O dia amanheceu denunciando uma clara diminuição das nevascas ao redor do castelo, deixando-os, desesperadamente, buscar os suprimentos em carroças nas regiões próximas para suprir a vontade crescente dos soldados e trabalhadores. Conforme anoitecesse, os nobres reuniriam-se no Bosque Sagrado para os juramentos e em seguida o casamento do rei e sua rainha escolhida. Espalhou-se rapidamente sobre todo lugar a gravidez e o anuncio do casamento, e nada daquilo tivera um efeito muito positivo sobre os homens, desde mercenários que seguiam fielmente o Targaryen à nortenhos desgostosos há muito tempo.
O louco irá formar a família real de bastardos pelo jeito, murmuravam muitos nos corredores,
e seus filhos serão tão bastardos quanto sua mulher e sua irmã. Mas o rei não pareceu nem um pouco afim de ouvi-los ou até mesmo lordes que vieram atrás dele tentando aconselhá-lo de esperar, casar com alguma senhoria de uma casa que poderiam precisar meses futuros, mas tudo isso fora ignorado e Talia Baratheon continuaria pronta para assumir o cargo de rainha.
Serena estava balançando os pés no topo de Torre Quebrada, sentada observando a paisagem em volta, as pálidas terras indo à norte e sul, leste e oeste. Escutou alguns passos e virou-se, encontrando sua amiga que agora fazia parte de sua família, até então não tivera contato com a mulher, então quando a vira bem arrumada, porém ainda de roupas masculinas, ergueu-se e correu para abraçá-la, apertando-a com carinho e logo lembrando-se da gravidez, afastando-se envergonhada.
- Desculpe, minha rainha - disse sorrindo, cumprimentando-a com uma abaixada cortês. - Parabéns, Talia, agora somos a dupla de bastardas legitimadas. Fico feliz de ter alguém com quem compartilhar os olhares odiosos.
Olhou para barriga dela, e então de volta à seus olhos, perguntou:
- Deseja que seja um menino ou uma menina?
Rhaego[Dwight]Vestimenta: Sua
armadura era leve, favorecendo a mobilidade: as ombreiras eram feitas de couro, esculpidas em quatro camadas que desciam por seu ombro, o braço era protegido por escamas do mesmo material. O peito era protegido por couro flexível e sedas coloridas esvoaçantes cobriam-lhe até o meio das pernas, por cima de calça simples e botas.
Armas: Arakh de Aço Valiriano e duas adagas com o punho em formato de cavalos-marinhos esculpidos em prata presas cada uma a um lado da cintura.
Soube do que aconteceria na noite daquele dia e também dos rumores sobre uma guarda real formando-se, o velho cavaleiro chamado Barristan Selmy, conhecido por um dos melhores espadachins dos Sete Reinos concluíra com o rei que dali para frente, onde adentrariam no sul e em extremas políticas, o recomendável seria que desse impressão à todos que estivesse preparado e fosse um rei de fato, então cavaleiros juramentados à ele era mais do que recomendado. Mas nenhum homem pareceu ser escolhido e logo todos pensaram que não haveria nada por enquanto.
Rhaego caminhou em direção ao quarto do rei quando foi chamado por um mensageiro avisando-lhe de uma reunião com o Targaryen, despedira-se de seus homens e fora direto à onde devia ir. Quando finalmente adentrou, deparou-se com Daeron, Barristan, um homem negro - muito negro - desconhecido e uma serva que esbarrou no azulado, pediu desculpas e correu para longe.
- Então, explicarei à ambos rapidamente de forma simples - disse Daeron, aparentemente começando um discurso. - Olhamos e avaliamos inúmeros homens entre mercenários, seguidores meus, nortenhos e entre outros. História, habilidades, desempenho, reputação e tudo mais. Os dois finalistas e com o melhor resultado foram vocês. E sim, estamos aqui para convidá-los à juntar-se à guarda real.
Barristan aproximou-se, ficando ao lado do rei.
- Sou Barristan Selmy, estive na guarda real há décadas e pretendo continuar até minha morte - apresentou-se, mesmo velho parecia robusto e bem firme. O velho olhou para luva negra na mão de Rhaego e sorriu. - Companhia de Everan, não é?
- Chamava-se Brandyn Blackhand lá - esclareceu Daeron.
- Estive em seu lado durante algumas batalhas quando ainda era jovem e formando meu caráter como cavaleiro, uma coisa sei daquele homem: luta bem e com toda certeza honra é uma de suas maiores virtudes. Sua morte foi uma perda grandiosa para este mundo.
- Enfim - continuou o rei, quebrando o clima triste - estou dando à vocês uma escolha, não serão obrigados à juntar-se a nada, virem cavaleiros e jurem me proteger até o final de seus dias por escolha própria. Mas saibam que um guarda real não poderá ter mulheres, filhos ou castelos - olhou-lhes por alguns segundos, então finalizou: - São os melhores guerreiros, tanto em habilidades quanto em reputação, os mais recomendados a lutarem ao meu lado durante as batalhas que virão no sul, então espero que pensem bem na sua escolha. Darei à vocês até o anoitecer, pois sei da escolha pesada colocada em mãos.
Droenn[Prime]Vestimenta: Roupas suficientes para aquecê-lo naquele frio.
Armas: Espada com a cabeça de um lobo gigante esculpida em seu punho, nomeada de Netuno. No guarda-mão, as dizeres de sua casa grafados: O inverno está chegando.
Seguiu a irmã após a mesma quase obrigá-lo à isso, caminhava calmamente observando-a ainda um pouco assustada, mas bem melhor do que quando a encontrara, e isso o deixava feliz, a garota merecia muito mais do que aquilo e uma recompensa grandiosa pelo quanto sofrera. Estavam indo em direção ao canil, notou.
- Por que o canil? - perguntou à ela, mas foi ignorado.
A garota adentrou, ignorando os latidos de cachorro e foi em direção ao fim do corredor, chegando a última cela da esquerda e fitando-a fixa. Quando a alcançou, dirigiu os olhos ao que ela olhava e encontrou nada mais que o irmão de aparência horrível encolhendo-se num canto, apavorado. Foram tantas coisas em suas mãos e em sua cabeça naqueles dias que nunca parara para lembrar daquela criatura imunda e digna de pena do banquete, reconhecida como seu irmão bastardo, o mesmo que matara sua mãe e seu lobo.
- Foi ele quem abriu os portões para os Bolton entrarem em Winterfell. O vi sendo transformado do maldito traidor à esse pobre coitado. Ele não merecia, mas eu sinto pena. Eu sinto pena de você, Lannard! - exclamou em voz alta a última parte.
- Não, Lannard, meu nome é Fedor que rima com terror! - berrou o coitado apertando-se mais contra parede e cuspindo baba da boca sem dentes.
- Ele merece morrer? - perguntou Dania, friamente.
Alayne[Mary]Vestimenta: Um bom couro sob uma cota de malha, vestia-se muito bem para aquecer-se.
Armas: Espada nomeada como Solar, a empunhadura negra é feita de couro e o pomo feito de prata, em formato de sol, daí o nome. Uma adaga com os dizeres de sua casa gravado na lâmina curvada: o sol no inverno. Tem a empunhadura negra e sem adornos. Um escudo de madeira com bordas de metal.
Dirigiu-se velozmente ao pátio quando soube da chegada de seus filhos, encontrando-os aos cuidados do homem que deixara cuidando do castelo enquanto estava fora.
- Souberam que logo iria para o sul e queriam despedir-se de você - explicou Orgus, era um bom homem, perto da idade idosa, mas ainda assim admirável. - Tivemos algumas dificuldades no caminho por causa do inverno, mas valerá a pena por eles.
Os garotos correram e jogaram-se contra ela, abraçando-a com força
- Eu não quero que vá, mãe - implorou Landor, quase chorando em suas pernas.
- Leve-nos com você, quero lutar - pediu Brandon, corajoso e ousado como sempre.
Orgus deu um olhar dizendo que era melhor não levá-los com ela, mas não disse nada.
- Por favor, mãe, não vai - implorou Landor novamente, começando chorar e enfiar o rosto em sua barriga.
Última edição por Luckwearer em Ter Ago 29 2017, 23:03, editado 2 vez(es)