Clube do Filme - Vanilla Sky

Os conceitos interessantes e o carisma do Tom Cruise fazem o filme se segurar bem (além da Penélope Cruz estar um tesão) da metade pro fim, mas não sei se achei a execução geral muito boa não. A primeira metade do filme tava até me desagradando um pouco pra falar a verdade, tava meio filme genérico de romance que não sou lá muito chegado, mas aquelas cenas de interrogatório despertaram alguma curiosidade que me instigou um pouco. Eu também já tinha ouvido falar do filme antes, e mesmo sem saber qual era o twist, eu sabia que teria alguma virada interessante — se não fosse por isso, (e pelo clube do filme, claro), eu provavelmente teria dropado o filme no começo, sem nem dar chance dele melhorar.

E realmente melhorou a partir do acidente, mesmo antes de começarem a aparecer os sinais de que o senso de realidade das coisas tava começando a ruir, já ficou mais interessante pela mudança de perspectiva no cara. Mas quando começou os twists mesmo que foi ficando mais maneiro, rolou algo meio parecido com o The Usual Suspects, de ter aquele falso plot twist antes de ter o verdadeiro. Mas sei lá, apesar de ter achado bem maneiro os conceitos, não sei se a execução das revelações foi muito boa não. Pareceu meio for dummies demais, muito explicadinho e de maneira didática. Dava pra ter sido algo muito mais sútil, construído bem melhor no decorrer do filme inteiro, porque pelo que o cara explicou, é só um pedaço pequeno do filme que se passa nesse sonho (mesmo que a cena inicial da cidade vazia acabe te confundindo nisso). Acho que faria essa hora de revelação vir de uma forma muito mais natural, sem ter que ficar explicando cena por cena, que excluiu qualquer possibilidade de interpretação pessoal do espectador. Acho que o Jacob's Ladder, por exemplo, fez algo assim muito melhor.

Enfim, sei lá, esse filme é um remake, então talvez é só mais um caso de hollywood dando uma cagadinha e burrificada em um filme de fora. Realmente fiquei com vontade de ver o original, inclusive enquanto eu ainda tava assistindo, porque imagino que sendo feito melhor, dava pra ter se aproveitado muito mais dessas ideias da história.

Dei 3 no filmow, se pá eu teria dado menos se eu tivesse visto o filme original primeiro e todos esses conceitos maneiros já não me fossem mais novidade.

Bom filme, mas não me senti totalmente imerso no começo, muito por conta do romance, muita encheção de linguiça, quando as coisas vão afunilando e as dúvidas começam a surgir o filme da uma boa engrenada.

Fiquei na dúvida e vi que tem várias interpretações diferentes, de que se o filme todo se passa já no sonho (o lance da Times Square por exemplo) ou se o sonho começou pós o suicídio. Seria interessante se caso for desde o começo, porque aí a vida perfeita que ele tinha nunca existiu de fato, mas fico com o suicídio pós acidente, pois ele preferiu por fim a própria vida do que viver sem a beleza, que no mundo que ele vivia era uma parada essencial.

Outra ideia interessante que li é que ele se apegou a Sofia porque diferente das demais mulheres ela agiu de forma diferente, ele não pegou e largou, isso foi algo novo na vida do Tom Cruise, por isso ele se apaixonou, talvez o fator físico não tenha tido importância.

Acho que a mistura do romance com a ficção foi o que me incomodou, mas entendo já que a Sofia era algo essencial lá no final, talvez tivesse uma forma melhor para juntarem os dois gêneros.

Dei 4 pela ideia criativa, pela belíssima Penélope e pelo desfecho do filme. Esperava um pouquinho mais, porém foi um bom filme.

Fico me perguntando como fizeram a cena inicial na Square, preciso dar uma pesquisada, não consigo imaginar, só se foi em computação gráfica.

Faaaaaalaa arrombados

Cheguei a baixar o abra los ojos mas não consegui ver antes, então azar. Concordo e discordo do B1 e B2 aí em cima, eu gostei bastante do começo do filme e pra mim o ponto alto é pós-acidente quando ele tenta sair com ela de novo. Admito que fiquei bastante desconfortável naquela cena da boate e tudo em volta; pra mim os pontos fortes do filme foram quando apitou esse senso de paranóia e a vaidade do David foi posta em cheque. Estou sempre disposto a bobanges sci-fi, mas aqui achei meio decepcionante quando o filme tomou um caminho Mr. Nobody. Não que tenha sido totalmente tirada do cu, mas foi um pouco, eu tava muito mais inclinado a uma abordagem psicológica. Diz muito do quão mastigado foi o desfecho quando eu estava pensando "wtf não vou entender porra nenhuma" e aí em 5 minutos o filme me explicou tudo.

É curioso que claramente dá pra ver que essa época entre Magnólia/M:I-2/Vanilla Sky foi quando o Tom Cruise perdeu sua merda e praticamente era esse narcisista maluco do filme.

ps: Se você gostou desse @amado VEJA. VEJA PERFECT BLUE.

ps2: imagine a decepção de descobrir que a sua penélope cruz é a cameron diaz

ps3: em contraponto ao que o pelé falou ali em cima, eu gosto mais da ideia de que ele só se apegou a Sofia pq praticamente não conhecia ela. se desse o devido tempo ele teria consumado e descartado, como todas as outras, pq essse era o merda narcisista que ele era. tanto que ele entrou no carro com a cameron diaz.

Porra, apesar da pegada mais romântica do início do filme, eu tava achando mó gostosinho de assistir. Eu conhecia o filme por nome, mas tive a sorte de não saber mais que isso além de umas referências que fui pegando durante, algumas cenas que lembrava vagamente de algum lugar também (provavelmente da net, cenas e gifs, creio), então acabei sendo surpreendido pela escalada do filme. Apesar das 2h16 (am i a joke to you, Prime?), gostei do ritmo e tava achando até bem natural antes de chegar no final, onde realmente deu uma acelerada na explicação pra entregar a conclusão, mas não estragou minha experiência.

Acho que essa questão do romance, sei lá, também vejo que tinha a necessidade dele na trama, e as cenas dele com o Dr. Curtis jogadas no meio seguravam as pontas pra manter o interesse, e depois que o David vai pirando e as parada vão acontecendo pós-acidente, só vai, aí o filme engata pra valer. Outra coisa que gostei foi a seleção de músicas para a trilha, em especial nessa cena.

Quanto ao final, acho que o Guliel e o Juninho falaram bem ali em cima, o que pesou (e pecou, um pouco) foi na construção. Se tivesse sido melhor arquitetado, teria sido uma transição mais natural para o desfecho, mas acho que poderia ter sido muito pior nas mãos de um diretor emocionado. De qualquer forma, tirando como foi apresentado e explicado o Sonho Lúcido, eu gostei do fim. Fiquei curioso com o final alternativo, vou pesquisar uma hora dessas pra ver qualé.

Acho que o problema do Gulielmus é realmente o pouco apreço pelo gênero mesmo, porque o texto é bem acima da média no que tange ao romance. Gostei da química entre os personagens e de alguns detalhes que no fim dão um toque bonito a essa parte do filme, como a pinta da Sofia. Sim, eu sou um viadinho, como adivinhou?!

Conceitualmente, o filme fica melhor quanto mais penso nele, e isso é um ponto positivo para caralho. Todavia, é notável que o sci-fi foi tratado abruptamente e a explicação em demasia. O texto é muito bom, mas ver se o original conseguiu fazer isso de uma forma melhor é uma boa motivação para vê-lo.

Obrigado pelo filme Gabrieru Amado-kun, muito bom. Dou 4 estrelas.