo pela ponte e jogando seus ganchos no topo das muralhas, subiram rapidamente e desapareceram em seguida, o plano consistia neles abrirem o portão para o restante passar. O cavaleiro postava-se dentre as fileiras seguintes junto à seus companheiros da Guarda Real, também havia lordes nortenhos como Droenn Stark naquela fileira pela inexistência de uma organização certa de soldados. Mesmo sob o nervosismo de uma batalha, ainda pensava na ida de Serena à Dorne, voluntariara-se para ir com ela protegê-la, mas a própria disse que o irmão precisaria mais dele do que ela e para compensar foram enviados alguns dos melhores soldados, um deles dornês. Ainda pergunto-me por que Melisandre foi com ela, nunca saiu de perto de Daeron antes.

- Tremendo, Rhaego? - escutou Alayne Karstark, ao lado do homem, provocando o cavaleiro.

- Ainda não, mas caso a senhorita comece, recomendo-a voltar para o tricote -  respondeu Rhaego com um sorriso, fazendo-a rir em seguida.

Tirou sua atenção da dupla, sacou sua espada, apertou o punho com as duas mãos, deixando a lâmina ao lado do seu rosto, respirou fundo, viu o portão levadiço sendo levantado e quando os primeiros gritos surgiram junto à milhares de soldados avançando para o portão, gritou também e atravessou a ponte junto à todos guardas reais portando suas respectivas armas. Adentrando no lugar, encontraram um gigantesco pátio dividido em quatro pedaços por corredores de pedra com janelas e portas frente a frente para locomoção, enquanto em cada um desses setores havia casas e torres. Inúmeros soldados esperavam-os. Ambas forças chocaram-se num baque estrondoso e sangrento, espadas atravessadas ali e aqui, berros de dor e gritos de guerra, membros decepados e cadáveres no chão. Virou-se, sendo surpreendido pela aparição repentina da rainha.

- Onde está Daeron? - perguntou Talia Baratheon, desviando de um golpe e atravessando uma de suas espadas curtas num inimigo.

- Majestade, creio que ainda esteja no dragão, não lembro de vê-lo sair de cima dele - respondeu, matando um dos soldados inimigos. O dragão que antes atacava aquela primeira área fora em direção ao outro lado do largo e grande rio, continuando seu ataque.




Mapa das Gêmeas: https://i.imgur.com/JQ6WCDp.png

Mapa do local: https://i.imgur.com/Gc5YrFr.png

Talia[Babi]
Vestimenta: Calças, botas de cavalaria e uma cota de malha por baixo das vestimentas.
Armas: Duas espadas curtas e uma adaga com um chifre gravado na lamina.

Um homem com espada e escudo vem em sua direção.


Rhaego[Dwight]
Vestimenta: Sua armadura era modesta em comparação as outras, mesmo resistente favorecia a mobilidade: apenas o braço da espada possuía proteções, o ombro era protegido por uma ombreira de aço, o braço escondia-se em vestimentas normais e uma cota de malha ia até o cotovelo, enquanto uma manopla cobria o restante. O peito era protegido por couro e sobre ele uma cota de malha que cessava apenas na cintura, embaixo vestia uma calça simples e botas.
Armas: Arakh de Aço Valiriano e duas adagas com o punho em formato de cavalos-marinhos esculpidos em prata presas cada uma a um lado da cintura.

Naquela batalha não vira Cetim por perto, deduziu então que não participaria dela.

Três homens estão em sua frente, dois de espadas e um com machado, apenas um de cada está com escudo.


Droenn[Prime]
Vestimenta: Uma armadura normal, um pouco velha devido o uso, com ombreiras um pouco maiores que o normal, além da cota de malha embaixo.
Armas: Espada com a cabeça de um lobo gigante esculpida em seu punho, nomeada de Netuno. No guarda-mão, as dizeres de sua casa grafados: O inverno está chegando.

Tobin Reed está ao seu lado, lutando ferozmente, assim como todos outros lordes nortenhos furiosos, em sua frente está dois homens: um de machado e escudo, outro com espada longa.


Alayne[Mary]
Vestimenta: Vestimentas modestas sob duas camadas de couro, uma cobrindo todo seu tronco e outra por cima protegendo completamente seus ombros, a última fundida com uma cota de malha resistente que ia até sua cintura, onde Solar era mantida pacientemente. Numa bainha no lado contrário da espada, era guardado a lâmina de obsidiana que Henrik havia lhe dado, para dar sorte.
Armas: Espada nomeada como Solar, a empunhadura negra é feita de couro e o pomo feito de prata, em formato de sol, daí o nome. Uma adaga com os dizeres de sua casa gravado na lâmina curvada: o sol no inverno. Tem a empunhadura negra e sem adornos. Um escudo de madeira com bordas de metal.

Há um inimigo em sua frente, um homem muito musculoso com uma espada longa em mãos, em sua cintura há um machado e na outra uma adaga, ambos prontos para ajudá-lo te matar.

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O Sul ardia em vida e calor, e Alayne ardia numa expectativa controlada e silenciosa, porém avassaladora. Os campos eram tão verdes que se tornavam dourados ao reluzirem a tímida luz do sol que escapava dentre as nuvens. Tudo era vivo e muito lindo, mas não havia saído do inferno de gelo - como os sulistas que estavam felizes por terem chegado no inferno ensolorado chamavam o Norte - para encantar-se com a paisagem. Talvez seria possível, depois de dilacerar ou ver seus inimigos com outras espadas enfiadas na barriga.

As Gêmeas espelhavam-se no largo rio que passava por debaixo de sua ponte, tornando-se uma construção quase viva devido ás ondulações da água que seguia seu curso calmamente. Suas muralhas eram altas e imponentes, dentro abrigavam arqueiros que logo depois, Alayne descobriria que eram regidos por uma infeliz má sorte. Mas Dareon e o resto das pessoas que partiram do Norte, não estavam tento uma sorte diferente.
As muralhas eram admiráveis e este foi o problema. Tão admiráveis que durante certo tempo não houveram brechas aparentes para a atravessar, mas Dareon havia tido uma ideia; genial ou não, ainda não sabia. Apenas esperava que não fosse algo como manter as herdeiras.
A lógica do homem não a intrigava, era um Targaryen, talvez a moeda apenas tivesse caído do lado errado.

Dias depois, soldados aliados correram de tenda em tenda gritando que havia chegado a hora. Alayne arrumou-se: desta vez sua armadura não havia sido feita visando a resistência e sim a mobilidade. Era uma boa proteção, mas não haveria do que proteger-se se dançasse ao redor do inimigo deixando-o tão confuso que não veria de qual direção veio a lâmina que o perfurou.
O estilo de luta de Alayne sempre fora direto, tendo como objetivo matar o oponente sem delongas. Mas Rhaego, a disse que deveria tentar um jeito mais travesso de lutar. Não havia funcionado com ele e esperou que este não fosse mais um de seus loucos conselhos.
Gostava de sentir-se como se estivesse quebrando regras criadas apenas em sua cabeça. Há muito havia se tornado uma adulta, mas a sensação sempre será revigorante.

Lá fora, uma escuridão enorme havia assustado os inimigos. Era o dragão de Dareon que havia feito diversos "guerreiros" saírem de seus postos apenas com sua sombra. Mas quando sua chama avassaladora os cobriu de dor e desespero, nenhum pôde de esconder.
Esperavam as primeiras fileiras de homens obterem sucesso em subirem nas grandes muralhas e abrirem caminho. Estava ansiosa, extremamente ansiosa, nunca quis tanto sentir, ouvir e ver carnes inimigas sendo dilaceradas como aquele momento. Sua vingança estava tão próxima, e mais do que a executar com maestria, queria ouvir os traidores que destruíram porções e famílias do Norte guinchando de dor e implorando por uma morte rápida.

— Tremendo, Rhaego? — A loira provocou o homem azul, que estava logo ao seu lado.
— Ainda não, mas caso a senhorita comece, recomendo-a voltar para o tricote. — Sorriu junto com ele. O responderia que apenas tricotaria adornos para quando morresse por sua espada, mas gritos que começaram desde os homens na linha de frente chegaram até ambos.

Empunhou Solar com tanta rapidez que parecia ter estado em sua mão o tempo todo. Correram portão adentro e o chocar de ambas as forças assustou os que esperavam que acontecesse um combate por vez. Foram muitos os que deram sobressaltos.
Ao entrar no grande pátio em que possuía um corredor vazado para os quatro lados e que se conectava no meio, um homem musculoso e grande entrou em sua frente, segurando uma espada que deveria ter o tamanho de Alayne. Não intimidou-se por um segundo sequer.
Trocaram golpes ritmados e equilibrados e sorriu ao ver que o homem não contava com a habilidade da Karstark, que manejava Solar com maestria, evidenciando que deveria ser uma tarefa fácil. Mas não era.
O grandalhão a atacou e Alayne desviou habilmente, porém não contava que ao dar um passo para trás, esbarrasse em uma das paredes. Não estava encurralada. A usou de impulso e avançou para o lado oposto ao qual o seu inimigo estava concentrado, desferindo um golpe em suas costelas que certamente lhe causou um corte muito profundo e extremamente doloroso. Quando o viu vacilar, moveu-se e cravou satisfatoriamente Solar em suas costas.

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Mary escreveu:

Trocaram golpes ritmados e equilibrados e sorriu ao ver que o homem não contava com a habilidade da Karstark, que manejava Solar com maestria, evidenciando que deveria ser uma tarefa fácil. Mas não era.
O grandalhão a atacou e Alayne desviou habilmente, porém não contava que ao dar um passo para trás, esbarrasse em uma das paredes. Não estava encurralada. A usou de impulso e avançou para o lado oposto ao qual o seu inimigo estava concentrado, desferindo um golpe em suas costelas que certamente lhe causou um corte muito profundo e extremamente doloroso. Quando o viu vacilar, moveu-se e cravou satisfatoriamente Solar em suas costas.  


Você precisa tirar 19 para concluir essa ação.

http://prntscr.com/azm74x + 4


O inimigo acertou-a no rosto com um murro que jogou-a na parede atrás de suas costas, sentiu o nariz sangrando e ficou tonta, então o homem novamente atacou, tentando penetrar a lâmina em seu coração, porém a mulher habilmente conseguiu detê-lo e a espada longa não fez nada mais que cerrar a parede. Girou para afastar-se dali e ficou frente a frente com ele, ainda sentindo-se um pouco tonta.

Você precisa tirar 8 para matá-lo.

http://prntscr.com/azm8hm + 3


Um golpe rápido em sua costelas deu-lhe oportunidade de avançar contra suas costas e fincar Solar em sua carne, matando-o imediatamente após a força exagerada na penetração.

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