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#Mesa 003 - Fire and Blood

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description#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 26 EmptyRe: #Mesa 003 - Fire and Blood

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Quando sentiu o líquido entre suas pernas, a inquietude de seu coração tornou-se puro pavor. Havia semanas que revoltava-se com sua barriga e torcia para que a criança logo viesse, mas tudo o que esperava é que não fosse naquele momento. Desligou-se do mundo até que o segundo andar começou a ser atacado causando grande confusão que não só a despertou como aumentou seu medo. Olhou para Alayne e para Hugar em um sinal de desespero.

Tentava raciocinar quando sentiu em sua barriga a pior dor que já tinha sentido em toda sua vida. Todas cicatrizes que um dia tinham sido grandes ferimentos não comparavam-se, nem mesmo a dor de ter o nariz quebrado diversas vezes e ser violentada comparava-se aquilo. Não pode conter o grito, e sabia que traria dezenas de soldados ao seu encalço e aquilo provavelmente causaria sua morte.

No momento em que viu homens adentrando no corredor que localizavam-se, seu medo tornou-se realidade, tudo o que tinha feito até aquele momento seria em vão e a revolta Targaryen chegaria ao fim. Quando pensou que tudo estava perdido, Hugar desceu-a de seu colo e fez com que Alayne ajudasse ela a apoiar-se. Quando a nortenha perguntou o que ele estava fazendo o Mormont sacou com braveza seus machados. Olhou para ele desacreditada. Antes que avançassem a Karstark falou para que o homem não morresse, mas naquele momento o trio já sabia o resultado daquilo. Enquanto davam as costas a batalha que iniciaria-se sentiu lágrimas surgindo em seu olho, e isso não só pela dor agoniante que corria em seu corpo, mas depois de Garren pensou que não passaria por aquele sentimento de impotência novamente, mas era o que acontecia, enquanto o Nortenho provavelmente morria.

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Ouviu com atenção a todas as palavras de Daeron, e outrora poderia ficar horas discutindo com ele seus pontos de vista sobre o assunto, mas não agora. Apenas acenou com a cabeça, os olhos cansados olhavam-no com respeito, em silêncio. Os moradores de Harrenhal passaram, um por um, deixando flores e prestando suas condolências, e ele continuou ali com os olhos cravados nos túmulos, espadas em mãos.
Esperou até que todos saíssem e só ele sobrasse ao lado das covas. Quatro delas, cobertas de flores, sem os corpos que tiveram fim desconhecido. Sentia que nenhuma palavra haveria de ser dita, mesmo que os corpos ali estivessem, vivenciara a morte e sabia que do lado de lá nada se ouvia. Pegou a primeira espada, enterrando-a na cova à direita. Sor Desmond sempre lhe seria um exemplo de lealdade, era o homem que sempre almejou ser, mas nunca seria capaz de tamanha distinção. Sor Kevan Royce a seguir, e muito pouco ou quase nada tinha a falar sobre o homem, mal o conhecera, e mesmo assim não pensara duas vezes antes de oferecer a vida pela de seu rei. E então o machado, Sor Arys Aenah, um homem simples, para tempos complicados. Apesar das poucas palavras, sua bravura era evidente, morrera livre como havia de ser. Por último, a espada de Sor Barristan Selmy, e não havia muito a ser lembrado sobre ele. Era sinônimo de cavalheirismo, nobreza e honra, não importando em qual lado da guerra você estivesse, Selmy era o tipo de homem que inspirava respeito. Deu um passo atrás, e sobre o pé de cada lâmina colocou uma rosa azul, seus olhos pareciam secos demais para chorar novamente, — respirou fundo, deu uma última olhada, e virou-se em direção ao castelo.

O arakh parecia fosco sob a luz do sol, e sentiu-se estranho ao segurá-lo pela primeira vez, parecia desacostumado com seu peso. Não pode evitar as lembranças imediatas da última vez que o tivera em mãos, fazendo um calor desconfortável aquecer seu corpo, mas forçou-se a desviar o pensamento, largando o arakh sobre a cama. Era sua oportunidade, sua última oportunidade de fugir daquela loucura. Podia até mesmo fazer demandas, sabia que Daeron consideraria um pedido seu, era o verdadeiro herdeiro de seu pai afinal, se quisesse tomar uma vida normal; ou podia voltar para Essos onde por tanto viveu, os Blackhand haviam acabado, mas centenas de Companhias mercenárias continuavam em atividade. Não importa o quanto pensasse, cada um dos caminhos levavam-no a ideia de que as coisas seriam mais simples se tivesse permanecido morto. Mas no fundo ele sabia, sempre soubera, que enquanto seu coração batesse havia apenas um caminho. Não deixaria Daeron, Cetim, Talia, Droenn, Serena e Alayne lutarem sozinhos, nem mesmo se quisesse, e não queria nem um pouco. Estariam todos ao menos ainda vivos? O peso da dúvida apertava-lhe o coração. Não importa o quanto pensasse, o sonho de seu pai o moveria, fosse por opção ou por lealdade, e mesmo que tivesse perdido a si mesmo, havia algo que ainda lhe restava. Estava preso num ciclo vicioso, e era incapaz de sair dele.
Montou seu cavalo e dirigiu-se até os portões a passo lento, sentindo o vento afagando-lhe o rosto cansado. Olhou para Daeron, que lhe olhou de volta, mas nada disse. Ele também se lembrava daquela conversa, muito tempo atrás. Com Fogo e Sangue se necessário for.
— Você cumpriu o que me prometeu e matou o menino, portanto devo manter a minha palavra. Traga-lhes o fogo, que eu lhe darei o sangue.


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— Adeus, garota — murmurou Hugar para mulher ao vê-la afastando-se o mais rápido possível com a rainha.
O brutamontes viu aquela dúzia ou mais de homens aproximando-se velozmente, como uma grande linha de frente pronta para massacrar centenas de inimigos, mas não sentiu medo, ele era e seria sua própria linha de frente. Pensou em sua família, sua esposa e seus filhos, rezou algo de poucos segundos para os deuses antigos e deixou o sangue esquentar, o corpo ser dominado por adrenalina.
— Ainda existe um nortenho respirando nesse castelo, seus filhos da puta! Venham, suas malditas cadelas sulistas, vou mostrá-los o que um guerreiro do norte pode fazer! — berrou furioso iniciando uma corrida em direção aos homens que já estavam bem perto. Rugiu como uma verdadeira besta até chegar neles, um grito rouco e poderoso, que cessou quando impactou-se na fileira de inimigos, derrubando vários e iniciando uma sequência de golpes de machado, que cravavam-se em peitos ou cabeças e decepavam braços ou pernas, inundando-o em sangue.
E lutou ali até o momento que caiu no chão e permaneceu ali, como o brasão de sua família dizia.


Alayne e Talia chegaram ao terceiro andar e puderam respirar o ar livre, estavam em céu aberto e no topo do castelo. Viram rapidamente o que acontecia lá embaixo e não conseguiram identificar muito bem quem estava ganhando, mas rezavam para que fossem eles, pois se estivessem logo uma horda de seus próprios aliados entraria pelas portas daquele castelo e os ajudariam, então apenas restava que aquilo acontecesse e que conseguissem sobreviver até aquele momento.
Ali em cima estava uma confusão também, mas num nível que chegava ser ridículo comparado com os andares de baixo. Eram tantas poucas batalhas ali em cima que passaram facilmente por elas, indo em direção à uma das torres, a da direita, pois a da esquerda parecia estar uma verdadeira confusão. Naquela da direita, havia apenas dois inimigos que Alayne matou rapidamente ao deixar Talia de lado por um pouco, com a ajuda de quatro soldados aliados que mataram rapidamente seus oponentes ao vê-las chegando. A nortenha virou-se num susto para a rainha quando a escutou gritar novamente, chamando toda atenção daquele andar, pegou-a rapidamente e foram para dentro da torre. Antes de entrar, viu um grupo surgindo da entrada oposta que tinham chegado, mais distante da torre da direita, mas que não mudou nada, pois logo que a viram correram para direção dela e da torre. E junto deles, veio a horda.

A torre era redonda e tinha três andares, com uma escada que levava para o segundo e terceiro rodeando-a por dentro. O terceiro era onde havia as ameias. No primeiro andar havia um tapete no chão coberto de sangue, três cadáveres, uma mesa pequena e duas cadeiras. No segundo andar estava vazio exceto outro tapete no chão e algumas caixas vazias, de tamanho médio, porém havia algumas janelas.
No primeiro andar, Talia encostou numa parede e gritou mais alto ainda, caindo de joelhos e chorando, a dor estava mais insuportável que nunca. O restante ali dentro era Alayne, Droenn, Rina, Tobin, Melisandre, Serena, Aaron, Skyron, Alfer e os quatro soldados. Droenn, Aaron, Skyron e Alfer soltaram um grito em conjunto ao colocarem toda força para segurarem as duas portas fechadas quando os inimigos começaram pular nelas para abri-las.
Estavam encurralados.
A rainha que estava de joelhos no chão parou de gritar quando a dor diminuiu, mas quando sentiu algo mais pegajoso entre suas pernas, colocou os dedos ali e viu sangue, e sabia que as crianças estavam mais próximas que nunca. E, então, a dor veio com mais força e o grito foi tão alto que sua garganta quase acompanhou a dor do útero.

De repente, os inimigos pararam de se jogar nas portas e foram silenciados por um homem.
— Silêncio, seus malditos! — gritou o homem para seus soldados, sua voz era bem grossa e firme. Quando o silêncio se manteve ali fora, o homem coçou a garganta e continuou, dessa vez para quem estava dentro da torre: — Sei que estão ai dentro. Meu nome é Sowyer Algood, um dos comandantes mais respeitados do exército de Jan. Serei direto e sincero, queremos apenas a garota Targaryen e a grávida. O resto saíra com vida, não importa se lorde ou soldado. Evitemos mais derramamento de sangue inocente, por favor.
De dentro, o grupo ouvia alguns murmúrios dali de fora, mas não conseguiam identificar o que eram. E ao ouvirem aquelas palavras, três dos soldados entreolharam-se, nervosos.



Conforme caminhou para fora do castelo, as pessoas se despediram dele e o saudaram, agradecendo por livrá-los do reinado de Kean, o que lhe fazia muito feliz, devolvia todos gestos, apertava a mão dos homens, esfregava o cabelo das crianças e abraçava as mulheres. Então, estava sozinho no exterior do castelo, no puro silêncio.
Rhaego chegou, avisando que iria com ele, algo que o deixou feliz. Em seguida, veio o rapaz amigo do homem.
— Senhor, não me esquece! — berrou o rapaz vindo correndo. — Eu ainda quero segui-lo — disse Cetim respirando com dificuldade, viera correndo desesperadamente.
— Para isso você precisa de um cavalo, Cetim — salientou Rhaego.
O rapaz olhou em volta e realizou que chegara sem nenhum, deu um sorriso sem jeito e pediu que o esperassem, voltando a correr, desta vez de volta para o castelo em busca de um.
E enquanto ele estava procurando um cavalo, um estandarte claramente improvisado foi pendurado no alto da muralha, pinchado de preto e com o simbolo da casa Targaryen desenhado a mão. Para qualquer lorde ou rei aquilo seria uma afronta, o desenho estava torto e um pouco feio, a pintura do preto não estava cobrindo todo estandarte que tinha as bordas brancas da cor original, mas para Daeron aquele gesto dos moradores, aquela conquista, foi a primeira vez que lhe aqueceu o coração e lhe fez se orgulhar.
Sorriu, tirou os olhos do estandarte que balançava levemente no ar muito atrás dele e começou galopar junto da dupla, em direção à sua família e amigos. E ao chegarem num ponto da estrada que tinham inúmeros trajetos para várias direções, encontraram Arthur lá, que fora até onde enterrara sua espada para tirá-la, decidido que havia chegado a hora de trazer o Arthur verdadeiro de volta e afundar a casca, queria honrar a família que foi morta injustamente ajudando Daeron em seus planos e queria ajudar o filho do homem que jurou servir, agora tão crescido e maduro que sabia que seu pai sentiria vergonha de tê-lo tratado como o tratara, e Aegon sorriria como nunca ao ver como seu irmãozinho crescera.
Rhaego olhou para todas rotas por alguns segundos observando que apenas alguns passos e sua vida poderia tomar um rumo completamente novo, mais tranquilo e sem o sofrimento eterno que era aquela guerra. Mas uma vida tranquila não combinava com Rhaego Velaryon. Nunca combinara. Se todos seus amigos estivessem vivos, estariam lutando neste momento, por suas vidas e pela vitória, não havia um deles que não sofrera como ninguém merecia nessa vida, desde o inicio, e não os abandonaria naquele ponto. Não sabia quanto havia mudado dentro de si, o que havia mudado, mas aquilo não realmente importava, viveu os piores dias de sua vida, fez as piores coisas dela, mas ainda estava vivo, disposto a formar um futuro que aquilo não acontecesse mais. E se Daeron estivesse certo, todos aqueles sacrifícios não teriam sido  a toa, trariam bons dias aquelas pessoas e aquele continente.

Então, sem olhar para trás, mas ainda assim com todos objetivos formados pelo que sofreram no passado, os filhos de Aenys Targaryen e Daemon Velaryon cavalgaram em direção ao seus deveres sem medo ou hesitação, orgulhando os dois grandes homens mais do que poderiam imaginar. Mudariam o continente, se conseguissem.


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Skyron sentia a tensão do momento aumentar cada vez que a Baratheon gritava. A voz dela era como uma espada que lhe cortava a barriga. Ao lembrar-se dela, Skyron pediu a um dos guardas o seu cinto emprestado para tentar parar o sangramento, antes que o Greyjoy desmaiasse ou até mesmo morresse por hemorragia. Porém, ele não temia por sua vida. Skyron temia ter deixado toda sua tripulação morrer em vão, todos aqueles que conhecia desde a sua infância, que morreram naquela tragédia. Não poderia morrer sem antes honrar-lhes suas mortes, combatendo o inimigo e vencendo aquela guerra que seus amigos não queriam nem mesmo ter entrado.

No entanto, ao mesmo tempo que queria fazer alguma coisa, não sabia o que fazer. Estavam encurralados, com homens do maldito Jan à porta, querendo a grávida e a Targaryen. Apesar de não saber que ação tomar, impediria que qualquer um ali decidisse fazer o que o homem pede. Não imaginava que algum deles teria coragem de entregar as duas, mas Skyron e Aaron muito menos. Nunca se entregariam para homens do Jan. Os Greyjoys não confiavam em nada que tivesse o Baratheon como fonte.

Skyron observou Alfer por um tempo e pensou em Garrett. Jurou a si mesmo que protegeria o garoto, e continuaria com esse juramento até o fim. O que se sucederia depois dali provavelmente seria mais batalhas e mortes, mas ainda tinha confiança de que tanto ele, quanto Aaron e Alfer poderiam sair dali com vida. Mesmo machucado, Skyron lutaria com todas as forças para proteger o garoto, colocando-o como prioridade. Caso o Greyjoy falhasse, esperaria que o filho de Garrett pudesse honrar os que morreram naquela noite.

Agora, o mais sábio para o loiro de cabelos longos era esperar. Talvez os aliados que estivessem do lado de fora pudessem ajudá-los a sair daquela situação. Senão, a última alternativa que lhes restariam era lutar até o fim.

— Vamos esperar — Skyron disse a Aaron, antes que ele decidisse fazer algo.

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Tudo que Aaron pode fazer ao ouvir as palavras do comandante foi olhar para as pessoas à sua volta e depois encarando o nada, dobrou o nariz e pensou para si mesmo: Merda!

Sem poder controlar seus pensamentos, lembranças de todos aqueles que morreram na batalha do Rochedo vieram à sua cabeça. Muitas vidas já haviam sido perdidas. Sua atenção fora chamada por Skyron lhe dizendo:

- Vamos esperar.

O rei tossiu uma risada e começou a se desescorar da porta, provavelmente chamando a atenção das pessoas presentes. Tentava não demonstrar a dor que sentia dos ferimentos enquanto caminhava lentamente com a mão em posição de saque em sua espada. Mas antes que alguém lhe questionasse alguma coisa, ele disse em tom baixo:

- Irão nos matar de qualquer forma... - sorriu de canto. - Que morremos lutando então.

Era óbvio que seriam mortos na primeira oportunidade após entregarem Serena e Talia, mas se esperassem, talvez tivessem uma chance lutando ou qualquer outro tipo de sorte.

Talia berrava alto, estava prestes a dar a luz. Tudo que o loiro fez foi olhar para Melisandre com uma cara de quem esperasse que ela fizesse algo.


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Assim que adentraram na torre seus joelhos cederam acompanhados do grito que rasgou sua garganta por dentro. Olhou atordoada enquanto os companheiros seguravam a porta da horda que acompanhou-os até o lugar. Quando a dor de seu ventre cessou momentaneamente sentiu algo molhado entre suas pernas e colocou a mão deparando-se com o sangue que dali escorria, sabia mais do que nunca que teria de ser naquela torre e em pouco tempo. Praguejou por não poder controlar aquilo quando as batidas na porta pararam e uma voz falou do outro lado, propondo que eles entregassem Serena e Talia em nome de Jan. Olhou para a porta furiosa com aquela proposta, mas sabendo que agora estava a merce dos outros ali dentro.

Notou que os três soldados que estavam junto a eles hesitaram, enquanto os irmãos Greyjoy afirmaram que não fariam aquele sacrifício. Deu um sorriso doloroso satisfeita com a escolha que tinham feito. Tentava controlar sua respiração para evitar a dor que poderia voltar a qualquer momento. Aaron tinha proposto aos outros que se fossem morrer que morressem lutando, mas aquilo não estava em seus planos para aquele dia, não pretendia morrer como uma senhora enquanto outros homens protegiam-a. Sabia que naquele andar da torre as dezenas de homens do outro lado da porta poderiam entrar a qualquer momento, e encurrala-los enquanto paria. Não deixaria que aquilo acontecesse sem antes dificultar a vida de Jan.

Sua ideia surgiu quando em sua cabeça veio a imagem de Daeron. Fogo e sangue, foram as palavras do homem no inicio daquela guerra, e mesmo que não tivesse um dragão e não pudesse causar um massacre aos homens do outro lado, fogo foi a solução que pensou. Apoiou-se na parede e ergueu se tentando manter a respiração controlada. Serena se aproximou ajudando-a a manter-se de pé. Olhou para os outros na sala e falou em um tom que os inimigos do lado de fora nao ouviriam.

— Podemos atrasa-los de outra forma. —  Falou soltando uma pequena gemida de dor, sentindo uma nova contração aproximando-se, mas colocando toda sua força para manter-se em pé e não gritar novamente. —Formar uma barricada com o que acharmos nessa maldita torre e atear fogo atrasado-os enquanto ficamos salvos da fumaça nas ameias.


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Droenn embainhou a espada, apanhou as duas cadeiras que encontrou naquele recinto e as colocou de forma a barrar a entrada pela porta. Skyron fez o mesmo com a mesa, enquanto o Stark jogava o tapete cruento na mobília, talvez ajudasse no fogaréu iminente.
─ Com o primeiro andar se tornando um perigo com o fogo, resta as ameias para Talia e o segundo para quem desejar lutar, quem sabe pela última vez. Não acho que esse bloqueio há de nos fornecer um atraso suficiente, mas é algo ─ disse, apenas para os companheiros, enquanto esperava algum consenso, aliado ou inimigo. ─ Precisa entregar essas crianças imediatamente, Talia, cada segundo é valioso para você e para elas. Suba com quem for de grande ajuda e com quem não lutará, faça força e esqueça o resto.

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O comandante esperava pacientemente fora da torre, torcendo para que abrissem aquelas portas e os deixassem entrar. Por outro lado, quem estava ali dentro já tinha decidido que não abririam porta alguma. A maioria deles.

— Vamos esperar — disse Skyron para o irmão.

Aaron tossiu uma risada e se distanciou da porta. Alguns dos guardas ali tremiam e suavam frio.

— Irão nos matar de qualquer forma... que morremos lutando então. — Aaron parecia determinado e firme ao dizer aquelas palavras.

Um dos guardas sentiu o coração quase saltar de sua boca, de tão acelerado. O desespero começava a dominá-lo. Seu amigo ao lado estava notando aquilo e não podia se controlar também, estava morrendo de medo.

— Podemos atrasá-los de outra forma — falou Talia de repente, interrompendo os gritos, mas soltando as palavras com dificuldade e em meio de gemidos de dor. — Formar uma barricada com o que acharmos nessa maldita torre e atear fogo atrasando-os enquanto ficamos salvos da fumaça nas ameias.

Dois dos guardas, um deles ainda bem nervoso, ficaram mais seguros com aquilo. Mas os outros dois que tremiam de medo acharam a ideia uma estupidez sem tamanho, para eles daria errado e morreriam de qualquer jeito.

Serena sorriu para Talia.

— Você é mais inteligente parindo do que normalmente — brincou ajudando-a levantar-se e começar a subida para o segundo andar.

— Vá com elas — mandou Skyron.

Alfer estranhamente apenas acenou com a cabeça e as seguiu.

— Precisamos de algo para atiçar o fogo e deixá-lo forte rapidamente. Vocês tem alguma coisa que sirva aqui? — perguntou Alayne à um dos guardas.

Ele, sendo um dos que não estava tão desesperado, acenou que sim com a cabeça.

— No segundo andar, lembro de ter deixado uma cerveja ali pela metade.

Com isso, atrás de Serena e Talia, vieram Alfer, o guarda e Alayne para pegar a garrafa, enquanto Droenn já tinha começado barrar a entrada do lugar. Primeiro colocaram a mesa para tampar a porta, mesmo que pequena, depois veio Droenn carregando cada cadeira numa mão, para ajudar na fortificação. Do andar de cima, descia Tobin carregando uma caixa grandinha e vazia, quase do tamanho de um bau com algumas roupas dentro e Rina com algumas caixas pequenas que os guardas usavam para sentar-se. Faziam aquilo depressa, aproveitando-se do silêncio ali fora e a paciência do comandante. Tudo parecia certo, até:

— Dei o tempo que precisavam para pensar, ou vocês abram isso agora ou teremos que invadir! — gritou Sowyer lá de fora.

Foi aí que os guardas se deixaram ser dominados pelo medo, entrando num frenesi de desespero imparável. O mais forte correu, empurrando Droenn (que carregava o tapete) com tanta força que ao bater em Skyron, os dois foram para o chão. O outro, mais franzino, tentou acompanhar o homem, mas o terceiro guarda o agarrou.

— Me solta, morremos aqui dentro se não abrirmos aquela porta! — berrou o guarda, acertando uma cotovelada no homem que o segurou, gritando alto suficiente para que Sowyer escutasse e desistisse de esperar, sabendo que não havia mais nada a ser feito ou dito para que aquelas portas se abrissem sem violência.

O guarda que já estava na barricada pegou uma das cadeiras e jogou no chão, preparado para tirar todo resto e abrir aquelas portas.




Talia, Serena, Melisandre e Alfer já estão nas escadas para o terceiro andar. Tobin e Rina estão descendo as escadas para o primeiro andar, faltando poucos degraus para chegarem de fato. Alayne e o guarda que falou da cerveja estão vindo logo atrás, ela com a cerveja na mão. Aaron está de pé, enquanto Droenn e Skyron estão caídos, o segundo perdeu o equilíbrio mais pela perna ferida do que por Droenn. O guarda que hesitou, ficou nervoso, mas no final apoiou o plano e tentou impedir que o franzino fosse para porta, recebeu uma cotovelada no nariz e está com as mãos no rosto. O franzino está logo atrás do fortão que já está metendo as mãos na segunda cadeira para jogá-la longe também.

Como já tava anoitecendo, tem uma tocha pra cada andar e várias nas ameias.

Mapa bem merda só pra dar uma ideia: http://prntscr.com/fxalc8


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Após decidirem seguir o plano de Talia, começaram a fazer a movimentação do máximo de objetos encontrados para formar uma barricada na porta. Enquanto Alayne buscara a cerveja no andar de cima, Aaron presenciou o soldado mais forte tentar desfazer a parede de objetos por medo de perder a vida. O franzino, também amedrontado, estava prestes a ajudar.

Sem contar de imediato com a ajuda de Skyron e Droenn, ambos caídos, o rei parte para cima do soldado menor e o ataca com um forte murro na cara, impedindo-o que avançasse.

— Se afaste da merda da porta! — berrou, já desembainhando a espada, para o soldado maior.

Atacou com força na perna na tentativa de colocar o mesmo de joelhos, e assim que o feito, chutaria-o contra o chão. Tendo assim, conseguido impedir os dois de estragar os planos e dado tempo de Alayne retornar e Skyron e Droenn se levantar.


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O soco do Greyjoy acertou em cheio o maxilar do franzino, fazendo-o cambalear para o lado e cair de joelhos no chão, atordoado. O rei virou-se imediatamente para o fortão que já estava com as mãos na segunda cadeira e o atacou.

Pelo elemento surpresa, o guarda nem olhou pra trás, só mostrou alguma reação quando berrou alto, de dor, ao sentir a espada de Aaron cortando suas pernas. O rei por atacar forte, acabou por decepar uma das pernas do homem e penetrar profundamente na seguinte, levando o guarda para o chão, aos gritos.

No mesmo instante, os soldados lá de fora pularam na porta novamente, abrindo-a um pouco. Droenn e Skyron que já tinham se levantado, pularam na mesa e a empurraram para frente para que fechasse a porta novamente e ficaram a segurando, enquanto Tobin e Rina jogaram as coisas que trouxeram na barricada, pegaram o tapete e as cadeiras e botaram ali também. As porradas continuavam e a dupla as segurava com todo esforço que podiam.

— Pirata filho da puta do caralho! — gritou o soldado franzino, ao ver que Skyron e Droenn seguravam a porta enquanto sob seus pés o guarda fortão, seu amigo, ainda gritava e chorava, e aquele maldito loiro pouco importava-se.

Vestia-se de couro fervido, uma armadura leve, que deixava seu corpo mais robusto que aparentava, mesmo magro. Os cabelos castanho claro, cobertos de suor, eram um contraste com os olhos escuros. E em seu rosto havia apenas raiva, ódio. Sacou sua espada e avançou contra o Greyjoy, gritando como uma besta.

Você precisa tirar 19 para desviar do ataque dele.

http://prntscr.com/fxtj6n + 2


Ao contrário do que Aaron esperava, o guarda avançou nele com vários golpes, bem fortes e rápidos, de várias direções, mostrando uma boa habilidade com a espada que estava em mãos. Num dos golpes, o guarda conseguiu acertar um golpe no braço direito de Aaron, cortando profundamente a lateral do braço, perto do cotovelo, criando um grande sangramento, o que fez com que o rei gritasse de dor e soltasse a espada, atordoado. (Vai ter penalidade nos dados a partir de agora.)

O soldado que tinha recebido uma cotovelada no nariz, simplesmente atravessou a espada pelas costas do homem franzino, matando-o.

Enquanto isso, as portas já estavam prestes a serem abertas, Skyron e Droenn sabiam que não aguentariam mais que alguns instantes. Ficava mais notável que aquela barricada seria derrubada e os soldados adentrariam ao verem as caixas de Rina e uma das cadeiras caírem no chão, devido as porradas na porta.

Alayne, aquela altura, já tinha descido as escadas.




Quando chegaram no terceiro andar, Talia jogou-se contra as ameias, respirando com dificuldade, quase chorando, mas determinada a ver o que acontecia no campo de batalha, o destino de seu exército. Mas teve apenas uma visão confusa de uma batalha em seus últimos minutos, antes de cair no chão e virar-se, apoiada na base das pequenas paredes de pedra que cercavam as laterais da torre.

De repente, uma onde de choque alastrou-se pelo seu corpo e todo instinto que tinha dentro de si, pedia para que empurrasse. E Talia soube que o parto começaria ali, naquele momento.

— Você tá parindo? — perguntou Serena em voz baixa, ao escutar o primeiro grito de Talia. — Caralho, você tá parindo. Ela tá parindo. O que a gente faz?

— Por que você tá olhando pra mim? — questionou Alfer, distanciando-se da garota. — Eu tenho cara de parteira por acaso?

— Você tem cara de babaca — retrucou Serena. — O que a gente faz agora?

— Vocês calam a porra da boca e me deixam parir em paz! — berrou Talia.

Melisandre se posicionou em frente à Talia, empurrando Serena pro lado que pegou a mão de Talia e arrependeu-se, pois a mulher a esmagou em seguida.

— Empurra, Talia, empurra! — mandou Melisandre. — Agora respira, calma. Agora, empurra de novo.


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O esforço de Skyron e Droenn havia durado mais do que o previsto. Alayne apressadamente derramava o líquido na barricada, tentando contribuir de alguma forma a ajudá-los a resistir quando o controle lhes escapava, notando, novamente, não ser suficiente. Espalhou o líquido ao redor deles e para mais além da barricada, conforme dava passos para trás.
— Vão, subam! — Gritou, ao mesmo tempo em que tateou a parede, chegando até o grande candelabro que apoiava a tocha. Respirou fundo, dando as costas para aqueles que subiam e esperando que Droenn e Skyron os acompanhassem. Estavam pouca coisa atrás no momento em que a loira jogou a tochas no meio da barricada, que instantaneamente incendiou-se. Sentiu o calor repentino das chamas que envolveram o ar, tão rapidamente quanto a própria, que disparou escada acima, sem olhar para trás.


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A porta finalmente se abriu ao receber mais uma porrada dos soldados jogando-se nela, criando uma brecha que dava visão para eles de Alayne arremessando a tocha na barricada e incendiando-a, lançando pequenas chamas em seus rostos. O primeiro andar pegava fogo quando os ocupantes da torre chegaram ao seu segundo andar. E enquanto as chamas cresciam e continuavam vivas, os gritos de desespero e dor do homem de pernas decepadas, pegando fogo, serviam como companhia dos gritos de Talia.

Aaron encostou-se em uma parede, vendo o sangue escorrendo do corte, sentindo-se mais fraco aos poucos. Sua espada estava na bainha, pegou-a rapidamente enquanto Alayne jogava o líquido na mesa e nas cadeiras. Skyron estava próximo dele, viera mancando pela escada, fazendo muito esforço para acompanhar todo resto e se salvar das chamas, o que lhe causara a dor grande que sentia agora.

Droenn mandou Rina subir para o terceiro andar e como havia dito antes, quem fosse lutar continuaria naquele andar, quem não fosse, iria para o de cima, fazer companhia a rainha.

— Qual o nome de vocês? — perguntou Droenn aos soldados.

— Grenn, senhor — respondeu o que recebera a cotovelada no nariz.

— Korb — respondeu o que dera a cerveja para Alayne.

— Grenn, Korb, eu tenho um conselho a vocês. Se pretendem lutar até morrer, continuem nesse andar. Se temem por suas vidas, subam para as ameias e façam companhia à rainha, e se acreditam em algum deus, rezem para que ganhemos. — Droenn aproximou-se da janela, observando os soldados voltando com algumas escadas que os construtores usavam, improvisando um jeito de entrar naquela torre.

Grenn engoliu em seco, mas continuou ali. Korb não estava tão nervoso assim e nem tão esperançoso que sairiam dali vivos, então se fosse para morrer que fosse lutando e não ao lado de uma mulher parindo.

O Stark sacou sua espada e virou-se para o restante.

— Se alguém não está capacitado de lutar, suba. Vai começar agora.

E era verdade, tinha começado. A escada caiu sobre a torre, um pouco abaixo da janela de onde Droenn olhara e os soldados já começavam subir.




A garganta de Talia já doía tanto quanto sua boceta e não era o tipo de dor que ela apreciava. Seus olhos estavam tão cerrados que era como se estivesse cega, pois não conseguia abri-los também tamanha dor.

— Estou vendo a cabeça dele — falou Melisandre. A sacerdotisa estava meio sem jeito fazendo aquilo, mas era a única coisa que podia fazer e com Daeron vivo, preferiria o homem em sã consciência e não enlouquecido. Fora que, mesmo não admitindo muito, tinha criado um gosto quanto a Talia.




No terceiro andar estão Talia, Serena, Melisandre, Rina e Alfer. No segundo andar estão Grenn, Korb, Skyron, Aaron, Droenn, Alayne e Tobin. Quem quiser subir, pode.


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Alayne pôde ouvir o impacto da escada atingindo o muro que os separava dos inimigos. Não possuíam tempo, e muito menos homens que pudessem lutar.
Correu até a janela, colocando seu tronco para fora e segurando os dois lados da escada, empurrando-a para trás antes que pudessem atingir o topo.


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Alguns soldados já subiam a escada quando Alayne colocou as mãos e empurrou pra trás, derrubando-os em cima de quem estava ali embaixo com escada e tudo. O comandante suspirou e deu ordens, então a escada foi posta de volta a onde estava e os soldados voltaram a subi-la, a Karstark se preparou para repetir o processo, mas besteiros lançaram flechas contra a janela e ela escapou por pouco. Estavam de cobertura pros soldados subirem.


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As flechas passaram perigosamente perto do corpo de Alayne, que protegeu-se na parede antes que pudessem atingi-la. Tentar puxar a escada ou derrubar ela e os homens que tentavam subir já não era mais uma opção. Esgueiravam-se o mais longe possível da janela, pensando em maneiras de evitar o combate direto que logo realizaram ser a única opção.
— Escutem, não há nada que possamos fazer agora além de esperarmos que cheguem ao topo. Tentaremos matá-los antes que entrem aqui. — A loira referiu a si mesma e Tobin, que encostados, esperavam ao lado direito da janela, e a Skyron e Grenn, que esperavam do lado oposto. — Se passarem por nós, não os deixem subir. — Direcionou-se para Droenn, Korb e Aaron. Teria sugestionado ao pirata que subisse, se não fosse claro que prefiria lutar mesmo ferido do que acompanhar o parto da Rainha. Estavam virados em direção a janela, mas ao fundo do pequeno andar, para que não fossem atingidos pelas flechas. Todos possuíam suas armas em mãos, e mantinham o silêncio exceto por suas respirações ofegantes e os passos que escutavam na escada, cada vez mais próximos.


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Todos se posicionaram em seus devidos lugares e esperaram os inimigos. O primeiro que apareceu teve o rosto penetrado por Solar, caindo sobre o que vinha logo atrás, derrubando ambos lá embaixo e quase levando os demais. Mais subiram, o segundo foi pela espada de Skyron, o terceiro por Alayne e iam trocando e derrubando os inimigos. Até que demorou um pouco para que o próximo viesse, mas quando finalmente apareceu, foi morto como os outros e então mais um apareceu. Este não carregava uma espada e sim uma besta. Quando Skyron virou-se para acertá-lo, ambos homens surpreenderam-se e moveram-se para acertar o outro.

Você precisa tirar 10 para não tomar uma flechada.

http://prntscr.com/fyoc7k + 1


A flecha acertou em cheio o ombro de Skyron, atravessando-o. Alayne e os demais olharam para o homem com um misto de surpresa e choque, e nisso o soldado jogou-se ali dentro, tirando uma adaga e tentando acertar alguém, mas sendo morto rapidamente por Alayne. Porém, naquele meio tempo, aproveitando-se da distração, um outro soldado já tinha pulado para dentro e outro vinha logo atrás. Quando perceberam, alguns dos soldados já tinham invadido a torre e mais subiam pelas escadas.

Mapinha: http://prntscr.com/fyoffy




Só teve coragem de abrir os olhos e força de resfolegar, trazendo todo fôlego perdido pelos gritos, ao escutar o choro de um bebê. Por poucos segundos, os olhos da criança abriram-se, encontrando os de Talia e a mulher sentiu um calor em seu coração que nunca pensou que teria na vida. Tivera o calor da batalha que amava, o calor de ter uma família, o calor de estar na cama com um homem, o calor de ser amada e amar, mas nunca tinha sentido nada tão único e reconfortante quanto aquele momento. Mas durou pouco, pois sentiu a vontade de empurrar novamente e soltou outro grito, era o segundo bebê, o que a ama disse que poderia ter, mas que não tinha acreditado totalmente.

— Eu não consigo, não consigo fazer isso de novo — disse Talia, desesperada, morrendo de medo de ter que passar por aquilo de novo.

— Vai ser mais fácil agora, vai ser rápido, Talia. — Serena tentou consolá-la, mas não parecia ter funcionado.

Talia era uma mulher forte, poucas vezes chorara, mas naquele momento estava completamente desprotegida e assustada, desesperada como nunca antes. Algumas lágrimas escorreram por seu rosto e tentou lutar contra a vontade de empurrar, mas Serena pegou seu rosto com as duas mãos e virou-lhe para ela.

— Olha pra mim, Talia. Olha pra mim. — Deu um sorriso doce quando a mulher olhou para ela. — Eu não entendo nada dessas coisas e provavelmente você também não, sei como você deve estar assustada, eu estou. Estamos numa maldita guerra e você está parindo. Então eu quero que você feche seus olhos e imagine que está num campo de batalha, que está muito ferida, a dor é horrível, mas você precisa continuar, você precisa vencer. Você nunca deixou de lutar, Talia. Você está lutando agora. Então honre a si mesmo e não perca essa luta.

— Eu preciso ir — falou Alfer, levantando-se. Serena acenou com a cabeça, deixando-o ir e o rapaz desceu correndo pelas escadas, após ouvir a canção de espadas que estava habituado.


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Aaron segurava o mais firme que conseguia sua espada. Tentara ignorar a dor que sentia em seu peito e em seu braço, não podia deixar o incômodo o atrapalhar em batalha. Uma gosta de suor escorria ao lado de seus olhos azuis que encarava fixamente a janela, alternando para as escadas. Até que enfim os inimigos chegaram.

Alayne eliminou os primeiros, mas logo a sala já se estava se enchendo de soldados. Um tomou a frente de Aaron, e então o loiro o atacara com o máximo de força que lhe restava, trocando alguna golpes e conseguindo desarmá-lo, tendo apenas que finalizar o homem.


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Assim que aceitaram seu plano e começaram a montar a barricada no primeiro andar, subiu as escadas alcançando as ameias com demasiada dificuldade. No topo da torre, tentou olhar pela amurada buscando o resultado de seu plano e esperando não encontrar em sua visão todos os seus soldados mortos, porém, sem conseguir ter um vislumbre das circunstâncias cedeu a dor sentando-se de costas ao muro.

Seu sentimento de impotência aumentava perante sua lastimável dor. Sentia-se como se suas entranhas estivessem queimando por dentro e acima de tudo tinha total consciência de que não havia possibilidade de adiar mais aquela batalha que travava dentro de si. Abriu suas pernas e preparou-se para a vinda da criança mandando que Serena e o rapaz pirata se calassem e parassem de atrapalhar sua concentração. Melisandre postou-se em sua frente ajudando-a naquilo enquanto Serena segurava sua mão. Naquele momento não buscava mais controlar seus gritos ou impulsos, e mesmo se tentasse seria incapaz, a dor alastrava-se por todo o seu corpo. Cerrou seus olhos e em sua mente buscou formas de manter suas forças mas ao mesmo tempo que queria desistir daquilo seu corpo continuava lutando para expulsar o pequeno ser de seu ventre.

Naquele momento mais que em todos os de sua gravidez questionava-se porque decidiu ter a criança e todo aquele sofrimento. No entanto, todas as suas dúvidas esvaíram-se quando o pequeno saiu e em prantos fez com que ela abrisse os olhos e soltasse o ar preso em seus pulmões. Mesmo que momentaneamente o bebê olhou para a mulher trazendo a ela algo que nunca havia sentido antes. Era como se algo dentro de si que nunca havia se acendido entrasse em chamas, diferente de tudo já sentira. Sentiu de sua boca trêmula surgir um sorriso espontâneo que logo foi reprimido por um grito de dor.

Sentiu as contrações voltarem gerando um estado de pavor em si. Internamente as coisas voltaram a ser como antes e seu corpo voltou a lutar para empurrar a outra criança. Não acreditando totalmente no que as aias haviam dito, ao ver seu primogênito esqueceu-se que talvez não havia acabado. Estava totalmente exausta de corpo e mente e ter de passar por tudo de novo gerou terror na Rainha.

— Eu não consigo, não consigo fazer isso de novo — disse Talia em desespero sentido lágrimas escorrendo de seus olhos.

Serena tentou encoraja-la mas ao ver que pouco efeito surtia, segurou o rosto da mulher com suas mãos olhando-a nos olhos. Ouviu as palavras da garota com as lágrimas e o suor escorrendo em seu rosto enquanto seu corpo gritava para que continuasse uma luta que considerava-se incapaz de vencer. Fechou os olhos como a Targaryen pediu, ainda assustada segurava uma das mãos que ela colocara em seu rosto. Tentou afastar-se do desespero e concentrar - se, assim, buscou algo diferente do que a dor e o medo em sua mente que podia fazê-la lutar.

Diferente da luta que Serena pediu para que ela pensasse, acompanhado do tintilar de espadas do andar de baixo e dos gritos que era incapaz de evitar, viu soldados ao chão e todo o sangue amigo que tinha sido responsável por derramar, viu promessas vazias, traição e o ódio a que se submetera. Sentiu as lágrimas continuando a escorrer enquanto perguntava-se se era certo continuar aquilo e dar a seus filhos aquele mundo. Porém, ao sentir a mão de Serena limpando as lágrimas que escorriam em seus olhos lembrou-se de tudo que já amara e de tudo que já tinha amado a ela. Pensou no sorriso deslumbrante de seu pai, a vida q tinha em ponta tempestade, os amigos que havia feito quando tornara-se mercenária e os novos que fizera quando tornou-se rainha. Pensou na Garota ao seu lado e em Daeron Targaryen, e por fim, teve em sua mente os olhos inocentes do seu pequeno príncipe. Apesar da exaustão que carregava, quando seu próximo grito de dor veio junto à contração, sua mente e seu corpo aliaram-se em empurra-lo para fora.


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O pequeno espaço parecia ter dobrado o seu tamanho, dificultando os que tinham como tarefa proteger o local, e principalmente, a Rainha. Ouviam-se os gritos dolorosos muito além do que naquela pequena torre, Alayne teve certeza, assim como sabia que a dor de Talia não vinha só do parto. Seus filhos estavam nascendo durante uma guerra, em meio á batalha, e isso faria com que seu recém-chegado instinto materno fosse ao seu ápice. Preocupar-se com si mesma seria a menor de suas prioridades, enquanto colocaria suas pequenas crianças em primeiro lugar. As circunstâncias em que nasceram fugiam de qualquer expectativa que tivesse tido através de histórias, apesar de Alayne saber que Talia não era uma mulher que pudesse ser iludida por contos de gerações. Estava se tornando mãe em uma torre, atingida pela mais árdua realidade enquanto os andares debaixo se resumiam a fogo e sangue, e sua mente, provavelmente, a angústia de saber que suas crianças mal haviam sido suas e poderiam já não ser mais.
Em meio ao caos que alastrava-se, de uma coisa sabia — protegeria a mulher e as suas crias.

Matar os soldados que entravam parecia curiosamente não ter tido efeito, já que para dois que eram mortos, mais entravam pela janela.
Skyron havia sido atingido, e cercavam diversos inimigos. A Karstark avançou ferozmente no que estava em sua frente, trocando poucos golpes antes de enfiar a espada de Solar em seu abdômen. Não retirou a lâmina de dentro de suas entranhas, apenas empurrou-o para trás, fazendo com que encostasse no inimigo que estava em suas costas. Chutou o corpo do homem, fazendo com que o impulso unisse mais ainda os dois, e atacou novamente, dessa vez introduzindo a espada dentro de ambos.


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A flecha atingiu em cheio o ombro do Greyjoy. O loiro já sabia que sua altura lhe dava a desvantagem de ser um alvo fácil e não tão ágil. No entanto, no calor da batalha, aquilo não tinha lhe afetado de verdade. Já sentia uma imensa dor na perna e continuava andando. Aquela pequena flecha não significava nada.

Skyron, logo após o ataque recebido, removeu a flecha sem demonstrar dor, apesar de senti-la. Jogou-a no chão como se tivesse sido apenas uma farpa e segurou firmemente sua espada para retornar imediatamente à batalha.

Avançou rapidamente no primeiro inimigo ao seu alcance, em um corte diagonal de baixo para cima, derrubando-o, vivo ou morto.

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Chris escreveu:
Alayne eliminou os primeiros, mas logo a sala já se estava se enchendo de soldados. Um tomou a frente de Aaron, e então o loiro o atacara com o máximo de força que lhe restava, trocando alguns golpes e conseguindo desarmá-lo, tendo apenas que finalizar o homem.


Você precisa tirar 2 para concluir essa ação.

http://prntscr.com/fzbzpn + 3


Aaron estava coberto de cortes, sangrava muito, começava a ficar pálido e por isso já estava exausto, mas não desistiu de lutar em momento algum e não abaixou a espada. Quando o inimigo tentou matá-lo, entrou numa fúria que poucas vezes teve na vida, deixando-o num êxtase como se pulasse num mar de adrenalina e fosse coberto por ela por todos cantos. A troca de golpes não durou mais que algumas tentativas muito falhas do inimigo de matá-lo. Quando rebateu, foi com muita força e habilidade, pouco importando-se com a dor no braço ou qualquer outra coisa, era como se tudo isso tivesse ido embora. Foram dois segundos para decepar o braço do rapaz, embaixo do cotovelo, deixando o membro e a espada caírem no chão, outros dois segundos pra gingar a espada e decepar a cabeça do rapaz, lançando um jato de sangue pelo ar e uma cabeça que bateu contra parede e rolou no chão, voltando para os pés de Aaron que pisou em cima dela e esperou pacientemente o próximo inimigo.


Mary escreveu:
Skyron havia sido atingido, e cercavam diversos inimigos. A Karstark avançou ferozmente no que estava em sua frente, trocando poucos golpes antes de enfiar a espada de Solar em seu abdômen. Não retirou a lâmina de dentro de suas entranhas, apenas empurrou-o para trás, fazendo com que encostasse no inimigo que estava em suas costas. Chutou o corpo do homem, fazendo com que o impulso unisse mais ainda os dois, e atacou novamente, dessa vez introduzindo a espada dentro de ambos.


Você precisa tirar 19 para derrotar o primeiro inimigo.

http://prntscr.com/fzc57l + 4


Como de costume, fora fácil para Alayne derrotar o inimigo, atravessou a espada em seu abdômen e deixou o homem cuspir sangue. Enquanto isso, os olhos da mulher não se distraíram, olharam para Skyron que tinha partido a flecha em migalhas e pouco importando-se para a ferida no ombro, como se fosse nada, tinha avançado no inimigo seguinte que ela pretendia matar. Então, seus olhos azuis desesperados para ver mais carnificina, mais sangue, encontrou seu próximo alvo. Um homem de barba grossa, com um elmo aberto, acabando de subir pela janela enquanto outro vinha logo atrás. Aquele tinha o desenho dos Arryn no peito, ao contrário do que ainda estava tossindo sangue com Solar entre suas entranhas, que carregava o leão.

Usou toda sua força para empurrar o homem perdendo a consciência em direção ao inimigo ainda vivo e sem feridas. Perto o bastante, tirou a espada do inimigo derrotado e chutou-lhe em direção ao barbudo que mal teve reação, se não ser atingido pelo cadáver que cairia no chão se Solar não entrasse imediatamente nele, mais uma vez, não só atravessando-o, mas como o barbudo também. Alayne fez mais força ainda para empurrar os dois contra a janela, derrubando outro inimigo, que tinha acabado de subir na janela, lá embaixo. Retirou a espada de ambos e deixou o cadáver do primeiro oponente cair no chão, enquanto o segundo que ainda estava nos seus últimos suspiros, chocado, olhou-a no rosto, com a boca cheia de sangue, com pavor, e como resposta recebeu um chute no peito que o derrubou da janela, levando dois homens que subiam as escadas com ele.


Josh escreveu:
A flecha atingiu em cheio o ombro do Greyjoy. O loiro já sabia que sua altura lhe dava a desvantagem de ser um alvo fácil e não tão ágil. No entanto, no calor da batalha, aquilo não tinha lhe afetado de verdade. Já sentia uma imensa dor na perna e continuava andando. Aquela pequena flecha não significava nada.

Skyron, logo após o ataque recebido, removeu a flecha sem demonstrar dor, apesar de senti-la. Jogou-a no chão como se tivesse sido apenas uma farpa e segurou firmemente sua espada para retornar imediatamente à batalha.

Avançou rapidamente no primeiro inimigo ao seu alcance, em um corte diagonal de baixo para cima, derrubando-o, vivo ou morto.


Você precisa tirar 15 para concluir essa ação.

http://prntscr.com/fzcf1m + 4


Não era o maior homem visto por ele, vira Gregor e Skjor Clegane muitos anos antes, mas ainda assim era muito grande. Mas o dever do soldado que seguia o leão era exterminar todos seus inimigos, então reuniu toda coragem que tinha dentro de si e avançou contra o homem, pensando que aproveitaria-se do ombro atravessado por uma flecha. Mas enganou-se profundamente, ao vê-lo partindo a flecha e arrancando-a do ombro como se estivesse tirando um espinho do pé amedrontou-lhe tanto que mesmo mantendo a coragem, já sabia seu destino. E estava certo, ao temer que morreria. Seu corpo acertou o chão num baque de entranhas e muito sangue, ao se dividido em dois por um golpe diagonal de baixo para cima.

Skyron esperou que Alayne chutasse seu inimigo derrotado lá embaixo e avançou contra janela, após pegar os dois pedaços do cadáver do seu próprio inimigo derrotado. Todos ali dentro o olharam com surpresa e confusão, perguntando-se o que pretendia. Ignorou-lhes, jogando os dois pedaços nos soldados lá embaixo e nesse minúsculo tempo aproveitando da distração dos besteiros, desviando das tripas caindo, para pegar a escada e puxá-lá para cima. Precisou usar toda sua força para isso, pois já tinha um inimigo subindo-a. Os besteiros atiraram contra Skyron.

Você precisa tirar 3 para escapar dessa vivo.

http://prntscr.com/fzclyl + 1


Foram lançadas três flechas contra ele. Uma acertou a parede ao seu lado, a segunda cortou-lhe o braço esquerdo e a terceira adentrou de raspão o braço direito, arrancando um pedaço de carne e pele. Tudo isso doeu bastante, mas o Greyjoy ignorou a dor e virou a escada de lado, e pelo peso do homem, ela virou completamente, fazendo com que ficasse pendurado e soltasse, deixando a escada sem ninguém. Então, ele a puxou para cima completamente antes que mais flechas viessem em sua direção, trazendo-a para dentro.

Quando jogou a escada no chão e olhou para os outros, os encontrou em silêncio, encarando-o surpresos. Alfer que já estava ali, observou-lhe com os outros com, finalmente, admiração.




Coincidência e sorte explicavam muitas situações e acontecimentos, as vezes eram as únicas explicações, mas mesmo assim haviam pessoas que não acreditavam nestas coisas, outras, por outro lado, acreditavam. Num camponês, pouca diferença fazia. Num comandante, era de grande importância, acreditar que estava com sorte poderia fazê-lo superestimar seus planos ou fazê-los dar certo. Mas um cético teria que se esforçar para explicar o fim daquela noite, daquela batalha.

O último grito de Talia veio acompanhado do choro de sua segunda criança que saíra dela já aos prantos, enquanto uma trombeta que anunciava o vencedor tocava forte no campo de batalha e o rugido de um dragão surgia dos céus, sobrevoando os inimigos aos pés da torre, lançando um jato de chamas que os engoliam como putas carentes por moedas de ouro. Inimigos em chamas caiam das ameias e sumiam nas fossas sem fim de Portões da Lua.

O castelo não demorou para ser invadido pelo exército de Talia que limpou andar por andar, quarto por quarto, até matar todos inimigos. Mas aquela vitória não chegou aos ouvidos de Talia, em seu último grito, tinha usado toda sua força que restava e sua consciência tinha ido junto. Serena apenas colocou sua cabeça no colo e esperou que fossem salvos.

Quando puderam sair da torre, todos foram ajudados por soldados, levados dali para serem cuidados. Mas alguns ignoraram aquela ajuda naquele momento. Desceram pelo castelo, pretendiam ver quem tinha sobrevivido no salão de jantar. Acabando de descer no segundo andar, depararam-se com uma fila de cadáveres espalhados pelo corredor. Alayne focou em um, coberto por outros três cadáveres de inimigos, Hugar tinha morrido de machados em mão, pelo que via. Aproximou-se dele, abaixou-se para fechar seus olhos e pulou para longe num grito, quando o homem berrou para ela, assustando-a. Hugar gargalhou um pouco até tossir e engasgar-se com o próprio sangue, mas sem tirar o sorriso do rosto.

Ao chegarem no salão de jantar, depararam-se com milhões cadáveres. Nortenhos, sulistas, piratas. Todos mortos. Droenn, Tobin, Alayne e Hugar apoiando-se nela olharam para aquilo com extrema tristeza, aquela guerra seria a vingança de uma geração, mas a deles de qualquer maneira tinham sido mortos do mesmo jeito. Skyron e Aaron viram suas tripulações, com facas e garfos em mãos, com alguns soldados caídos mortos aos seus lados, tinham lutado até o fim, como os dois irmãos sabiam que fariam.

Todos estavam mortos naquele salão, menos Lucan, seu irmão e alguns lordes do Vale.


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#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 26 MUqHPl3

Já nevava levemente no Vale. As copas das árvores eram brancas agora e o solo era coberto de um fino tapete de neve. O frio era facilmente contornado com um bom agasalhamento, mas em Portões da Lua era apenas necessário em seus corredores com janelas, nos quartos e salas o calor geralmente era um hospede fixo. Mas ela não ligava para o frio, deixava que os sopros batessem contra seu rosto e seu corpo, mas dia após dia, ficava na entrada do castelo, olhando para o outro lado da ponte, esperando ver seu irmão atravessando-a, mas dia após dia, não o via ali nunca. Estava começando duvidar da veracidade das informações dadas por Droenn.

Serena suspirou e virou-se para trás, deixando os guardas fecharem as portas. Tinha coisas mais importantes para fazer. Talia ainda estava de repouso em sua cama, mas uma reunião era urgente e como não podia ir até eles, a mulher convocou os membros da reunião em seu quarto. E por mais que odiasse reuniões, poucos responsáveis tinham sobrado para aquilo, no fim Serena tinha coletado informações suficientes para preocupar a rainha.

Uma semana antes, aquele lugar estava em batalha. Agora, tudo que restara era um clima sombrio e triste sob o peso de milhares de mortos. Queimaram todos mortos a pedido de Talia, mas com eles nada sucumbiu e a tristeza, a culpa, permaneceu com alguns. Muitos lordes, soldados, cavaleiros, servos e inocentes tinham morrido naquela noite. Mas apesar de todas coisas ruins, havia um lado bom. A notícia da vitória espalhara-se rapidamente pelos Sete Reinos, resumindo-se em palavras como "o dragão ainda está vivo", "a viúva bastarda queima seus inimigos como seu marido dragão fazia", uma música chamada de "A Vingança da Viúva" estava bem famosa pelas tavernas. Tudo isso era bom para os Targaryen, mas para Jan era horrível. Tiveram inúmeras perdas no caminho, mas tinham ganhado o Norte, as Gemêas, Correrio, a aliança do Vale, de Dorne, dos Greyjoy, Rochedo Casterly e agora tinham ganhado de Jan pela quarta vez. As pessoas não viam como estavam arruinados, por isso já os consideravam vencedores.

Entrou no quarto de Talia e deparou-se com o "Conselho". O Conselho que era formado por ninguém menos que Droenn, Alayne, Tobin, Aaron, Skyron, ela mesmo e Talia, que na verdade era só a sobra dos que tinham sobrevivido e tinham noção de liderança.

— Ótimo, agora que todos estão aqui, podemos começar — falou Talia, sentada na cama.

Serena se posicionou ao seu lado, em silêncio.

— Como vocês sabem, Lucan, seu irmão e seus lordes estão presos em celas — falou Talia, claramente com desgosto. — O motivo de ainda não estarem mortos, é porque descobrimos que todos filhos e esposas dos lordes que vieram até aqui no banquete, eram rapazes e mulheres com os bolsos cheios de ouro para atuarem com seus respectivos papeis. Até alguns lordes eram de mentira. E todos lordes que estavam no salão, os verdadeiros, não tem nenhum filho ou refém que possamos usar agora. A pior parte é que descobrimos que o Vale ainda possui de oito a dez mil homens disponíveis para batalha.

Talia olhou para todos membros ali dentro, não precisou dizer mais nada. Tinham a seguinte escolha em mãos: matar Lucan, seu irmão e todos lordes perdendo no processo o Vale e seus 10 mil homens ou fazerem algum tipo de acordo. Poderiam tentar obrigar as casas a segui-los, mas tentar invadir castelos no inverno era um método bem rápido de matarem seus soldados.




O exército nortenho ainda tem uns 8000 a 10000 homens, sim a mesma coisa do Vale, já dos Greyjoy uns 5000 e da Companhia Dourada tem 1000 e um pouquinho. Nem todo exército Nortenho está ali no Ninho. Também tem Dorne, que deve ter a mesma margem do Norte e Vale, talvez um pouco mais.

Já Jan, ainda possuí muito mais homens que vocês, em grande parte disso pela casa Tyrell.

Talia[Babi]
Vestimenta: Roupas bem quentes.

Você ainda está de repouso. Acordou na tarde seguinte da noite da batalha, ainda bem exausta, mas exigiu desesperada para ver seus filhos e os trouxeram. Como não tinham nome ainda, Serena chamava o mais velho de Lordezinho por ter olhos lindos, um azul quase púrpura, e o mais novo de Futuro Mercenário pois tinha olhos de cores diferentes, um era um azul mais claro que o do irmão e outro era um púrpura muito forte, tinha nomeado-o assim porque na visão da garota ele amedrontaria os homens com uma enorme cicatriz e olhos de cores diferentes, enquanto o mais velho seria um lorde muito lindo e cheio de garotas. Serena tinha criado toda uma história para eles, o mais velho que seria um rei bonito, bondoso e melhor que Daeron, enquanto o mais novo seria cruel, assustador e inconformado por não ser rei.


Droenn[Prime]
Vestimenta: Roupas bem quentes.

Você não ficou muito tempo de repouso, seu nariz tinha sido consertado, mas ainda estava muito dolorido, já o corte em seu peito estava enfaixado não incomodando muito por ter sido uma ferida bem leve.

Enviara uma carta para o Norte, para sua irmã, ver como estava, até mesmo queria saber sobre seu irmão, rezava para as tempestades de neve estarem menores e o corvo conseguir chegar em Winterfell o mais rápido possível.


Alayne[Mary]
Vestimenta: Roupas bem quentes.

Seu braço estava enfaixado e não precisou ficar nenhum dia de repouso. Hugar por outro lado, mesmo insistindo em querer sair da cama, precisou ficar nela pela semana inteira e por mais tempo pelo que o meistre dizia.

Enviara uma carta a seus filhos em Winterfell antes do banquete, mas não tinha sido retornada mais uma vez.


Aaron[Chris]
Vestimenta: Roupas bem quentes.

Precisou ficar em seu quarto, se recuperando, por alguns dias, mas pôde sair tranquilamente, desde que não usasse demais o braço ferido.


Skyron[Josh]
Vestimenta: Roupas bem quentes.

Skyron teve que ficar de cama pela semana inteira, o corte na perna tinha sido feio e o ombro, apesar de tudo, era uma ferida séria também. Mas nos últimos dias já começava andar mais pelo castelo, mancando e se apoiando.


#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 26 NDl7aam

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Após dar a luz ao seu segundo filho desmaiou devido à exaustão, só voltando a consciência no dia seguinte. Assim que acordou deparou-se em seus aposentos com Serena ao seu lado, que sem tardar explicou o ocorrido notando a preocupação de Talia. Ouviu infeliz às circunstancias contada pela amiga. Apesar da destruição que o dragão havia causado aos inimigos e a vitória de seus soldados ao reconquistar o castelo, não se sentia a vencedora afinal. Milhares dos seus soldados haviam morrido e junto a eles, dezenas de nobres cederam à armadilha do Arryn. No entanto escondeu aquela tristeza dela e deu um pequeno sorriso.

— Obrigada, Serena — Falou exausta, apertando a mão da garota e esperando que ela entendesse que a rainha não se referia só ao relatório. — Agora, por favor, faça com que me tragam meus filhos — Suplicou recebendo um aceno de cabeça da Targaryen que retirou-se do quarto.

Sentou-se com desconforto enquanto esperava, sentindo uma dor lancinante percorrer seu corpo enquanto seu peito parecia ter o dobro do peso. Alguns minutos depois, Serena entrou no quarto junto a uma aia, carregando as crianças enroladas em tecidos que as aquecia. A que repousava no braço da mulher estava aos prantos, enquanto a que a Targaryen carregava mostrava-se calma. Sorriu com seus lábios trêmulos estendendo seus braços primeiro ao que chorava, fazendo com que a mulher a levasse ao colo da Rainha. Embalou o pequeno, passando a mão em seu rosto e secando-o do choro enquanto ele acalmava-se olhando-a. Sentiu lagrimas escorrendo por seu rosto fitando os olhos dele, um mostrava-se de um azul claro enquanto o outro era de um purpura intenso, algo que nunca tinha vislumbrado em toda sua vida. Apesar de não ter visto os olhos no dia do parto, ou ter segurado os dois até aquele momento, sabia que tratava-se do mais novo. Encostou o dedo na ponta de seu nariz e sorriu para o garoto, agradecendo por ter conseguido forças para seu nascimento.

Apoiou seu caçula, agora calmo, em suas pernas e virou-se para Serena assentindo para que trouxesse o outro. Assim que a garota colocou-o em seus braços sentiu-se sem ar. O mais velho olhava-a com curiosidade enquanto seus olhos de um azul quase purpura a encaravam analiticamente. Sentia o aperto em seu coração ao ver os olhos dele assemelhando-se aos de Daeron, devido ao cabelo azul que inicialmente carregava. Lembrou-se do momento em que notou pela primeira vez os olhos do marido, quando o mesmo a salvou em Volantis. Aquilo trouxe um emaranhado de emoções que sem conseguir entender ao certo apenas continuou analisando-o com um sorriso inconsciente. Passava a mão no rosto do pequeno príncipe até que com curiosidade ele segurou um de seus dedos olhando-o e em seguida tentando decifrar se era algo de colocar na boca, fazendo a mulher rir.

Sem perceber distraiu-se com as crianças até que os servos entraram no quarto acendendo velas, devido ao anoitecer, e levando alimentos para a Rainha. Com isso, percebeu que não era apenas ela que estava com fome, mas também seus filhos, que naquele momento começaram a choramingar. Pediu a uma das aias que buscasse a Ama de Leite dos pequenos e providenciasse berços para o quarto. Não tinha a intenção de afastar-se deles naquele momento.

Os dias que se passaram mostraram-se tediosos por não conseguir levantar-se devido a recuperação. No entanto, além de ter seus filhos distraindo-a, tinha também Serena que tomava seu tempo criando historias para os pequenos e ajudando-a a pensar em nomes para eles. Porém sem muito sucesso, decidiram não antecipar aquela decisão, sendo que na verdade, ambas torciam para que Daeron voltasse nos dias que se seguissem. Além disso, seus dias se resumiam a visitas dos companheiros e cuidar das crianças, porém sabia que logo teria que voltar a sua vida e resolver os diversos problemas que ainda rodeavam aquele cenário.

Uma semana após a torre, marcou a primeira reunião com os nobres que ainda restavam. Os sete sobreviventes foram convocados ao seu quarto para que discutissem assuntos como o destino dos lordes do vale e o futuro da guerra. Vestiu-se com roupas largas e quentes evitando o frio e a dor e manteve-se sentada na cama com o pequeno príncipe até que os primeiros chegaram e Talia mandou que as aias levassem seus filhos para a Ama durante a reunião. Assim que estavam todos, deu início ao conselho, dando aos demais presentes o que pretendia discutir ali. Porém antes que respondesse deu sua opinião:

— Meu desejo nesse momento é causar a morte de todos eles, porém, infelizmente não teremos homens o suficiente se assim for. Nossa única forma de equiparar o poderio de Jan com o nosso é junto aos homens do Vale e os mercenários de Essos que seu enviado foi buscar — Falou olhando virando-se para Aaron.— Mas para isso precisamos de uma forma de tê-los novamente ao nosso lado, contudo não espero que Lucan vá aceitar qualquer proposta vinda de nos, por isso, imagino que nossa única forma de conquistar o exército seja através do irmão. Ademais, chamei-os torcendo que possam me ajudar a tomar qualquer decisão sobre isso, o que acham? — Encerrou esperando alguma sugestão dos outros.


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Todos os dias no Vale pareciam iguais. Era sempre a mesma parede que ele encarava. Dias vazios. Paredes vazias. No coração do Greyjoy também havia um imenso vazio e, nesse caso específico, não seria fácil preenchê-lo. Deitado em sua cama, observava atentamente a parede que estava em sua frente, embora não houvesse nada demais nela. Era feita de um material resistente, de cores cinzenta e branca misturadas. Sem conseguir dormir e necessitando de descanso, tudo que podia fazer era encarar a parede.

Depois de alguns dias, finalmente conseguiu entrar em um sono profundo. Teve vários sonhos em poucas horas de inconsciência. Balon apareceu em um, dizendo "Você não parece um Greyjoy"; a garota de cabelos ruivos-alaranjados em outro, sorrindo misteriosamente; sua mãe em outro, tocando em seus cabelos; e em vários apareceram seus companheiros de tripulação. Em um dos sonhos, chegou a vê-los sendo mortos brutalmente por soldados Lannisters no que parecia ser um salão. Os viu serem afogados no mar intercontinental enquanto navegavam. Os viu serem mortos enquanto dormiam, esfaqueados na garganta por Lannisters. Eram tantas as formas que Skyron os viu morrer que não lembrava de todas.

Acordou em um momento, abrindo seus olhos lentamente. Aliviou-se da onda de pesadelos que teve, mas os pensamentos ainda o perturbavam. Pegou a sua harpa para tentar tocar algo, mas sua memória musical parecia falhar. Skyron gostaria de compor uma música em homenagem a toda sua tripulação que morreu recentemente, mas a sua tristeza bloqueava qualquer forma de criatividade. Chegou ao ponto de chorar, sozinho, enquanto segurava sua harpa, um choro curto e silencioso, mas profundo, escondendo uma grande infelicidade por trás.

Depois do que considerou ser tempo suficiente, pôs-se a caminhar e a fazer alguns exercícios para evitar sedentarismo e aquecer seus músculos. Observou cada canto do Vale, sempre fascinado pela visão das cordilheiras em uma densa névoa.

Skyron caminhou até o quarto de Talia no qual fora convocado para uma reunião com outros que lutaram na batalha da semana anterior. Ao se reunirem, escutou atentamente o que a ex-grávida tinha a dizer.

— Não acho que ele esteja em condições de decidir se recusa ou aceita propostas, Baratheon — Skyron disse. — Também acho que ele não deseja morrer no momento. Um diálogo entre você e ele para parâmetro seria o ideal.

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Ouviu a resposta de Skyron e pensou a respeito por um instante enquanto ajeitava-se na cama. Sua melhora naqueles dias tinha se tornado progressiva, no entanto ainda se sentia dolorida e devido a flechada que atingira sua perna não conseguia levantar-se. Voltou o olhar aos companheiros em sua frente e suspirou, alem daqueles presentes, apenas Hugar tinha sobrevivido. Diante disso, sabia que não poderia simplesmente perdoar Lucan, em qualquer posição que ele estivesse, ignorar sua traição era um perigo a causa.

— Nosso problema vai além da condição do homem de aceitar ou não a proposta. Se perdoarmos ele, sera como um sinal de fraqueza e resultará em um sentimento de impunidade diante da traição. Por isso, tinha em mente o uso de seu irmão, que apesar de ter tido total consciência da traição, não teve nenhum papel publico nela.— Falou dando uma pausa antes de retomar sua ideia. — Eu poderia nomear o garoto como senhor do Vale. Assim, ele fará com que os outros senhores lutem por nos e teremos cerca de dez mil homens lutando ao nosso lado. No entanto, o risco de que ele traia-nos torna-se uma grande possibilidade, algo que pode ser evitado se usarmos o mais velho como refém do garoto durante a guerra, para que quando essa acabe, possamos envia-lo para a muralha como um ato de clemencia. Desse modo, sabendo da consequência de repetir os atos do irmão, e o que isso pode acarretar ao seu povo e sua família, teremos controle do garoto.


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