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#Mesa 003 - Fire and Blood

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Luckwearer
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Babi
Chris
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description#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 6 EmptyRe: #Mesa 003 - Fire and Blood

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- Vocês não estão aqui ainda por puro capricho, muito menos por pena do destino que sua companhia teve e pela amizade que parecem nutrir de Serena. O único motivo pelo qual eu os deixei aqui por tantos dias e os levei para Volantis foi para avaliá-los, mesmo que provavelmente o contrário aconteceu, devido os problemas que eu tive. Brandyn Blackhand fora um membro da Guarda Real há muitos anos, tornou-se membro dos Bastardos Ligeiros pouco depois que saiu e mais um pouco para virar comandante. Nunca estranhou o fato de todos ou a maioria dos westerosi irem para Companhia Blackhand, não para as demais? Ele escutou todos as histórias do membros, avaliou quais eram verdadeiras e quais eram falsas, quem era honesto e quem seria um problema no futuro, escolheu inúmeros candidatos, mas muitos morreram em Qohor e o restante na traição. Vocês cinco foram a maior ironia do destino, estavam no topo da lista do velho e de tantos cadáveres espalhados, lá mantinham-se em pé, vivos e intactos suficiente para afastar-se do local - pausou, analisando a mascara. - Eu sei sua história. Sei que não gostará de saber disso, sentirá traído por Brandyn, mas ele confiou em mim pelo cargo que terei no futuro. Então, o que eu quero dizer com tudo isso, é que vocês estão aqui por dedo do velho, pelas habilidades e fidelidade, não os chamo sem saber nada sobre suas pessoas.


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─ Eu sei sua história. ─ todo o discurso que veio antes já seria o suficiente, mas foi só depois dessa frase que Shaddan realmente entendeu. Era como se todos os anos em que viveu na Companhia tivessem passado diante de seus olhos, todas as coisas que fez, o suor e sangue que deu em nome dos Blackhand, em nome de sua amizade com Brandyn, o homem em que ele confiou seu passado, seu maior segredo. Não conseguiu evitar, se sentiu traído como nunca antes e não importava o que o rapaz dissesse para tentar justificar, aquilo não deveria ter acontecido, jamais. Teve apenas três segundos para reagir, sendo dominado por um turbilhão de emoções que, graças a máscara, não puderam ser vistos. Voltou o olhar para Daeron e o respondeu com naturalidade e calmaria:

─ Ótimo. ─ se despiu da luva negra, pousando-a sob a mesa. A partir desse momento ele começou a lutar contra o sotaque tyroshi, tentando resgatar o westerosi em seu vocabulário. ─ Presumi que ele tivesse lhe contado, mas não tinha certeza. Com isso deixado de lado, acho que podemos ir direto ao ponto, certo? ─ pela primeira vez em anosShaddan retirou a máscara na presença de outra pessoa, abaixando também o capuz. Daeron pôde finalmente ter uma visão clara de suas profundas irises azuis, mesmo que o restante do rosto ainda estivesse oculto por bandagens e ataduras. Os olhos envoltos por uma fina e rugosa pele, e a parte do nariz que se sustentava pelas deformadas cartilagens eram o suficiente para deixá-lo enojado ao tentar imaginar como estava o resto. O tyroshi deixou a máscara ao lado da luva negra e voltou a se pronunciar, enchendo a sua taça com vinho: 

─ Volantis. Aquilo não pode se repetir, jamais! Você não só arriscou sua própria vida mas também a da sua irmã. Pense nisso, acha que valeu a pena levar ela? Fez alguma diferença, ou ao menos faria? Não me entenda mal, mas ela é a melhor candidata a rainha que você possui. ─ abriu as bandagens que tampavam os lábios para que conseguisse tomar um gole do vinho. ─ Ser impulsivo pode ser tanto um defeito quanto uma qualidade, o que você não pode ser é tolo. É preciso saber quando seguir conselhos e quando agir por conta própria. ─ pôs a taça vazia de volta a mesa. ─ Você possui as qualidades que um Rei precisa, segue um modelo de liderança exemplar e tem uma excelente reivindicação ao Trono. Para mim, isso é o suficiente. ─ se levantou da cadeira, encarando Daeron com um olhar frio. ─ Eu estudei por 10 anos na Cidadela e forjei cinco elos, ─ três deles de ferro , tirando o cerco dos Clegane, venci todas as batalhas em que liderei na Guerra das Tormentas e derrotei um Khal em combate direto. É o suficiente para você? ─ fez uma breve pausa, recolhendo a máscara e a vestindo de volta. ─  Brandyn deve ter lhe contado como minha vida funciona: sou guiado puramente por objetivos, por isso, quando jurar lealdade ao seu reinado jamais abandonarei meu posto. Só espero ter a confiança depositada em você retribuída, porque antes de qualquer coisa, eu vou querer saber exatamente como você planeja tomar seu Trono de volta. 

Última edição por Gulielmus em Sex Jan 15 2016, 11:21, editado 3 vez(es)

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Fitou as bandagens enroladas no rosto deformado do homem à sua frente, seus olhos azuis com manchas vermelhas olhavam-lhe julgando que sentisse nojo, mas o que sentia não passava de pena e um remorso inexplicável. Sabia muito bem de sua história, do que sofrera e perdera, lembrava claramente do choque que tivera ao ouvir as palavras saindo da boca de Brandyn tão triste quanto ele após ouvi-las. Gregor Clegane pisou na barriga de sua esposa, sua esposa grávida, viu ela e seu filho morrerem na sua frente sem que pudesse fazer nada, então ele e os outros homens foram incendiados depois de presos por cordas em cavalos, deve ter sido arrastado pro quilômetros, foram poucos os ossos intactos. Levantou-se, depois de toda discussão, estendeu a mão num gesto de acordo e o homem fez o mesmo, mas para surpresa do antigo mercenário, o príncipe puxou-lhe para um abraço.

- Agradeço por toda fidelidade à minha família. Sinto muito pelo que teve que sofrer por isso - disse, soltando-o e saindo do quarto. - Lembrarei de seus sacrifícios num futuro próximo, caso recorra de alguma ajuda minha.




Procurou o loiro galanteador por todo castelo, até mesmo algumas garotas que vira seguindo-o não pareciam saber de sua localização, algo que estranhou muito quando encontrou-lhe comendo dentro do salão, afastado do pequeno número de pessoas lá dentro. Viu o olhar enviado à ele conforme aproximava-se, notando o óbvio: o rapaz parecia não gostar de sua pessoa. Suspirou, aquele seria difícil, mas tentaria mesmo assim, o mínimo que podia fazer é entregar a proposta, a reação seria a resposta.

- Antes que comece suas piadinhas ou qualquer bobeira que queria dizer para mim, deixe-me falar e depois você pode continuar atormentando as pessoas em sua volta - proferiu impaciente, conhecia bem a personalidade dele e seu sarcasmo não era algo que pretendia juntar com as próximas palavras. - O dia está anoitecendo e nessa altura você deve estar ciente da posição de seus amigos após eu convidá-los para minha ida à Westeros, então sim, estou aqui para sugerir a mesma coisa à você. Sim, todos eles possuem um motivo para ir, desde vingança a honra, família ou culpa, você é o único dentre todos westerosi que não tem nenhum parentesco importante ou qualquer motivação para me seguir, inclusive sei que me odeia. Entretanto, todos esses anos Brandyn avaliou-lhes para essa guerra e você foi um dos principais escolhidos. Ele é um ótimo arqueiro, mas também uma boa pessoa, algumas vezes é impressionante vê-lo com suas piadas e suas cantadas em situações tão horríveis, de algum jeito ele é a parte que não deixa os outros afundarem-se no desespero, mesmo que no fundo o mesmo esteja vendo suas pernas sumindo na pura escuridão, disse o velho anos atrás. O que eu quero apontar com essa citação é que todos aqui e os que virão amanhã estão no continente errado, procurando um lar. Você é uma dessas, talvez um dos piores. Não faz ideia de onde nasceu, seu lugar de crescimento obrigou-lhe sair, seus próximos anos são marcados pelos inúmeros locais que passou e quando acreditou ter achado seu lugar no mundo, foi tirado de você. Então, o que eu ofereço não é seguir um babaca de cabelos brancos que você odeia, mas sim voltar ao lugar que achava não querê-lo e encontrar seu verdadeiro lar, junto com tantas pessoas que querem o mesmo.

Preparava-se para sair dali, mas não conseguira sem soltar algo que estava em sua garganta durante todos os membros que conversara.

- Sinceramente, não estou procurando soldados para me seguirem até o campo de batalha. Estou procurando pessoas para confiar, para não apenas me seguir para o campo de batalha, como lutar ao meu lado e talvez morrer pela causa. Você não tem lar e eu não tenho uma família, algo que você conseguiu com o tempo mesmo sem uma casa. Quando se é criado no perigo com a possibilidade da pessoa ao seu lado puxar uma faca para matá-lo, no fundo apenas o que você quer é se cercar de pessoas confiáveis.


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Daven estava no salão devorando um pernil assado e bebendo um vinho enquanto refletia a situação atual do grupo e especialmente a dele. Notara que Brynn adentrara o local vindo em sua direção, revirou os olhos e ia dizer algo, porém o Targaryen começa a falar primeiro.

Foi um discurso e tanto, o loiro até diminui a mastigação da carne para prestar atenção no que o mesmo dissera. Quando ele finalmente parecia ter acabado e deu as costas, o homem de cabelos brancos se vira novamente e complementa mais um pouco seu falatório.

Rápidos momentos vieram a sua mente. Ele na cama com Talia, conversando com Droenn, lutando ao lado de Rhaego, se gabando para Shaddan. Engoliu o pedaço de carne que mastigava e respondeu.

- Primeiramente: você não é o babaca de cabelos brancos, é o idiota de cabelos brancos. Babaca era quando tinha os cabelos azuis. - falou num tom sério mas com aquele sentido oculto de piada. - Segundo, a comida daqui é horrível, esse pernil parece cru. A melhor coisa que eu comi nos últimos dias foi a olhos-azuis.

Brynn já estava prestes a ir embora, achando ter gastado seu tempo para receber piadinhas e provocações, porém é surpreendido quando Daven termina:

- E terceiro: Você está certo. Eu finalmente havia encontrado um lugar onde supostamente eu me encaixava. E sendo assim, irei seguir os meus am... - ia dizendo quando para instantaneamente, desviando o olhar e terminando. - Os Blackhands.

Dá um sorriso de "Está feliz?" para o guerreiro, voltando a comer a comida e beber o vinho, não dando mais atenção a Dareon.

Quando o "rei" estava saindo do salão, o arqueiro grita:

- E nem pense em pedir para eu me ajoelhar a você! - bebe um gole do vinho e murmura com um sorriso debochado - Babaca.

E ali permanece, refletindo e terminando sua comida.

Última edição por Chris em Sex Jan 15 2016, 00:12, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Sou daltônico)


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Era interessante vê-lo soltando as bobagens como se fossem amigos, conhecidos ou de qualquer importância para o Targaryen. Esperou que terminasse, ignorou a insolência e a falta de bom senso, afastou-se até que ouviu-lhe gritando alguma coisa, parou sua caminhada para escutar melhor e pensou ter entendido outra vez a palavra "babaca". Suspirou, virou para trás e notou o grupo de amigas pegando pratos para sentarem numa mesa. Voltou para onde estava o antigo mercenário e antes que pudesse reclamar de sua presença agarrou-lhe pela gola, sujando-o de comida e bebida após arrastá-lo na mesa, jogou-lhe no chão e quando preparou-se para levantar acertou um chute em seu rosto, atordoando-o.

- Não confunda minhas palavras bonitas com desespero, eu tive a consideração de chamá-lo para uma viagem que todos seus amigos irão e você acha que estou aqui por caridade? Eu não preciso de você, ninguém precisa de você - cuspiu em seu rosto tudo que precisava ouvir para algum resto de bom senso surgir naquela cabeça oca, enfiando suas mãos na gola de sua roupa. O que não esperava é que ao invés de bom senso surgisse fúria no homem, num ataque de oportunidade o loiro golpeou-lhe com a testa, afastando-o na hora.

Serena descia as escadas para o andar debaixo, cansada do chique quarto onde hospedava-se, por mais confortável que fosse sua cama, mesmo adorando-a, o maldito lugar cheirava a flores e era perturbada para banhos ocasionalmente. Eu nasci numa maldita companhia mercenária, minha vida é de suor e acampamentos, não de malditas aias e mordomia. O último degrau surpreendeu-lhe quando escutou alguns gritos de dentro do salão, principalmente ao ver guardas correndo para lá. Os dois homens, o rei e o galanteador, brigavam como loucos, trocas de socos e chutes em sequência, porém quem parecia garantir a vitória era o de cabelos brancos com um ou dois cortes na boca, pouco sangrava, ao contrário do loiro com o olho começando inchar. Quando pôde aproximar-se suficiente viu seu irmão avançando como um leão, desviando de alguns golpes e finalmente finalizando aquele combate com um gancho bem sucedido.

- Daeron, pare com isso! - gritou correndo para impedi-lo de avançar contra o rebelde caído, cuspindo sangue no chão e não mudando a expressão sarcástica de seu rosto. - Eu sei que você é o prometido ou seja lá que nomes puder dar até tornar-se o rei de Westeros, mas não o machuque, esse idiota merece uma segunda chance.

- Segunda chance? Ele é um retardado, não sabe diferenciar quem é seu amigo e quem não é, esperava que fosse o macho alfa, fico feliz de mostrar que não é.

- Eu não peço que o leve para os Sete Reinos, apenas que o deixe ir embora, sumir desse continente. Prometa-me, não o execute, apenas o mande para o inferno.

Daeron olhou sua irmã e depois para o loiro levantando-se, encarando as costas da garota.




Dirigia-se às escadas para os andares superiores quando seus olhos encontraram-se com o antigo prisioneiro sentado no banco do pátio, observando as estrelas solitário. Encarou a figura por alguns minutos, este que não o percebera até que aproximou-se suficiente para que ouvisse os passos na grama. Não pareceu surpreso com sua presença, muito menos com sua aparência, talvez o tivesse visto mais cedo durante suas caminhadas no castelo atrás do grupo.

- Você já deve saber que todos os Blackhand que o acompanharam nesses últimos dias estão sendo adicionados à meu exército. Eu o quero também - notou a incompreensão no rosto do homem e sorriu pela reação óbvia. - Eu fiquei me perguntando todos esses dias como eu poderia me encontrar novamente com os Bastardos Ligeiros, seria quase impossível de encontrá-los tão cedo e tempo é algo que não posso perder agora, mesmo para uma coisa tão importante como aquele ovo. Então eu refleti no que poderia atraí-los e descobri: as famílias nobres que tanto veneram. Você já ouviu falar sobre os dois tipos de dor? A dor física e a dor emocional. Qualquer machucado com o tempo parará de doer, é como nosso corpo funciona, mas a segunda, a dor emocional, onde acabamos com aquilo que amam ou necessitam, esse é o tipo de dor que permanece e mais machuca - a imagem do loiro veio a sua mente. - Amanhã reunirei todas as principais famílias nobres e atrairei os mercenários para um de seus castelos, lá haverá a maior chacina das últimas décadas.

Cansado de ficar tanto tempo em pé, interrompeu sua explicação para sentar-se sob a árvore mais próxima.

- Em Volantis você me falou sobre opiniões errados, sobre ter bom senso e não acreditar em qualquer ponto de vista exposto. Então me responda: por que bancar o justiceiro? Por que atacar os Freets? - perguntou olhando para as estrelas também, algo que o deixou entediado e logo voltou os olhos para o homem. - Estou perguntando isso porque pouquíssimas pessoas aprovam meu plano, você foi louco de tentar matar todos os Freets antes, você estava sozinho e mesmo assim avançou contra todos eles, esse tipo de coragem e persistência é algo que todo comandante ou capitão deseja, é o que eu preciso, eu preciso de gente como você para enfrentá-los novamente e para enfrentar os perigos de Westeros. Não peço que chupe meu pau e ajoelhe-se toda vez que me ver, apenas que jure não me trair enquanto eu não falhar com meus homens e com você. É basicamente como uma amizade funciona, você é fiel à seu amigo enquanto ele continuar sendo a pessoa que você gosta, conforme fique diferente você se afasta. Então, além das perguntas anteriores, você quer seu meu amigo, Kyan?

Última edição por Luckwearer em Sex Jan 15 2016, 22:48, editado 1 vez(es)


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As estrelas brilhavam como fogueiras distantes e a luz da Lua próxima era visível. As constelações eram as mesmas de sempre, exceto por alguns pontos que sempre mudavam de lugar. Lembrava-se de quando criança fascinava-se ao ver todo aquele céu. O que sempre lhe chamou mais atenção fora a mancha, parecida com uma cicatriz, que cortava o céu. Não conseguia fazer a mínima ideia do que ela significava, ou de como era por perto. Existiu algum guerreiro capaz de cortar o céu? Questionava-se quando menor.

O ar frio da noite o fazia se sentir bem. Lembrava-se dos momentos quando deitava-se na grama para teorizar o que cada constelação significava. O som do vento fazia todas aquelas memórias parecerem melancólicas, mas Kyan discordava que elas tivessem um sentimento triste. Bebia um copo de vinho enquanto fazia suas observações sentado em um banco do pátio. Fazia muito tempo que não bebia, precisava de algo para colocar a cabeça no lugar. Achava que esta seria a hora de partir, já que Brynn reunia homens para ir a Westeros, continente que o homem de roupa negra jamais visitou. O Targaryen não irá me querer perto de sua familiazinha e exército real. Eu sou sujo, e segundo ele, um tipo de “justiceiro”. Irei voltar para a rotina e talvez trabalhar em algum bar. Sim, isso vai ser bom.

Ouviu passos caminhando em sua direção e percebeu que era Brynn. Olhou de relance, sem mudar sua expressão, voltando rápido a olhar as estrelas e tomar seu vinho. Esta é a hora que serei expulso por estar gastando seus recursos?

— Você já deve saber que todos os Blackhand que o acompanharam nesses últimos dias estão sendo adicionados à meu exército. Eu o quero também - lembrou-se de quando ele estava trancado em seu quarto e provavelmente louco. Parecia louco agora, ou extremamente desesperado para querê-lo. - Eu fiquei me perguntando todos esses dias como eu poderia me encontrar novamente com os Bastardos Ligeiros, seria quase impossível de encontrá-los tão cedo e tempo é algo que não posso perder agora, mesmo para uma coisa tão importante como aquele ovo. Então eu refleti no que poderia atraí-los e descobri: as famílias nobres que tanto veneram. Você já ouviu falar sobre os dois tipos de dor? A dor física e a dor emocional. Qualquer machucado com o tempo parará de doer, é como nosso corpo funciona, mas a segunda, a dor emocional, onde acabamos com aquilo que amam ou necessitam, esse é o tipo de dor que permanece e mais machuca - perguntou-se o motivo dele contar a diferença entre as duas dores. Kyan não era retardado, ele sabia disso. Estava contando isso para si mesmo? O mandaria ir embora, se não fosse a pessoa mais importante daquele castelo. - Amanhã reunirei todas as principais famílias nobres e atrairei os mercenários para um de seus castelos, lá haverá a maior chacina das últimas décadas.

Legal, pensou em dizer, com desinteresse, mas Brynn parecia tão feliz em estar lhe contando aquilo que não quis interromper. O viu sentar-se na árvore próxima ao banco onde Kyan permanecia.

— Em Volantis você me falou sobre opiniões errados, sobre ter bom senso e não acreditar em qualquer ponto de vista exposto. Então me responda: por que bancar o justiceiro? Por que atacar os Freets? Estou perguntando isso porque pouquíssimas pessoas aprovam meu plano, você foi louco de tentar matar todos os Freets antes, você estava sozinho e mesmo assim avançou contra todos eles, esse tipo de coragem e persistência é algo que todo comandante ou capitão deseja, é o que eu preciso, eu preciso de gente como você para enfrentá-los novamente e para enfrentar os perigos de Westeros. Não peço que chupe meu pau e ajoelhe-se toda vez que me ver, apenas que jure não me trair enquanto eu não falhar com meus homens e com você. É basicamente como uma amizade funciona, você é fiel à seu amigo enquanto ele continuar sendo a pessoa que você gosta, conforme fique diferente você se afasta. Então, além das perguntas anteriores, você quer seu meu amigo, Kyan?

A última frase foi a única que realmente o tocou. Em todos esses anos, com suas ações violentas e desejos solitários, um amigo era a última coisa que esperava ter. Por mais que a amizade citada por Brynn fosse simbólica, ainda assim era algo que surpreendia. Estava tomando seu vinho enquanto ele falava, até que finalmente terminou seu copo.

— Primeiramente, agora sou eu que vou lhe contar a diferença entre duas coisas. Sabe qual a diferença entre justiça e punição? Justiça é algo que um rei faz, algo que você vai fazer quando se tornar o rei de Westeros, se não morrer antes caso continue com ações precipitadas. Fará justiça e o seu povo o amará. Não é isso que eu faço, para chamar-me de Justiceiro. É aí que entra a punição. Estupradores, ladrões e assassinos caminham por Essos e devem ter surgido desde que o homem foi criado. Uma vez alguém me disse que eles fazem parte da natureza humana e sempre irão existir. Eu não discordo, sempre existe uma sombra maligna entre os homens. Mas… - olhou para o chão por um momento, pensativo. - No primeiro dia que eu comecei a fazer isso, eu estava passando por uns becos. Naqueles tempos, eu apenas procurava por todas as cidades informações sobre os Freets, não matava ninguém. Até que uma hora eu virei e… Havia cinco homens, de idades variadas, e… Uma garota. Eles a estavam violando, enquanto ela gritava. Revesavam de tempos em tempos, com sorrisos maliciosos no rosto. Eu observava até que um deles percebeu minha presença e me mandou ir embora. No momento que ele se virava para isso, eu vi a garotinha. Ela não devia ter mais de cinco anos. Isso me chocou muito, suficiente para eu desembainhar a espada e matar quatro dos homens. O quinto eu não matei de imediato. Era um velho, de aproximadamente uns sessenta anos. Minha raiva era enorme, fez com que eu cortasse o estuprador aos poucos, até que não sobrasse nada além de sua cabeça e parte do tronco, fazendo-o morrer com tanta perca de sangue. A garotinha não se assustou com a brutalidade; em vez disso, escondeu-se atrás de mim, pedindo para protegê-la - suspirou, ainda encarando o chão. - Posteriormente descobri onde ela morava e que ela tinha se perdido. Quando fui em sua casa devolvê-la aos pais, não me receberam muito bem. Acharam que eu era o estuprador, que senti remorso e resolvi trazê-la. O pai quase me acerta com um machado. Tive que fugir, sem olhar para trás, mas não me arrependi de tê-la salvado. Só que o salvamento não foi o que mais ficou na minha cabeça, e sim ter matado os estupradores. Aqueles olhares assustados enquanto eu os cortava, os gritos de dor… Tudo aquilo era prazeroso para mim, tendo conhecimento do que eles fizeram. Eu os estava punindo por algo, merecidamente. E então, sem lugar fixo para morar, sem amigos, sem esposa, sem família, sem trabalho, eu não tinha nada para fazer além de vagar por aí. Depois desse dia, eu vi algo interessante para fazer, algo que não ajudava só a mim, mas também outras pessoas que poderiam ser vítimas. Caçar e matar estupradores e assassinos era o meu passatempo. Isto, é punição, Targaryen. É isso que eu faço, não justiça. E eu não dou a mínima para o que pensam sobre. Eu não estou tentando limpar o mundo, nem tentando transformá-lo em um lugar bonito e cheio de unicórnios. Sempre existirá esse tipo de gente, assim como eu estarei lá para matá-los. Mas eu irei morrer algum dia, e vou me sentir feliz pelo que eu fiz. Não vou me iludir achando que alguém seguirá o meu legado após a minha morte, mas eu vou ter feito a diferença na história. Talvez distorçam os fatos e falem sobre mim como um homem mal e assassino, mas eu não me importo. Eu saberei a verdade, é o que importa.

Era a primeira vez que Kyan falara tanto desde muitos anos. E também a primeira vez que contava fatos sobre si a alguém. Não parecia ligar para a reação de Brynn ou sua opinião sobre aquilo. O Targaryen o queria como amigo, então precisava saber a verdade sobre o homem de roupa negra.

— Sobre os Freets, talvez eles se encaixem em uma das categorias de estupradores, assassinos e ladrões. Mas existe algo além disso… Enfim. Não sei como algum comandante gostaria da minha coragem, considerando que eu me arrisco muito por não temer consequências ou a morte. Não me sobrou nada nessa vida, então não tenho nada a perder. Você tem. Você tem a Serena, você tem os amigos, tem a mulher vermelha, tem seu exército, tem seu dragão, tem sua honra de rei. Você tem muito a perder, além de pessoas que se importariam com a sua morte. Então não vá se arriscando como fez no dia em Volantis. Não tenha a minha coragem, tenha bom senso. Seja inteligente, saiba planejar e segure suas emoções. Não que eu vala alguma coisa para estar te dando conselhos, mas é o que eu tenho para dizer a você. Quanto a ir a Westeros com você e ajudá-lo, eu irei, mas não porque pediu, mas porque devo algo a Serena, por ter me salvado no dia da confusão mercenária. E também a Talia, pelo mesmo motivo. Senão, eu estaria morto agora. Não sou do tipo de trair alguém que teve a minha palavra, mas não posso dizer que me ajoelharei para você. Não ligo para essa baboseira política, então não espere dar ordens por ser o rei. Irei ajudá-lo pela amizade, como você disse. Então, se quiser me ver ajoelhado ou falando algo como “sim senhor” ou “vossa alteza”, terá que cortar minha cabeça antes. Por fim, acho que temos um acordo. Seja a justiça, Daeron Targaryen, e eu serei a punição.

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- Os nativos dos Sete Reinos que nunca visitaram esse continente pouco entendem sobre seu povo e o desinteresse num sistema de governo semelhante, a lógica cai sobre você também. Justifica a diferença do que faz como se justiça fosse algo aceitado por todos e punição algo independente da opinião pública, deixe-me apresentar-lhe o conceito de um rei: ele está para organizar suas terras, punir os errados mesmo que não considerados por todos, é por isso que existem guerras, por isso que não existem reis totalmente adorados e reis totalmente odiados - levantou-se, limpando sua calça da terra. - Não preciso de seus sermões, mas agradeço pela boa vontade. Boa noite, Kyan.

Afastou-se do homem antes que pudesse dizer algo, o mesmo aceitara segui-lo, mais diálogo apenas mataria o tempo que pretendia gastar com uma boa noite de sono, os próximos dias seriam tempestuosos.

https://www.youtube.com/watch?v=8wUafUWy0oU

Os mãos negras reuniram-se do lado de fora do castelo, os últimos cinco sobreviventes encararam o loiro arrumando suas bagagens num cavalo. O rosto estava um pouco machucado, mas sua expressão misturava tristeza com alivio. Sentia-se feliz pela liberdade, mesmo que provavelmente nunca veria-os novamente. Terminou sua arrumação e virou-se para os companheiros.

- Chegou minha hora de se despedir - anunciou com um sorriso. - Passamos por muitas coisas, inúmeras missões, guerras e infelizmente uma traição. Sentirei falta de vocês, até dos que menos conversei.

Serena aproximou-se, abraçando-lhe e desejando toda sorte do mundo, o loiro agradeceu pela misericórdia. Apertou as mãos com Rhaego, rindo de seus chamativos cabelos azuis, algo que sempre fora engraçado para ele. Shaddan acenou com a cabeça, avisando-lhe novamente de mulheres. Talia abraçou-lhe também, pedindo que tomasse cuidado nas estradas de Essos.

- Alguma ideia para onde irá? - perguntou Droenn.

- Sim, me acostumei com a vida de mercenário e estranhamente sinto um carinho especial por esse continente. Irei para o leste, onde os Segundos Filhos estão, conheço algumas pessoas que me ajudarão na entrada. Principalmente mulheres, tenho que admitir.

- Tome cuidado, parceiro.

- Você também - respondeu abraçando-lhe. - Tente não vomitar em mais ninguém.

Subiu em seu cavalo, olhou pela última vez para o castelo, o lugar onde a Companhia Blackhand fora desfeita de vez, uma era transformada em nada. Suspirou, abaixou os olhos azuis para seus companheiros, vendo-os fitando-o com igualdade, com respeito.

- Tomem cuidado com aquele cara, há algo nele que me perturba - avisou-lhes, sem esperar que levassem em conta, apenas rezava para que sobrevissem na guerra.

Firmou seus olhos no leste, determinado em seu destino. Olhou para luva negra ainda na sua mão, lembrando do velho Brandyn, agarrou-a e jogou longe, puxando seu capuz negro para cima, deixando amostra apenas alguns fios do cabelo dourado. Bateu os pés no cavalo e galopou para o horizonte, pela primeira vez procurando um novo lar sem preocupar-se de não encontrá-lo.

Os antigos mercenários esperaram até que sumisse nas árvores para voltarem ao interior das muralhas. Talia caminhou pelo pátio com a mesma normalidade de sempre, depois do abraço e perdão do Targaryen sentia-se livre de grande parte da culpa, estava mais leve, poderia sorrir novamente. Notou os olhares que ganhava, todos de pena, ouviu algumas pessoas sussurrando escondidas, como se não pudesse vê-las e irritou-se.

- Foi minha buceta violada, não meu rosto - exclamou para o pátio. - Não sou uma filhotinha de cachorro, não preciso da pena de nenhum de vocês.

Avançou emburrada para dentro do castelo, escutou risadinhas quando foi para direção do salão, girou para ver quem era, pronta para começar uma briga, e exclamou:

- O que há de engraçado? - assustou-se ao ver que era Daeron, como todos chamavam agora.

- Nada, exceto uma reação incomum dessa.

- Pensei que manteria-se o mais longe de mim depois de ontem - murmurou mais para ela do que para ele.

- Não confunda aquela ameaça com ódio. Garren era meu melhor amigo, eu o amava como irmão, mas ele morreu. Talvez por causa de você, mas não por suas mãos - observou o rosto coberto de machucados, os olhos roxos e até mesmo movia-se com dificuldades devido o espancamento. Continua bonita, impressionante. - Considerando o que você sofreu, uma segunda chance é o mínimo que posso te dar.

Ela escutou as palavras do homem com atenção, surpreendendo-se ao vê-lo sendo tão bom, quis chorar novamente, mas precisava abandonar aquele lado frágil e voltar à mulher forte que era, então segurou as lágrimas e deixou que sua mente esvaziasse todo aquele peso de vez. Ouviu o som estrondoso de uma trombeta que chamou toda atenção do castelo, foi com o homem de cabelos brancos para saída do corredor e deparou-se com todo pátio olhando para o topo da muralha onde estava a pessoa que avisara de uma aproximação.

- O que está acontecendo? - questionou, curiosa.

- Meu exército chegou.

Os dois saíram de dentro do castelo e caminharam pelo pátio, ela o seguia pela grande curiosidade sem perceber que o lógico seria manter-se longe do rei e seus assuntos, mas considerando que o mesmo não ligava para sua presença resolveu continuar. Daeron gritou para que abrissem o portão enquanto aproximava-se, quando finalmente encontram-se com as paredes opostas, mostrando todo mundo fora das muralhas, viram inúmeros homens alastrando toda região em volta do castelo, montando tendas e criando depressões em volta por precaução. O Targaryen sorriu de repente, correu para Desmond e o abraçou.

- Demoramos demais, eles estavam mais longe que achamos - disse Desmond devolvendo o abraço.

- Bem, foi melhor assim - retrucou Daeron, refletindo sobre os últimos dias.

- Você fica melhor de cabelo azul - reparou Trysta aproximando-se, abraçou o príncipe também. - Fico feliz que abandonou de vez o Brynn.

Rydan Dragen surgiu dentre a multidão de mercenários, portava uma armadura de aço poderosa e chamativa, protegia os principais pontos de seu corpo e as partes descobertas eram quase invisíveis. O capitão-general da Companhia Dourada sorriu, apertando a mão de Daeron e puxando-lhe para um abraço rápido.

- Você cresceu demais - disse o homem coçando sua barba.

- Você envelheceu demais.

- Quem é essa, sua mulher? - perguntou ele observando as curvas de Talia.

- Não, não - responderam em uníssono. - Ela é uma das sobreviventes da Companhia Blackhand.

- Prazer, rainha da beleza - o barbudo acenou com a cabeça respeitosamente, apesar dos olhos terem varrido o corpo da mulher, não a tratava com desrespeito.

O dia anoitecia quando o salão de reuniões estava coberto de comandantes, cavaleiros e todo tipo de pessoas importante o suficiente para participar daquilo. O grupo dividia-se em dois pares de mesa, um de frente ao outro. Na mesa esquerda estavam Daeron, Serena, Harrold, Trysta, Desmond, Melvan, Melisandre, Shaddan, Droenn e Rhaego. Na mesa direita estavam Rydan, o capitão-general da Companhia Dourada; Balaq Negro, comandante da divisão de arqueiros; Gorys Endoryen, o mestre tesoureiro; Lysono Maar, mestre dos espiões e muitos sargentos. Passaram horas discutindo estrategias e planos para invasão de Westeros, demonstrando o claro foco no norte, alguns comentaram que seria melhor navegar na surdina e capturar Ponta de Tempestade, mas a ideia apesar de boa foi negada quando Daeron deixou claro que o norte atualmente estava nas mãos de Jan, caso tentassem pelo sul provavelmente teriam que enfrentar duas forças ao invés de apenas uma. Perto do fim finalmente haviam perguntado como iriam atravessar o mar estreito, o Targaryen explicou que contratariam inúmeros navios com a ajuda de Rhaego para levá-los, alguns pareceram não gostar da ideia, mas no fim tudo estava arrumado e preparado, então chegara a hora do juramento. Serena, distraída com tamanha discussão, quase dormia, quando foi tocada pelo irmão para que levantasse tomou um susto e fez de imediato, acompanhando-o perdida até à frente de todas aquelas pessoas. Um por um, os homens ajoelharam-se em sua frente, estendendo suas armas em sua direção e citando as palavras comuns.

- Meu arco é seu, meus arqueiros também - jurou Balaq, estendendo seu arco.

- A Companhia Dourada é sua, assim como minha espada e minha vida. O seguiremos por esta guerra, protegendo-o e sua irmã até que esteja no maldito trono de ferro, com uma coroa em sua cabeça - prometeu o capitão-general, finalmente concretizando o contrato com a Companhia Dourada.

- Eu serei sua Mão, o conselho que precisará nas horas difíceis, a pessoa que poderá confiar para cuidar de seu reino enquanto estiver ocupado. Juro para os dois que estarão no comando daquele lugar o quão antes - juramentou Harrold, ajoelhando-se em frente ao rei e sua irmã.

- Você terá minha espada, meu escudo e minha fidelidade até os últimos de meus dias - chegou a vez de Trysta.

- Ficarei honrado de fazer parte novamente da Guarda Real de sua Dinastia, cuidarei de suas costas e dos seus futuros filhos até que minha morte chegue e eu passe para o próximo cavaleiro - juramentou Desmond, estendendo sua espada ajoelhado.

- Cuidarei de suas feridas, das feridas de sua irmã e das feridas de seus homens até que sente-se no trono de ferro - jurou o meistre Melvan, não era realmente necessário que fizesse isso, mas fazia questão de provar sua lealdade.

- Serei um de seus homens enquanto seu reinado for o que promete, comandarei uma parte da frota como bem disse e prometo recompensá-lo, não falharei - disse Rhaego, ajoelhando-se e estendendo seu arakh.

- Na batalha serei um de seus cavaleiros, na sabedoria serei um de seus conselheiros. Serei fiel à você, vossa graça - disse Shaddan repetindo o mesmo processo dos anteriores.

- Pela minha família irei segui-lo, para vingá-los do futuro trágico que tiveram, para salvar minha irmã. Prometo que o ajudarei a tomar o norte, serei seu lorde e o ajudarei na conquista do sul - jurou Droenn, ajoelhando-se e mostrando sua espada com empunhadura de lobo.

https://www.youtube.com/watch?v=0EF2t4hFGzo

Com tudo terminado, um escudeiro correu para dentro do salão com algo em suas mãos, parecia uma espada escondida em panos. Parou em frente à Daeron, ajoelhou-se e estendeu a arma para ele. O Targaryen deu um olhar desconfiado para o menino e o capitão-general da Companhia Dourada, mas a pegou e jogou o pano longe, assustando todos os que não eram da companhia: era a espada de Aegon, O Conquistador, a famosa Blackfyre. Brincou com ela no ar, vendo quão afiada era, talvez fosse um dos melhores aço valiriano que vira na vida, a qualidade era absurda e sua empunhadura complementava com uma beleza negra, representando sua casa.

- Os homens precisam ver quem irão seguir, precisam de toda confiança que puderem, afinal é para uma guerra que iremos não para proteger muralhas - aconselhou Ryden. - Você também, Stark, querendo ou não o seguirão também na conquista do norte.

O Rei e o Protetor do Norte entreolharam-se, concordaram com a cabeça e junto com todo restante do salão dirigiram-se para o pátio. Chegaram lá, deparando-se com todas pessoas do castelo cercando o caminho que passariam com tochas e olhos curiosos. Os dois Targaryen e o Stark caminharam por entre eles com os outros dois antigos mercenários enfiados no restante do grupo, as pessoas urraram de imediato, incentivando-os continuar. Enquanto os membros da Companhia Dourada atravessaram as muralhas e juntaram-se aos seus homens, os seguidores do Targaryen enfiaram-se na multidão, vendo o trio subir as muralhas. Daeron, Serena e Droenn ficaram no topo da muralha, eram visíveis para todo exército de mercenários e para seu próprio povo no pátio.

- Vocês todos devem saber para o que estão aqui, inclusive quem eu sou. Todos vocês são bastardos, exilados ou abandonados daquele maldito continente, eu também sou. Vocês são minha chance de conquistar os Sete Reinos e eu sou a chance de vocês de voltar para seu lar - escutou um rugido e viu seu dragão sobrevoando todo exército, ignorando-os, estava com algum animal gigantesco dentre os dentes, pousou no topo do castelo e jogou-o para cima, acertando-o uma rajada de fogo para que continuasse comendo. Sorriu pela fascinação e susto dos homens. - Finalmente marcharemos para lá, acabou-se os anos de promessa, chegou nosso momento. Conquistaremos Pedra do Dragão, mostraremos para Jan Baratheon o que o espera. Conquistaremos o norte, vingaremos todos nortenhos mortos na traição do maldito Baratheon. Então iremos para o sul, conquistaremos tudo que vermos pela frente e o Trono de Ferro será meu.

Os mercenários pareceram gostar do discurso, gritaram de empolgação, vários erguendo suas espadas e outras armas como se estivessem fazendo o juramento. Daeron Targaryen olhou para Blackfyre em sua bainha, pegou-a e ergueu-a para eles, mostrando a bela lâmina. Droenn Stark seguiu o homem, erguendo sua espada também. Serena que não estava com nada apenas fitou-os demonstrando-se, maldito momento que resolvi participar disso. O dragão no topo do castelo soltou outra rajada de fogo no cadáver e engoliu-lhe de vez.


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Observou algumas centenas de mercenários aproximando-se do palácio, saíam das árvores calmamente, pareciam nenhum pouco preocupados com o chamado repentino dos nobres. A Companhia Dourada parecera um pouco irritada com o adiamento da invasão feita pelo Targaryen, mas quando o mesmo explicou-lhes sobre a recuperação do ovo para um novo dragão os homens pareceram mais motivados do que nunca para recuperá-lo, outra criatura daquela poderia garantir os Sete Reinos facilmente. Passaram por inúmeras famílias, levando-as a força para o palácio dos Motis, talvez a mais rica dentre elas. Todos estavam reunidos: Motis, Nahin, Freets, Mopios e Ostaris. Uma reunião entre eles e os Bastardos Ligeiros para uma missão dificílima, algo que o próprio rei duvidou da funcionalidade, mas começavam acampar naquele exato momento, tranquilos do destino grave que teriam. Daeron Targaryen riu, saindo de perto do parapeito e adentrando no grande salão onde haveria a reunião, a chacina. Von Motis e Con Motis eram um casal de nobres, Me Nahin era um comerciante muito rico, Seo Freets e Cum Freets eram irmãos, Pun Mopios uma mulher muito rica e Tar Ostaris um rapaz novo, mas experiente em mercado. Nenhum deles conseguia transmitir algum sentimento além de medo ao vê-lo passear pelo salão, algumas vezes colocando a mão no pomo da espada. Esperou que todos estivessem em seu lugar e deixou que os homens adentrassem. Thoren, Marga e outros homens caminharam pelo palácio, dirigindo-se para o salão sem preocupar-se com o movimento menor do que o normal no lugar.

- Matem-os - simplesmente ordenou que seus homens fizessem o que quisessem com aqueles ricos, algo que resultou numa carnificina inevitável, os nobres gritaram de terror enquanto eram perfurados e mutilados, olhou num momento para Kyan perto dos Freets e voltou para varanda, acendeu uma grande quantidade de lenha, deixando que emitisse o sinal para que seus homens viessem.

Fora do palácio o acampamento entrou em desespero quando uma saraivada de flechas voou neles enquanto milhares de homens adentravam com armaduras e lâminas totalmente afiadas, extremamente habilidosos com suas mãos, brandiam suas armas com tamanha facilidade que alguns Bastardos escolheram fugir e logo foram acertados por algum golpe na oportunidade. O massacre desenrolava-se no topo do palácio e em seu pé, os nobres eram mortos em golpes rápidos e os traidores em golpes lentos. O grupo de mercenários em volta dos dois comandantes armaram-se quando escutaram os gritos do salão, mas logo viram-se cercados pelos dois lados do corredor. Thoren olhou para o baú em suas mãos e o deixou cair no chão, sacando seu arakh de aço valiriano para combatê-los, não deixaria que levassem seu ovo.




Mapa: https://i.imgur.com/75RPKBb.png

Talia[Babi]
Vestimenta: Calças, botas de cavalaria e uma cota de malha por baixo.
Armas: Duas espadas curtas e uma adaga com um chifre gravado na lamina.

Você está em frente à Marga que carrega uma espada normal, mas parece muito ágil com ela.


Droenn[Prime]
Vestimenta: Roupas normais sobre uma cota de malha.
Armas: Espada com a cabeça de um lobo gigante esculpida em seu punho, nomeada de Netuno. No guarda-mão, as dizeres de sua casa grafados: O inverno está chegando.

Você está lá embaixo exterminando todos traidores, há vários homens que parecem tomar cuidado de sua volta para que não fique em muito perigo.

Um homenzarrão de dois metros está à sua frente com uma espada longa


Rhaego[Dwight]
Vestimenta: Camadas de couro qualquer para uma proteção básica.
Armas: Arakh Dothraki e duas adagas presas cada uma a um lado da cintura. Os punhos das lâminas são do formato de cavalos-marinhos esculpidos em prata.

Você está em frente à Thoren que parece manejar o arakh de aço valiriano com bastante facilidade, sabe que é melhor tomar cuidado pois aquela lâmina era algo mortífero.


Shaddan[Guliel]
Vestimentas: Camadas de couro.
Armas: Uma espada longa bravosi e um escudo.

Você está no corredor com os homens encurralados, dois estão à sua frente, um com duas espadas curtas e outro com uma longa.


Kyan[Josh]
Vestimenta: Roupas normais sobre uma camada de couro para proteção básica.
Arma: Uma espada chamada Fayth e uma faca curta que leva no cinto.

Você está de frente aos irmãos Freets.


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Se manteve ao lado de Daeron após ouvirem o berrante, sabia que não era a coisa mais inteligente se meter nos assuntos do homem, mas sua curiosidade era maior que seu senso e parecia que a presença dela não o incomodava. Quando os portões se abriram viram o novo exercito do Targaryen, aquilo mais um dragão provavelmente significaria uma guerra ganha. Pensou em sua família e seu coração pesou por um momento, pretendia conversar com o homem sobre aquilo, nem todos tinham a ver com a antiga guerra, e nem todos mereciam o destino que ele queria da-los.

O futuro rei correu em direção a Desmond pra abraça-lo. Mesmo sentindo dor em caminhar, a mulher foi andando até onde eles estavam e ficou ouvindo a conversa até que o líder da Companhia Dourada a olhou de baixo a cima e perguntou se eram um casal.

-Não - Responderam os dois ao mesmo tempo

-Ela é uma das sobreviventes da Companhia Blackhand. - Daeron explicou

- Prazer, rainha da beleza - o barbudo acenou com a cabeça respeitosamente, mesmo depois de ter a olhado de cima a baixo. Desde que tinha chegado no castelo era a segunda vez que a chamavam de rainha da beleza, achou aquilo um pouco engraçado, principalmente porque com todos aqueles machucados em seu rosto não se sentia nada bela. Deu um pequeno sorriso e acenou de volta para o homem.

Quando entraram no castelo, Daeron convocou alguns homens para fazerem planos e juramentos. Por todo esse tempo ficou sentada em uma das mesas no patio, era bom finalmente sair daquele quarto. Quando os homens saíram do castelo, viu as pessoas abrindo passagem pra eles, sabia o que estava acontecendo então continuou sentada. Ao ver Serena e Droenn em cima da muralha sorriu. Não sabia ao certo a historia do Stark, mas era provavelmente um dos únicos amigos que tinha depois que Daven foi embora e tinha visto Serena crescendo em todos os anos que fazia parte dos Blackhand. Observou enquanto os homens levantavam suas espadas em respeito aos Targaryen e ao futuro senhor do norte.

Dias depois foram para um palácio onde atrairiam os Bastardos Ligeiros e reconquistariam o ovo de dragão. Quando o plano estava sendo executado, sorriu ao ver Marga provavelmente tentando sair do lugar. Antes de se tornar uma Blackhand sempre ouvia sobre os Corvos do Deserto, agradeceu aos deuses por ter entrado na companhia de Brandyn. Ficou agitada com o que estava prestes a fazer, não tinha nada que a empolgava mais do que uma batalha. Entrou no caminho da mulher rapidamente e sorriu pra ela enquanto sacava suas duas espadas.

-Pretende ir a algum lugar? Lá fora pode ser perigoso, companheira . - Disse olhando com um olhar sarcastico para a mulher. Olhou para o lado com se tivesse pensando e voltou-se para a mulher novamente - Na verdade, não acho que aqui seja menos.

Viu que a mulher usava apenas uma espada normal, mas ja tinha a visto lutar, sabia que ela era muito agil com a arma. Foi para cima dela se defendendo dos golpes que ela aplicava e procurando por uma boa oportunidade. Seu corpo ainda estava dolorido mas não atrapalhava sua velocidade, aproveitou da brecha que a mulher deu e estocou uma das espadas na sua barriga. Arrancou a arma do corpo dela e se afastou esperando enquanto ela cuspia sangue

- Isso é pelos Blackhand, Vadia- Disse cuspindo no corpo caído da mulher.



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Babi escreveu:
Viu que a mulher usava apenas uma espada normal, mas ja tinha a visto lutar, sabia que ela era muito agil com a arma. Foi para cima dela se defendendo dos golpes que ela aplicava e procurando por uma boa oportunidade. Seu corpo ainda estava dolorido mas não atrapalhava sua velocidade, aproveitou da brecha que a mulher deu e estocou uma das espadas na sua barriga. Arrancou a arma do corpo dela e se afastou esperando enquanto ela cuspia sangue

- Isso é pelos Blackhand, Vadia- Disse cuspindo no corpo caído da mulher.



Você precisa tirar 6 para matá-la.

http://prntscr.com/9r2h9v + 3


Enfiou a espada dentro de seu estomago e na fúria do combate subiu-a, abrindo uma fenda até que separasse seu rosto em duas partes, viu aquele corpo mutilado caindo no chão e resfolegou.


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— Matem-os — Foi tudo que Daeron disse, dirigindo-se para a varanda. Rhaego sorriu sozinho enquanto ouvia os oponentes gritarem com horror. O cheiro de sangue espalhava-se pelo salão enquanto a carne mole e gordurosa dos nobres era penetrada. Os mercenários traidores teriam um fim ainda pior.

Deu dois passos a frente e presenciou de perto a impagável visão do rosto de Thoren tomado por choque e confusão, largando o baú com o ovo e sacando seu elegante arakh de aço valiriano. Sempre desgostou daquele Skullhead em particular por não simpatizar com a sua cara de filha da puta, e a arma em suas mãos só o motivava mais ainda a enfrentá-lo. Parou em frente ao caveira encarando-lhe por alguns segundos, com seus olhos violetas brilhando quando pousados sobre a lâmina esfumaçada.

O homem tinha olhos ferozes e um rosto traiçoeiro, — com uma barba oleada e perfeitamente aparada, — além das roupas e dos atavios elegantes que carregava. Certamente não era tão espalhafatoso quando o tyroshi, mas também não tentava esconder as riquezas que possuía. A arma em suas mãos saltava e girava com habilidade, não era um oponente a ser subestimado, mas já havia-o visto em combate algumas vezes para reconhecer suas fraquezas.

Trocaram diversos golpes, o caveira era rápido como uma cobra, mas as habilidades de ambos eram semelhantes o suficiente para nenhum dos dois saírem em vantagem. Enroscaram as lâminas curvas e Rhaego afastou os corpos com um empurrão, soltando algumas provocações.

— Por que você não morre, como o seu pai fez? — A pergunta em meio as pancadas fez diluir o sorriso desafiador no rosto do Skullhead, encorajando-o a continuar, — Por que não aceita a morte na mão de um oponente mais capaz como ele, huh?

Thoren não conseguia esconder o clarão de raiva, golpeando-o numa fúria ensandecida. O tyroshi esquivou-se com habilidade dos ataques de cabeça quente, recuou o corpo para trás e quando o inimigo levantou o braço para um ataque vertical jogou-se para frente, agarrando-lhe o punho com a mão livre e encravando o arakh em seu peito. Os olhos de Thoren subitamente fitaram o nada, enquanto lutava para se manter em pé. Baba escorria de sua boca e sangue molhava seus lábios que balbuciavam, — provavelmente rogando-lhe pragas, — mas que nada conseguiam dizer. Rhaego agarrou a sua mão que pendia mole e retirou o arakh de seus dedos quase sem vida, enquanto a mão oposta ainda segurava a lâmina em seu peito. Elevou a lâmina de aço valiriano até a altura do pescoço, deslizando-a delicadamente na garganta do Skullhead, aonde uma estreita fissura se abriu e sangue começou a escorrer.

— Tal pai, tal filho. — Sussurou em seu ouvido, soltando o cabo para que o corpo despencasse com a lâmina ainda alojada em seu tronco.

Ele caiu para trás, sacudindo-se e batendo com o rosto no chão. Rhaego postou-se à sua frente para limpar o sangue de seu novo arakh nas vestimentas do oponente morto, notando que seus olhos estavam vazios e seu corpo parara de retorcer-se.


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Souberam que havia chegado o momento quando uma estreita linha de fumaça manchou o céu. Ao passo que o massacre iniciava, Droenn desceu pelo talude ao sul, trazendo consigo cota de malha sob uma túnica cinzenta; a luva negra ainda colava-se na mão direita que segurava a espada.

Esgueirou por tendas onde alguns corpos jaziam em frente e derramavam na grama o sangue fresco de traidor. Que sofram, praguejava. Topou primeiro com um homem robusto e barbudo que saltou em fuga assim que abriu a tenda. O gordo despencou ao levar um pontapé e a última coisa que sentiu foi o toque de Netuno esburacando-lhe o peito.

O próximo armava-se com um machado e grasnava maldições para o Stark, aparentemente irado com a morte de um companheiro. Prova de sua própria lâmina agora.
Droenn avançou sem delongas e bloqueou dois ou três golpes antes de deixar um rasgo na garganta inimiga.

Dali então rasgou uma barriga, furou outro no coração, mergulhou o pomo a uivar na cara de mais um, quando interrompeu-se para fitar os prováveis dois metros que punham-se em seu caminho. O mão negra não notara antes que estava sendo protegido pelos flancos. Voltou os olhos para o brutamontes e concedeu-lhe as honras para iniciar.

E o homenzarrão as aceitou e avançou com nada mais que uma sugestão de sorriso no canto da boca. Droenn esquivou do corte, era necessário aproveitar-se das brechas. Não serei feliz se pular em uma montanha armada de espada longa. Rolou, bloqueou e repetiu outra vez, até que a lâmina do oponente encontrou a sua e afastaram-se num empurrão. O Stark usufruiu do momento para abrir um talho na perna inimiga e o brutamontes cedeu, sobre um joelho só, enquanto o gume de Netuno brotava das costas.

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Dwight escreveu:
Thoren não conseguia esconder o clarão de raiva, golpeando-o numa fúria ensandecida. O tyroshi esquivou-se com habilidade dos ataques de cabeça quente, recuou o corpo para trás e quando o inimigo levantou o braço para um ataque vertical jogou-se para frente, agarrando-lhe o punho com a mão livre e encravando o arakh em seu peito. Os olhos de Thoren subitamente fitaram o nada, enquanto lutava para se manter em pé. Baba escorria de sua boca e sangue molhava seus lábios que balbuciavam, — provavelmente rogando-lhe pragas, — mas que nada conseguiam dizer. Rhaego agarrou a sua mão que pendia mole e retirou o arakh de seus dedos quase sem vida, enquanto a mão oposta ainda segurava a lâmina em seu peito. Elevou a lâmina de aço valiriano até a altura do pescoço, deslizando-a delicadamente na garganta do Skullhead, aonde uma estreita fissura se abriu e sangue começou a escorrer.

— Tal pai, tal filho. — Sussurou em seu ouvido, soltando o cabo para que o corpo despencasse com a lâmina ainda alojada em seu tronco.

Ele caiu para trás, sacudindo-se e batendo com o rosto no chão. Rhaego postou-se à sua frente para limpar o sangue de seu novo arakh nas vestimentas do oponente morto, notando que seus olhos estavam vazios e seu corpo parara de retorcer-se.


Você precisa tirar 6 (2 + 3 + 1) para matá-lo.

http://prntscr.com/9r2n1n + 4


A lâmina curvada de aço valiriano era passada de geração em geração na Companhia Skullhead, seus comandantes a entregavam para seus substitutos cientes de sua honra e responsabilidade, mas Thoren apenas ganhara o cargo pela época difícil e a necessidade dos nobres, esses que anos depois anunciaram o apoio continuo na morte dos mãos negras. O filho de Zarka cedera desesperado, era um homem fraco. Thoren Skullhead finalizou a Companhia Blackhand matando todos seus membros, naquele dia sentira-se feliz como nunca, seu futuro seria brilhante. Rhaego retribuíra o mesmo favor, finalizando a tradição dos caveiras e acabando com sua existência como acabaram com sua antiga família.

Virou-se, abriu o baú e viu dentro um ovo de escamas negras, fascinante como poucas coisas no mundo eram.

Prime escreveu:
E o homenzarrão as aceitou e avançou com nada mais que uma sugestão de sorriso no canto da boca. Droenn esquivou do corte, era necessário aproveitar-se das brechas. Não serei feliz se pular em uma montanha armada de espada longa. Rolou, bloqueou e repetiu outra vez, até que a lâmina do oponente encontrou a sua e afastaram-se num empurrão. O Stark usufruiu do momento para abrir um talho na perna inimiga e o brutamontes cedeu, sobre um joelho só, enquanto o gume de Netuno brotava das costas.


Você precisa tirar 18 para concluir essa ação.

http://prntscr.com/9r2r29 + 4


Rolou e recuou, desviando de todos golpes do homenzarrão, até que ganhou a oportunidade de atravessar sua espada em seu peito, surgindo em suas costas e sumindo em seguida ao retirá-la. Levantou os olhos para ver quantos restavam e viu os traidores correndo para longe.

- Senhor, o que fazemos? - perguntou um dos mercenários.

Estranhou o tratamento como se fosse algo superior, mas no fundo sabia que teria que acostumar-se com a vida que deveria ter tido se não fosse pelo irmão bastardo.

- Matem-os - respondeu, nenhum daqueles homens merecia misericórdia.


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A essa altura, Shaddan já não se incomodava mais com aquela pífia vingança, muito menos com o que fosse acontecer aos Bastardos Ligeiros. Desde de que soube sobre a traição de Brandyn, deixou de se importar com a memória dos Blackhand, ainda mais depois de ajoelhar-se diante Daeron e jurar lealdade, firmando um objetivo definitivo para sua vida. Quando voltasse a pisar em Westeros, abandonaria Shaddan von Roqqa para sempre. 

— Matem-os. — o início do massacre foi anunciado. Marchou junto a seus companheiros através do corredor, desembainhando a espada longa e assistindo enquanto tudo se desenrolava. Tomou uma dupla de Corvos do Deserto como seus alvos e os analisou friamente antes de investir com o ímpeto de um touro. Como imaginava, o que manejava uma dupla de espadas foi o primeiro a responder, tentando circundá-lo enquanto o companheiro mais experiente o flanquearia. Açoitou o escudo do mascarado com suas esbeltas lâminas, se esforçando em encontrar alguma brecha mas não realizando o quanto se expunha ao fazê-lo, recebendo uma mortal estocada na costela como castigo. Também teria a garganta aberta se não fosse pelo segundo que finalmente atacou.

— Maldito! — berrou o Corvo em meio a raivosos chutes contra o escudo, usando do colidir de espadas como uma forma cobertura. Tentava encurralar Shaddan contra a parede, empurrando-o cada vez mais enquanto tentava desarmá-lo na força bruta. O que ele não esperava, porém, era que o mascarado se desvencilharia do próprio escudo e manejaria a espada com as duas mãos, fazendo-a percorrer a lâmina inimiga e desviar-se do guarda-mão, lhe estocando o punho. Urrou de dor e soltou a arma, caindo contra os próprios joelhos antes de ter uma morte limpa nas mãos do mascarado, que o decapitou em um único movimento. 

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Gulielmus escreveu:
— Matem-os. — o início do massacre foi anunciado. Marchou junto a seus companheiros através do corredor, desembainhando a espada longa e assistindo enquanto tudo se desenrolava. Tomou uma dupla de Corvos do Deserto como seus alvos e os analisou friamente antes de investir com o ímpeto de um touro. Como imaginava, o que manejava uma dupla de espadas foi o primeiro a responder, tentando circundá-lo enquanto o companheiro mais experiente o flanquearia. Açoitou o escudo do mascarado com suas esbeltas lâminas, se esforçando em encontrar alguma brecha mas não realizando o quanto se expunha ao fazê-lo, recebendo uma mortal estocada na costela como castigo. Também teria a garganta aberta se não fosse pelo segundo que finalmente atacou.

— Maldito! — berrou o Corvo em meio a raivosos chutes contra o escudo, usando do colidir de espadas como uma forma cobertura. Tentava encurralar Shaddan contra a parede, empurrando-o cada vez mais enquanto tentava desarmá-lo na força bruta. O que ele não esperava, porém, era que o mascarado se desvencilharia do próprio escudo e manejaria a espada com as duas mãos, fazendo-a percorrer a lâmina inimiga e desviar-se do guarda-mão, lhe estocando o punho. Urrou de dor e soltou a arma, caindo contra os próprios joelhos antes de ter uma morte limpa nas mãos do mascarado, que o decapitou em um único movimento. 


Você precisa tirar 5 para matar o primeiro.

http://prntscr.com/9r9tb2 + 4


O primeiro gritou quando sua espada adentrou em suas costelas perfurando seu corpo gravemente.

Você precisa tirar 15 para matar o segundo.

http://prntscr.com/9r9u7m + 4


Em golpes rápidos neutralizou toda ameaça que o segundo poderia oferecer e deu-lhe uma morte rápida, ao decepar sua cabeça. Voltou sua atenção para o resto do corredor onde os cadáveres inimigos cobriam o chão, a batalha de fora parecia ter terminado também.

Os antigos mercenários notaram pela primeira vez que na vingança de sua antiga companhia haviam se despedido de Essos, o continente onde moraram por anos e anos, iriam para os Sete Reinos e talvez nunca voltassem.


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— Os nativos dos Sete Reinos que nunca visitaram esse continente pouco entendem sobre seu povo e o desinteresse num sistema de governo semelhante, a lógica cai sobre você também. - Kyan entendia sobre o assunto. Já tinha conversado com muitas pessoas de Westeros em suas viagens por Essos. - Justifica a diferença do que faz como se justiça fosse algo aceitado por todos e punição algo independente da opinião pública, deixe-me apresentar-lhe o conceito de um rei: ele está para organizar suas terras, punir os errados mesmo que não considerados por todos, é por isso que existem guerras, por isso que não existem reis totalmente adorados e reis totalmente odiados. - Mais uma vez, o antigo prisioneiro perguntava-se se Brynn achava que Kyan era burro. Não entendeu a mensagem que tentei passar, percebeu. Não me parece que durará muito como rei. Daeron levantou-se, limpando sua calça da terra. - Não preciso de seus sermões, - não teve sermão nenhum, Targaryen. -  mas agradeço pela boa vontade. Boa noite, Kyan.

Alguns minutos após a saída de Daeron, Kyan voltou para o seu quarto. Deitou-se na cama, sem intenção de dormir, olhando para o teto. Poderei finalizar os Freets. Pretendia fazer isso depois, para surpreendê-los, mas esta é uma boa ideia, Daeron. Após isso, ficarei livre e talvez me estabeleça em Westeros depois da guerra. Se ganharmos.

Viu a despedida de Daven, um Blackhand. Não o conhecia muito, então preferiu não se aproximar ou falar algo. Após sua saída, voltou ao quarto. E nele esteve novamente durante a festa com a chegada do exército de Daeron. Porém, naquela noite, tinha pegado muitas garrafas de vinho. Passou o tempo todo bebendo um copo, e mais um copo, e outro copo… Fora muita bebida para deixá-lo bêbado. Seu corpo já estava acostumado a beber muito, fazendo-o ficar sóbrio mesmo depois de dezenas de copos. Ninguém o tinha visto bêbado, pois trancava-se em seu aposento, deitado, ainda tentando esquecer algumas lembranças. Nunca se apagavam.

No dia da chacina organizada pelo Targaryen, Kyan mostrava-se calmo como o céu, silencioso como uma sombra e com um olhar afiado como o de uma águia. Chegava no palácio varrendo seus olhos sobre as paredes e alguns dos ricos presentes. Os Freets não o reconheceram pela roupa diferente, cabelo maior e barba.

Quando o ataque começou, Kyan limpou o caminho até os Freets, deixando-os sozinhos na sala da mesa. Os dois o olhavam assustados, mas não por quem era, já que não o tinham reconhecido, e sim pelo receio de morrer.

— Kyan, prazer - sua frase fez eles ficarem mais assustados ainda, com olhos enormes, se afastando aos poucos de costas e parando na mesa.
— Você deveria estar morto! - gritou um deles, com nervosismo na voz.

O homem de roupa negra girava sua espada com facilidade, enquanto os encarava com um rosto duro.

— Sinto decepcioná-los. - Após sua fala, Seo tentou ser corajoso com um soco em sua direção, mas Kyan segurou sua mão e apertou, fazendo-o gritar de dor. Depois, torceu o braço do Freet e cortou suas duas pernas em um único golpe. Fayth está faminta. O homem agonizava no chão, gemendo e se assustando com a quantidade de sangue que saía.

Cum Freet chorava enquanto via-se sem opção de fazer nada. Kyan voltou-se a ele, caminhando lentamente até agarrá-lo pelos cabelos e bater seu rosto na mesa uma vez.

— Diga o motivo - questionou Kyan.
— Motivo do quê? - Kyan novamente bateu o rosto do homem na mesa, fazendo seu rosto sangrar mais.
— Gom te lembra alguém? - perguntou, com calma e agressividade ao mesmo tempo.
— Gom… Aquele desgraçado! - Mais uma vez teve sua cabeça jogada no móvel de madeira. — Ele matou nossa irmã.
— Continue.

O homem não pretendia falar mais nada, mas ao perceber o que Kyan queria, antes que tivesse seu rosto contra à mesa novamente, falou:

— Ele trabalhava para a nossa família. Era um dos cavaleiros. Nossa irmã estava prometida a um homem de uma outra família e iria para o seu castelo para um banquete que tinha sido convidada. Nosso exército estava fraco e não pretendíamos levá-la sem um bom número de homens, mas Gom era nosso melhor guerreiro e ele poderia levá-la sozinho, então confiamos nele. Três dias depois ele voltou, com a garganta dela cortada. O filho da… Gom matou ela, dava para perceber naquele olhar de psicopata e tom de voz calmo dele. Nunca confiei nele.
— O que ele disse?
— E importa? - teve sua cabeça beijada na mesa três vezes, com muita força. — Ele falou que tinha sido atacado por um grupo de estranhos e que um deles cortou a garganta da moça enquanto ele tentava lutar. Mas quem acreditaria no cara? Ele era o melhor cavaleiro e a levou por uma estrada segura! E estava calmo demais. Era um psicopata, sem dúvidas.
— E depois? - a voz de Kyan já estava mais calma do que agressiva.
— Ele fugiu quando foi acusado de que tinha a matado. Desapareceu do castelo, enquanto meu pai refletia sobre tudo. Foi a prova de que tinha sido ele. Por que mais fugiria?

Kyan conhecia Gom o suficiente para saber que ele não tinha feito aquilo. Agora ele entendia o motivo de tudo aquilo ter acontecido, e isso fez ele gostar menos ainda dos Freets. Gom era estranho e muito silencioso, mas tinha um coração tão bom quanto um cavaleiro mítico.

A cabeça de Cum Freet foi levada até a ponta reta da mesa, onde as duas se encontraram após um golpe final, matando o homem. Logo após, Kyan percebeu que Seo continuava a agonizar no chão. Agachou-se perto dele.

— Sabia que você é o último Freet vivo? — disse, o provocando. - Você e todo esse inferno de família pararão de existir. O egoísmo e todo esse sentimento de superioridade fizeram vocês caírem. Você falou sobre eu estar morto, e estava certo. Kyan está morto. O que restou foram apenas cinzas do que eu já fui. Mas agora vocês me deram um motivo para voltar a viver. E aqui está meu agradecimento.

Kyan cortou a cabeça do Freet e depois se levantou. Embainhou a espada e caminhou até a varanda, onde Daeron estava. Apoiou-se no parapeito e observou o fim do massacre.

— Obrigado, Targaryen. Você me ressuscitou.

Gom, seguirei o que me pediu. Irei te honrar, pai.

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#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 6 72zDq9X

Olhou para grande mancha azul-escuro que sobrevoava o mar com tempestades e raios, os navios passeavam com dificuldade nas águas turbulentas, mas os capitães continham sua tripulação com gritos e ordens, enviando-lhes para cuidarem de qualquer problema que os ventos fortes causassem. Pedra do Dragão brotava conforme avançavam, uma enormidade apavorante, algumas vezes os clarões os faziam ter impressão de vários dragões sentados nas gigantescas torres esperando-os para matá-los, mas eram apenas gárgulas exageradas, quase irreais, toda frota observou fascinada as construções dos Targaryen, eram povos habilidosos e excêntricos. O plano de invasão veio novamente em sua mente, iriam atacar os navios que cercavam o perímetro da ilha para que pudessem desembarcar facilmente e avançar para as muralhas, onde o problema iniciaria de fato. Desmond virou-se para avaliar toda tripulação do navio que estava, misturavam-se piratas e mercenários, além de alguns poucos guerreiros do próprio Daeron que fora para o norte acompanhado da mulher que parecia interessado, sua irmã e o Stark. Harrold também ira, preferia ser um dos comandantes da frota, mas seu dever era ao lado do Rei. Não poderia negar o quão nervoso estava, foram anos e anos de planejamento e aguardo, agora estavam poucos passos de começar a guerra definitiva, muito estava em suas mãos e nas mãos de seus companheiros. Voltou sua atenção para tripulação, observando alguns casos de seu interesse.

Rhaego gritava algumas ordens para seus homens, era o capitão de um terço da frota, o restante era de Salladhor e outro de sua confiança. Parece um homem de confiança, além de carregar o sangue dos irmãos, avaliou-lhe, essa espada que carrega na cintura é uma artefato e tanto, aço valiriano, pergunto-me quantas existem nesse mundo. Lembrou-se do dia que Daeron, ele e o azulado foram à Braavos atrás do pirata e sua frota, o homem primeiramente abraçara o Velaryon e notara como havia crescido, depois foram horas de negociações para convencê-lo de levar sua grande frota com eles, entregando uma grande parte para o azulado especialmente por ser um conhecido, ganharia muita riqueza com a vitória em Westeros, deveria pelo menos. Randyll revelara seu nome verdadeiro no momento que abandonaram Essos, jogara todas as coisas marcantes de sua vida naquele continente no lixo ao iniciar a reconquista dos Sete Reinos, abandonara a mascara e começara mostrar o rosto enfaixado, algo que amedrontava alguns homens, mas não o incomodava, estava junto aos outros no convés, encarando o norte com o rosto fechado, provavelmente pensativo. Desmond franziu o cenho novamente ao vê-la sob a chuva há horas, a mulher de vermelho mantinha os olhos fechados numa expressão de prazer, seu rosto estava inclinado para os céus, sentia as gotas violentas da tempestade varrendo seu rosto, seu vestido colava-se a seu corpo, os homens podiam ver suas notáveis curvas, mas nada além disso, alguns pareciam temer a figura misteriosa da mulher.

- Senhor, estamos nos aproximando dos navios inimigos - avisou um dos homens à Rhaego que ordenou que seguissem o plano.

Observou todas tripulações separando uma dúzia de homens para pularem no barco recém jogado nas águas violentas, prepararam seus remos e começaram afastar-se de sua visão sumindo na camada de água que a forte chuva criava, tinha que limpar seu rosto inúmeras vezes pela aglomeração da mesma. Esperou que todos aqueles guerreiros fizessem seu trabalho bem, pois uma batalha marítima não era algo que nenhum deles queria no momento, seria violento e difícil, seu convés estava escorregadio e ocasionalmente uma onda batia com força neles, jogando-os para o chão caso não se segurassem a tempo, isso só pioraria com os outros navios da costa dirigindo-se para eles e ainda mais quando chegassem em terra, pois todo castelo saberiam de sua presença e estariam totalmente preparados para seu ataque. É a primeira batalha dessa guerra, se perdemos poucos respeitarão a empreitada de Daeron, talvez até mesmo os lordes nortenhos estranhariam o homem de cabelos brancos e sob os pés dos malditos Boltons preferissem continuar.

Navio 1: http://prntscr.com/9rr99a
Grupo 1: http://prntscr.com/9rr9c9

Navio 2: http://prntscr.com/9rr9mm
Grupo 2: http://prntscr.com/9rr9pi

Navio 3: http://prntscr.com/9rr9u8
Grupo 3: http://prntscr.com/9rr9yv

Navio 4: http://prntscr.com/9rra83
Grupo 4: http://prntscr.com/9rradc

Navio 5: http://prntscr.com/9rrapj
Grupo 5: http://prntscr.com/9rratb

https://www.youtube.com/watch?v=uPFwKdVe3J8

Fechou os olhos e apertou os punhos quando escutou trombetas e alarmes chamando toda atenção para aquela área, virou os olhos para o homem de cabelos azuis, não parecia irritado com aquilo, muito menos decepcionado, demonstrava uma empolgação que o surpreendeu, gritou ordens à seus homens numa voz grossa e dominante, levando-os para seus postos rapidamente, escutou os outros capitães gritando também com o mesmo tom de voz. Encostou a palma de sua mão no pomo da espada, observando Pedra do Dragão acendendo-se de repente, inúmeros navios surgindo da costa e os não tomados pelos seus homens juntando-se, obviamente tomando a dianteira pela distância curta. Os dois navios tomados foram incendiados após o alarme, criando uma grande luz laranja que os ajudava ver a aproximação dos inimigos com mais clareza, algo que agradeceram os homens, podendo-os ver em forma de vultos pulando na água para fugirem das chamas. Toda frota soprou sua própria trombeta num cântico solene, homens começaram bater seus tambores e o mar foi dominado por uma canção para incentivá-los, algo que para Desmond era desnecessário, mas animava os soldados e piratas. Um ótimo incentivo é a própria sobrevivência, a vitória e as conquistas, não canções. Voltou seus olhos para as frotas inimigas aproximando-se, faltava pouco para que o combate iniciasse, pulariam para as embarcações inimigas e matariam todos que pudessem, mas antes a lógica os levaria para uma ataque a longa distância.

- Arqueiros, em posição! - gritou Balaq Negro.

Os arqueiros correram para as encostas do navio, colocaram suas flechas em braseiros para incendiá-las e prepararam-se para o comando de jogá-las. Kyan não podia negar o quão irritado estava com toda aquela chuva atrapalhando-lhe, obrigando-lhe ajustar sua visão toda vez que outra jorrada de água batia em seu rosto, sentia o navio balançando loucamente e tudo que poderia fazer é deixar os braços erguidos com o arco em mãos, a flecha em posição e os olhos fixos nas embarcações inimigas aproximando-se. Era sua primeira batalha, sua primeira guerra e estava nervoso.

- Preparem as catapultas! - gritaram os capitães.

Desmond não pôde impedir o sorriso ao ver os homens correrem para prepará-las, o Targaryen havia odiado não poder participar do primeiro ato de sua guerra, mas não ignorara nenhuma reunião para seu planejamento, participando de todas, discutindo inúmeras maneiras de dominar o local, mas sua principal participação naquilo fora a ideia que se seguiria e o homem esperava que desse certo. Os navios colocaram-se em ordem, ambas frotas estavam preparadas para o combate, alguns lutavam com o dobro e outros completavam uma dupla com o inimigo, espalhavam-se por todo mar para o combate. Sacou sua espada como muitos fizeram, homens começaram deslizar as grandes passarelas de madeira improvisadas para a invasão do navio vizinho.

- Agora! - os capitães berraram finalmente.

Os arqueiros puxaram a corda até o final e a soltaram enviando as setas em chamas nos navios inimigos. Os dois lados pareciam seguir a mesma estrategia, pois quando as flechas passaram ao lado de suas inimigas e pularam sobre seus alvos, os homens levantaram seus escudos protegendo-se, uma fileira estava fixa ao lado dos arqueiros para os proteger das flechas inimigas. O maior diferencial do lado Targaryen para o lado Baratheon daquele momento da batalha fora quando os seguidores do dragão jogaram carvões em chamas no interior de catapultas e as arremessaram, explodindo em brasas na frota de Pedra do Dragão, incendiando vários navios imediatamente. Obrigado, Daeron.

- Arqueiros, em posição! - gritou Balaq novamente.

- Preparem as catapultas! - os capitães ordenaram novamente.

Os carvões foram colocados novamente nas catapultas.

- Atirem! - gritaram juntos.

Quando os carvões acabaram, viu homens jogando barris de óleo e pedras dentro delas, eram para o cerco, mas tinham o suficiente para improvisar um ataque a distância considerável, jogaram-as também, muitas caíram no mar e outras acertaram o convés transformando inimigos em sopa na colisão, o óleo derramado foi usado para incendiá-los. Porém, apesar da ótima dica de Daeron e do improviso genial dos homens, a frota aliada estava sendo exterminada também, eram vários navios afundando ou sumindo em chamas. Viram uma das embarcações inimigas aproximando-se paralelamente, provavelmente assim como eles decidiram que havia chegado o momento de invasão. Os arqueiros que sobraram aproveitaram-se para tentar acertá-los, dando a oportunidade de suas próprias passarelas fossem colocadas.

- Invadam! - ordenou Rhaego sacando seu arakh de aço valiriano e correndo com seus homens para o navio inimigo.




O cenário que vocês estão é bem caótico. O convés dos navios estão mergulhados em água, é fácil de escorregar e deslizar, além de balançar toda hora como se fosse um terremoto, o lugar está bem escuro, vocês podem ver pela luz dos outros navios pegando fogo, mas não é aquele beleza. Tá uma tempestade horrível, ondas gigantescas que batem toda hora no navio que estão, atrapalhando os arqueiros, e toda hora tem trovão.

Explicando a situação pra vocês de maneira rápida: tá aquela típica batalha naval cheio de navios espalhados em volta, caso não consigam imaginar direito, aqui. Continuando, o navio ao lado está sendo invadido por vocês, basicamente para dizimar toda tripulação ali, incendiar ou adicionar na sua própria é escolha do capitão que no caso é o Rhaego. Enquanto isso outro navio inimigo está se aproximando pelo lado esquerdo, a situação dele não é lá essas coisas, claramente foi acertado pelas catapultas, quando ele se posicionar, vai poder colocar suas próprias passarelas para invadir o navio que estão.

Mapa: https://i.imgur.com/0VdykdF.png

As cores escuras representam arqueiros.

Rhaego[Dwight]
Vestimenta: Sua armadura era leve, favorecendo a mobilidade: as ombreiras eram feitas de couro, esculpidas em quatro camadas que desciam por seu ombro, o braço era protegido por escamas do mesmo material. O peito era protegido por couro flexível e sedas coloridas esvoaçantes cobriam-lhe até o meio das pernas, por cima de calça simples e botas.
Armas: Arakh de Aço Valiriano, duas adagas com o punho em formato de cavalos-marinhos esculpidos em prata presas cada uma a um lado da cintura e um escudo de madeira.

Rhaego foi o primeiro a subir na passarela, encontrando-se com um inimigo que fora ágil de pular em cima dela no momento que colidiu com seu navio, ele carrega uma espada. Atrás dele estão vários homens. Sabe que terá de lutar ali em cima da tábua e sabe o risco que será, pois o balançar grosseiro é algo que facilita muito sua queda.


Randyll[Guliel]
Vestimentas: Um elmo fechado que transmite apenas seus olhos azuis, camadas de aço nos dois ombros, os braços são protegidos pela cota de malha e as mãos por uma manopla de aço com espinhos espalhados, grandes o suficiente para cortar o rosto de um homem. O peito é coberto por uma cota de malha sobreposta por um gibão de couro muito bem feito.
Armas: Uma espada longa westerosi e um escudo com o brasão da família Thorne.

Junto de vários homens atravessou a passarela e adentrou no navio inimigo, deparando-se com vários adversários.


Kyan[Josh]
Vestimenta: Ombreiras de couro em ambos braços fornecidos por camadas do mesmo material. O peito é protegido por um gibão de couro sobre uma cota de malha. Em suas costas está um aljava.
Arma: Uma espada chamada Fayth, uma adaga na cintura e um arco de madeira padrão.

- Mudem de lado, outro navio está se aproximando - gritou Balaq, ordenando-os sair do lado direito para o esquerdo.

Viram o grande número de arqueiros inimigos, esperaram seus companheiros subirem os escudos para protegerem-os das flechas inimigas e prepararam-se para o atirar. Havia um número pequeno de escudeiros protegendo os arqueiros inimigos, algo que os facilitava a acertá-los, tanto os escudeiros quanto os arqueiros. Todos notaram a grande quantidade de óleo próximo a vela, acertando-a poderiam incendiar aquele navio e evitar a invasão de seu próprio.

Basicamente, Josh, jogarei os dados para ambos lados de arqueiros, então você pode escolher mais de um arqueiro caso um dos seus erre ou logo a flecha em chamas na poça de óleo. Você vai ter duas chances pra acertar, na terceira os cara vão encaixar as passarela e invadir.


#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 6 NDl7aam

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A chuva sempre havia sido agradável em todos os momentos que a presenciara, mas naquele momento o incomodava muito. O exagero e violência das águas demarcava tempos batalhas difíceis naquela guerra, o que o fazia ansiar para estar em terra firme. Já tinha estado no mar em barcos pequenos, em diversas situações, mas nunca em um navio, e nunca com ondas tão grandes.

Seu cabelo e barba ficavam escuros quando molhados pela água. Os fios da testa já estavam começando a descer nos olhos, o obrigando a afastá-los para trás enquanto estava com o arco. A arma negra como suas roupas agradava-lhe tanto quanto uma espada, por mais que tivesse sido treinado como um arqueiro. Sabia manuseá-la sem problemas, podendo acertar seus alvos com poucas chances de erro. Os arqueiros ao seu redor provavelmente eram mais habilidosos, mas existia algo que dava a Kyan vantagem sobre eles: a sua calma. Desde que havia usado um arco pela primeira vez, sabia que era necessário estar relaxado e concentrado para obter precisão. Sua força também lhe ajudava, uma vez que influenciava na velocidade das flechas.

Observava um pouco preocupado com os navios aliados sendo destruídos, por mais que também tivessem derrubado muitas embarcações inimigas. Não tinha certeza se ganhariam aquela batalha, pois não conhecia muito Pedra do Dragão e do que era capaz. Se morresse naquele momento, já estava preparado. Porém, também já estava preparado para vencer, caso o destino lhes concedesse a vitória. Qualquer que fosse o futuro, ficaria satisfeito.

— Mudem de lado, outro navio está se aproximando - gritou Balaq, enquanto o navio invadia outra tripulação do lado direito, com Rhaego liderando.

Kyan seguiu os outros arqueiros e preparou seu arco, apontando para o navio inimigo. Percebeu a poça de óleo próxima e logo teve a ideia de acertá-la com uma flecha flamejante. Aproveitou enquanto seus companheiros atacavam para colocar fogo em uma de sua munição de madeira e atirá-la. Novamente apontando para a embarcação, com a flecha em chamas, tentou ser rápido em mirar na poça antes que a água pudesse atrapalhar o lançamento e soltou a corda, esperando acabar com aquilo.

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O céu fechava-se negro como as penas de um corvo, suas escuras velas camuflavam-se na escuridão da noite, tremeluzindo ocasionalmente com o retumbar de um trovão. A tempestade feroz era acompanhada de ventos fortes que empurravam as embarcações com velocidade em direção a costa, dificultando ainda mais sua missão. Rhaego regularmente gritava, com voz enérgica, para manter seus homens alertas.

O imponente castelo se erguia na costa distante da ilha, sobre um rochedo de pedras negras estruturava-se uma enorme fortificação, com torres esculpidas no formato de dragões e gárgulas espalhadas em seu topo. Memórias de sua infância voavam em sua mente, já havia visto aquele local diversas vezes, mas ainda impressionava-o como se fosse a primeira. Provavelmente aquele era o último resquício da civilização de seu antigo lar ancestral, como nenhum outro em Westeros, ou tampouco Essos. Notavelmente um lugar único, Pedra do Dragão era muito do pouco que restara da antiga Valíria.

— Senhor, estamos nos aproximando dos navios inimigos — Gritou-lhe o coxo, empoleirado no mastro principal.

Ordenou para que descessem um pequeno barco e viu uma dúzia de homens pularem com remos em mãos em direção à ele, logo desaparecendo entre as violentas ondas do mar negro, — procedimento que fora repetido por todas as outras tripulações. A ventania era tão intensa que podia sentir as gotas da brisa marinha batendo em seu rosto, com a água salgada molhando-lhe os lábios. Vivenciava certo saudosismo dos tempos de pirataria quando o distinto odor da maresia inundava-lhe as narinas.

Capitaneava agora um terço da frota no primeiro ataque direto ao Usurpador, uma grande responsabilidade que não tivera tempo para pesar até então. Sua mão repousava sobre o cabo do arakh que estava pendurado em sua cintura, enquanto parava para refletir. Pela primeira vez lutava por algo verdadeiro, não pelo ouro, não pelas riquezas que poderia colher em caso de sucesso, mas por um ideal. Lutava por seu sangue, por sua casa e, especialmente, por seu pai. Julgava que o velho orgulharia-se de ver o filho lutando pelas convicções que ele morreu para proteger.


Seus pensamentos foram interrompidos quando o som de uma trombeta ecoou em seus ouvidos, evidentemente os diversos barcos que deixaram a frota haviam falhado em passarem despercebidos, e agora o inimigo estava alerta sobre a sua presença. Estava ciente do quanto aquilo era ruim para eles, por mais que não cogitasse falhar em tomar Pedra do Dragão, sabia que um combate marítimo direto significaria homens e embarcações que ele não podia se dar ao luxo de perder. Por outro lado, como filho das marés, não conseguia evitar a empolgação crescente que queimava em seu peito, aumentando gradualmente de acordo com a batida dos tambores que começavam a retumbar no convés da embarcação, — seu coração martelava febril acompanhando-os. Gritou ordens e organizou seus homens, tentando ao máximo bradar mais alto do que a tempestade.

As velas rangiam e estalavam com o bater violento do vento à medida que o navio inimigo se aproximava. Balaq Negro posicionava os arqueiros com suas flechas flamejantes enquanto esperavam-os, por muito Rhaego nutriu um imenso desdém por arcos, — especialmente após o ocorrido com Serena, — considerava tal arma um instrumento de covardes que se escondiam na distância, mas no momento lhe era conveniente adorá-las.

— Preparem as catapultas! — sua ordem fez os tripulantes correrem para realizarem suas tarefas, preparando-as com carvões em chamas — Agora! — berrou ele, as setas viajaram em chamas pelo céu negro e muitas começaram um incêndio ao atingir seu destino. Os danos causados pelas catapultas e balistas eram ainda mais devastadores.

O Velaryon percorreu o convés e saltou sobre a amurada da embarcação, pisando com segurança na passarela escorregadia recém colocada entre os dois navios. A tormenta fazia a espuma do mar bater com força nos cascos dos navios enleados, fazendo-os chacoalhar.

— Invadam! — Bradou com voz firme, sacando sua lâmina negra. Se uma coisa tinha aprendido em sua vida é que um capitão nunca deveria se esconder atrás de seus homens. Encarou um inimigo que postava-se à sua frente portando uma espada, firmou os pés na prancha inconstante e avançou sobre ele, rechaçando o ataque com o escudo e dando-lhe um pontapé no abdômen. Avistou o homem cair e ser engolido pelo mar impiedoso. A correnteza da maré o virava e revirava, seu nariz e boca enchiam-se de água, e então afundou sob o peso de sua cota de malha. Rhaego saltou novamente a amurada, mas dessa vez do navio inimigo, abrindo caminho através da confusão e pilhando os corpos dos adversários que cruzassem seu trajeto para tomar o navio.


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Por fim, regressei à casa... 

Tentava juntar palavras para descrever a grandiosidade de Monte Dragão, que eclodia por entre o negrume das espessas nuvens. Mal conseguia ver o castelo, que pouco se destacava em meio a tamanha monstruosidade da natureza. As gárgulas dracônicas só lhe eram visíveis quando os raios se irrompiam por entre as nuvens, criando um breve clarão que as iluminava. De fato, uma visão fascinante, que mal podia esperar para registrar em seu futuro diário, mas que por hora, era seu alvo. Não podia sentir remorso em destruir aquelas torres se fosse preciso, afinal, as catapultas que havia sugerido o poderiam fazê-lo. Inicialmente aconselharia o uso de trabucos, mas mudou de ideia pela complexidade de seu fabricamento e uso, mesmo que sua força de lançamento fosse suficiente para esmagar muros. Com as catapultas, tinham mais tiros a disposição e menos pessoas para comandá-las, além de poder utilizá-las em cima dos barcos junto das balistas. Sabia o quão difícil seria acertar disparos em pleno mar, mas não importava. Nunca comandou uma batalha marítima, muito menos já participou de uma, mas fez sua lição de casa sobre elas e procurou se informar bastante, mesmo que fosse ter pouca voz ativa nessa etapa. 

Calado e com a mão pousada sob o pomo da espada, assistiu os eventos que sucederam para o início da batalha. Achava improvável que as coisas fossem ser resolvidas na surdina e, por isso, não foi surpreendido quando o som das trombetas inimigas foi ouvido, alertando toda a frota Baratheon que se deslocaria até eles em pouco tempo. Bravejou apenas algumas ordens, tentando não atrapalhar a organização já pré-definida por Rhaego e Desmond. Deu algum auxílio aos homens nas catapultas e balistas, influenciando positivamente em suas pontarias, além de supervisionar o quanto de carvão e barris de óleo eram usados em cada projétil. Depois, ajudou a posicionar as passarelas no primeiro navio que tentou invadir, sendo um dos primeiros a subir. 

— Homens! Não coloquem muito peso nas pranchas, apenas quatro por vez! — berrou para os aliados em alerta, cruzando a improvisada ponte até o convés adversário. Avançou no primeiro que viu, brandindo sua espada em um rápida sequência de cortes, subjugando-o em uma postura acuada que facilitou o processo de lançá-lo ao mar após uma inesperada rasteira. Continuou em marcha, decepando membros com sua lâmina e esmagando ossos com seu escudo, jamais deixando-se levar pela empolgação e sempre se mantendo em alerta. 

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Josh escreveu:
Kyan seguiu os outros arqueiros e preparou seu arco, apontando para o navio inimigo. Percebeu a poça de óleo próxima e logo teve a ideia de acertá-la com uma flecha flamejante. Aproveitou enquanto seus companheiros atacavam para colocar fogo em uma de sua munição de madeira e atirá-la. Novamente apontando para a embarcação, com a flecha em chamas, tentou ser rápido em mirar na poça antes que a água pudesse atrapalhar o lançamento e soltou a corda, esperando acabar com aquilo.


Aliado 1: http://prntscr.com/9s5c5i .
Inimigo 1: http://prntscr.com/9s5c8i

Aliado 2: http://prntscr.com/9s5ccv
Inimigo 2: http://prntscr.com/9s5cik

Aliado 3: http://prntscr.com/9s5cns
Inimigo 3: http://prntscr.com/9s5cro .

Aliado 4: http://prntscr.com/9s5cwq .
Inimigo 4:
http://prntscr.com/9s5d19

Inimigo 5: http://prntscr.com/9s5de6
Inimigo 6: http://prntscr.com/9s5dpa
Kyan: http://prntscr.com/9s5e0c

Ambos lados soltaram suas flechas quase ao mesmo tempo, muitos dos arqueiros aliados caíram, mas o dobro foi exterminado na tripulação inimiga. Kyan viu que alguns deles tentaram acertá-lo, mas seu companheiro de escudo defendeu-lhe na hora, deixando que encravassem na madeira.

Você precisa tirar 11 para concluir essa ação.

http://prntscr.com/9s5fyy + 1


A flecha em chamas passou direto pela poça de óleo, encravando-se na vela. O navio inimigo agora estava alguns passos para conectar-se com o seu.

Dwight escreveu:
— Invadam! — Bradou com voz firme, sacando sua lâmina negra. Se uma coisa tinha aprendido em sua vida é que um capitão nunca deveria se esconder atrás de seus homens. Encarou um inimigo que postava-se à sua frente portando uma espada, firmou os pés na prancha inconstante e avançou sobre ele, rechaçando o ataque com o escudo e dando-lhe um pontapé no abdômen. Avistou o homem cair e ser engolido pelo mar impiedoso. A correnteza da maré o virava e revirava, seu nariz e boca enchiam-se de água, e então afundou sob o peso de sua cota de malha. Rhaego saltou novamente a amurada, mas dessa vez do navio inimigo, abrindo caminho através da confusão e pilhando os corpos dos adversários que cruzassem seu trajeto para tomar o navio.


Você precisa tirar 19 para concluir essa ação.

http://prntscr.com/9s5iaa + 4


Defendeu-se de um golpe com seu escudo e preparou-se para acertá-lo com um pontapé, mas o homem segurou-lhe com as mãos e num impulso rápido empurrou-lhe em direção à água. Viu Desmond atravessando a lâmina no peito do maldito antes que mergulhasse na escuridão turbulenta, afogando-se com o impacto das ondas negras afundando-o e impossibilitando-o de resfolegar nos poucos segundos que tinha na superfície, conforme sentiu afastando-se do pequeno corredor escuro entre o navios sabia que morreria nos confins do mar estreito, o filho das marés morto em sua primeira demanda por sua casa, comandando embarcações que por anos foram sua casa. Não soube como, mas sua mão automaticamente agarrou no navio inimigo, segurando-lhe contra maré, ainda respirava com dificuldade e raramente, mas não seria levado tão cedo para longe de sua tripulação. Abriu os olhos com dificuldade, ergueu o outro braço e segurou-se na encosta do navio, subiu-a com muita determinação pois as águas pareciam grudar-se à seu corpo e não queriam deixá-lo sair, mal percebeu e estava na metade do caminho, cansado com os braços doendo e as pernas doloridas, os pulmões parecem prestes a explodir. Quando finalmente colocou suas mãos na amurada, notou a força desvaindo e pensou que iria cair, mas Desmond agarrou-lhe pelos braços e o puxou para dentro do navio, no meio do combate.

- Levante-se, seus homens precisam de motivação para ajudá-los nessa batalha e pelo que vejo mais problemas virão - disse notando outro navio inimigo aproximando-se pela esquerda.

Gulielmus escreveu:
— Homens! Não coloquem muito peso nas pranchas, apenas quatro por vez! — berrou para os aliados em alerta, cruzando a improvisada ponte até o convés adversário. Avançou no primeiro que viu, brandindo sua espada em um rápida sequência de cortes, subjugando-o em uma postura acuada que facilitou o processo de lançá-lo ao mar após uma inesperada rasteira. Continuou em marcha, decepando membros com sua lâmina e esmagando ossos com seu escudo, jamais deixando-se levar pela empolgação e sempre se mantendo em alerta. 


Você precisa tirar 20 para matar o primeiro.

http://prntscr.com/9s5ri2 + 4


O homem recebeu vários golpes e terminou afundando no mar, sumindo nas trevas.

Você precisa tirar 9 para matar o segundo.

http://prntscr.com/9s5tp0 + 4


Acertou-lhe um golpe no nariz com o escudo, deixando-o agoniado e aproveitou-se para num giro decepar sua cabeça.

Mapa: https://i.imgur.com/3duqwfV.png


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Randyll não parou de se movimentar, abrindo caminho por entre a linha de inimigos e atacando um terceiro que se colocou em seu caminho. Ele manejava uma maça e tentava usá-la para golpeá-lo, não se importando com as partes protegidas pela armadura e muito menos com o escudo, que sofria para absorver os pesados impactos. O Thorne se desviou das porradas, contra atacando com três cortes sucessivos que talharam o peito e a coxa do homem, estocando-o na barriga logo em seguida. Ele regurgitou sangue e foi empurrado para fora do barco, sendo lançado ao mar. Um quarto inimigo tentou se aproveitar da distração e atacar o vitorioso pelas costas, mas este se virou e, em um inesperado movimento, lhe abriu a garganta em num único giro.

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#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 6 MUqHPl3

Parece que estou ficando resfriada, pensou e espirrou novamente. Não havia completado um dia desde que chegara no Norte, haviam desembarcado num porto qualquer e no mesmo momento uma rajada de ar a cobriu, revelando o frio assustador daquela região. Criada e até então moradora de Essos, continente conhecido pelos vários desertos e o clima quente, seu corpo adaptava-se lentamente àquele maldito lugar. Espirrou novamente, remexendo-se no cavalo e causando risadas no irmão, xingou-lhe e limpou o nariz com o braço. O grupo cercando-a era pequeno, talvez possuísse trinta homens, o restante do exército fora para Última Lareira sede da casa Umber. Droenn não parecera muito empolgado em começar tão cedo as conversas com os nortenhos e Harrold queria acompanhar o rei na sua pequena viagem, mas Daeron insistira que os dois fossem para lá. Olhou para mulher ao seu lado, o irmão ordenara que ela fosse com ele.

https://www.youtube.com/watch?v=65As1V0vQDM

- Vocês dois estão juntos? - questionou baixinho para Talia.

- Não, nem pensar - negou ela, virando os olhos para as costas do homem alguns metros à frente.

- Por que ele obrigou-a vir então?

- É o que descobrirei - sussurrou olhando-o.

Franziu o cenho, agradecia-se pelo desinteresse naquele tipo de coisa, aqueles dois viviam brigando. Escutou alguns gritos de surpresa e logo pôde ver o que era, quando saíram da floresta e entraram num campo, depararam-se com uma grande fortificação de gelo no horizonte, era a Muralha. Serena esbugalhou os olhos, nunca ouvira falar daquilo e olhando agora era impressionantemente enorme, abriu a boca para dizer algo, mas nada saíra. Era a primeira vez que Daeron e Talia a encontravam também, não estavam tão fascinados quanto a menina ou vários guerreiros do Targaryen, mas não podiam esconder os olhos maravilhados com tamanha beleza. Acertou os calcanhares no cavalo e o fez correr pelo campo, queria vê-la de mais perto o mais rápido possível, não recebeu nenhuma repreenda pois todo restante galopava com o mesmo objetivo. A muralha se estende por quinhentos quilômetros e tem aproximadamente duzentos metros de altura, pelo que dizem, é feita de gelo sólido e rocha, explicou Daeron enquanto o seguiam para algum lugar. Aproximando-se, notou que parecia uma mistura de azul e cinza, descobriu por algumas vozes que sua cor mudava de acordo com o horário e segundos mitos havia antigos feitiços encrustados no gelo para fortalecer a Muralha e repelir criaturas de natureza mágica como os Outros.

- Outros? - perguntou Serena, não fazia ideia do que eram.

- São criaturas de gelo, apareceram pela primeira vez há milhares de anos durante um inverno que durou toda uma geração, um período de escuridão conhecido como A Longa Noite. Eventualmente, eles foram derrotados, dizem pela Patrulha da Noite, mas Melisandre contou-me que um herói lendário chamado Azor Ahai os derrotou com uma espada de fogo chamada Luminífera - respondeu Daeron.

- A Longa Noite? Azor Ahai? Luminífera?

- A Longa Noite foi quando os Outros dominaram o continente, a escuridão cobriu o mundo e o herói, Azor Ahai, foi escolhido para lutar contra ela, mas ele precisava de uma espada digna de um herói - tocou na bainha de Blackfyre - Ele trabalhou por trinta dias e trinta noites até forjar sua espada, no entanto, quando ele mergulhou a lâmina na água, a espada se quebrou. Ele não desistiu, então tentou novamente. Na segunda vez, ele levou cinquenta dias e cinquenta noites para fazer uma lâmina ainda melhor que a primeira. Para temperá-la, dessa vez, capturou um leão e enfiou a lâmina no coração da fera, mas o aço quebrou mais uma vez.

- Esse cara era um péssimo forjador - comentou Talia, fazendo Serena rir e até mesmo Daeron.

- Talvez, mas lembre-se que eram épocas antigas, porém mágicas. Na terceira vez, ele tomou uma decisão difícil. Após trabalhar cem dias e cem noites, ele chamou sua esposa, Nissa Nissa, e pediu que ela descobrisse o peito. Ele enfiou a espada no coração da esposa, e a alma e a coragem dela combinaram-se com o aço da espada, criando Luminífera.

- Esse cara é um babaca - sussurrou Serena voltando seus olhos para Muralha.

- Existe uma profecia que diz que os Outros retornariam e Azor Ahai, o Príncipe que foi Prometido, renasceria para conduzir a batalha e salvar o mundo novamente.

- Talvez seja você, afinal, é o rei - brincou ela.

- Não, deve ser alguém que ninguém espera, talvez um filho de fazendeiro. Todas histórias sobre escolhidos começam com alguém desse tipo.

- Porque foram criadas por alguém desse tipo - respondeu Talia.

O assunto acabou quando fortificações e casas de pedra surgiram nos pés da Muralha, o Castelo Negro mostrou-se tentador apesar da aparência mórbida e melancólica, viram vários pontos de fumaça subindo pelo azulado do gelo e adivinharam que estavam fazendo alguma fogueira. Entraram numa pequena estrada que sumia pouco depois, sentindo o frio do local aprofundando-se em seus casacos de pele, fazendo-os quase inúteis, principalmente para Serena. Um grupo grande de homens vestidos de negro reuniram-se na entrada do lugar com espadas e lanças, avaliando-lhes com um semblante nada agradável, em frente à tantos homens estavam duas figuras bem protegidas do frio, olhando-os com uma expressão semelhante. O da esquerda era ruivo, usava um tapa-olho e parecia não ter uma orelha, enquanto o da direita era um gordinho amedrontado.

- Parem! Quem são vocês? - ordenou saber o ruivo.

- Meu nome é Daeron, vim aqui para visitar meu irmão! - gritou ele, avisando-os que não queria problemas.

- Senhor, eles são inimigos? São inimigos? - perguntou o gordo, ansioso e com medo, irritando o homem.

- Colren, se me deixar falar com eles descobriremos - repreendeu-lhe e voltou sua atenção para o grupo. - Meu nome é Fillip, sou o Primeiro Patrulheiro, o segundo em comando da Patrulha da Noite.

Os dois líderes reuniram-se e apertaram as mãos num gesto de confraternização que acalmou ambos lados. Serena analisou o local, notando alguns prédios destruídos e vários locais com sinais de incêndio, notou o próprio ruivo e seus inúmeros homens cobertos de machucados, olhando claramente viu duas pilhas de corpos perto do elevador que levava para o topo da Muralha, uma cheia de patrulheiros e outra com o dobro de cadáveres, mas esses eram homens vestidos de peles, viu alguns dos homens ausentes da reunião no lado de fora carregando os corpos dos desconhecidos pelo túnel feito dentro do gelo, provavelmente para o outro lado. O que aconteceu aqui? Seus olhos encontraram-se com um loiro afastando-se da reunião com alguns livros na mão, sumindo numa curva e adentrando em algum local que ela não vira. Voltou sua atenção para o irmão e o belo homem se não fosse as mutilações visíveis, vendo-os discutir sobre alguém chamado Pyke e a situação dali. Fillip explicou-lhes sobre o Rei-Para-Lá-da-Muralha, o inicio da revolta dos selvagens para atravessarem a Muralha e invadirem os Sete Reinos, falou sobre o egoismo de Jan Baratheon em não ajudá-los e como tiveram que lutar sozinhos, citou seu tio Peixe Negro vindo ajudá-los no combate e salvando-os da morte certeira, pareceu triste ao citar que o homem morrera no fim do combate, mas que foram vencedores. Porém os problemas não pararam ali, ainda havia milhares de selvagens espalhados pela região e não ficaram nada quietos em relação à derrota, a comemoração fora curta e os problemas surgiram novamente. O resto é história, terminou evitando mais detalhes do que acontecera.

- Eu sabia sobre algumas tentativas de invasão de selvagens, mas achava que eram minuciosas, nunca achei que poderiam juntar-se para uma guerra declarada contra vocês. Seu tio realmente foi o único lorde que os ajudou? Isso é estupido, os outros não notam que se esses homens invadirem haverá problemas sérios para suas casas? - questionou Daeron irritado, olhava para situação daquele lugar notando a desgraça que estavam.

- Ninguém considera os selvagens como uma ameaça real. Esses homens sem cérebro não vão passar de duas milhas sem que sejam exterminados, se eu me preocupasse com qualquer idiota que se nomeasse rei sem ter nada, meus cabelos seria brancos como a neve, respondeu Jan quando fomos à Porto Real por ajuda, gargalhou como nunca enquanto nosso enviado voltou com a cabeça abaixada sem poder fazer nada - Fillip soltava as palavras com ódio, sofrera como muitos dali e aquilo não servira para nada, pois no ritmo que as coisas iam, os lordes continuariam ignorá-los e logo o Castelo Negro cairia. - Levarei você à nosso comandante.

Subiram escadas dirigindo-se à um prédio bem construído mesmo que aparentasse cair como todos os outros, o lugar era velho, mas resistente como os patrulheiros. O grupo foi deixado no pátio do lugar para observar os corvos carregando os corpos dos selvagens para o outro lado da Muralha, ela e Talia foram levadas por Daeron para os aposentos do comandante por serem mulheres, os homens de fora olhavam-nas salivando. O ruivo abriu a porta e deixou que entrassem, encontraram um homenzarrão parado em frente à uma lareira, observando-a pensativo, em sua cintura a bainha guardava uma das maiores espadas vistas por ela, não duvidava dela acertar todos os inimigos numa distância considerável. Virou-se para eles, surpreendendo-se com a aparência de Daeron. Seu nome era Skjor, apresentaram-se normalmente, iniciando uma série de perguntas e questionamentos sobre ambos lados, o irmão sobre sua família e o gigante sobre sua presença naquele continente, obviamente surpreso pela sobrevivência do rapaz, acreditava que o mesmo havia morrido e as notícias de seu sumiço foram compartilhadas apenas para que os lordes mais honrados não perdessem o respeito pelo rei Baratheon. As duas mulheres apenas puderam observá-los contar histórias um para o outro, da patrulha e de Essos, explicando como havia se tornado comandante e como crescera para tornar-se rei, como haviam sofrido nas mãos dos Lannister e Baratheon, os dois pareciam nutrir uma conexão bizarra. Skjor contou-lhes sobre Pyke, como chamavam Aegon, e sua vivência na Patrulha da Noite:

- Junto à Duncan, O Salvador, ele era um dos homens mais honrados daqui, um grande amigo meu, foi o primeiro com qual eu pude conversar sobre meu futuro aqui, ele me disse que eu teria várias surpresas pela frente e hoje em dia sou o comandante da Patrulha da Noite, pode-se dizer que foi algo que nunca esperei.

- Era? - a tristeza na voz de Daeron veio de súbito, notando de vez como o homem fugia de contos atuais.

O rosto nostálgico de Skjor mudou para algo mais triste, seus olhos desceram para o chão por alguns segundos até que retomasse a compostura e voltasse à falar:

- Ele morreu por uma lança inimiga durante nossa ida à Floresta Sombria, atrás de respostas sobre o que estava acontecendo - contou Skjor.

Daeron ficou abalado na descoberta, junto com os anos de planejamento para a reconquista de Westeros sempre imaginou o reencontro com o irmão numa visita alegre à Muralha, vendo-a pela primeira vez e com ele sobre ela, observando a paisagem em volta lá de cima, como dois dragões nos céus. Juntou as mãos num punho e encostou sua testa nele, não sentia tanto peso desde a morte de Garren, mal havia começado aquela guerra e perdera tanto. Subiu a cabeça e forçou um sorriso:

- Eu sei que há outro de minha família aqui, está vivo?

O rosto do comandante não mudou da expressão triste, fazendo com que o irmão temesse o pior, mas levantou-se e pediu que o seguissem, depararam-se com um velho deitado numa cama, não movia um músculo e estava sendo cuidado pelo mesmo gordo de fora. Praticamente um cadáver, reparou Serena olhando-o com pena. Aemon deitava-se estático na cama, olhando para o teto como se estivesse congelado, explicaram que estava doente há semanas, piorava a cada dia e nada havia que pudessem fazer nas várias batalhas que se meteram, a segurança seria deixá-lo ali sob cuidados de Colren sabido em medicina ao invés de tentar tirá-lo de lá e deparar-se com um grupo de selvagens. Ele não consegue falar nada, explicou Skjor, mas ainda pode ouvi-los caso queiram dizer algo. Não sabia muito bem como reagir aquelas notícias, eram seus familiares, mas nunca falara com nenhum deles, nunca os vira e até mesmo ouvira sobre eles, eram desconhecidos até o momento, então tudo que pôde fazer foi apertar o ombro de seu irmão ao vê-lo fechar-se de angustia ao saber da morte de seu outro irmão, mas quando viu a situação do velho, algo despertou em seu coração e sentiu uma conexão grande com o pobre idoso, acompanhou Daeron e cada um pegou uma mão do velho, apertando-a com carinho. Aemon pareceu acordar de seu transe, não disse nada, apenas virou-se para Serena e entregou-lhe um sorriso com poucos dentes, a menina aproximou-se e beijou sua testa, enquanto Daeron começava a deixar lágrimas escorrerem pelos olhos. O velho virou-se para o homem de cabelos brancos e deixou que lágrimas caíssem também, abrindo um sorriso maior. Foi ali que um dos homens mais sábios dos Sete Reinos morreu, foi ali que a vigia de Aemon Targaryen terminou.




Talia[Babi]
Vestimenta: Camadas de pele para aquecer seu corpo.
Armas: Duas espadas curtas e uma adaga com um chifre gravado na lamina.

Começava anoitecer quando encontrou o Targaryen no topo da Muralha, perto da beirada, olhando a paisagem no outro lado com os olhos vazios, estava tão triste quanto nos dias de sofrimento que passara ao lado de Serena ferida e depois da morte de seus companheiros. Os cabelos brancos sumiam naquela vastidão branca. Pretendia chamá-lo, mas antes mesmo de colocar-se ao seu lado para observar também o mesmo começou a falar:

- Depois de anos, vim para cá pensando encontrá-los vivos e prontos para horas de conversa, em minha mente eles me incentivariam a dominar o continente e até me contariam histórias de suas conquistas antigas, pelo menos as que apenas eles conheciam - seu tom de voz estava calmo, mas extremamente triste. - Parece que essa guerra será muito pior do que esperei, não foi um belo começo hoje. Ponta de Tempestade é um dos locais mais difíceis de capturar, um cerco é perda de tempo naquele local, único jeito de adentrá-lo é convencer quem estiver dentro de desistir e abrir os portões. Você nasceu lá, deve conhecê-lo bem, preciso que me conte como invadir aquele local.


Droenn[Prime]
Vestimenta: Camadas de pele para aquecer seu corpo.
Armas: Espada com a cabeça de um lobo gigante esculpida em seu punho, nomeada de Netuno. No guarda-mão, as dizeres de sua casa grafados: O inverno está chegando.

Orumon Umber era um homem esguio e estranho, tratava-o como se fosse rei, tão gentil que parecia disperso naquele continente de miséria prestes a explodir numa guerra. Acho que nem mesmo Daeron deve ser tão bem tratado assim, pensou. Sentiu-se nostálgico galopando naquele bosque, nunca havia visitado o lugar, mas era igual às florestas de Winterfell, respirou fundo e pôde aproveitar aquela sensação agradável de sua infância, as árvores com copas vermelhas misturavam-se com o solo coberto de neve e deixavam o lugar com uma beleza extraordinária, o Rio Último corria ao lado da floresta, servindo como uma das muralhas de Última Lareira, a sede da casa Umber. Entrou no lugar, saltou do cavalo e deixou que Orumon o levasse para o lorde, teve que subir milhares de degraus numa escada interminável, até que finalmente pôde adentrar no lugar e deparar-se com um grande salão vazio, apenas uma figura a ocupava. Mors "Papa-corvos" Umber sentava-se num pequeno trono de pedra, encarando-lhe enquanto aproximava-se. Ajoelhou em frente à ele e o homem franziu o cenho.

- Você é o futuro protetor do norte, o Stark que os homens prometeram me trazer, não é? Não ajoelhe-se, garoto, tente não começar mal seu domínio do norte - o velho parou para analisá-lo. - Você realmente é muito semelhante a seu pai. Espero que não me leve à morte como ele levou meu sobrinho e seu filho. Surpreso? Sim, não sou Grande Jon ou Pequeno Jon, meu nome é Mors e sou o castelão, ambos foram mortos no Casamento Vermelho e os Frey mandaram-me numa bandeja suas cabeças, dizendo que o rei prometera fazer o mesmo com qualquer outro rebelde. Jan Baratheon é muitas coisas, mas um tolo não é, não faria esse tipo de coisa com qualquer um, então pode-se dizer que aquela casa de incesto está condenada na maldita arrogância. Mas além de vingança eu tenho outros motivos para apoiar a retomada do norte. Além de méritos próprios, por que planeja retomá-lo? Que tipo de lorde pretende ser?


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Quando partiram, o exercito foi dividido em dois, uma parte iria para o norte e a outra iria tentar retomar Pedra do Dragão. Sentiu-se aliviada quando Daeron a convocou para ir com ele ao norte. Sabia que em Pedra do Dragão teria um confronto mais direto com um membro de sua família. Haveria uma hora em que não poderia evitar isso, mas enquanto pudesse preferia não fazer.

Demorou um tempo para se acostumar com o frio do lugar, mas diferente de Serena, não espirrava toda hora. Via Daeron rindo com a situação da garota, o que fazia Talia sorrir já que de minuto em minuto ela espirrava novamente. Olhou em volta o grupo que os acompanhava, de centenas de homens agora eram apenas trinta. Os outros haviam ficado na Ultima lareira. Teria gostado de ficar com Droenn no castelo dos Umber, mas o Targaryen a obrigou para que fosse com eles.

- Vocês dois estão juntos? - Ouviu a voz de Serena ao seu lado. Talia virou o olhar na direção da garota e deu um pequeno sorriso achando aquilo engraçado

- Não, nem pensar

- Por que ele obrigou-a vir então? - Também estava tentando entender aquilo, não havia motivo pra ele ter chamado ela.

- É o que descobrirei - Sussurrou para a garota dando de ombros e voltando a olhar pra frente.

Momentos depois alguns gritos de surpresa foram ouvidos, quando saíram da floresta foi possível ver o motivo. A muralha se erguia gigante em frente ao campo em que estavam. Olhou maravilhada para a grande parede de gelo, ouviu milhares de vezes sobre aquele lugar e como ele e a patrulha defendiam os reinos, mas era a primeira vez que a via de verdade. Galopou junto com os outros se aproximando da Muralha. Parou ao lado de Serena e Daeron enquanto ele explicava pra irmã a historia de Azhor Ahai e os Outros. Nunca tinha ouvido a historia, mas não achou nada de mais, provavelmente era só uma historia para as crianças se sentirem seguras antes de dormir.

A frente deles agora apareciam fortificações de pedra. Castelo negro. Pensou se lembrando da historia, sabia que era um dos únicos castelos abertos a muito tempo. Na entrada do lugar alguns homens estavam parados como se estivessem esperando eles. Um era um gordo qualquer e o outro era um ruivo com um tampa olho, olhou ele com uma expressão curiosa se perguntando qual era o problema no olho dele. Quando Daeron explicou o que queriam, foram levados para dentro, viu diversos corpos sendo queimados, franziu o cenho com aquilo mas continuou seguindo. Olhou em volta e viu alguns homens olhando para ela e Serena, revirou os olhos para aquilo. Sabia que se tentassem algo elas poderiam se defender, mas acabaram subindo com Daeron para a sala do comandante.

Talia e Serena ficaram observando enquanto o homem conversava com o senhor comandante. Foi explicado ao Targaryen o que havia acontecido com seu irmão e foram levados a um homem deitado em uma cama, obviamente em seu leito de morte. Os dois Targaryen se aproximaram do velho enquanto Talia se manteve em pé ao lado da porta observando. Sabia como era perder a família, sua mãe tinha morrido quando era uma garotinha e seu pai quando ela já era uma mulher. Engoliu a seco e respirou fundo tentando esquecer isso.

Antes de anoitecer foi até o topo da muralha a procura de Daeron. O elevador subia balançando o que trouxe um frio na barriga da mulher, podiam contar o que fosse em historias mas não mentiam sobre a altura da muralha, chegava a ser assustador. Assim que chegou saiu rapidamente do elevador e foi andando na direção do homem, antes que pudesse chegar ao seu lado ele começou a falar.

- Depois de anos, vim para cá pensando encontrá-los vivos e prontos para horas de conversa, em minha mente eles me incentivariam a dominar o continente e até me contariam histórias de suas conquistas antigas, pelo menos as que apenas eles conheciam - seu tom de voz estava calmo, mas extremamente triste. - Parece que essa guerra será muito pior do que esperei, não foi um belo começo hoje. Ponta de Tempestade é um dos locais mais difíceis de capturar, um cerco é perda de tempo naquele local, único jeito de adentrá-lo é convencer quem estiver dentro de desistir e abrir os portões. Você nasceu lá, deve conhecê-lo bem, preciso que me conte como invadir aquele local.

Foi para o lado do homem e ficou observando a vista, podia ficar um pouco nervosa naquela altura, mas era lindo. Observou as florestas do lado selvagem até que finalmente decidiu falar

- Eu sinto muito por você ter perdido seus familiares. Eu sei como é, e tenho certeza que até o fim dessa guerra nos dois vamos ter muitas outras perdas, de familiares ou não. - Disse mantendo o olhar fixo pra lá da muralha. Depois de um pausa voltou o olhar para ele - Sobre Ponta Tempestade... Eu entrei nessa guerra do seu lado, mas não pra massacrar minha família. Eu vou te ajudar no que for necessário, desde que você prometa não agir apenas com ódio, nem todos estavam na guerra que destruiu sua família.


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A tempestade ficava mais forte a cada minuto, e a chuva contínua mais atrapalhava do que ajudava. Conseguia ver não muito longe as gárgulas de dragões do lugar, perguntando-se como haviam sido feitas. Todo aquele lugar era sombrio, mas não lhe causava receio nenhum. O lado dos dragões era o dele, apesar de não achar que isso era algo de se orgulhar. Não tinha conhecimento suficiente da potência de Westeros para pensar nas probabilidades de ganharem aquela guerra. Se perdessem, não se surpreenderia, mas ganhar todas as batalhas lhe seria agradável. Pela primeira vez tinha um rumo na vida e gostaria de não falhar.

Antes de lançar sua flecha, percebeu que todos os arqueiros haviam atirado ao mesmo tempo e duas delas estavam vindo em sua direção. A terceira flecha irá me matar, refletiu para si mesmo, lembrando-se das duas anteriores que quase fizeram isso. No entanto, um escudeiro aliado o defendeu, impedindo que o ataque fosse bem sucedido. Teria o agradecido em um momento mais calmo, mas não tinha tempo a perder.

Após os ataques que resultaram em vantagem para o seu lado aliado, resolveu lançar sua flecha flamejante na poça de óleo. No entanto, o movimento constante dos navios acabou lhe fazendo errar o alvo e acertou a vela da embarcação. Agora ela estava mais próxima de se aproximar deles e logo teriam mais inimigos se não conseguisse deixá-la em chamas. Teria que acertar dessa vez, senão a situação complicaria bastante com duas direções para defender.

Novamente, colocou fogo em outra flecha e mirou no mesmo local que antes. Respirou fundo e soltou a corda, esperando ter mais sorte e finalmente acabar com aqueles inimigos. Caso contrário, Fayth iria ter seu descanso interrompido.

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