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#Mesa 003 - Fire and Blood

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Luckwearer
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Babi
Chris
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O frio, de uma maneira que achava que não seria possível, havia aumentado. Enchera seus pulmões de ardor e notara que nos poucos segundos após saírem do castelo, tornara-se mais forte na medida em que a neblina que cortejava as sedentas criaturas tentava agarrar seus pés. Apressaram ainda mais os passos, Alayne colocando-se na posição dos barulhos que conseguia escutar, acima do vento, que mesmo fraco, parecia uivar.

Alcançaram uma ponte de pedra, localizada em um dos flancos do lugar que haviam deixado, não muito distante. A escuridão fazia com que caminhassem com pressa, mas que seus sentidos e atenção estivessem acima da urgência de encontrarem um lugar seguro — uma mera expectativa, inocente demais para o cenário em que estavam.

Enxergaram uma silhueta não muito distante. A Karstark cerrou os olhos e passou a caminhar mais rapidamente, ao notar que a criatura que antes estivera parada, deixara seu posto de espera e agora corria na direção do trio. Sua espada encontrou-se com o machado do que fora um homem antes de seus corpos encostarem-se. Alayne decepou a mão que empunhava o machado, agarrando-a então de costas e a empurrando com força na escuridão que havia deixado da ponte.


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Mary escreveu:
Enxergaram uma silhueta não muito distante. A Karstark cerrou os olhos e passou a caminhar mais rapidamente, ao notar que a criatura que antes estivera parada, deixara seu posto de espera e agora corria na direção do trio. Sua espada encontrou-se com o machado do que fora um homem antes de seus corpos encostarem-se. Alayne decepou a mão que empunhava o machado, agarrando-a então de costas e a empurrando com força na escuridão que havia deixado da ponte.


Você precisa tirar 12 (9 + 3) para concluir essa ação.

http://prntscr.com/gbu7hc + 4


A criatura desceu o machado nela, mas errou, pois Alayne desviou e aproveitou aquilo para avançar rapidamente para o lado da criatura, conseguindo agarrá-la de forma desajeitada no último instante e empurrando-a com dificuldade para fora da ponte. Antes de cair, a criatura tentou agarrar-se nela, chegou a arrancar um pedaço de sua manga, mas por fim, caiu.

Não perderam tempo, atravessaram completamente a ponte e voltaram para a floresta, vendo várias criaturas já fora das árvores, vindo em direção à eles.

Vocês precisam tirar 11 para escapar.


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Alayne e Rhaego saíram dali o mais rápido que puderam, mas uma das criaturas alcançou Rhaego e jogou-se nele, derrubando o homem e Rina na neve. Ela estava agarrada nos pés dele, a chutou no rosto, mas não a impediu de subir por ele e ficar em cima. Agarrou os dois braços dela, mas aquele morto, que parecia um rapaz de quatorze anos, estava se mostrando mais forte. Foi salvo por Alayne que incendiou a criatura e o ajudou se levantar.

Rhaego viu que sua tocha tinha se apagado e que Rina estava jogada ao lado deles, mas o que lhe roubou a atenção foi a dezena de criaturas que estava chegando. Sua tocha estava cheia de neve, tentou compartilhar das chamas de Alayne, mas não conseguiu. E já era tarde demais.

Criatura 1: http://prntscr.com/gbuk6a + 3
Criatura 2: http://prntscr.com/gbuk9l + 3
Alayne: http://prntscr.com/gbukdt + 3
Rhaego: http://prntscr.com/gbukjt + 3


Alayne desviou do golpe de espada da criatura e passou a tocha nela, vendo-a incendiar e cair no chão. Rhaego que estava ao seu lado, apenas chutou o peito da que tentou atacá-lo, derrubando-a no cadáver em chamas da criatura que tinha o derrubado no chão, matando-a na hora.

O restante das criaturas já estava perto demais para que pudessem correr.

Criatura 1: http://prntscr.com/gbumsw + 3
Criatura 2: http://prntscr.com/gbumxj + 3
Alayne: http://prntscr.com/gbun12 + 3
Criatura 3: http://prntscr.com/gbun5r + 3
Rhaego: http://prntscr.com/gbun9r + 3


Duas criaturas vieram em direção à Alayne que passou a tocha numa delas, acabando com o inimigo facilmente, mas a segunda aproveitou-se e jogou-se contra a mulher, derrubando-a no chão. Estava prestes a mutilar o rosto da Karstark, mas sem opção a mulher encostou as chamas na perna da criatura e a incendiou, jogando chamas em cima dela também. Derrubou o morto de cima dela e teve que rolar no chão para apagar o fogo nela, mas um pouco de suas mãos tinha se queimado levemente no processo de incendiá-lo e empurrá-lo de cima dela. Nada que realmente a incapacitasse de algo, mas a dor e a ardência era suficiente para que todo tipo de palavrão viesse a sua mente.

Logo depois que tinha chutado aquela criatura para o morto em chamas, outra se jogou contra ele, derrubando-o no chão, mal teve tempo de fazer algo e recebeu um murro no rosto, sentindo alguns dentes se quebrando, quais não sabia, se tinha os perdido completamente, também não sabia, mas a dor no seu rosto e em sua boca era maior do que qualquer dor vinda de ummurro que tinha tomado antes na vida.

Rina, naquele momento, pareceu acordar e gritou ao ver uma das criaturas vindo em sua direção. Alayne xingou e se levantou do chão, desesperadamente, para tentar pará-la.

Criatura: http://prntscr.com/gbupro + 3
Alayne: http://prntscr.com/gbupwd + 3


Mas não conseguiu a tempo. A criatura enfiou seu machado no rosto de Rina, estourando seu pequeno nariz. Arrancou o machado do rosto da garota e por alguns segundos ela ficou em choque, tentou falar algo, mas as palavras saíram bagunçadas, e a criatura acertou outro golpe, agora em sua cabeça e dessa vez de lado, matando-a finalmente. Alayne passou a tocha em suas costas e deixou o cadáver cair no chão, em chamas.

Mapinha: http://prntscr.com/gburqr


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Permaneceu por um tempo conversando com o Rei de Ferro que, apesar de sempre ter visto com cautela, surpreendeu-a, mostrando-se não só como um bom governante, mas também como um homem distinto dos esteriótipos que englobavam os homens de ferro. No entanto, notando que deveria resolver seus próprios problemas, despediu-se dele e caminhou de volta a sua tenda, era melhor que enviasse de uma vez a carta, pretendia que quando Serena voltasse, a espada Lannister fosse derretida e formasse novas espadas com o intuito de armar o maior numero possível caso encontrasse mais aço valiriano. Também tinha em mente, que aqueles com habilidade de moldar o metal raro, seriam bons o suficiente para modelar a obsidiana que esperava encontrar em pedra do dragão de acordo com as informações de Alayne. Chegando aos seus aposentos suspirou diante da bagunça do lugar e o excesso de papeis, tinha um longo trabalho pela frente que não acabaria após Harrenhall.

Manteve-se focada naquele assunto até que por fim finalizou a carta selando-a com o dragão Targaryen. Torcia para que diante da ideia de ajudar um ex Blackhand e da quantidade de ouro oferecida, bons ferreiros juntassem-se a eles. Quando ergueu seu olhar deparou-se com Daeron que questionou-a se tratava-se da carta para Qohor, o que respondeu positivamente espreguiçando-se na cadeira. O homem em silencio puxou uma outra e sentou-se ao seu lado colocando o rosto em uma das mãos como se estivesse estressado com algo. Notando aquilo, olhou-o com curiosidade, sabia que os dias de preparações e a ausência de Serena o angustiava, por isso apenas ajeitou-se despreocupada, aquela duvida já tinha tornado-se comum a ambos.

- O que houve? - Perguntou, esperando que ele a respondesse com a mesmo motivo.


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Daeron respirou fundo, tirou a mão do rosto, ajeitou-se na cadeira e encarou o mapa em cima da mesa.

— Eu vi Aerion hoje — disse Daeron, a voz baixa e triste. — Sempre senti que havia uma conexão entre nós, porque muitas vezes toquei nele e senti sentimentos que não sei explicar... talvez por não serem humanos. Mas hoje, quando eu vi ele, senti raiva... medo... ou era desespero? Não tenho certeza. — Fechou os olhos e acariciou sua têmpora. — Dia após dia, noite após noite... e não sai da minha cabeça que talvez eu tenha deixado Serena ir em direção à morte dela.


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Ouviu as palavras de Daeron com tristeza. Sabia de seu encontro com Aerion, porém ouvir aquela descrição e ver o Targaryen daquela forma não só a deixava infeliz, como também a fazia temer a respeito do que aconteceu após a reunião deles. Manteve-se olhando para ele até que terminou de falar, mostrando-se angustiado e assustado acerca da situação de Serena. Com compreensão a respeito daquele sentimento do Rei pegou sua mão apertando-a e tomando a palavra.

— Não foi você quem enviou Serena para norte, foi uma escolha dela, e uma escolha que nem você nem ninguém nesse mundo seria capaz de privá-la. E assim foi também com Droenn, Alayne e Rhaego, não seriamos o suficiente para impedir que partissem, por isso só podemos torcer para que estejam bem agora. —  Falou num tom infeliz apertando mais forte a mão do marido. Apesar de falar com convicção, era uma forma de esconder suas próprias duvidas, afinal questionava-se se não podia ter evitado aquela missão dos amigos. — Porém, como ninguém entendo seu medo. Conheço-a desde que ela completou o sétimo dia de seu nome, e desde então tivemos um mesmo pai postiço e uma mesma família que ia além do sangue. Apesar dela ter se tornado tão próxima a mim somente nesses últimos tempos, considero-a como minha irmã. — Deu uma pausa e um sorriso triste para ele enquanto se lembrava da garota no tempo em que estavam na companhia — Sabe, garotas não tem muito incentivo quando trata-se de lutar, mas lembro-me que ela não se importava muito com isso. Provavelmente estava nervosa com as negações que recebia quando desafiava algum dos homens, e devido a isso, percebeu que eu não faria o mesmo. Mesmo acostumada com arco, decidiu treinar lutar com espada, o que por algum tempo ajudei-a. Todavia, não aliviei para que ela vencesse, o que fez com que mesmo ficando cheia de hematomas, ela continuava levantando-se e voltando para a luta. Portanto, se tem algo que posso dizer sobre aquela maldita Targaryen é que, assim como você, ela sempre volta.


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Daeron devolveu o gesto, apertando a mão de Talia.

— E se a carta for realmente verdadeira?


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Suspirou diante da pergunta do homem refletindo por algum tempo.

— Então se for verdadeira, vencer em Harrenhall torna-se ainda mais importante — Olhou para ele cerrando o maxilar e engolindo a seco — E esse é o motivo de eu querer enviar essa carta. Com ou sem muralha, nunca seriamos capazes de matá-los, se fossemos a Norte e de fato não fosse uma armadilha. Só aumentaríamos o exercito dos mortos e então, não haveria mais como combatê-los. Porém, há algo que não lhe contei, principalmente por não saber o quão verídico poderia ser. Alayne carrega consigo uma adaga de obsidiana, como você já deve ter notado, todavia de acordo com ela, aquilo não é tudo em Westeros e poderíamos armar todo o exercito com armas como aquela. Portanto, quando vencermos essa batalha devemos rumar para Pedra do Dragão e reconquistar o local e assim, teremos uma forma de reagir.


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Pedra do Dragão, o primeiro lugar que conquistaram e o primeiro que Jan reconquistou, com aquela informação teve sua importância aumentada consideravelmente, mas foi como Talia dissera, teriam de conquistá-lo novamente. Mais batalhas, pensou Daeron. Por toda guerra, idealizou que matando Jan a ganharia e sentaria no trono, mas sabia que mesmo com a morte do homem, muitas outras batalhas se seguiriam, fora os problemas políticos que seriam o dobro. Estava cansado daquilo há muito tempo já.

— Nunca conversarmos muito sobre Harrenhal, não é? — observou Daeron.

— Você nunca quis falar sobre e eu não quis forçar — concordou Talia. — Na verdade, você me contou muito pouco sobre você.

Daeron pareceu surpreso com aquilo, percebendo que era verdade. A guerra e a própria vida entre os dois lhes ocupava tanto a mente que mal conversavam sobre o passado do outro... ele mal conversava, pois sabia da história dela, mas ela não sabia da dele.

— Desculpa, Talia — disse Daeron. Suspirou, preparando-se para contar. — Eu era muito doente quando criança, muito mesmo. Vomitava sangue diariamente, as vezes mijava sangue também... era pálido, fraco, dormia a maior parte do dia. Não podia comer nada muito forte ou vomitava pelo resto da semana inteira. Eu não podia sair do quarto — falou, triste. — Quando melhorei, não podia sair do andar... e minha vida foi assim até a morte do meu pai... — sorriu —, mas meu irmão Aegon sempre fez de tudo para que eu me sentisse bem e vivo, Nyra também sempre foi boa pra mim. Ele me levava as vezes para fora, junto de alguns guardas reais, Desmond, por exemplo, Arthur e Barristan sempre estavam por perto também, e me ensinavam lutar, riam de como eu era desajeitado. — Parou por alguns segundos, mostrando um sorriso triste e desviando os olhos. Quando se recuperou, continuou: — E tudo que eu fazia fora isso era ler... quando eu cheguei em Essos e minha saúde melhorou, eu fui ensinado a ser um líder a todo instante, sem pausas. Eu cresci para ser rei, fui moldado para isso... eu nunca tive opção. Eu nunca quis ser rei, pra ser sincero. Meu irmão deveria ter sido. Eu sempre odiei batalhas, Talia, eu continuo odiando. Eu odeio lutar — admitiu, pela primeira vez. — Tudo que eu queria era ter um pedaço de terra em algum lugar e viver com você e nossos filhos em paz. Por mais bobo que isso possa soar.


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Ouviu a tudo que ele tinha a dizer com atenção, até porque mesmo sabendo a história do príncipe doente que deu força a guerra do usurpador, nunca tinha dado foco para o fato de que o garoto atarracado e enfermo era Daeron. Parou por um tempo processando todas aquelas informações. Entendia o que ele dizia, da mesma forma que tinha sido moldada por fatores externos os quais nem sempre foi a favor, o Targaryen tinha vivido uma vida por aquela guerra a qual resultaria em batalhas atrás de batalhas. Porém, ia além de seus próprios interesses e pretensões, e mais do que nunca, era mais do que proteger um nome ou reconquistar o trono. Era como se fossem apenas pequenas peças em um tabuleiro onde os deuses definiam seus futuros e tudo o que podiam fazer é lutar dia após dia por uma sobrevivência nem sempre estimada. Todavia, ao ouvir aquilo apenas conseguiu esboçar um sorriso triste para o homem antes de falar.


— Pergunto-me por que em todos esses anos você não desistiu dessa vida e fugiu, porém eu sei bem a resposta. Te contei tudo o que aconteceu e provavelmente o restante dos relatórios de Brandyn contam o resto, todavia, uma coisa você provavelmente desconhece. Eu tinha apenas 14 anos quando meu pai morreu e então quando completei meus quinze fui obrigada a aprender a sobreviver. Supostamente se estamos no dia que penso estarmos, completei 30 e agora vejo que metade da minha vida tratou-se de batalhas e guerras. —  Falou dando uma pequena risada triste —  O pior de tudo é que em todos esses anos, eu simplesmente não consigo me imaginar em paz em um pedaço de terra, eu aprendi a gostar de tudo isso sabe? Provavelmente assim como você foi moldado pra ser um rei eu fui para viver em meio a tanta destruição. Esse é meu maior problema, Daeron, desconheço qualquer tipo de paz. —  Abaixou o olhar com tristeza mantendo-se em silencio por um tempo enquanto recuperava-se daquele pensamento—  Sabe, quando você salvou-nos naquele banquete eu estava pouco me fodendo para o que você pretendia ou o que aconteceria depois daquilo, eu primeiro o segui apenas pela vingança e depois por culpa. No entanto, até hoje questiono-me o motivo de ter continuado. Quer dizer, eles são meu sangue, eu poderia simplesmente ter negado lutar junto a você e dado o fora como Daven fez, porém algo me fez ficar. - Levantou o olhar para ele olhando-o nos olhos - E como odeio admitir, você foi um grande motivo para isso, não por questões de interesse, mas porque toda aquela preparação adiantou de algo.


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Apesar de saber que a escuridão escondia coisas demais para olhos humanos, surpreendeu-se quando outra criatura jogou-se por cima de Rhaego, derrubando o homem e uma frágil Rina, que permaneceu desacordada mesmo após ter caído na neve como um saco de batatas. Usou sua tocha para incendiar o corpo, aparentemente de um garoto. Não possuía uma concreta ideia dos alvos daqueles seres no momento, haviam focado em Rhaego e na Karstark enquanto Rina continuava jogada ao seu lado de maneira débil. Esperou que continuassem focando nos que estavam em pé, com sua vivacidade mesmo que enfraquecida, porém mais presente do que no pequeno e gelado corpo da garota adormecida.

Temia pelo Velaryon tanto quanto pela mulher, mesmo ciente de suas habilidades e de sua independência. Ao seu retorno, havia tentado imaginar quais os desafios que teria enfrentado desde sua partida, pois certamente não havia retornado o mesmo homem. Seu olhar e sua postura foram endurecidos, de uma maneira que Alayne conhecia bem; sentira a mudança em si mesma, quando possuía um peso tão pronunciado em suas costas que as mesmas tinham de manter-se retas a maioria do tempo, para que suportasse a carga invisível, sozinha. Assemelhava-se cada vez mais com o gelo que lhe cercara desde sempre, e apesar de saber o quão doloroso era abrir mão das chamas, fossem elas felicidade ou esperança, esperou que naquele pequeno momento, no cenário em que estavam, que Rhaego também sentisse o frio — aquele que penetrava infinitamente além da carne.

Apenas sua tocha estava acesa, iluminando uma distância que não os privilegiava. Diversas criaturas aproximavam-se, rápido demais para que a chama da tocha de Rhaego se acendesse. Não havia nada que pudessem fazer, apenas esperavam que a morte os encontrasse.
Uma das criaturas atacou Alayne de forma bestial, sendo incendiada assim como a segunda. Ateou fogo em mais uma, que foi seguida por outro ser que levou-a ao chão antes que pudesse reagir. Tentava arrancar pedaços de seu rosto e por pouco não havia conseguido. Encostou a tocha em sua perna, queimando a criatura que parecia ser facilmente inflamável, para o seu azar. O fogo lambeu faminto suas vestes, forçando a loira a rolar na neve para que fosse apagado. Sentiu o calor crescente em suas mãos no momento em que menos o desejava, a ardência incômoda fazendo com que xingasse mentalmente suas superficiais e irritantes queimaduras.
Sempre havia odiado concentrar-se em sua própria dor, mas fora arrancada dos mínimos segundos em que o fazia pelo grito agudo e assustador de Rina, o alvo de uma das criaturas.
— Não. Não! Filho da puta! — Alayne praguejou com os dentes cerrados, desesperadamente levantando-se para protegê-la.

Suas pernas diminuíram o ritmo apenas quando o machado da besta desceu em direção ao rosto de Rina, e não antes disso.

Assistiu a franzina garota ter o seu rosto dilacerado, enquanto afogava-se em seu próprio sangue e em palavras inacabadas. Suas mãos tremeram de frio e horror; sentiu em cada terminação de seu corpo travado um arrepio que traduziu os balbucios da mulher. Ela estava pedindo por ajuda.
Correu até o monstro, enterrando sua tocha com força entre as vestes e a carne podre com tamanho ódio que poderia ter queimado-se novamente no processo, apesar de não se importar. Ignorou a criatura em chamas enquanto encarava a face subitamente tão inexpressiva e mutilada de Rina, que jorrava sangue por entre as fendas profundas causadas pelo machado.
Reprimiu com todos os seus esforços o desejo de vingar a esposa de Droenn. Morreria também, algo que naquele instante pouco importava, mas não permitiria que outra pessoa morresse.

Correu até Rhaego e movida pela fúria chutou o corpo da criatura com tamanha força, que teve de inclinar-se para sua tocha a alcançar. Agarrou o seu braço, segurando-o com força, vendo que estava claramente desorientado. Puxou-o o mais rápido que pôde, assim como os passos temerosos e não tão firmes quanto antes, que davam em direção ao desconhecido que a floresta lhes oferecia, mais uma vez.


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— Provavelmente eu te mataria, antes de ir embora — respondeu Daeron, sério. Falou com tanta firmeza que Talia chegou a acreditar, mas quando ele riu, ela sorriu e socou seu ombro. — Mas eu agradeço que você tenha ficado. O que seria de mim sem você? — perguntou à ela, mas logo se respondeu: — Um rei com outra esposa, talvez mais linda, com o exército dela.

— E eu com alguém melhor de cama — retrucou Talia com um pequeno sorriso provocativo no rosto.

Daeron abriu a boca para falar algo, mas enrolou-se nas palavras e riu.

— Tudo bem, você ganhou essa — admitiu em voz baixa, emburrado.

— Eu sempre ganho, seu bobo — respondeu Talia, dessa vez com um sorriso maior em seu rosto.

— Mas eu entendo você não querer o mesmo que eu — falou Daeron, voltando ao assunto principal. — Eu não posso ter isso agora. Ninguém pode ter, Talia. Não em terras como essa, sem segurança, sem justiça, largadas para que aconteça o que tiver de acontecer. Ninguém que tem uma fazenda em algum canto está seguro, sua casa pode ser invadida a qualquer momento, sua família morta... não é isso que eu quero. E nem o que vou ter. Mas quando eu sentar no trono, quando os reinos forem meus, eu vou mudar isso. Vou dar à essas pessoas a chance de viver uma vida pelo menos mais segura e mais longa.




Skyron fechou o livro sobre os Outros, um pouco decepcionado. Era mais sobre a opinião cética dos meistre do que das criaturas em si, talvez tivesse encontrado três ou quatro contos nas páginas do livro, mas pelo menos era algo considerando que pouco ou nada sabia deles. Ergueu-se da neve para voltar ao acampamento, mas parou ao escutar vários sons estranhos e virou-se para ver uma dúzia de corvos chegando a onde estava, pousando na árvore, sem parar de crocitar em momento algum.

O Greyjoy abaixou os olhos ao escutar mais um som e ver um homem caído sobre um cavalo que aproximou-se dele acalmando os passos. O homem caiu na neve, pálido como neve, respirando com dificuldade e meio zonzo, mas ainda acordado. Estava congelando de frio.




Mary escreveu:
Correu até Rhaego e movida pela fúria chutou o corpo da criatura com tamanha força, que teve de inclinar-se para sua tocha a alcançar. Agarrou o seu braço, segurando-o com força, vendo que estava claramente desorientado. Puxou-o o mais rápido que pôde, assim como os passos temerosos e não tão firmes quanto antes, que davam em direção ao desconhecido que a floresta lhes oferecia, mais uma vez.


Você precisa tirar 1 para concluir essa ação.

http://prntscr.com/gck40z + 4 + 1 de oportunidade


Chutou o morto de cima de Rhaego, ajudando-o se levantar. A criatura se ergueu rapidamente e avançou contra ela, mas Alayne foi rápida, passou a tocha no monstro e o chutou no peito, derrubando-o no peito da criatura mais próxima que estava deles, que vinha logo atrás, incendiando-a também.

Então, voltaram a correr.

Vocês precisam tirar 11 para escapar.

Última edição por Luckwearer em Qui Ago 24 2017, 13:30, editado 1 vez(es)


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Apertou-se em Orlan, enfiando o rosto em seu pescoço; estavam cobertos por seus dois mantos, abraçados um no outro para se aquecer. O frio estava tanto que o vento se tornara físico, vindo em ondas brancas de névoa que, gélida como o fundo de um lago congelado, açoitava o grupo sem piedade alguma. Queriam, mas não podiam acender uma fogueira, não tinham coragem. Procuraram, mas não acharam abrigo algum. O que restara foi apenas a beira de um rio que desaguava no mar, sabiam os nortenhos. Serena tinha escapado do campo de batalha, descendo todo campo até outra floresta, onde não encontrara criaturas, continuara trotando até que Tobin acordou, jogou-se do cavalo e começou a gritar. Não soube o que fazer, então chutou sua cabeça e o rapaz adormeceu novamente, mas tinha atraído atenção, não a que temia, mas sim a de Droenn que chegara com outros cinco soldados.

Estavam ela, o Martell, Droenn e outros seis soldados ali nas últimas árvores antes da margem do rio, todos deitados, tentando ignorar o frio para que pudessem dormir e descansar. Serena e Orlan estavam encostados numa árvore, ao contrário do restante. Tobin e Cetim tinham pedaços de pano amarrados na boca, trancados em suas próprias árvores, servia para esconder seus gritos da redondeza, mas não impedia de que ouvissem os berros suprimidos, enquanto batiam-se contra o tronco. Tobin estava uma situação muito pior que Cetim, a doença parecia ter consumido ele quase por completo, pois batera a cabeça três vezes na árvore antes de se acalmar, agora estava com uma ferida ali.

— Qual é o nome de vocês? — perguntou Serena aos soldados, algumas horas antes.

Eles responderam, iniciando uma conversa que durou um bom tempo, horas cheias de histórias, invenções, piadas que os faziam rir e outras coisas para distraí-los da tortura de estarem congelando. Um homem de idade com cabelos grisalhos e barba rarefeita chamado Daken contou que seu filho fora para Patrulha da Noite por vontade própria e se orgulhava muito disso, mas que estava triste de saber que as chances do rapaz estarem mortos agora eram grandes, por isso queria, de alguma forma, poder vingar o filho. Outro homem, chamado Lyam, era mais jovem, cerca de vinte e dois anos, com uma longa cabeleira castanho escuro e olhos claros, o nariz era grande e os lábios finos. Ele contou que era dono de um bordel, mas o perdeu quando comeu a mulher do lorde local, tendo de escapar dali o mais rápido possível para não ter sua cabeça decepada.

— Acho que o lorde pretendia decepar outra coisa — falou Ryon, fazendo com que o restante risse.

Ryon era um jovem de dezenove anos que tinha o cabelo curto e uma barba a crescer, poucos pelos no rosto, dos quais se gabava, dizendo que naquele frio todos sairiam.

— Mais fácil que se encolham para dentro de você — comentou Orlan.

O rapaz estava doente, a diferença dos desertos quentes de Dorne para os campos de neve do Norte fora impactante demais nele. Espirrava, tossia, fungava, tinha febre, estava pálido e gelado demais. Serena estava preocupada.

Quando a conversa entre eles acabou, decidiram dormir e descansar. Tentaram. Alguns conseguiram cair no sono, mas estavam tão desconfortáveis que se contorciam na neve sem parar, acordando uma, duas, três, quatro, cinco e outras milhares de vezes durante o cochilo. Pelo menos, naquele momento, Orlan parecia ter dormido de vez.

Tirou o rosto do pescoço dele e o encarou, tinha oferecido a capa para ela, mesmo doente. Sorriu e respirou fundo, desejando que não estivessem ali, mas sim nos lindos jardins de Lançassolar. Todos ali estavam dormindo ou deitados e apertados em seus próprios corpos, menos a dupla de doidos nas árvores. Serena olhou para seu dragão que descansava ao seu lado e depois para o rio, observando a água correndo lentamente, não demorando para ficar completamente avoada, perdida em seus pensamentos. Distraída, não notou a água começando congelar. Os homens jogados na neve começaram se contorcer mais, o frio estava piorando. Serena poderia ter notado os flocos de neve começando voar por ali com mais violência, digna de uma nevasca, mas estava distraída demais. Só acordou quando a água já estava congelada e era impossível não notar.

Serena ergueu os olhos imediatamente, vendo uma criatura descendo de um cavalo sem metade do rosto, colocando os pés na neve e caminhando por ela sem deixar passos para trás. Não era um cadáver ambulante, sua pele era branca como leite e a armadura de gelo, seu rosto parecia paralisado numa expressão fria, para sempre, seus cabelos brancos balançavam no ar, era estranhamente bonito e aterrorizante ao mesmo tempo. Ela se ergueu, deixando Orlan cair na neve que acordou num susto. Serena sacou sua espada e ergueu-a, tremendo. Nunca teve tanto medo em sua vida como estava sentindo ali.

O Outro colocou um dos pés na superfície congelada do rio, que se alargava por uma boa distância para ambos lados. Serena tentou balbuciar algo, mas nada saiu de sua boca. O outro pé foi colocado no gelo e ele começou sua travessia. A boca de Serena tremia, não sabia se pelo frio ou pela determinação de dizer algo. Ele já estava chegando na margem quando uma voz finalmente se soltou, mas não era dela.

— Acordem! — berrou Orlan.

E todos acordaram, incluíndo Droenn. Primeiro, ficaram meio atordoados, mas quando viram a criatura, se ergueram no mesmo instante. O Outro chegou em terra e deu alguns passos, parando para olhar um por um, em silêncio. O dragão de Serena, já acordado, levantou voo e avançou contra ele, já com as chamas subindo pela garganta para acertá-lo com um jato de fogo, mas foi interrompido.

A espada de gelo, mais longa que qualquer outra normal que vira, parecia uma lança, atravessou o dragão num golpe só, tirando um grito da criatura que caiu morta na lâmina de gelo. O mundo congelou para Serena, tudo pareceu desaparecer para ela, exceto aquela criatura com a espada atravessada no peito de seu dragão. Despertou do choque, ao vê-lo tirando o dragão da espada e deixando cair na neve, cobrindo-a de sangue, tal como a espada já estava.

— Não! — berrou Serena, numa mistura de fúria e tristeza.

Orlan tentou agarrá-la, mas a garota o empurrou para longe e avançou contra o Outro que apenas desviou do golpe e acertou um tapa com as costas na mão que a fez voar vários metros, rolando pela neve, enquanto a espada de aço valiriano voou junto dela, mas caiu um pouco distante. Um rastro de sangue se alinhou nos últimos metros que ela caiu. Serena engasgou-se com seu próprio sangue, tonta.

O Outro tomou aquilo como convite para a batalha e avançou contra o grupo. Orlan que estava mais próximo congelou ao ver a criatura vindo em sua direção, mas foi salvo por Daken que avançou contra o inimigo, colidindo sua espada de aço com a de gelo, assustando-se ao vê-la quebrando em vários pedaços. O homem, chocado, engoliu em seco e aquilo fora a última coisa que fizera antes de ter uma espada atravessada em seu peito, matando-o.



Alayne[Mary]
Vestimenta: Vestimentas modestas sob duas camadas de couro, uma cobrindo todo seu tronco e outra por cima protegendo completamente seus ombros, a última fundida com uma cota de malha resistente que ia até sua cintura, onde Solar era mantida pacientemente. Por cima, tinha um casaco de pele. Numa bainha no lado contrário da espada, era guardado a lâmina de obsidiana que Henrik havia lhe dado, um dia fora para sorte, agora por precaução.
Armas: Espada nomeada como Solar, a empunhadura negra é feita de couro e o pomo feito de prata, em formato de sol, daí o nome. Uma adaga com os dizeres de sua casa gravado na lâmina curvada: o sol no inverno. Tem a empunhadura negra e sem adornos. Um escudo de madeira com bordas de metal.

Rhaego[Dwight]
Vestimenta: Sua armadura era modesta, uma camada de cota de malha por baixo de couro fervido, o que ajudava muito na sua movimentação, já que tinha o peso e a dificuldade de se mover com o casaco de pele.
Armas: Arakh de Aço Valiriano (em chamas) e duas adagas com o punho em formato de cavalos-marinhos esculpidos em prata presas cada uma a um lado da cintura.

Voltaram a correr pela floresta, com as criaturas mais próximas do que nunca, berrando em vozes finas e amedrontadoras, como se gritassem para que parassem, para que pudessem socá-los até a morte ou mutilá-los com seus machados e espadas. Rhaego estava mais rápido agora que Rina não estava mais em seus ombros, mas continuava atrás de Alayne que atravessava a neve com tamanha facilidade que a faria agradecer todos os Deuses Antigos, mais tarde naquele dia se sobrevivesse, por tê-la feito uma garota aventureira que explorava as redondezas de Karhold todo dia quando criança.

Em algum momento, Rhaego sentiu um corte em suas costas e desajeitou-se em sua corrida, quase caíndo. Não soube como foi feito ou o que cortou, e nem queria, optou por continuar correndo. Virou o rosto para o lado ao ver que algumas criaturas estavam lhe alcançando, estavam um pouco distantes, encarando-lhe com os olhos azuis brilhantes e os dentes a mostra, quase que babando. Ignorou e não ousou olhar para o lado novamente, focando-se apenas no que vinha em frente.

Minutos depois e tinham chegado num barranco que dava para um rio não muito embaixo, mas numa altura considerável, no outro lado o nível de terra era o mesmo de onde estavam e a floresta voltava. Alayne aumentou sua velocidade e saltou para o outro lado, mas Rhaego não conseguiu. O Velaryon escorregou na neve e bateu a cabeça numa pedra, machucando sua testa e deixando-lhe um pouco tonto. A confusão foi embora aos poucos, sentiu sangue escorrendo por sua testa e nariz, cobrindo o arakh, já cheio de neve, com seu sangue. Ergueu os olhos e viu a silhueta embaraçada de Alayne gritando, e atrás dele escutou os berros das criaturas. Suspirou, ergueu-se e virou-se para trás, vendo que elas já estavam perto demais para que pegasse impulso e pulasse para o outro lado, não o suficiente para que realmente chegasse ao outro lado.

Respirou fundo e ergueu o arakh ao lado do rosto. Respirou fundo e observou as criaturas aproximando-se. Respirou fundo e tentou ignorar os gritos de Alayne, rezando para que ela saísse dali para não ver o que aconteceria em seguida. Respirou fundo e apertou o punho da espada. Respirou fundo e fixou seus olhos na criatura bem em sua frente. Respirou fundo e cerrou os dentes, já posicionando-se para golpeá-la.

Respirou fundo e seu sangue estourou em faíscas no Arakh. Vapor subiu da neve que cobrira o aço valiriano, que agora, naquele momento, estava em chamas.

Com o Arakh assim, Rhaego ganha +2 contra criaturas.

Mapinha: http://prntscr.com/gcoqnk


Droenn[Prime]
Vestimenta: Algumas camadas de couro fervido sob um casaco de pele. Isso é uma representação do que você tá vestindo sob o casaco de pele.
Armas: Espada com a cabeça de um lobo gigante esculpida em seu punho, nomeada de Netuno. No guarda-mão, as dizeres de sua casa grafados: O inverno está chegando.

Um silêncio permaneceu entre eles após a morte de Daken. Alguns deles começaram a recuar, amedrontados demais para fugir, e outros conseguiram tirar coragem de sabe-se que lugar para avançar contra o Outro. Os dois soldados berraram e o atacaram ao mesmo tempo, o da esquerda teve a espada segurada pela mão do Outro e o da direita teve o golpe interrompido pela lâmina de gelo. As duas quebraram-se em pedaços em seguida. Rapidamente a criatura decepou a cabeça de um e enfiou a espada na barriga de outro, arrancando-a em seguida, enquanto o mesmo caia no chão sem vida. Orlan virou as costas e correu dali, o Outro apenas continuou a caminhar, em direção à eles.

Tobin e Cetim começaram gritar assim que o viram.

Mapinha: http://prntscr.com/gcovqn


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O verão era acolhedor na mata de lobos. Sacudindo a neve que nelas repousava, as folhas das sempre-verdes dançavam no ritmo do vento manso e, ainda fraca, a luz do sol matinal jorrava por cima delas como uma benção. Aventurando-se ali, ouvia-se os estalidos tímidos de quaisquer coisas que estavam ao chão úmido, enquanto a corrente de um riacho próximo chocava nas pedras. Era lindo, como seu pai dizia. Mas não vá longe, Droenn, é casa de grandes caçadores e você não quer ser confundindo com o vulto de um cervo. Pai queria impedir, mas só fazia atiçar uma curiosidade ardente e infantil. Ele não estava se divertindo, porém. Procurava por algo. Dania? Talvez. A menina não era boa nas brincadeiras, se escondia em lugares óbvios, alguns que ele conhecia como se ali tivesse vivido. Dania era apenas uma garotinha, e mesmo assim, lhe era diversão vê-la solta na mata, a contrastar com o todo, à mercê de sua esperteza e longe das muralhas de Winterfell, da mãe que a mimava. Pulou de uma rocha e pousou sobre a neve urrando. O semblante animado morreu assim que percebeu que ela não estava ali. Para onde teria ido? Andava há um bom tempo, e era a terceira ou quarta vez que tentara surpreender, sempre saltando, esgueirando, deslizando. Já não contava com o ânimo do começo, e agora estava zangado. Era contra as regras mover-se uma vez que o esconderijo fosse estabelecido. As regras, essas eram sagradas para ele, e ai daquele que as quebrasse: ouviria o garoto chorar sobre elas o dia todo, além de que o contato estaria cortado pelas próximas horas até que ele mesmo convidasse para qualquer outra brincadeira. Tinha certeza de que Dania já estava no caminho de volta. Aparentemente, estava tudo perdido para ele. Foi quando o menor barulho num arbusto fê-lo dar meia-volta e lançar-se nas folhas. Não soube o quê, mas algo ele conseguiu agarrar para que a maldita irmã não escapasse.

─ Você perdeu! ─ falou para os dentes de um lobo que era quase tão alto quanto ele. Engoliu a própria língua, paralisado diante da fera. Imóvel, ela rosnava baixinho, encarava-o com um turquesa brilhante no olhar, e ali, a um palmo distante do focinho quente, eram como pérolas sobre lã cinza. Então lembrou-se, praguejando a si mesmo, de que era um daqueles dias de bordar para Dania. Procurava pelo lobo, não pela irmã. Certamente a criatura tinha atraído sua atenção e ele a perseguira. Certo, não se mova. Se lembre do que te ensinaram, nunca demonstre medo. Isso, devagar, tire a mão do pomo da adaga e mostre-a para o lobo. Está parando de rosnar, veja. Vou te chamar de Netuno, garoto. O lobo limpou os beiços uma vez, farejando o menino. O focinho remexia suas vestes, e ele ali, de pés presos à fina camada de neve. Fitava o nada, ao passo que o canino o rodeava. Em sua cabeça, só havia espaço para o medo e para seus pensamentos embaçados acerca de uma fuga, mas duvidava que sairia dali vivo. Não estava de frente para uma besta gigante, mas mesmo sobre as quatro patas, o lobo alcançava a cintura do Stark, e só podia imaginar aquela mandíbula sinistra fechando-se contra o seu pescoço. Mas a fera pôs-se de frente para ele outra vez e projetou-se em sua direção. O rosnado parara, estava familiarizado de alguma forma. O Stark estranhou aquilo, um sentimento diferente aqueceu seu coração e lhe deu coragem. Era como se ele e a criatura tivessem chegado a um acordo; era como se entendessem um ao outro, como fossem parceiros de uma vida toda, como se fossem um só – tudo aquilo de repente. Quando grunhiu raivosa e mostrou os dentes, pulou nele. Apavorado, o garoto não mexeu um dedo e um silvo de flecha cortou o silêncio. O lobo traiu sua confiança. O sentimento não era recíproco, soube, mas não pôde deter a empatia ao ouvir o lamento breve. Lambendo o ferimento, caído sobre o arbusto, Netuno reclamava aos lamentos e grunhidos de uma seta que atravessara sua perna traseira.

─ Afaste-se dele! – gritou um dos homens de seu pai, com um arco na mão, descendo um declive de pedra. Atrás deles vieram outros dois. Naquele momento entendeu que estava fora de Winterfell há mais ou menos um dia, caso contrário seu pai não mandaria homens em sua busca.
─ Ele não fará nenhum mal! ─ reclamou, apesar de ter visto que, nitidamente, seria o banquete do lobo não fosse aqueles homens. Indefeso, Netuno nada pôde fazer ao toque da mão do Stark com a pelugem espessa e cinza. Tenho certeza de que não era sua intenção, foi a presença deles, não foi? Farejaria o perigo antes se não fosse por mim, mas só o fez quando era tarde, e não teve outra escolha a não ser se defender. É um garoto esperto, pensava, afagando o cinza profundo.
─ Devia ter visto o quão grande era sua mordida quando avançou, senhor. Ele o mataria ─ o arqueiro quebrou o pedaço de flecha restante.
─ Com certeza. Vamos levar ele para Winterfell ─ tinha um quê de entusiasmo na voz juvenil.
Os três homens se olharam, confusos.
─ Lorde Stark não ficaria satisfeito, meu senhor. Essa criatura já cresceu um pouco. Não será possível domá-lo, pertence a essa floresta agora.
─ E se for um lobo gigante?
─ Meu senhor, lobos gigantes desapareceram do Norte há muito.
─ Não foi um pedido, de qualquer forma. Dê-me esse pano, ele precisa de cuidados, vamos. Se o pai não gostar, devolvemos ele para cá.
Os homens deram-se por vencidos, envolveram o animal inconsciente em panos e o levaram, junto de Droenn. E quando as muralhas de sua casa se ergueram no horizonte, escutou gritos. Virou-se, e os homens não estavam mais ali. Netuno irrompeu da escuridão, com uma ponta de flecha saindo do interior de uma das patas traseiras, que sangrava. Outra vez, o Stark se viu imóvel. Em meio aos gritos, o lobo rugiu e lançou-se.

Então, acordou, sem ao menos perceber que no mesmo instante desembainhou a espada. O borrão branco e brilhante na verdade era um Outro e marchava na direção deles. Parou, e só agiu novamente para atingir, com uma mira mortal, o dragão de Serena, que caiu, empalado com aquela lança ou espada de gelo. Não soube como reagir àquilo, mas sentiu uma faísca de fúria.
— Não! — berrou Serena, numa mistura de fúria e tristeza. Com um empurrão, ela ignorou o dornês que tentou segurá-la para seu bem e partiu na direção da criatura. O Outro desviou e estapeou a Targaryen, que voou longe e sangrou.
Serena! ─ esbravejou, desesperado. Aquele golpe parecia ter sido forte o suficiente para matá-la. Antes que pudesse fazer qualquer coisa, Daken colou-se à frente de Orlan, que seria a próxima vítima. Gelo e aço se colidiram, e o aço foi reduzido a migalhas. Daken aceitou a morte, incrédulo. Fez-se silêncio por um instante, os vivos contemplavam a superioridade apavorante daquele Outro, e recuavam temerosos. Mas dois soldados lançaram-se nele, e tudo aconteceu rápido demais, só pôde ver mais uma espada de aço comum despedaçar-se outra vez e os dois caíram na neve, sem um pingo de vida restante. Raciocinou, então, que aquela coisa de gelo era indestrutível, mas o aço valiriano da espada de Serena podia ser uma exceção ao histórico.
─ Orlan, pegue Serena e saiam daqui, agora! ─  gritou para o dornês que voltava correndo. Certificou-se de que ele já tinha Serena nas mãos para embainhar Netuno e disparar até o aço valiriano, empunhando-o com as duas mãos, sentindo a leveza daquela lâmina. Marchou aquela poderia ser sua última marcha e foi de encontro ao Outro, pedindo força aos Deuses Antigos.

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Skyron rapidamente foi ajudar o homem, mesmo não sabendo quem era. O desconhecido poderia morrer ali mesmo e ter sido alguém importante, então era necessário salvá-lo.

— O que aconteceu e quem é você? — O Greyjoy perguntou, segurando o homem pelo colarinho, elevando um pouco sua cabeça do chão de neve que havia caído.

Última edição por Josh em Sex Ago 25 2017, 14:37, editado 1 vez(es)

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Ryon soltou um berro e avançou contra o Outro, tentando o contrário de seus companheiros simplesmente deslizou pela neve e ergueu-se atrás dele, escolhendo atacá-lo pelas costas, mas errando quando a criatura se abaixou do golpe horizontal e virou-se rapidamente atravessando a espada em seu peito. Com aquele tempo, o restante tinha tomado suas decisões e se movido ou não. A mando do Stark, o rapaz Martell foi em direção à Serena, salvo por Ryon, pois faltava apenas alguns passos para que a criatura o pegasse; Lyam estava paralisado, não tinha movido um músculo; o outro soldado aquela altura já tinha sumido na escuridão; e, por fim, Droenn estava correndo como louco em direção ao aço valiriano. A lâmina negra que poderia combater aqueles inimigos, pelo que sabia. Eles também sabiam. Droenn foi acertado pelo cadáver de Ryon, arremessado pelo Outro. No chão, o Stark tirou o cadáver de cima dele rapidamente, vendo a cabeça de Lyam rolando no chão num golpe rápido do Outro, que aproximava-se, dessa vez, velozmente. Nem levantou-se completamente, foi tropeçando de quatro, quase se arrastando, para a espada de aço valiriano.

Serena tentava se erguer, mas não conseguia, seu corpo estava doendo e sua cabeça zonza. Cuspiu mais sangue, seus dentes estavam cheios dele. Orlan, de joelhos ao seu lado, tentou ajudá-la, mas viu que ela estava incapacitada. Virou-se para trás e viu a criatura de gelo a poucos passos de Droenn que arrastava-se desesperadamente para pegar a lâmina. Ele não vai conseguir, notou Orlan. Ele não vai conseguir. Engoliu em seco, ergueu-se e distanciou-se da garota, correndo em direção ao Outro. Coragem, coragem, coragem. Ergueu sua espada, cerrou os dentes e abaixou-a no inimigo, acertando sua cabeça com a lâmina, quebrando a espada. O Outro, que iria atravessar sua espada em Droenn, virou-se no mesmo instante para Orlan e segurou o rapaz pelos cabelos, decepando sua cabeça e jogando-a para longe, rolando até perto de Serena.

O sacrifício do rapaz dera a oportunidade de Droenn agarrar a espada de aço valiriano e levantar-se para lutar contra o Outro.

Você precisa tirar 19 (13 + 6) para matar o Outro.

http://prntscr.com/gcz30i + 4


Ao se virar para a criatura, viu todos cadáveres em sua volta, ouviu o choro de Serena e lembrou-se dos gritos de seus soldados, dos gritos que Tobin e Cetim estavam soltando agora, todas desgraças que estavam tendo que suportar por causa daqueles monstros. Avançou com fúria para o Outro e sua lâmina tocou a de gelo, mas não se partiu, então uma troca de golpes se iniciou e ele viu que aquela criatura era melhor do que qualquer homem que lutara antes, qualquer um na sua vida. Ele tinha uma agilidade fora do normal e seus reflexos eram ótimos, a força também era algo a ser notado, pois a cada bater de lâminas tinha de botar toda sua força ou seu braço iria para trás no impacto.

Droenn estava cansado, talvez doente, por isso sabia que precisava terminar logo aquilo senão morreria. Arriscou-se, abandonando os golpes que combatiam a espada do inimigo e criavam canções de gelo e fogo, abrindo sua própria guarda para dar um golpe vertical de baixo para cima com toda força que tinha, tanta força que reuniu no braço que para acompanhá-los seus dentes cerraram-se como se fossem se quebrar e soltou um grito quase suprimido. O resultado foi a lâmina de gelo e os braços da criatura se erguendo um pouco, mas o suficiente para que Droenn num último segundo atravessasse sua espada no peito do Outro, enfiando-a até o punho, o que deixou seu rosto em frente do dele e os corpos quase encostados. Os olhos castanho acinzentado de Droenn encararam sem temor as profundezas azuis que eram os olhos dos Outros, tão bonitos e tão ameaçadores.

Arrancou a lâmina de dentro dele e afastou-se um pouco, vendo-o surpreso. Sangue azul-claro, tal qual estava coberto a espada, deslizou pelo buraco na armadura, mas não se exibiu por muito tempo, a armadura de gelo começou a se minguar e liquefazer, junto ao corpo dele, explodindo em um redemoinho de névoa branca. Seus ossos, parecidos com vidro leitoso, caíram no chão, brancos e brilhantes, e se derreteram logo em seguida. Restou, no fim, apenas uma poça de água.

O sangue azul-claro continuou na espada de Droenn, mas ele ignorou, caindo de joelhos na neve, deixando seu coração acelerado, como nunca antes, acalmar-se. Seus joelhos e suas mãos tremiam, agora que a adrenalina tinha passado. E ficou assim, enquanto Serena arrastou-se até o corpo sem cabeça de Orlan e o agarrou, chorando. Tobin e Cetim pararam de gritar, naquela altura, voltando ao silêncio.

Pouco depois, a lua se mostrou em meio a escuridão que pareceu diminuir. A primeira vitória dos humanos tinha acontecido.


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Quando ouviu as palavras do homem um pequeno sorriso de admiração surgiu em seu rosto. Pouco importava-se ter alguma certeza se conseguiria ou não, mas ouvi-lo falar sobre seus planos deixava-lhe alegre , mesmo quando ele parecia sentir que não era capaz. Aproximou-se beijando-o e encostou a sua testa na dele após afastar seus lábios.

- Não tenho dúvidas que se alguém pode fazê-lo é você. - afastou-se sorrindo com a provocação que seguia. - Você pode ser um péssimo espadachim, mas como rei ainda da pro gasto. - Deu uma pausa afastando seu rosto do dele e pensando por algum tempo tornando sua expressão seria. - Então, o que acontece agora? - Perguntou questionando-se a respeito da perda de Aerion


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Daeron soltou uma risada com as provocações de Talia, puxando-a de volta para outro beijo.

— Adaptamos a estratégia e esperamos que Aerion volte, conhecendo-o bem ele deve estar atacando algum rebanho local — respondeu Daeron, suspirando. — Se ele não voltar, então essa batalha será mais difícil do que pensamos.


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Algumas palavras saíram incompreensíveis da boca do homem, em resposta às perguntas de Skyron. Seus olhos estavam cansados, quase sonolentos, parecia prestes a dormir a qualquer momento, e seu corpo tremia demais, sua pele estava pálida como leite e fria como a Muralha. Mas ele continuou tentando falar, soltando, aos poucos, palavras mais fáceis de se escutar e entender. Skyron, para ajudar, aproximou seu ouvido da boca do homem, escutando o que ele tinha a dizer.

— Rei, leve ao rei — sussurrava o homem, numa voz fraca.

Skyron jogou-lhe no colo e assoviou para o cavalo, iria levá-lo para o acampamento também. Seus olhos miraram nos corvos uma última vez, notando que todos eles seguiam-lhe pelo olhar. O cavalo o seguiu até as primeiras tendas, onde Skyron mandou que soldados cuidassem dele, continuando seu caminho para tenda de Daeron. O homem misterioso não parava de repetir "rei" e Skyron viu que ele estava sofrendo de hipotermia.

Aaron estava procurando pelo irmão, pronto para lhe mandar se foder por sumir o dia todo e não dar apoio algum na confusão que aconteceu no acampamento. Finalmente o encontrou quando estava nas tendas do exército de Daeron, viu o homem nos braços do irmão e ergueu uma sobrancelha.

— Noite difícil entre vocês dois? — comentou num tom de escárnio.

— Tire os olhos, irmão, não é Leslie quem está nos meus braços  — rebateu Skyron com um pequeno sorriso.

— Esquece essa merda — resmungou Aaron, irritado. Leslie era uma "mulher" que Aaron levara para dentro de um dos quartos, em algum bordel de Volantis, era linda, magra e maravilhosa. O Greyjoy estava tão bêbado que repetia sem parar que ela era a mulher mais linda do mundo e a mais gostosa, mas quando foram para o quarto e ele tirou a roupa da mulher, um pau do tamanho do seu antebraço pulou em sua frente. A lembrança que Skyron mais gostava de ter era aquela, do irmão saindo correndo do quarto sem camisa, tropeçando nas coisas, empurrando as pessoas e derrubando cadeiras e mesas. — Quem é? — perguntou Aaron, encerrando o assunto trágico.

— Não sei. Encontrei ele fora do acampamento, congelando. Está implorando para ver Daeron.

Ao chegarem na tenda de Daeron, Skyron o chamou pelo nome, mas ninguém respondeu, então vendo o homem piorar com aquele frio todo, sem opção, adentrou-a. Lá dentro, os irmãos se depararam com Talia em cima de Daeron, beijando-lhe, vestindo nada mais que uma túnica. Skyron ignorou e jogou o homem em cima da mesa, enquanto Aaron ficou rindo da reação assustada do casal.

— Puta merda, de novo! — berrou Talia, irritada, jogando-se na cama e puxando o cobertor para cobri-la. Não que alguém tinha visto algo, a túnica era como uma camisola, mas ainda assim era envergonhante.

Daeron, confuso, vestiu uma camisa enquanto aproximou-se dos dois, olhando com curiosidade para aquele homem. Enquanto isso, Talia pegou sua calça jogada ao lado da cama e vestiu-se embaixo do cobertor, saindo da cama e indo em direção à eles em seguida.

— Quem é? — perguntou Daeron.

— Um homem que encontrei fora do acampamento, procurando por você — respondeu Skyron.


Dez minutos depois, tinham trocado as roupas cobertas de neve por roupas secas, colocado o homem perto da lareira e dado sopa quente para que bebesse. Ele ainda tremia, mas sua pele estava voltando a tomar cor e a temperatura normal. Naquele meio tempo, não tinha matado a curiosidade de ninguém ali, mas pelo menos tinha dito que seu nome era Jon Cassel, filho de Martyn Cassel e sobrinho de Rodrik Cassel. Talia demorou, mas reconheceu o rapaz, era nortenho e estava em seu casamento.

Quando ele finalmente conseguiu falar algo, não precisou ouvir perguntas para saber o que queriam ouvir, coisas que ele já pretendia contar no momento que conseguisse falar:

— Um homem da Patrulha da Noite... não sei, não tenho certeza se era um patrulheiro, mas sei que veio da Muralha. Estava acompanhado de outros patrulheiros. Ele tentou alertar a Última Lareira, mas ninguém deu ouvidos... e foi o primeiro castelo a cair. Ele chegou em Winterfell com... não sei, acho que devia ser umas cinquenta pessoas... não sei, eu não sei muito sobre o que aconteceu. Não lembro. — Ele ainda parecia confuso e com dificuldade de falar. — Dissemos que as muralhas de Winterfell aguentariam qualquer ataque, mas ele disse que... ele disse não pararia. Ele disse muitas coisas, mas o que importa é que fui enviado para o sul. Nenhum corvo conseguia sobreviver as nevascas. Não tinha maneira de se comunicar. Eu e mais dez homens saímos de Winterfell... mas ao chegar nas Gêmeas, eu era o único vivo. — Ele aparentou estar bem triste com aquilo, vários daqueles homens eram seus amigos. — A carta não chegou à vocês?

Daeron apertou os punhos, enquanto ouvia tudo aquilo, com tanta força que se socasse alguém arrancaria seus dentes, mas quando ouviu sobre a carta, foi como se tivessem quebrado suas pernas. O Norte estava sob ataque, talvez já destruído... e Serena devia estar em perigo, se já não estivesse morta.

— Chegou — respondeu Talia, olhando preocupada para Daeron.

— Por que vocês estão descendo e não subindo? — questionou o homem.

— Não acreditamos — respondeu ela, de novo.

Jon apenas acenou com a cabeça, não podendo culpá-los.

— Enfim, eu fui enviado não só para mandar essa carta para todos castelos possíveis, mas também para encontrá-los. Se tudo correu bem, o patrulheiro deve estar liderando todos de Winterfell para o sul... a essa altura eu chuto que talvez estejam em Fosso Cailin. Eles precisam da ajuda de vocês.


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Assim que o homem falou sua identidade, reconheceu-o do Norte. Ouvia-o com atenção enquanto as palavras jorravam de sua boca acertando-os como murros. Só então, teve confirmação de seus medos, os Outros estavam ali e os amigos foram direto para algo muito pior que uma armadilha. Olhou para Daeron notando sua expressão de choque e percebeu que provavelmente estava da mesma forma. Porém, além da raiva tinha algo muito pior em si, pois sentia-se culpada por deixá-los ir e principalmente por sugerir que fossem de barco, Jogou-os diretamente em meio ao caos. Virou-se de costas para a lareira caminhando ate a mesa do mapa, com o intuito de esconder as lagrimas que se aproximavam. Socou a mesa apoiando seus punhos cerrados consternada com aquela informação. Seus olhos nublados focaram-se em Winterfell, enquanto as memorias completaram a surra que levou das palavras do nortenho.

—  Uma espada é diferente de um arco, Serena. Tem certeza que quer isso? —  Falou vendo a menina assentir com um olhar de bravura. Sorriu para aquilo e jogou uma das espadas para ela. Era uma espada pequena e sem gume, para que ela não tivesse dificuldade em carregá-la e não ferisse Talia sem intenção.

Assim que a garota pegou a arma no ar, avançou destemidamente para cima da bastarda Baratheon, que logo desviou colocando o pé na frente da menina que tropeçou caindo de cara na terra batida do lugar, sujando-se. Riu para ela vendo-a levantar.

- Primeiro, não seja estupida, você quer ser uma espadachim ou um touro? Seja esperta, garota — A menina olhou irritada aquela provocação e preparou-se novamente, avançando dessa vez de forma mais cuidadosa. Porém, tornou-se lenta, por isso, no segundo choque de espadas desviou-se do golpe dela, segurando seu pulso e simulando um ataque em seu peito. Afastou-se ouvindo-a resmungar. — Não precisa ser uma lesma também. —  Falou com uma gargalhada.

Permaneceram naquele embate até que Talia sentou-se em uma das mesas já cansada. A menina insistiu para que lutassem mais um pouco, mas negou-se. Além de ser persistente, estava começando a aprender, ao ponto de que em sua última batalha, foram necessários alguns minutos para que derrubasse ela. Apontou para que sentasse ao seu lado e serviu dois copos de hidromel entregando um para Serena. Olhou por um tempo para a mão estendida de Talia e pegou com um pouco de relutância. A bastarda sorriu de canto notando que provavelmente seria a primeira vez que bebia algo tão forte, de modo que, logo que deu um gole fez uma careta tirando uma gargalhada da mulher.

—  Vejo que terei mais trabalho do que pensei —  Disse bagunçando o cabelo da menina que sorriu para ela diante daquilo.


Lembrando-se daquele sorriso sentiu uma lagrima correndo em seu rosto e caindo, molhando o mapa. Seu coração agora pesado implorava para que largasse tudo aquilo e fosse ao norte ajuda-los, carregando toda a esperança de que ainda estavam vivos. Todavia, seus olhos direcionaram a Pedra do Dragão e Harrenhall e sua mente considerava salvá-los algo impossível, mostrando toda sua desesperança. Sentia suas pernas trêmulas e seus músculos rígidos e então foi direcionada para o local onde restava quase todas as suas forças em qualquer dos casos. Olhou para Correrrio e lembranças dos olhos azuis escuros de Daemon surgiram e o pequeno sorriso de Rhaegar a acalmou. Não poderia deixar que os monstros aproximassem dos filhos, mas se fosse ao norte agora, ninguém poderia os impedir, provavelmente morreria junto aos dez mil homens do exército e a Daeron. Em seguida, ninguém mais seria capaz de pará-los e as crianças morreriam esvaindo toda esperança que poderiam ter a respeito da sobrevivência de sua raça. Respirou fundo pensando naquilo, tinha que ser esperta dessa vez. Era a Rainha, não mais a mercenária que desafiou dezoito homens em uma taverna. Diante daquilo virou-se para o guarda limpando suas lagrimas, antes de quebrar o silencio vindo do choque dos homens.

— Leve-o para uma tenda para que descanse. — Falou fria para o guarda, assentindo para o nortenho como agradecimento, de modo que o outro a obedeceu acompanhando-o. Caminhou até o Rei colocando a mão em seu braço acordando-o do transe. O Targaryen olhou em seus olhos, fazendo com que Talia visse seu desespero, e por isso, se esforçasse para que não chorasse novamente – Não podemos ir a norte, Daeron.


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Lutava contra a criatura debatendo-se como louco, a mente em confusão. Sua tocha havia se apagado, e Rina estava morta. O machado rachou seu crânio como um lenhador abre um pedaço de madeira, havia falhado com Droenn, e a morte da menina era a morte de uma inocência que não mais teria espaço naquela Guerra. Não a guerra do trono, não era mais uma disputa por uma cadeira pontiaguda. Havia ouvido todos os tipos de profecias e histórias por Braavos, Myr, Pentos, Lys e até mesmo Tyrosh, havia ouvido sobre poderes que a muito haviam adormecido, mas que agora via com seus próprios olhos caminhar sobre a neve. Ouvido sobre a Guerra pela Alvorada, sobre a Guerra que tem sido travada desde o início dos tempos contra o antigo inimigo, e agora via seu reinicio. O primeiro e o último inimigo, o único inimigo que importava. Aquele que podia trazer uma noite que durasse para sempre.  

Ele nunca havia hesitado em batalha, nem nos momentos mais difíceis, mas ali, naquela hora, estava absorto por seus próprios pensamentos. O sorriso de Kean se esboçou nas profundezas de sua mente. Ele resolveu poupá-lo, provavelmente para te torturar pela eternidade, e a risada do sacerdote era o único som que conseguia ouvir. Estava indiferente ao mundo exterior, e apesar de seu corpo ainda lutar contra a criatura, sua cabeça estava muito distante. Medo estampava seus olhos inertes, o medo de ser fraco.  
Apenas voltou a si quando Alayne chutou a criatura que lhe atacava e fez a chama de sua tocha beijar a carne morta. A mão dela segurou-o com força e o puxou para fora de suas lembranças, levando-o em direção ao desconhecido da floresta novamente.
A loira flutuava sobre a neve com pés leves e ligeiros a sua frente, e ele apesar de não tão habilidoso sobre o solo gelado, estava mais veloz sem carregar a garota Frey. Vacilou, porém, ao sentir de súbito um corte tocar suas costas, — não saberia dizer de quem ou de que viera, — e desajeitou-se em sua corrida, tropeçando. O frio tomava conta de seu interior, mas o corte agora ardia. Olhos azuis, cadavéricos e gelados, lhe olhavam pela escuridão com o desejo por sangue. Passou a só olhar para frente.  

Minutos depois e tinham chegado num barranco que dava para um rio não muito embaixo, mas numa altura considerável, no outro lado o nível de terra era o mesmo de onde estavam e a floresta voltava a crescer.
Alayne aumentou sua velocidade e saltou para o outro lado, mas Rhaego não conseguiu. Ele escorregou na neve e bateu a cabeça numa pedra, deixando-lhe um pouco tonto. O sangue caía, vermelho e espesso, escorrendo por sua testa e nariz e fazendo uma pequena poça sobre a neve branca. Tentou se levantar e viu que a lâmina escura do arakh que caiu sob ele embebeu-se no líquido viscoso misturado a neve, mas sua mão resvalou e ele voltou de encontro ao solo. Uma parte dentro de si queria ficar ali, deitado. Por que o Deus Vermelho o havia trazido de volta? Duas vezes. Por que ele deu a um sacerdote de pouca fé, bêbado e covarde, o poder para trazê-lo de volta? Ele não era mais o mesmo, havia sido quebrado, remontado e quebrado novamente. Devia ter permanecido morto, desejava ter permanecido morto.
Não temo ser chamado de covarde, Rhaego, não é por isso que não desisto. As palavras de seu pai, as palavras que havia lutado para lembrar, ecoavam na sua cabeça. Nunca se deixe ficar no chão, sempre se erga, Rhaego. Nem seu pai, nem você ficarão para trás, certo?
— Certo.

Ele içou o tronco com as mãos e apoiou o peso sobre o joelho direito, levantando a cabeça ainda tonta para o outro lado do barranco e vendo uma silhueta, que gritava algo que ele era incapaz de entender. Ficou em pé, limpando o sangue do rosto com a mão esquerda. A visão embaçada das madeixas loiras de Alayne balançando sobre o vento o fez compreender as palavras de sua casa, a esperança de luz e calor de um sol do inverno lhes fazia falta durante uma longa noite. Tudo em volta deles parecia escuro e morto.  

Os gritos das criaturas o chamaram, berros ébrios em seu desejo por carne, sangue e vida. Ele suspirou, espremeu os olhos para recuperar total consciência e virou-se para elas, vendo que já estavam perto demais para que pegasse impulso e pulasse para o lado da Karstark.  
Ele usou a mesma mão esquerda para limpar a neve do arakh, tornando a lâmina cor de fumaça num vermelho vivo. Não morreria com sua lâmina limpa, muito menos suja de neve. Respirou e ergueu-o na altura do rosto, esperando as criaturas virem até ele. Orou brevemente a algum Deus, não sabia qual, para que Alayne saísse dali e não visse o que aconteceria em seguida. Só um tolo precisava morrer ali. Se conseguisse abrir espaço suficiente para tomar impulso, talvez ainda tinha uma chance, pequena, mas existente. Bobagem, morreria, mas pelo menos seria lutando. Apertou o punho do arakh inspirando mais uma vez, e o ar frio do inverno inundou seus pulmões, congelante. Expirou, e um calor percorreu seu corpo, arrastava-se sobre si como dedos em brasa.  
Seu coração se encheu, ardeu em chamas, e o medo queimou. O fogo se espalhou sobre seu sangue na lâmina do arakh, fazendo evaporar o pouco de neve que ainda o cobria, e se tornando uma meia-lua tomada por flâmulas de calor. Ele ficou surpreso, mas não temeu. Há algo em você, arde como o fogo do meu senhor, agora era a voz de Melisandre que falava em sua cabeça, e nenhum outro fogo arde tanto quanto o dele.  
A luz violeta de seus olhos misturada aos fantasmas crepitantes em vermelho e amarelo do fogo faziam-os tomar uma coloração roxo avermelhada, que fitava com ferocidade as criaturas que avançavam.  
A noite era escura, foi o que pensou, mas não era nenhuma voz que lhe dizia, e cheia de terrores.  
No balanço de seu arakh o fogo sibilou, como em desafio ao assovio do vento, cortando-o e rasgando a pele dura e gelada daqueles que já haviam morrido. As chamas dançavam inquietas na escuridão que só era cessada por sua própria claridade, e o mais leve toque de sua lâmina flamejante fazia o corpo congelado das criaturas serem tomados pelo fogo. Girava o arakh com habilidade e afastava-se dos corpos que grunhiam e se jogavam para cima dele, mas o fogo queimava. Queimava e consumia aquilo que tocava. Uma vivacidade ardente tomava conta de seu eu a cada par de olhos azuis que se apagavam, e ele continuou abrindo caminho, matando tantos quanto poderia.


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