Clube do Filme - Once Upon a Time in The West

Em nome de uma disputa por terras por onde passaria futuramente uma estrada de ferro, quatro protagonistas terão seus destinos cruzados em uma violenta trama: uma ex-prostituta, um bandido, um pistoleiro de aluguel e um homem misterioso.

Direção: Sergio Leone

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Filmow
Torresmo
Legenda (É a sexta, de baixo pra cima)

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@Gulielmus: 17/12/2018 - Once Upon a Time in The West
@Luckwearer: 23/12/2018
@Minusmensch: 30/12/2018
@Prime: 06/01/2019
@Dwight: 13/01/2019
@Leonard: 20/01/2019

Filme excelente! Primeira vez que vejo algo do gênero e provavelmente a última, caso ninguém recomende novamente. Me surpreendeu justamente por ser um gênero que eu não curta e mesmo assim tenha conseguido prender minha atenção em todos os aspectos, destaco a profundidade e desenvolvimento dos personagens e principalmente a trilha sonora, parada marcante a da gaita.

A ambientação e o visual do filme também são ótimos, principalmente por ser um filme bem antigo. A cena inicial é de tirar o chapéu, muito boa, achei do caralho a ideia de colocar mel na barba do cara pra mosca ficar rodeando.

Questão de roteiro e progressão da história não tenho o que reclamar também, tudo compacto e coerente, como o Guliel disse, teria que ver com muita calma pra pegar todos os detalhes de cada cena, a história dos personagens sempre indo de encontro uma com a outra deixa tudo mais animado para o desfecho final.

Não tenho mais o que falar, não possuo uma lábia afiada, mas filme aprovado, excelente sugestão, aguardando o próximo.

E aí, gurizada medonha. Esse filme já tava na minha lista a pelo menos uns dois anos, então obrigado por ter me forçado a ver logo.

Baita filme, impecável em vários sentidos. Nota-se que o Leone já tinha o gênero na mão com a experiência dos filmes anteriores, e talvez por isso 'Era Uma Vez no Oeste' seja tão redondinho. Apesar de em vários momentos os diálogos serem escassos, quando eles aparecem são do caralho (you brought two too many), da primeira a última cena. A trama dos personagens é muito bem amarrada e o som (não somente a música impecável do Morricone, mas em vários momentos o som ambiente) é talvez a maior estrela do filme. Vale destacar também as cenas de tiroteio, a do início e a do final são ótimas, mas a minha favorita foi a do Cheyenne em cima do trem em movimento.

Dei 4.5/5 porque, apesar de entender que era a proposta de ritmo e não ter problemas com filmes longos, senti uma barriga no meio; mas que, talvez, na verdade só signifique que eu deva vê-lo de novo. Admito que em algum momento eu tava um pouco perdido na trama, principalmente na parte do homem do trem com o problema nas pernas, e quem sabe numa segunda olhada o filme suba ainda mais no meu conceito, já que sem nem ter revisto notei coisas que havia deixado passar. Outra coisa, apesar de ser um problema menor, foi o Charles Bronson. Não que ele comprometa, mas não me cativou tanto, principalmente quando em cena com o Henry Fonda. Para a sorte dele era um personagem sensacional, mas sinto que um ator melhor podia fazer o Harmonica tão memorável quanto o Pistoleiro do Eastwood. De qualquer maneira, um puta de um filme.

Um bom filme.

Além dos aspectos técnicos ressaltados por Pelé e Swift, destaco os produtos tensão e — principalmente — quebra de expectativa. O filme entrega o que o espectador deseja, mas somente quando quer e após aproveitar até a última gota dos recursos na trama.



A única ressalva que tenho é a questão espaço-tempo na transição do segundo para o terceiro ato: ficou um pouco confuso e tiveram algumas situações irreais. Pelo gênero e pela ambientação, dá pra relevar algumas atitudes questionáveis dos personagens, mas é tanta paranoia nos dias atuais que é impossível não pensar sobre.

Além de ser bonito nos aspectos artísticos e bem amarrado, é bem imersivo. É um negócio que eu curto do diretor, esse jogo de tensão-resolução e o uso inteligente da trilha sonora, de forma a criar a atmosfera misteriosa do filme que te prende. E o deferencial desses filmes do Sergio Leone é a abordagem muito expressiva, não é qualquer um que consegue montar, por exemplo, close-ups em situações de clímax sem ficar clichê e ainda fazer disso um artifício importante. Talvez eu tenha gostado mais da trilha sonora do que do filme em si, e acho que eu gostei mais do tema do Harmonica do que Ecstasy of Gold. Pra mim, comparado ao último filme da trilogia Dollars, com a gaita e a guitarra o Ennio alcançou um som único e mais expressivo, criando uma identidade. Sem falar que ele é um exemplo de storytelling por meio da música, e nesse filme ele deixa isso bem claro. Fiquei com dificuldade pra entender em algumas partes mas fora isso esse filme é bem imaculado.