Apesar de não ter me tocado particularmente, o filme é bom.
As jornadas dos dois personagens centrais é muito bem traçada mesmo com os pouquíssimos diálogos de ambos, com o filme mostrando o abandono de suas infâncias paulatinamente — especialmente no caso da Voula, — sem esquecer da inocência que ainda jazia ali.
É o tipo de filme que você precisa estar no humor certo para assistir, e provavelmente eu deixei muito significado e interpretações ocultos passarem. Mas apesar de deixar um gosto amargo no final, já que é sobre sonhos infantis sendo despedaçados e o desamparo consequente, tiveram duas cenas em particular em que o filme conversou comigo: a cena do restaurante, quando o Alexandros para o que estava fazendo para ouvir o violinista e aplaudi-lo; e a cena do Orestis atrás deles na rodovia, quando a Voula se permite chorar.
Pequenas quebras para a distração/expurgação dos sentimentos, antes de voltarem pra angústia e brutalidade do mundo real.