Clube do Filme: The World's End

A parada 'apocalíptica' acabou me pegando de surpresa (apesar do nome), tanto que em até certo momento do filme, eu achei que ele seria mais uma comédia fraca do Simon Pegg.

No apocalipse, a história fica foda -- claro que com algumas quebras de ritmo necessárias, mas que ao meu ver foram fracas, como o romance envolvendo a personagem da Rosamund Pike. O final acaba extrapolando tudo o que eu esperava, sendo decepcionante entre aspas.

Filme mais fraco do Edgar Wright, mas mesmo assim é bom. Dei 4/5 com certa generosidade.

Assisti a The World's End sem nenhuma noção, não li sinopse e nem vi trailer, só sabia o título e que tinha o Simon Pegg. Bene, como vi junto com os outros dois, é difícil evitar comparar, mas no duro: é o menos coeso (e mais maluco) dos três, porém é o melhor trabalho de direção do Edgar Wright e se tem o mesmo nível de diversão dos dois antecessores.

Esse se destaca pela ação tremendamente bem executada e o imprevisível humor britânico, que é muito bem posto nos 3 filmes. O roteiro é de longe o mais maluco, mas foi algo positivo pra mim especialmente por não saber o que esperar: achei do caralho quando vi uma cabeça estourar em líquido azul quando eu tava vendo amigos encherem a cara. Foi inesperado e aquela cena do bar foi tão do caralho que me colocou totalmente dentro do filme (Apesar de eu já estar interessado antes, não era algo que seria tão interessante por mais uma hora, e o filme mudou o tom no momento certo).

O final não é o mais desejável e/ou coerente, mas que encontra coerência dentro da maluquice que é o roteiro. O mais louvável, ainda assim, é a direção do Edgar Wright: do Martin Freeman sem o topo da cabeça a uma estátua gigante caminhando pelas ruas, é palpável e até mesmo concebível como real. O cara ainda tem um timing cômico e humor visual raríssimo de se encontrar em qualquer diretor, tomara que traga muitas outras comédias autorais que se fazem muito necessárias no momento. 4/5.

(Dei 4,5/5 para Hot Fuzz, 5/5 para Shaun of the Dead; mas não sei dizer qual é o melhor)

Ótima pedida, hein. Aproveitei que vi Spaced recentemente e já embalei assistindo novamente a trilogia Sangue e Sorvete. O começo é meio devagar, mostrando um pouco de cada personagem, mas é interessante poder observar mudança no comportamento, conforme eles vão passando de pub em pub, caneco após caneco. Bem engraçado, cada um deles vai ficando embriagado, daí descobrem os blanks, todo aquele sangue azul, cor essa que por sinal tem uma forte presença no longa.

Filme pode acabar não alcançando todas as suas expectativas, principalmente com o último ato, mas é uma ótima mistura de comédia e ficção cientifica. O elenco é da melhor qualidade, Eddie Marsan, Martin Freeman, Rosamund Pike, além de Pegg e Frost, que dessa vez meio que trocam de papéis. Nick é o cara mais sério agora, já Simon faz o papel daquele mais irresponsável. Eu recomendo com louvor!

Não tinha absolutamente ideia do que o filme ia se tornar, então foi uma puta surpresa pra mim.  Apesar de já ter ouvido falar de Shawn of The Dead, eu não conhecia nenhum outro trabalho do Wright, o que fez eu cuspir um monte de WTFs enquanto a sequência de luta contra o moleque robô se desenrolava. Também estava gostando um pouco da premissa inicial, mas é inegável o quanto essa reviravolta melhorou o filme, me deixando completamente vidrado em descobrir para qual destino esse rumo doido levaria.  

O humor britânico é de uma qualidade foda, vide Monty Python, mas de um timing tão non-sense e maluco que eu tenho bastante dificuldade em acompanhar. Mas mesmo não absorvendo as piadas 100%, me diverti bastante com essa doidera. Achei as cenas de ação impecáveis, mesmo para um filme de humor, muito empolgantes. 

Nota 4/5 

Em suma, achei divertido e bastante cativante. Em conjunto com o humor incerto, as cenas de ação, como ressaltaram as boas execuções, foram um dos pontos mais fortes do filme. Conseguiu desenvolver algo interessantíssimo mesmo eu esperando qualquer coisa além de robôs e cabeças de plástico explodindo aqui e ali (não tinha lido a sinopse, nem checado no Filmow). Não vou negar que me incomodei com a superficialidade tremenda do final ─ que é justificável, afinal, é uma simples comédia ─, embora eu tenha curtido toda a ideia apocalíptica.