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Mesa #007 - Rusty Magic

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5 participantes

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Após alguns minutos sem ver nenhum movimento, som ou algo que evidenciasse a presença de alguém, o vigia havia retornado para a posição onde estava inicialmente, embora não tivesse ficado menos desconfiado. Lorrach conseguiu ouvir os passos se distanciando.

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Julgou conveniente fazer um curto intervalo antes de iniciar o difícil trabalho que teria pelas próximas horas, escolhendo um aconchegante e isolado espaço em baixo de um enorme carvalho que pousava no início de uma colina nos arredores do vilarejo, de onde o anão tinha uma visão perfeita da entrada pelo bosque em que o seu grupo tomaria. Ele apanhou seu velho cachimbo e o encheu com um punhado de ervas amassadas, compradas de um comerciante hobbit em Dawpash, acendendo-o em seguida e se pondo a tragar pensativo, sentado sob o tronco da árvore. Voltou sua atenção para seus companheiros de viagem, que atravessavam a vila e partiam para dentro do misterioso bosque, sendo ovacionados e aclamados por todo o trajeto como verdadeiros campeões do povo, ou seja lá o que aquilo significava.

Era difícil para o duro coração do anão entender de onde aqueles humanos miseráveis conseguiam tirar tanta fé, ainda mais num bando de desconhecidos; mesmo em meio a tanta angustia e tribulações, eles ainda pareciam esperançosos de que no final tudo pelo que eles sofreram teria um significado, que a paz voltaria a reinar em suas vidas inúteis e irrelevantes. "Por que eles simplesmente não deixaram aquelas terras amaldiçoadas e partiram para um lugar mais seguro?", o anão se perguntava, porque insistiam ali, afinal? Seria algum tipo de código de honra humano, ou simplesmente medo do desconhecido? Entender os costumes humanos ainda era um mistério para aquele velho anão, mesmo depois de décadas vivendo cercado por eles e longe de sua própria raça. Ele gastou alguns minutos ali, se perdendo em seus próprios pensamentos até queimar o pouco fumo de seu cachimbo.

Se levantou, após sua pausa reflexiva, e partiu de volta ao vilarejo. Via a frente, sob o campo de treinamento, os homens que lideraria no futuro breve: um bando de camponeses maltrapilhos, claramente marcados pelos anos de trabalho duro perante o sol ardente. A maioria era forte e robusta, e, como qualquer plebeu, devia ser obediente e prestativo para com seus superiores, o que era tudo que o anão iria precisar deles. Deviam estar o esperando, já que quando o primeiro o fitou ao longe, chamou a atenção do resto e todos pararam o que faziam para aguardar sua chegada. Antes de chegar até eles, porém, Borin chamou a atenção de seu escudeiro, que vagabundeava como sempre o fazia, falando com alguma garota camponesa.

— Tentando descabaçar alguma virgem antes da batalha? Ou era ela queria transformar um pirralho de sangue azul em homem? — o anão soltou uma sonora gargalha, enquanto o rapaz se aproximava, com sua habitual cara fechada. Replicou, com desdém na voz:

— Essa é a última vez que volto a trabalhar com você. Quando terminarmos esse contrato, eu vou tomar meu próprio caminho.

— Há! Então finalmente vai desistir do cruel mundo real e ir de volta para baixo das saias do seu papai? Aposto que ele te dará uma ótima posição dentro do sacerdócio, ou seja lá o que nobres dão para o seus quintos filhos... — o anão recebeu um olhar raivoso como resposta e nada mais, o que achou ótimo. Só precisava que ele obedecesse suas ordens e nada mais, o rapaz podia ser uma clássica cria de nobre arrogante e prepotente, mas era bom com aquela espada afrescalhada e isso era tudo o que importava naquele momento.

A dupla finalmente chegou até o campo de treinamento, onde os homens os aguardavam, alguns ansiosos e outros temerosos. Todos estavam vestidos dos mesmos trapos encardidos e sujos, alguns até com o peito desnudo, nem ao menos com uma mínima proteção, algo que eles com certeza não teriam acesso naquele fim de mundo. À frente deles estava amontoada uma pilha de forcados, a maioria enferrujada e envelhecida, mas sólida o suficiente para ser utilizável, que o anão logo ordenou para que fossem apanhados pelos homens. Ele se pôs a frente deles, encarando um a um com um olhar autoritário. Falou, com sua voz grave e rouca:

— Eu quero que formem uma linha reta aqui na minha frente! — e sem pestanejar eles o fizeram, formando uma desorganizada e torta linha. O anão balançou a cabeça em desaprovação e vociferou: — ESSA É A PIOR LINHA QUE EU JÁ VI NA MINHA VIDA! VOCÊS SÃO SURDOS? EU FALEI RETA! ACERTEM ESSA MERDA ANTES QUE EU COMA O CU DE VOCÊS COM ESSES FORCADOS! — eles se olharam impressionados, não esperando que um homem daquela estatura conseguisse berrar em um timbre tão alto. Obedeceram às ordens do anão e se organizaram o mais rápido que conseguiram, dessa vez formando uma linha realmente reta. Borin continuou: — Ergam essas porcarias de forcados, ou estão pensando que é pra apontar eles em mim? — coçou a barba grisalha, abrindo um sorriso. —Eu quero deixar algo bem claro aqui: vocês são um bando de inúteis e eu sozinho poderia destruir todos vocês de uma vez só, mas hoje isso vai mudar, estão me ouvindo?! No final do dia, quando estiverem cobertos do sangue daqueles bandidos, vocês vão ter se tornado homens de verdade, entenderam?!

E então, o anão começou seu trabalho. Não podia chamar aquilo verdadeiramente de treinamento, já que não podia cansá-los demais, mas tentou instruí o melhor que podia sobre posicionamento, estabilidade e precisão. Os montou em trios, sempre dando bastante enfase para o trabalho em conjunto, com um protegendo o flanco do outro, ataques ritmados e que se completavam, e o mais importante: manter sempre o inimigo atrás do alcance das armas. Godrik ajudou com o treinamento, se mostrando até um pouco desapontado com a postura do anão, imaginando que ele pegaria muito mais pesado com eles.

— Os anos te amoleceram, velho? — falou, distante do alcance dos aldeões.

— Você quer que eu faça o que? Moral é algo importante, e eu tenho pouco tempo. — Borin respondeu o pupilo, sério. — Se eu mostrar para eles o quão inúteis eles são, como espera que eles entrem na batalha? O plano de exercícios que eu usei com você e o resto dos meus escudeiros funciona e desperta o melhor neles, mas leva muito tempo e dedicação, coisa que a gente não tem. Então vamos ter que ser inspiradores pra caralho, entendeu?

Última edição por Gulielmus em Dom Abr 02 2017, 16:58, editado 1 vez(es)

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Ele espreitou por detrás do tronco outra vez, esperançoso de que conseguiria ter uma boa visão do acampamento.

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Daquela direção, Lorrach conseguiu ver mais claramente o acampamento, apesar de ainda não totalmente. O meio-elfo percebeu que alguns, homens e algumas poucas mulheres, estavam em algumas mesas de madeira, alimentando-se e bebendo. Conseguiu observar mais ao fundo à esquerda um lugar onde deixavam os cavalos. Havia tendas e objetos de madeira espalhados por todo canto. Conseguiu identificar alguns grandes vasos que parecia ser de onde tiravam a água no meio do acampamento. Não conseguiu ver outro local onde guardavam bebidas ou estocavam algum alimento. As tendas provavelmente escondiam muita coisa.

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Virou-se de volta aos seus companheiros e sinalizou que o acampamento abrigava vinte homens. Abriu uma mão no ar, fez um dedo descrever uma trajetória circular na palma e apontou para o meio dela, em seguida fazendo um gesto como quem bebe. Também sinalizou sobre os vigias, mostrando três dedos e indicando que estavam de olho.

Inclinou-se outra vez para analisar o cenário, dessa vez buscando alguma forma de chegar até a estrebaria e se certificando quanto a vigia naquele lugar.

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Lorrach percebeu que se conseguisse dar uma volta para o lado oposto de onde estava, chegaria exatamente onde estavam os cavalos, que não possuíam nenhum vigia aparente.

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Virou-se duas vezes, uma para sinalizar a seus companheiros sobre a localização dos cavalos e a falta de vigias por lá; e a outra para novamente espreitar o acampamento. Lorrach esperou, assistindo o banquetear daquelas pessoas diante de algumas mesas dispersas. Colocou sua paciência a teste enquanto aguardava para ver de onde saíam as bebidas.

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Lorrach não conseguiu ver ninguém entregando as bebidas ou saindo de algum lugar com elas, a não ser dos grandes vasos que tinham ali no meio.

Já Milo, com sua audição apurada, conseguiu ouvir, da direção de onde vieram, passos, deduzindo que eram exatamente três pessoas caminhando na mesma direção de onde o grupo anteriormente seguia. Supôs que eram os três homens que tinham saído e agora estavam voltando. Vendo que Diarmuid e Esegar não tinham percebido, aliviou-se que poderiam ainda estar longe.

Milo avisou o grupo e então eles se esconderam até que o trio passasse e entrasse no acampamento, segurando um baú bem ornamentado com joias, aparentando ter algum tesouro dentro. Os três saqueadores entraram em uma tenda e chamaram a atenção do resto, fazendo-os se direcionarem para a mesma tenda.




Resultado dos dados: http://prntscr.com/ernw1z

*O primeiro teste foi feito há alguns minutos antes do segundo, quando Milo já poderia ter escutado os passos.

Mapa aproximado e improvisado do que o Lorrach viu: http://prnt.sc/eroibc
Legenda: Quadrados = tendas; marrom no canto = lugar dos cavalos; Pontos azuis = pessoas; Pontos azuis com fundo vermelho = vigias; Pequeno círculo marrom = lugar onde estão os vasos com líquidos, provavelmente água; Rosa = fogueira apagada.

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Milo começava a considerar que talvez ter se juntado àquilo havia sido uma grande estupidez. Ao sinal dos passos avisou seus companheiros e acocorou-se perto de um arbusto, esperando que os três homens passassem; o simples vislumbre do baú ornamentado em joias o fez ter esperanças de que o risco poderia valer a pena. Avistou, ao longe, os três homens entrarem com o baú em uma tenda, fisgando a atenção e atraindo os outros saqueadores. A chance parecia caída dos céus.

Essa é a minha oportunidade, pensou, e prontamente ajeitou o capuz sobre os cabelos encaracolados. Aguardou alguns instantes até que Lorrach voltasse e lhe explicasse alguns detalhes sobre o lugar, tomando o frasco de veneno com Diarmuid e escutando suas instruções finais. O primeiro lhe daria cobertura com a besta, em caso de eventuais problemas, e o segundo faria a guarda com o auxílio de Esegar.

O hobbit andou até o limite da floresta, os pés silenciosos emitiam sons quase inaudíveis, encobrindo-se atrás de uma árvore perto do acampamento e dando uma olhadela pelo local. Fechou os olhos, respirou fundo, e seguiu em frente. Esgueirou-se por entre as tendas com ligeireza, traçando o caminho mais curto e menos perceptível em direção ao centro, onde Lorrach disse estar os recipientes com líquidos. Aproximou-se com cautela dos vasos, frasco em mãos, despejando a quantidade de gotas instruída pelo lanceiro em cada um para garantir seu efeito.

Rodopiou sobre os largos pés e deu meia-volta, refazendo rapidamente o trajeto por entre as tendas e desaparecendo novamente entre a floresta; aproximou-se de Esegar e Diarmuid sem ser notado, surgindo entre os arbustos e retirando o capuz.

— Agora, só lhes falta a sede.

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Resultado da ação de Milo nos dados: http://prnt.sc/eryhs2




Milo conseguiu com maestria adentrar no acampamento sem ser visto ou ouvido. Pouco mais de algumas unidades de segundos, o hobbit já estava em frente aos vasos, aproveitando-os para escondê-lo enquanto aguardava a oportunidade para colocar o veneno. Observando que eram quatro grandes vasos de água, Milo colocou um quarto do pequeno pote de veneno em cada recipiente, esperando ser suficiente. Terminando o serviço, o pequeno homem rapidamente voltou para a floresta, indo de encontro ao trio e confirmando o seu sucesso.

O grupo decidira esperar o veneno fazer efeito e, além disso, mandar alguém de volta à vila para chamar reforços e iniciar o ataque. Lorrach e Esegar voltaram e falaram tudo que havia ocorrido aos que estavam na vila. Borin preparou-se para partir, junto com seu "exército" de seis homens bem preparados mais o seu escudeiro, Godrik. O grupo partiu para o acampamento dos saqueadores, tendo Lorrach como guia na floresta para a direção certa. A dupla que havia continuado já havia cansado esperar, visto que passaram-se muitas horas desde que colocaram o veneno.

Durante a espera, o hobbit e o humano ficaram observando cuidadosamente o acampamento, tentando encontrar sinais de efeito do veneno. Havia acontecido uma pequena comemoração pelo ganho do tesouro, que os fizeram beber bastante cerveja. No entanto, algumas unidades foram vistas bebendo água e logo depois do fim da festa, mais saqueadores foram bebendo água. Meia hora depois da chegada de Borin e os outros, viram o primeiro saqueador desmaiando e os outros confusos, com movimentos lentos e aparência sonolenta. Com a noite já mostrando a sua face, parecia estar na hora do ataque.

O céu havia se fechado já fazia algumas horas, com nuvens espessas e escuras. Curtos trovões puderam ser ouvidos. Uma tempestade estava prestes a começar.




Mapa aproximado e improvisado por falta de photoshop: https://i.imgur.com/uo0EDMc.png

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O quanto mais nuvens alaranjadas se proliferavam, mais o claro céu azul se escurecia, anunciando o quão próximo estava o fim da tarde. A hora estava chegando, e o anão estava pronto e satisfeito com o treinamento que impôs sob os aldeões. Os julgava prontos, ou no mínimo dispostos a enfrentar a batalha que estava por vir. Apesar das duras palavras, ele soube motivá-los e dizer o que seus corações hesitantes queriam ouvir: que tudo daria certo e que no fim do dia eles voltariam para suas famílias, vitoriosos.

— Logo nossos companheiros devem voltar do bosque, espero que todos estejam prontos. — anunciou, assistindo enquanto os homens faziam suas últimas preparações. Alguns voltavam de suas casas, onde haviam se despedido uma última vez de suas esposas e filhos. — E espero que tenham me ouvido e não fodido suas mulheres! Vocês não se podem dar o luxo de gastarem suas energias, guardem isso para quando retornarem para casa. E me escutem quando digo isso: não há nada melhor do que estar com uma mulher depois de uma batalha! — soltou uma gargalhada bastante sonora, despertando a mesma reação na maioria de seus homens.

— São eles! Eles estão estão aqui, ser! — anunciou um jovem garoto, que entrou correndo dentro do campo de treinamento. Atrás dele, vinham Lorrach e Esegar, que foram recebidos por aplausos pelos aldeões. Após uma breve pausa para descasarem e beberem, eles explicaram tudo e manisfestaram estarem prontos para partirem. E assim eles o fizeram.

Demoraram algum tempo para finalmente chegarem ao local de encontro, atravessando o silencioso bosque, que se escurecia cada vez mais. Reencontrou o humano e o hobbit com breves apertos de mão e já teve mais uma breve recapitulação do que havia acontecido no acampamento enquanto eles estavam fora. Abriu um sorriso de satisfação quando ouviu do tesouro, trocando olhares com Godrik,  mas também gostou de saber o quanto eles beberam da água envenenada. Não demorou para os efeitos começaram a atingir alguns dos bandidos, anunciando que a hora do ataque era aquela.

— Está na hora, rapazes! — bravejou em animação. Apanhou o improvisado mapa do acampamento, que desenharam em um pergaminho, e o pousou sobre o chão de terra, chamando atenção de todos para ele. — Primeiro, precisamos criar o caos naquele acampamento e faremos isso com o fogo. Sugiro que Lorrach se encarregue do bastardo da direita, já que ele não parece ter sido vítima dos efeitos do veneno e pode ser mais complicado de se lidar a curta distância. Depois de abatido, quero que você queime essas tendas, e, já que tem uma boa pontaria, deve conseguir fazê-lo de longe, sem nem ao menos ter que entrar no acampamento. — em seguida, olhou para Diarmuid. — Você vai lidar com o da esquerda. Existe uma concentração maior deles nesse lado, então, depois de iniciar o incêndio, é necessário que você chame a atenção deles e os elimine. Isso é importante, porque vai abrir um caminho livre para o gnomo entrar no estábulo e soltar os cavalos. Sugiro até que ele suba no lombo de um deles depois de soltá-los, para conseguir voltar para a segurança do bosque sem riscos. — encarou Godrik. — Você irá com Diarmuid e lhe dará cobertura, surpreendendo esses putos por trás. Ficará encarregado de queimar as tendas.

— Sem problemas. — o rapaz respondeu, sério.

— Certo! Quando o incêndio tiver tomado conta de boa parte do acampamento, o que não deve levar muito tempo, eu e Esegar avançaremos com os homens. Alguma pergunta? Se não, sugiro que botem a mão na massa! — o anão parecia ansioso para iniciar.




Mapinha da movimentação que eles vão ter que fazer: http://image.prntscr.com/image/a48e8430e0624ff79e1b0ade4b4cf353.png

Última edição por Gulielmus em Ter Abr 04 2017, 19:36, editado 1 vez(es)

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Diarmuid esperou junto ao hobbit. Aguardava pela floresta, ao mesmo tempo em que tirava proveito da presença da luz solar para fazer um reconhecimento maior do território, sem deixar a extremidade da circunferência. Analisou principalmente os soldados-guardas, suas bestas e o pouco couro que utilizavam. Conforme o tempo passava, mais certeza tinha de que o veneno estava funcionando, com o apogeu de uma quietude oriunda do acampamento, que até então fora uma fonte de risos e euforia.

Estabeleceu-se o fim de tarde. Nuvens tomaram conta do céu, impondo ao sol uma timidez conveniente. Talvez a chuva não fosse uma aliada àquele momento, mas o lanceiro pouco ponderou sobre isso. Com o chegar do resto de seu grupo, liderado pelo anão, passou ao último toda a situação junto ao hobbit. Pensaram, em conjunto, numa divisão de papéis. Foi-se uma etapa. Um estrondo de trovão anunciava o início de uma batalha.

— Deixo o fogo por sua conta, inicialmente. — Disse Diarmuid ao escudeiro do anão, enquanto separava três pedras, preparando-as em sua funda. Levantou-se, girando sua funda com a sua mão direita, enquanto segurava a sua lança em sua mão esquerda. Diarmuid colocou-se no ponto mais próximo do inimigo de aparência doente, à noroeste do grupo. Fitou-o por atrás da árvore mais próxima.

Partiu, de prontidão, rumo ao inimigo, aproveitando-se de sua condição sonolenta. O lanceiro estava preparado para pequenos desvios de trajetória, em necessidade, diante de uma besta; seu pouco equipamento sempre visou um maior sucesso diante dessas situações. Após dar duas passadas em sua corrida, arremessou as três pedras diante do inimigo, visando uma distração. Com o confirmar do arremesso, largou a funda para segurar a lança com suas duas mãos, visando a perfuração do peito adversário quando próximo.

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Depois do baú, Lorrach voltara ao acampamento inimigo com esperanças renovadas no quesito recompensa. No trajeto, deu uma risadinha ao lembrar-se de que fora bem recebido pelos aldeões; preocupou-se com eles, era uma gente simples até demais, algo que beirava a ingenuidade, uma presa fácil dos males daquele mundo horrível. Vez ou outra via expectativa nos rostos de Borin e de seus homens, que aparentavam dispor de uma disciplina não antes exibida na vila. Mas lamentava profundamente por eles, pois as baixas certamente ocorreriam e não seriam facilmente tratadas por aqueles aldeões.

Chegando, por fim, o esbravejo do anão foi tão sonoro quanto o relâmpago que o antecedeu, anunciando a tempestade que daria cenário para a batalha iminente. Ele começou a falar sobre o plano, o meio-elfo ouviu e não hesitou em começar seu trabalho. Não notara o silêncio repentino no acampamento até ouvir seu próprio serpentear por entre os troncos e os tufos de grama, enquanto o céu rugia em algum lugar distante, bem distante dali. Espreitando por sobre um arbusto denso, ele então deu um sorriso de canto e mirou na garganta de sua vítima. Deixou-a buscando ar, de joelhos sobre a grama borrifada de sangue, e foi cuidar do fogaréu. De tocha em mãos, levou o braço bem para trás e a lançou no tecido das tendas.

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Resultado dos dados: http://prnt.sc/es4wa5




O vigia conseguiu desviar das pedras logo que viu Diarmuid as lançando. Apesar disso, o guerreiro conseguira perfurar sua lança no peito do vigia antes que ele pudesse reagir. No entanto, aquele ataque chamara a atenção de um homem que estava mais acima, olhando para aquela direção. Logo ele iria chamar os outros e todo o acampamento se alertaria.

Lorrach tentou acertar uma flecha na garganta do outro vigia com sua besta, mas havia escorregado nas folhas de outono e errara, chamando a atenção do saqueador. O inimigo reagira também com sua besta, tentando acertar uma de suas flechas no meio-elfo.

http://prnt.sc/es4xjr

Felizmente, para Lorrach, o homem também errou o tiro, e agora ambos preparavam-se para o segundo tiro.

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O meio-elfo praguejou, mas não deixou o inimigo ser mais rápido e de imediato pegou mais uma seta da aljava. Num segundo, inseriu-a na besta e repousou a cabeça sobre a madeira mais uma vez, preparando-se para tentar acertá-lo outra vez.

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Resultado dos dados: http://prntscr.com/es514x




Lorrach conseguira acertar o vigia na barriga, suficiente para fazê-lo cair. Aproveitando-se do momento, o meio-elfo acendeu as tochas rapidamente para lançá-las em cada uma das três tendas que existiam em sua frente, fazendo as chamas consumi-las, dando o início oficial ao ataque e chamando a atenção de todos os saqueadores, que viam-se divididos, por estarem sendo atacados por dois lados.

Enquanto isso, Godrik surgiu ao lado de Diarmuid após a morte do vigia, com tochas em mãos. O rapaz aproveitou a ausência de saqueadores naquele local para jogar cada uma nas três tendas que ali havia, queimando-as na frequência que o fogo consumia as outras três que o meio-elfo havia cuidado. Aquilo chamou completamente a atenção dos cinco homens que estavam próximos dos cavalos logo acima, partindo em direção dos dois aventureiros.

O acampamento se dividia em duas metades: uma para o leste e a outra para oeste, visando atacar nas fontes daquele caos. Os saqueadores, incluindo as mulheres, puxaram suas espadas, facões e adagas, preparando-se para o combate e extremamente furiosos com a situação que ocorria.

Cerca de oito homens foram na direção de Lorrach. Outros sete foram na direção de Diarmuid e Godrik, enquanto os cinco de cima também estavam indo na mesma direção.




Mapa aproximado e improvisado das direções dos saqueadores: http://prnt.sc/esiles

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Quando as primeiras e finas colunas de fumaça começaram a subir acima das copas das árvores, o anão e a meia dúzia de homens com ele souberam que a hora da batalha se aproximava e eles precisavam estar prontos. Deram os últimos goles em seus cantis de álcool ou rezaram para os seus deuses uma última vez, enquanto iniciavam sua movimentação para dentro do acampamento, mantendo seus forcados erguidos em uma única linha da apertada formação em que o anão havia os distribuído. Borin e Esegar lideravam de ambos os flancos, cada um incentivando os homens à sua própria maneira.

— É HOJE O DIA DA RETALIAÇÃO! — o anão rosnou como uma besta, batendo a alabarda contra a base de seu escudo e ritmando o estalar das porradas com o bater de forcados no chão, criando uma barulhenta melodia, que se mostrava bastante eficiente em estimular a adrenalina no coração daqueles homens. Continuou: — É HOJE O DIA EM QUE VOCÊS DERRUBAM O SANGUE DAQUELES QUE BARBARIZARAM SEUS LARES E AMEAÇARAM SUAS FAMÍLIAS! — olhou para cada um, berrando em seguida: — QUEM QUER MATAR ALGUNS SAQUEADORES?! — recebeu gritos de empolgação como resposta, aproximando uma corneta de guerra da boca e a assoprando, liberando um altíssimo e barulhento estrondo, que era mais que suficiente para anunciar suas presenças para aquele acampamento.

E assim, o pequeno esquadrão acelerou o passo e partiu para dentro do acampamento. Os aldeões abaixaram seus forcados e os apontaram para frente, criando uma eficiente linha de ataque, tão ofensiva quanto defensiva.

Última edição por Gulielmus em Qua Abr 05 2017, 18:46, editado 1 vez(es)

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Não sabia a qual lado pertencia, mas uma corneta de guerra anunciou a batalha, e de seu lugar, atrás de um arbusto, pôde ouvir os inimigos sacando suas armas. Quando espreitou, viu muitos dos saqueadores vindo em sua direção e franziu o cenho, pronto para se esgueirar pela sua esquerda. Atrás de uma das tendas em chamas, deparou-se com um besteiro inimigo e num reflexo disparou, movimentando-se após ver que a seta atravessara o peito do homem, que desabou em busca de ar. Na esperança de que os inimigos veriam aquele morto e o procurariam por ali, Lorrach preparou outra flecha e serpenteou ligeiro de volta à densidade da floresta, na posição anteriormente abandonada.

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Diarmuid inclinou-se levemente para trás, quando de seco caíra o adversário em seu corpo. A feição ainda surpresa, a saliva transbordante e os olhos pulsantes marcavam um homem que via de perto a morte. O lanceiro puxou a sua adaga, rapidamente passando-a horizontalmente pela garganta do adversário. Colocou-a de volta ao suporte, ao mesmo tempo que notara o anunciar de um olhar terceiro. Levantou o olhar e viu uma figura parecida com a que havia matado, com proteções de couro escassas e um facão. De imediato, levantou a besta do falecido, ao mesmo tempo que mirava. Atirou, em seguida.

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O vigia havia se distraído com o som da corneta e o grupo de Borin e Esegar chegando daquela direção. Aproveitando-se da oportunidade, Lorrach matou-o com uma flecha exatamente em sua cabeça, limpando o caminho. O exército de 6 homens adentrou o acampamento, formando uma linha ofensiva contra os saqueadores que estavam por ali, com Esegar e Borin logo atrás.

Enquanto isso, Diarmuid tentou utilizar a própria besta do saqueador para matar outro que vinha em sua direção. No entanto, sua falta de habilidade e prática com a arma o fez com que errasse o tiro. Junto com o alvo do aventureiro, mais um saqueador vinha daquela direção. Os dois usavam espadas, mas Diarmuid percebia que eles estavam um pouco lentos e sonolentos, provavelmente afetados pelo veneno.

Um outro saqueador vinha da direita, mas Godrik se encarregou de lutar com ele. Porém, mesmo com Godrik tendo uma vantagem em velocidade e força, o saqueador manejava muito bem sua espada e defendia todos os golpes. O escudeiro do anão recebeu vários cortes durante a batalha, mas nenhum fora grave o suficiente para pará-lo.




Resultados dos dados: http://prnt.sc/est4kr
Mapa aproximado e improvisado: http://prnt.sc/est4ey

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O meio-elfo mesclou-se à floresta com sucesso, mas seu descanso foi breve, pois viu, entre duas tendas, um inimigo em linha limpa para disparo. Mirou na cabeça do rapaz e atirou, enquanto um filete de suor descia pelo rosto. Recolocando uma flecha, curvou-se e seguiu por detrás dos arbustos, à procura de novas oportunidades.

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Resultado dos dados: http://prnt.sc/esu9hc




O meio-elfo havia acertado o inimigo, mas não na cabeça como pretendia, e sim em uma região abaixo do ombro e acima do peito, que feriu o saqueador gravemente, embora não o matando de imediato.

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Lorrach satisfez-se com o dano causado no inimigo e prosseguiu até encontrar uma próxima vítima: era mais um saqueador confuso, mal posicionado como quem sofre de todos os lados numa batalha. Depois de um suspiro, o velho meio-elfo ajeitou a flecha, mirou na altura da cabeça do inimigo e disparou antes que ele se movesse bruscamente.

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Diarmuid aproximou-se da dupla através de passos largos, enquanto girava a sua lança por entre os dedos, transitando-a entre as mãos. Buscava intensificar a confusão e a fadiga mental dos adversários, pondo-os para pensar e tentar adiantar os movimentos da imprevisível lança. Sempre segurando-a na região central, pois além de uma maior facilidade de manuseio, essa região ocasionava uma melhor busca pelos extremos da lança; Diarmuid geralmente a deslizava por entre os dedos para comunicar-se com um extremo e utilizar o alcance máximo de sua lança — 4 metros.

O lanceiro esperou o aproximar do primeiro adversário, que com seu facão buscara um golpe direto. Diarmuid inclinou a sua lança para frente, colocando o seu pé de apoio (direito) para trás e inclinando o corpo levemente para a frente junto a lança. Aproximou o joelho direito do chão ao mesmo tempo em que colocara os braços para trás visando a preparação de um golpe frontal com sua lança; uma situação que qualquer um interpretaria como uma posição de perfuração. Seu adversário deu uma leve desacelerada em seu ritmo, Diarmuid não podia interpretar com exatidão o que se passava em sua cabeça, todavia imaginava que o inimigo estava sofrendo de uma insegurança. O inimigo atacou em diagonal, visando um corte seco, e acabou sendo perfurado pela lança na região da barriga.

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O anão soou a barulhenta corneta de batalha, eclodindo mais uma vez aquele sonoro e intimidador estrondo, que alimentava a adrenalina no coração de seus homens e trazia pavor no dos inimigos. Quiçá o barulho trouxesse um sentimento mais aterrorizante do que a figura maltrapilha de uma meia dúzia de camponeses portando forcados, mas talvez o elemento de surpresa e incredibilidade de um ataque tão inesperado fosse o suficiente para atacar a moral dos inimigos, isso e o início de incêndio em suas tendas.

— Para o centro, homens! — o anão falou com os aldeões, se movendo ao flanco direito da formação e os guiando para a área central do acampamento, usando as tendas de ambos os lados para trilhar uma espécie de corredor à frente deles. Borin queria confinar os inimigos naquele passadiço, limitando todos os ataques a serem frontais enquanto ele e Esegar protegiam os flancos da formação, que ameaçavam espetar os bandidos que ousavam chegar perto demais. O grupo de adversários pareciam um tanto receosos, se aproximando um-a-um, enquanto analisavam a linha de forcados ao longe. O anão estudava os inimigos de volta, mantendo sua longa alabarda pousada sobre o ombro em uma postura relaxada e desafiadora, enquanto tentava encontrar os elos mais fracos daqueles homens, esses que eram os mais afetados pelo veneno, cambaleantes e tontos. Finalmente teve uma ideia quando fitou a fogueira no meio do acampamento, sendo circundada pelos bandidos, que começavam a tomar coragem e se aproximar da formação, recuando das estocadas dos forcados quando entravam em seu alcance.

— RAPAZES, ÂNCORA! — berrou um comando familiar, que os lembrou de um tipo de organização, uma em formato arredondado de que Borin os havia mostrado anteriormente na vila. Apesar de inexperiente e pouco instruídos, os homens mostraram competência suficiente para se arrumarem com rapidez. Eles trocaram a linha vertical para uma que era curva como um U, começando a avançar e obrigando os bandidos a recuarem, duvidosos do que eles planejavam fazer. O anão sabia, porém, que o advento da surpresa e inesperado estava começando a sumir e que logo logo os inimigos assumiriam uma postura altamente ofensiva, e foi por isso que ele começou a puxá-los para trás, forçando a grande maioria deles a circuncidar a fogueira por conta daquela formação curva e esquisita, os fazendo ir exatamente aonde ele queria.

O pequeno homem trocou olhares com Esegar antes de fincar o pesado escudo no solo lamacento e apanhar o pote de óleo que carregava no cinto, o lançando, sem pestanejar, no meio da fogueira logo a frente. O sólido frasco de cerâmica se fragmentou em vários pedaços quando se impactou no chão, espirrando líquido combustível para todas as direções e alimentando a fogueira que se expandiu e dobrou de tamanho em uma explosão, inesperadamente lançando labaredas ardentes nos bandidos a sua volta.

Spoiler :

descriptionMesa #007 - Rusty Magic - Página 2 EmptyRe: Mesa #007 - Rusty Magic

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