THE WALKING DEAD: WORLD BEYOND
"A série, ambientada em Nebraska dez anos após o início do apocalipse zumbi, apresenta quatro protagonistas adolescentes e se concentra na "primeira geração do apocalipse como a conhecemos. Alguns se tornarão heróis. Alguns se tornarão vilões. No final, todos eles serão mudados para sempre. Adultos e cimentados em suas identidades, boas e más".
"A série, ambientada em Nebraska dez anos após o início do apocalipse zumbi, apresenta quatro protagonistas adolescentes e se concentra na "primeira geração do apocalipse como a conhecemos. Alguns se tornarão heróis. Alguns se tornarão vilões. No final, todos eles serão mudados para sempre. Adultos e cimentados em suas identidades, boas e más".
A série foi vendida como uma história fechada, que se passa 10 anos após o começo do apocalipse.
Na original, da saída de Rick, no episódio 9x05, ocorre um salto temporal de 6 anos. É nesse ponto que esta derivada acontece.
Parece que seria muito no futuro, mas não.
Sobre a história ser fechada, nem de longe. O final deixou inúmeras portas abertas, e apesar de até parecer por erro dos roteiristas e produtores, é mais por que vão sim, querer aproveitar essas deixas!
E se não deu para perceber, a série é ruim. É a Malhação de The Walking Dead. Tentam pegar pontos fortes, mas acabam os largando ou usando de forma errada, e muitas vezes com soluções cheias de arco-íris, borboletas e até unicórnios...
O enigmático CRM, que levou Rick embora, e foi melhor mostrado em Fear The Walking Dead como uma espécie de resquício do governo cheio de segredos, é elemento essencial na série, já que são os senhorios das comunidades onde os protagonistas residem.
Mas seus segredos são levemente revelados, mas pelo menos não erram no nível de Lost, com várias charadas e inconclusões. Mostram que são maus, como são maus, e a extensão do que podem fazer,
Explicando melhor a premissa, as duas filhas adotadas de um cientista que está trabalhando para o CRM resolvem ir ao seu encontro, numa localização desconhecida, e se unem à dois amigos para essa viagem, e um casal de soldados sai no seu encalço. Conforme vão fazendo a viagem, conhecem algumas pessoas (e a si mesmos, clichê!!!), alguns segredos vão se desdobrando.
A primeira temporada consiste em 10 episódios dessa viagem, e por favor, poderia ter sido resolvida em 5, no máximo 6! Enrolação pura!
Já a segunda temporada melhora o passo, com quase todo o grupo em uma das instalações do CRM, o verdadeiro propósito do seriado sendo atingido, e a história começa a andar, com pelo 2 bons episódios. E com a melhor adição que não se esperava ser de tamanha qualidade, Jadis!
Sim, a mulher que levou Rick aparece com um novo horrível corte de cabelo, mas num nível de interpretação e personagem tão destoante do resto que poderia estar pintada de verde!
O seriado se completa na história que se propôs, mas não fecha todas as portas que abriu, e numa análise fria, não acrescenta em nada ao universo do apocalipse zumbi, e dificilmente seria necessário ter sido contada. Tem, claro, seus bons pontos. Hope, Jadis, e a leve tentativa de arriscarem a criação de uma cura para o vírus zumbi.
Mas então chegamos no ponto mais interessante da série, que de tão fora de ponto com o que vinha sendo contado, é como alguém cobrar um pênalti no Maracanã, chutando uma bola de basquete e acertando o buraco de um campo de golfe na Austrália.
Ok, é como as pós-créditos da Marvel, mas não é uma cena da cura, do CRM, de algum personagem de World Beyond, anúncio de uma terceira temporada da série, da nova temporada de The Walking Dead, da próxima metade de temporada de Fear, a resposta do sumiço de Alicia em Fear (o que se resolveu no mesmo final de semana), ou de algo prometido para o futuro, como o seriado de Daryl e Carol, o retorno de Michonne, Tales of the Walking Dead ou os filmes de Rick.
Só... assistam, e mais do que óbvio, pode ser MUITO spoiler, apesar da total falta de conexão que citei:
Spoiler :
Então, temos o "retorno" do Dr. Jenner, mas dessa vez um vídeo seu, dez anos depois, na França!
Ele cita sobre usarem o sistema circulatório para tentarem causar um curto nos mortos, e o ponto mais interessante, sobre novos... "tipos" de zumbis.
E sem perder tempo, um novo tipo de zumbi aparece da carcaça da cientista, mais rápido, forte, agressivo, e... com memória. Ela vai para a porta pq lembra de onde o seu assassino veio, já que não tem nenhum barulho que a chame.
A frase em francês no duto, "Os mortos nascem aqui", aumenta o mistério dessa cena, e salpica a tentativa de explicarem como tudo começou.
Uma bomba de cena pós-créditos de fazer inveja na Marvel, mas no melhor estilo de World Beyond, contida em si mesma, sem anunciar algo que está por vir e nos dar mais respostas (agora sim, algo da escola de Lost), mas numa direção que considero até correta para quem quer expandir o universo e seguir ordenhando dessa fonte por mais algumas décadas.
Mudar, melhorar os monstros, tornando-os mais perigosos, e com uma pitada de mistério, mas que só vale com as respostas vindo.
Estendendo esse post ainda mais, tem quem suspeite de que possamos ter uma série na Europa com o irmão de Rick. Claro, sendo bem diferente do que ele foi mostrado na história "The Alien", que ao invés de tentar cruzar o Atlântico, partindo da Espanha, ir para dentro do continente e alcançar a França. Veremos.
E vocês, o que acharam do seriado? Ou da cena pós-créditos? Nessa discussão, o que arriscam do futuro do Universo zumbi?