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#Mesa 005 - Colony 0mR54sf

RPGzinho básico e rápido organizado na interna sobre invasão alienígena. Basicamente misturei elementos dali, daqui e resultou numa bela duma bomba que esperamos não explodir. E vamos lá então...


#Mesa 005 - Colony H2nsXlq

Eu lembro como se fosse ontem o dia da chega deles. Um estrondo vindo do céu chamou a atenção de todo mundo, inclusive a da minha família. Eu brincava com soldadinhos de plástico no quintal quando aquele barulho ensurdecedor me fez olhar para o céu rapidamente, seguido por meu pai e minha mãe correndo para fora de casa ver o que estava havendo. O céu avermelhado de fim de tarde começou a escurecer, e uma sombra gigante e esférica começou a se criar sobre as nuvens. O que está havendo, mamãe? Perguntei quando a mesma me abraçou. Eles ficaram me dizendo que estava tudo bem, que era pra mim ir para o meu quarto e esperar eles lá. E assim eu fiz.

Da janela do meu quarto, fiquei observando a rua ser preenchida pelos meus vizinhos, todos olhando com medo e curiosidade para a grande sombra. Conforme ela ia se aproximando e se livrando das nuvens que a cercavam, pude vê-la melhor. Não se tratava de uma esfera e sim de um disco, gigantesco, um tamanho impossível de supor para um garoto de doze anos como eu. Havia uma coloração cinza tão cintilante quanto os esmaltes mais chiques da mamãe. No centro do grande frisbee, havia um círculo que emitia uma grande luz branca. Eu apreciava aquela cena com medo, porém com um certo encantado.

Ficou pairando sobre os céus alguns minutos, enquanto as pessoas corriam, gritavam, especulavam o que era aquilo. Parecíamos formigas embaixo daquele negócio. Minha mãe entrara em meu quarto vindo para próximo de mim, acolher-me e me tranquilizar com frases carinhosas, já meu pai continuava no quintal, vendo o troço no céu. Minha mãe estava prestes a dizer mais alguma coisa, quando mais um som estrondoso surgiu vindo do grande frisbee. Era um barulho semelhante a um trovão de uma grande tempestade só que muito maior. Me assustei naquele momento, me abraçando forte em minha mãe, mas nenhum de nós dois conseguimos dizer alguma palavra quando um enorme feixe de luz se estendeu verticalmente, saindo do círculo luminoso do objeto voador. Quando aquilo tocou o chão, o céu em volta do feixe mudou sua tonalidade para a de diversas cores, parecia uma aurora boreal. Era lindo, assustador, mas lindo. Porém não durou muito tempo, as cores foram se dissipando como se fossem uma fumaça. Olhei para minha mãe e a mesma olhava chocada para tudo aquilo, me mandou permanecer ali e correu para fora de casa, provavelmente chamar meu pai.

Algumas coisas começaram a descer pelo feixe de luz, pontos negros para mim na distância que estava. Pareciam descer até o centro da cidade, ou quase isso. Foi então que tudo começou. Explosões, atrás de explosões, medo nas pessoas, eu parecia estar no meio de um filme de guerra, e infelizmente, no lado perdedor. Entrei em pânico naquele momento e corri até o quintal a procura de meus pais, mas me deixando mais assustado do que já estava, não encontro eles. Meu jardim estava vazio, lágrimas molham meus olhos quando começo a pensar no pior, então sem me permitir tempo para chorar, meu vizinho Bill, um gordo simpático, surge me segurando pelos braços gritando que devíamos sair dali o quanto antes. Começo a correr, ou melhor, ser puxado por ele, perguntando onde estavam meus pais, mas ele nada respondia. Eu realmente não fazia ideia do que estava acontecendo, havia casas destruídas, pessoas caídas, eu não entendia o motivo daquilo. Quando então vi o que era o responsável pelas explosões. Uma versão bem menor do frisbee gigante. Soltava uma espécie de raios lasers ou coisa parecida de filmes de ficção científica nas casas, e nas pessoas, lançava um feixe parecido com o da “nave-mãe”, que atraía meus vizinhos como se fossem ímãs para dentro dele. Aquela coisa se aproximou de mim e de Bill, e me surpreendendo, acertou o pobre gordo, que por um momento quase me levou junto. Era horrível escutar o grito desesperado do homem, eu pensei que seria o próximo, mas meu medo em vez de me paralisar me fez correr mais do que nunca. Sem olhar para trás, eu apenas ouvia os “pchiu” do objeto voador raptando meus vizinhos. Dobrei na primeira rua que vi e continuei a correr, pessoas passavam por mim mas estavam tão desesperadas que nem ao menos se davam o trabalho de me ajudar. Longe de onde eu corria, podia ser visto mais daquelas naves, causando o mesmo terror em outros bairros. Eu realmente não sabia o que fazer, quando menos me dei conta, estava debaixo de alguma cama, de alguma casa, de algum bairro. Pensando onde estavam meus pais. Teriam eles sido abduzidos por aquelas coisas? O que aconteceria comigo? Todos esses pensamentos competiam com meu choro soluçado.

Já fazem quarenta e cinco dias que isso aconteceu. As naves pararam de destruir as casas na primeira semana, porém continuaram a fazer rondas pela cidade, procurando por mais pessoas. Isso me fazia pensar se era o último humano remanescente. Soa patético o último homem na verdade ser um garoto chorão. Mas tive de escolher entre ser um moleque medroso e morrer ou criar coragem e sobreviver. E acho que funcionou, até os últimos dias. Foi fácil arranjar comida no primeiro mês, porém ela foi ficando escassa, eu estava em um bairro pobre, assustado demais para dar o fora dali e correr o risco de ser abduzido. E se esconder começou a ficar mais difícil também, o lugar parecia cada vez menor, talvez eu tive sorte em ser pequeno. Acredito que o cenário pós-apocalíptico que minha cidade virou ajudou em minha camuflagem também.

Mas tudo isso já não adianta mais. Pois aqui estou eu. Caído no meio da rua, com fome, com medo, fraco demais para chorar, se levantar, ou fazer qualquer coisa. Essa luz é tão forte que faz meus olhos ficarem acirrados. Estou sentindo meu corpo mais leve, e ouço sons estranhos. Eles vão ficando cada vez mais alto, conforme a luz parece aumentar. Eu acho que estou voando. Eu acho que estou… partindo.




Explicações

A Chegada

Uma nave-mãe gigantesca pousou em Los Angeles e a partir dela, várias outras se espalharam pelo continente Europeu. Demorou apenas algumas semanas para o mundo estar um caos. Por algum motivo, a presença dos extraterrestres na Terra acabou com a comunicação via satélite e a eletricidade. Não havia mais o que se fazer, sendo assim, começaram a ser feitas bases militares para proteger civis e procurar uma solução para tudo aquilo, eram todas localizadas em lugares secretos, algumas foram encontradas pelos colonizadores e já não existem mais.

As Bases

A primeira base criada foi na capital Washington D.C, onde se localizava o presidente e um bom número de militares com armamento pesado e tecnológico, mas sua óbvia localização na Casa Branca fez com que fosse uma das primeiras a ser destruída, e sem um governante do país, as bases ficaram a cargo dos generais. O número de bases varia entre a cidade, elas possuem contato apenas com bases do mesmo estado.

Os Extraterrestres

Ainda é incerto o que ou quem comanda a nave-mãe, se a intenção deles na Terra é realmente apenas dominar o planeta ou se possuem algum objetivo maior. Foi descoberto que sua chegada na Terra foi devido as estações espaciais cada vez mais longe no espaço, que logo, entregou a localização do planeta. Conforme o ser humano foi combatendo os alienígenas, foram registrando os seres que encontraram, sendo eles:

Drones

A princípio servem apenas para rondar as cidades e procurar seres humanos vivos. Quando encontra seres vivos, transmite esse conteúdo para as naves secundárias que trazem os Soldiers. Possuem apenas armas não letais para atordoamento das vítimas.

Soldiers

São os soldados dos colonizadores, cujo objetivo é a abdução dos seres vivos, tanto vivos quanto mortos, logo possuem armas letais. Sua real forma é incerta já que sempre estão com um traje de proteção, alguns afirmam ser cinzentos e magros.

Xenomorfos

Não se possuem muita informação sobre essa criatura, a princípio ela age por conta própria com apenas um objetivo: matar. Os cientistas não sabem dizer se são controlados pela nave-mãe ou se agem por conta própria, especula-se que foram criados para fazer uma “limpa” nos seres que não são abduzidos.


Apelidada de Onix pelos cientistas devido a cor escura, é a nave que pousou em Los Angeles. Ela mede cerca de 1 km, possui um formato circular de disco e possui raízes semelhantes à de uma árvore só que metálicas adentrando o solo cada vez mais. É dentro da nave-mãe que se localiza as naves secundárias. Cientistas afirmam a possibilidade dela não ser a única nave-mãe que pousou na Terra, acreditam haver outras.

Naves Secundárias

São as naves que carregam os Soldiers, Drones e que fazem rondas pelas cidades. Não se sabe se é delas que vem os Xenomorfos. Medem cerca de 30 metros de diâmetro e possuem coloração cinzenta.




Onde vocês entrarão na história: Vocês são os melhores americanos em suas respectivas áreas (combinem), e há tempos são observados pelo governo tendo suas fichas guardadas até enfim chegar o dia da invasão onde serviriam de utilidade. Um veterano de guerra que após a caída de D.C. ficou como um líder para as bases militares, e esse mesmo homem que é conhecido apenas como "O Pai" mandou nos primeiros dias alguns homens irem até vocês e levarem até a base de Houston, Texas.

A ficha:

Nome: Seu nomezinho.
Idade: Mínimo 23 anos.
Nacionalidade: Só não pode ser de LA.
Aparência: Fotinho marota, se quiser descrever algo fique a vontade.
Ocupação e especialidade: A profissão do seu personagem antes da invasão, pode ser militar mas não exagere querendo ser general.
História: Não precisa falar da infância, o que mais importa mesmo é o que fazia antes da invasão, o que ocorreu durante, como foi recrutado você pode descrever ou não, pois não foi nada demais, apenas militares que entraram em contato e foram até vocês.
Personalidade: Frio e calculista.

Pontos de Atributos: Distribua 9 pontos

Força:
Agilidade:
Constituição:
Mira:

Habilidades: Distribua 4 pontos

Desarmado:
Armas Cortantes:
Armas de Impacto:
Pistolas:
Escopetas:
Metralhadoras:
Rifles:
Fuzis:




SEM VAGAS NO MOMENTO

description#Mesa 005 - Colony EmptyRe: #Mesa 005 - Colony

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#Mesa 005 - Colony TbTTavS

Ethan estava de pé em frente ao memorial oficial de Houston, olhando para o azul do céu com os olhos acirrados devido ao sol das oito horas que fazia. Seus loiros cabelos movimentavam-se suavemente conforme uma leve corrente de vento passava entre eles. Era o único presente naquele campo que um dia fora todo verde e agora possuía falhas no solo, assim como o plano de fundo um dia fora uma bela cidade mas agora havia apenas edifícios destruídos.

Ao horizonte, um ponto negro acompanhado de um som motorizado surgia entre as nuvens, deixando o rapaz atento e puxando sua escopeta que carregava nas costas. Cada vez que o transporte voador se aproximava do local, Ethan pode claramente notar que era um helicóptero um tanto quanto velho, de uma cor cinzenta e escura. Para seu alívio, aquelas hélices pertenciam a seus companheiros.

— Finalmente. — falou.

O helicóptero começou a pousar no campo, fazendo com que os cabelos de Ethan voassem mais do que anteriormente, e do transporte saíra primeiro uma bela mulher de cabelos castanhos com vestimentas escuras e um fuzil nas costas, que sorrira ao ver Ethan.

— Irmãozinho. — disse enquanto ia de encontro ao loiro.

Se tratava de Alice Stookey, irmã mais velha de Ethan. Ela abraçara o irmão quando os dois se encontrarão e acompanhou o olhar dele para o helicóptero onde descera o piloto, um homem de cerca de quarenta anos de idade com uma barba rala com salpicos brancos devido à idade, seguido por um homem alto e parrudo, de cabeça raspada e um chamativo bigode. Era o ex-tenente do exército britânico Carver Bishop, possuía uma expressão séria enquanto olhava a sua volta, se perguntando onde seria a base. Logo atrás vinha um rapaz um tanto quanto jovem, de cabelos castanhos um tanto quanto compridos e um rosto arredondado, se trava de Wes Abrahamson, um jovem mecânico militar, muito talentoso embora possuísse apenas 27 anos. E por último, vinha o esguio e pálido Mason Wade, um especialista em rifles que se destacou no exército americano. Possuía um olhar tranquilo e metódico.

— Só conseguimos esses três, os outros dois da lista do Pai estão mortos. — lamentou Alice para Ethan.

— Liam não ficará nada contente com isso. — respondeu num tom um tanto quanto preocupado o irmão. — Espero que tenham tido um bom voo. — disse Ethan com um sorriso simpático apertando a mão dos três recrutados.

— Este é meu irmão Ethan, ele irá conosco na missão. — apresentou Alice.

Antes que mais conversa pudesse ser jogada fora, um “merda” pode ser ouvido saindo da boca de Alice enquanto olhava para o céu. Todos seguiram o olhar da garota e puderam avistar aquele objeto robótico sobrevoando lentamente o campo aberto onde se encontrava o memorial. Era um dos drones.

— Leve eles para dentro, eu cuido disso. — disse Alice para Ethan que assentiu. — Ei, Bishop! Me dá uma mão? — dessa vez direcionado ao careca.

— Não vou conseguir acertar ele com as mãos. — respondeu Carven ironicamente.

Alice fez uma careta e jogou seu fuzil para ele e pegou a escopeta de Ethan para si. Ambos se afastam do memorial e começam a correr o campo em direção a floresta que há em sua frente, dando tiros que não acertam o drone mas chama a atenção do objeto. Enquanto isso, Ethan se aproxima do centro do memorial, fazendo um sinal aos outros para que o acompanhassem. A plataforma onde havia um memorando aos policiais falecidos podia ser removida e após retirada, revelava uma portinhola com uma combinação digital. O loiro digitou rapidamente uma senha de seis digitos e um “tss” pode ser ouvido quando terminara de digitar. Puxara a portinhola para cima, revelando um túnel escuro e profundo com uma longa escada que permitia passagem para adentrarem o local.

— Vamos lá! — chamou os outros enquanto descia as escadas.

Wes e Mason seguiram o rapaz, ficando por último o piloto que fechara a portinhola após entrar no túnel. E então o pequeno grupo desceu até chegar em solo firme.



#Mesa 005 - Colony LUT1BVi

Kyle saboreava alguns biscoitos de um pacote que pegara de uma loja de conveniência do centro da cidade de Houston. Já fazia dois dias que se encontrava na cidade, vagando pelas ruas cuidadosamente, fugindo e escondendo-se de drones e soldiers. Possuía a informação de que encontraria seu amigo Bishop na cidade, mas tudo que encontrara foram alguns gatos e cachorros de rua revirando latas de lixo e os colonizadores extraterrestres fazendo suas rondas pela cidade. O rapaz já havia procurado por uma boa parte da cidade algum sinal de vida, mas devido a dificuldade de se movimentar pela cidade sem ser percebido, não pode explorar muito mais.

Estava sentado comendo seus biscoitos em um curto e estreito beco, ao lado de um contêiner de lixo que ofuscava sua presença no local, olhando para o cinzento céu de fim-de-tarde. Teve sua atenção chamada por um barulho de veículo não muito longe dali. Puxou a pistola que carregava e ficou espiando a rua enquanto mantinha-se atrás do contêiner. O som do veículo começou a ficar mais alto e por fim chegou ao campo de visão de Kyle. Era uma viatura tática militar que andava em alta velocidade, fugindo ou perseguindo algo. Após passar pelo beco, um alto som de batida chegou aos ouvidos do sobrevivente, que sorrateiramente foi até a ponta do beco ver o que havia acontecido.

Olhou para os dois lado da rua e notou a presença de dois drones pairando sobre o veículo militar, que havia desgovernadamente batido em um poste de luz, nenhuma movimentação surgiu do veículo. Feixes de luz azuis saíram dos drones e começaram a fazer uma espécie de escaneamento no veículo. Fora os dois pequenos objetos voadores, Kyle não viu nenhuma outra ameaça.




Carver Bishop [Gulielmus]
Armas: Fuzil AK-103 (16 balas)

Mapa: https://i.imgur.com/GU6Cp4R.png

— Temos que acabar com essa coisa no meio da floresta ou outros desses irão rastreá-lo próximo da base! — exclamou Alice enquanto corria.

A garota e Bishop correram alguns metros até estarem adentro da floresta já, numa trilha. O drone continuou a sobrevoar cerca de três metros acima da dupla e algumas de suas peças começam a se movimentar, parecendo que o objeto está se preparando para atirar.


Kyle Reese [Dwight]
Armas: Pistola .40 (6 balas)

Mapa: https://i.imgur.com/SqLMtYq.png

Ação livre para o jogador. Você pode optar por permanecer escondido e tentar a sorte de não ser visto, tentar destruir os drones para checar os veículos, correr para uma das ruas. A escolha é sua, mas lembre-se que independente da ação será realizado a rodagem de dados.


Mason Wade [Prime]
Armas: Desarmado

Wes Abrahamson [Cerberus]
Armas: Desarmado

Mapa: https://i.imgur.com/8IvzWIB.png

Após descerem as escadas, vocês se deparam com um lugar cinzento, muito semelhante a uma prisão. Inclusive há celas no local. Um corredor estende-se à frente de vocês, tendo no final um caminho para a direita. Com exceção da primeira cela à esquerda, as outras estão ocupadas por civis, muitos tristes, alguns descansando e outros simplesmente sentado nas camas da celas imaginando se aquilo acabaria um dia.

— Sinto muito pelo ocorrido lá de cima. — disse Ethan sem jeito. — Mas fiquem tranquilos que isso já aconteceu outras vezes, sempre despistamos essas coisas... Eu irei chamar meu irmão para conhecer vocês, ele será o nosso capitão na missão. Peço que nos esperem por aqui, mas fiquem a vontade! — continuou simpático como sempre.

Momento de interação.

Última edição por Chris em Qua Jul 06 2016, 16:56, editado 1 vez(es)

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Contavam-se dois dias desde que deixara o quartel em Orlando. Lá Mason deixou suas poucas coisas numa mala: os broches de treinamento ─ e um único de missão ─, recompensas vindas das mãos de veteranos; suas roupas, uniformes e a foto do pai. Olhá-la era de longe uma coisa agradável, porém, tinha feito promessas para consigo mesmo. Muitas delas ainda aguardavam pagamento. O sucesso de sua jornada pouco importava, mas sua insistência nela era obrigatória, seja em prol da salvação de seu país ou da salvação de si próprio. 

A bela moça se apresentou como Alice, e com as breves informações por ela passadas, imaginou o cenário da cidade: a ruína engolindo aos poucos os prédios e construções, o silêncio que sussurrava o quão perigoso era aventurar-se pelas ruas sozinho e o gritante sentimento de insegurança saltando pelo olhar dos civis ─ a eles, restava apenas a opção de confiar no governo, e nos homens do governo. Mason tirou os olhos de Alice, e os passou pelos companheiros de missão. Acabaram contrariando suas expectativas de que recrutariam fuzileiros renomados e mal-encarados. Um era Carver, o homem de bigode e corpo robusto, o outro era Wes, um jovem rapaz de cabelos lisos; teriam que confiar uns nos outros afim de sair daquela missão vivos. 

Quando o helicóptero finalmente chegou ao seu destino, foram apresentados ao irmão de Alice, Ethan, que os cumprimentou com simpatia. Antes que pudessem trocar mais algumas palavras, o problema veio até eles, um drone voava pelo céu azul. Mason ficou curioso para ver aquela coisa de perto.

─ Leve eles para dentro, eu cuido disso ─ disse Alice para Ethan que assentiu. ─ Ei, Bishop! Me dá uma mão?
─ Não vou conseguir acertar ele com as mãos ─ o careca respondeu irônico e ganhou um fuzil. Os dois seguiram para a floresta, atirando para que o drone os seguisse. 

Ethan acenou para que Mason e Wes o seguissem, e após abrir qualquer passagem secreta, os guiou por um túnel escuro. Desceram algumas escadas, encontrando por fim um lugar que se assimilava a uma prisão. Na maioria das celas residiam civis, que lançavam olhares tristes ao trio. 

─ Sinto muito pelo ocorrido lá de cima ─ disse Ethan, sem jeito. ─ Mas fiquem tranquilos que isso já aconteceu outras vezes, sempre despistamos essas coisas... Eu irei chamar meu irmão para conhecer vocês, ele será o nosso capitão na missão. Peço que nos esperem por aqui, mas fiquem a vontade!

Suspirou, dando uma breve averiguada ao redor. 
─ ... Wes, creio eu ─ começou a falar, de olhos nos civis. ─ Já ouviu falar que um bom soldado é aquele que caminha ao lado da morte? Aquele que não a teme, mas a respeita, a aguarda e a abraça quando ela de fato chega. Dificilmente esse soldado tem algo para valorizar além de sua honra e a vida daqueles que protege. Enquanto viajávamos, fiquei pensando sobre o fim, o fim da sociedade como conhecíamos antes, o nosso fim. Basta olhar ao redor, está acontecendo aos poucos. Então diga-me você, por que saímos numa missão? Por que nos esforçamos para salvar vidas? Penso eu que talvez seja pela honra, ela é a única coisa que acompanhará um bom soldado até a cova.

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Ele estava sentado, observando o ambiente durante o barulhento passeio de helicóptero. Seu corpo apoiava-se contra um material sólido que ali havia, incomodando-o um pouco as costas após certo tempo. Veio a esboçar um pequeno sorriso no canto de sua boca, após seu olhar entrelaçar-se com o de uma moça que estava sentada do outro lado; o nome era Alice Stúki. Começou a imaginar as rotinas enfrentadas por cada um dali ─ vezes duras, vezes leves, dependendo do momento de seu devaneio e do achismo. O destino final se estendia logo abaixo, e lhe foi atendido com indiferença.

Sabia que os dias por vir seriam difíceis, mas o pensamento voltou a perdurar em sua cabeça após a situação que acontecera ─ o drone, a separação e a conseguinte entrada no túnel. Assunto que, mais tarde, seria relembrado após uma reflexão de um ─ até então ─ companheiro, Mason Wade. A aparência não era das mais diferentes com que estava acostumado; a pele clara, olhos azulados e boca rosada, típicas de um anglo-saxão. Não havia sotaque. O que mais chamou sua atenção foi, surpreendentemente, o nome. Mason Wade, uma junção de Mason Verger com qualquer outro Wade (Wilson).


Mason Wade escreveu:
─ ... Wes, creio eu ─ começou a falar, de olhos nos civis. ─ Já ouviu falar que um bom soldado é aquele que caminha ao lado da morte? Aquele que não a teme, mas a respeita, a aguarda e a abraça quando ela de fato chega. Dificilmente esse soldado tem algo para valorizar além de sua honra e a vida daqueles que protege. Enquanto viajávamos, fiquei pensando sobre o fim, o fim da sociedade como conhecíamos antes, o nosso fim. Basta olhar ao redor, está acontecendo aos poucos. Então diga-me você, por que saímos numa missão? Por que nos esforçamos para salvar vidas? Penso eu que talvez seja pela honra, ela é a única coisa que acompanhará um bom soldado até a cova.


─ Fui um militar, de fato, mas não sei e tampouco ligo para essa questão de ser um bom soldado. ─ Respondeu Wes, com um leve tom satírico em sua voz. ─ Nós saímos numa missão porque não há mais nada além disso para nós, é viver por viver, assim como fora na sociedade que conhecíamos, onde também vivíamos por viver, acordávamos por acordar e trabalhávamos por trabalhar. Há quem acredite que somos programados para isso. O que sei é que o mundo ainda é o mesmo, um lugar pautado em competitividade extrema, o que é inato aos seres que nele já viviam. Os (seres) que surgiram são os menores males que podemos enfrentar.

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─ Fui um militar, de fato, mas não sei e tampouco ligo para essa questão de ser um bom soldado ─ respondeu Wes, com um leve tom satírico em sua voz. ─ Nós saímos numa missão porque não há mais nada além disso para nós, é viver por viver, assim como fora na sociedade que conhecíamos, onde também vivíamos por viver, acordávamos por acordar e trabalhávamos por trabalhar. Há quem acredite que somos programados para isso. O que sei é que o mundo ainda é o mesmo, um lugar pautado em competitividade extrema, o que é inato aos seres que nele já viviam. Os que surgiram são os menores males que podemos enfrentar.

─ Está certo. Mesmo com seres vezes e vezes mais inteligentes habitando o planeta e ameaçando a vida que nele reside, o homem continuará a caça a si mesmo, a competição contra si mesmo. Até acho que não demorará muito para que grupos radicais e rebeldes ergam-se contra o governo e façam disso um inferno maior... Se mostrarmo-nos mais fortes do que os invasores e num futuro próximo eles serem derrotados, acha que a vida segue num novo molde social, político e familiar ou restauraríamos tudo outra vez?

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Mason Wade escreveu:
─ Está certo. Mesmo com seres vezes e vezes mais inteligentes habitando o planeta e ameaçando a vida que nele reside, o homem continuará a caça a si mesmo, a competição contra si mesmo. Até acho que não demorará muito para que grupos radicais e rebeldes ergam-se contra o governo e façam disso um inferno maior... Se mostrarmo-nos mais fortes do que os invasores e num futuro próximo eles serem derrotados, acha que a vida segue num novo molde social, político e familiar ou restauraríamos tudo outra vez?


─ Acredito que tudo voltaria a ser como antes. As pessoas encontrariam, de sua maneira, os seus locais e neles se organizariam, até que, como antes, surgisse alguém poderoso o suficiente para praticar a coerção. Voltaríamos à era onde só sabíamos botar a mão dentro do bolso do outro. Não sei se dá para chamar isso de pessimismo, não mesmo. ─ Respondeu. ─ O que você costumava fazer antes de tudo isso? ─ Indagou.

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— Espero que você saiba usar ela, madame. O recuo é um castigo do caralho, pode ser demais pra você... — Bishop não deixou passar uma chance de provocá-la. Não esperava ver aquela tampinha ter a iniciativa de avançar em uma daquelas coisas, muito menos de mostrar familiaridade com uma arma de fogo. Seria difícil levá-la a sério, mas resolveu não se preocupar com isso, afinal de contas, já havia lidado com esses drones antes, mesmo que ela fizesse alguma cagada, ainda era uma ameaça pequena para se lidar.

— Você sabe seguir instruções, né? —  parecia mais uma provocação, mas dessa vez ele trazia um tom sério na voz. Continuou: —  Quero uma divisão paralela. Só flanquear esse pedaço de lata e abrir fogo no meu sinal, entendido? — se desviou da trilha, abrindo caminho por entre a folhagem até alcançar as costas de uma árvore, esperando que Alice fizesse o mesmo. Deu um puxão na pequena alavanca na câmara do fuzil e posicionou a coronha sobre o ombro, aproximando o rosto da mira que se fixou no drone. Não esperou para ver se a garota estava em posição, afinal de contas, as instruções que deu foram mais do que claras, apenas se importando em sinalizar o momento para atirar com um curto assobio. Pressionou o gatilho e descarregou metade do pente em uma única rajada, forte o suficiente para destabilizar a arma caso a mão de suporte não estivesse agarrada à telha do fuzil. Aqueles drones podiam ser resistentes, mas qualquer calibre um pouco mais pesado era mais do que suficiente para atravessar suas carapaças metálicas, tornando o ato de acertá-los como o único desafio, já que planavam de forma bastante ligeira e podiam executar variadas manobras. 

— Filho de uma puta! — berrou e retornou para trás da cobertura, se desviando de um dos raios que lampejou em sua direção, chocando-se contra a madeira da árvore que pareceu ser suficiente para absorvê-lo sem se partir. Não tinha certeza se sua rajada havia sido efetiva ou não, mas já se preparava para descarregar a munição restante no próximo disparo.

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Gulielmus escreveu:
— Espero que você saiba usar ela, madame. O recuo é um castigo do caralho, pode ser demais pra você... — Bishop não deixou passar uma chance de provocá-la. Não esperava ver aquela tampinha ter a iniciativa de avançar em uma daquelas coisas, muito menos de mostrar familiaridade com uma arma de fogo. Seria difícil levá-la a sério, mas resolveu não se preocupar com isso, afinal de contas, já havia lidado com esses drones antes, mesmo que ela fizesse alguma cagada, ainda era uma ameaça pequena para se lidar.

— Você sabe seguir instruções, né? —  parecia mais uma provocação, mas dessa vez ele trazia um tom sério na voz. Continuou: —  Quero uma divisão paralela. Só flanquear esse pedaço de lata e abrir fogo no meu sinal, entendido? — se desviou da trilha, abrindo caminho por entre a folhagem até alcançar as costas de uma árvore, esperando que Alice fizesse o mesmo. Deu um puxão na pequena alavanca na câmara do fuzil e posicionou a coronha sobre o ombro, aproximando o rosto da mira que se fixou no drone. Não esperou para ver se a garota estava em posição, afinal de contas, as instruções que deu foram mais do que claras, apenas se importando em sinalizar o momento para atirar com um curto assobio. Pressionou o gatilho e descarregou metade do pente em uma única rajada, forte o suficiente para destabilizar a arma caso a mão de suporte não estivesse agarrada à telha do fuzil. Aqueles drones podiam ser resistentes, mas qualquer calibre um pouco mais pesado era mais do que suficiente para atravessar suas carapaças metálicas, tornando o ato de acertá-los como o único desafio, já que planavam de forma bastante ligeira e podiam executar variadas manobras. 

— Filho de uma puta! — berrou e retornou para trás da cobertura, se desviando de um dos raios que lampejou em sua direção, chocando-se contra a madeira da árvore que pareceu ser suficiente para absorvê-lo sem se partir. Não tinha certeza se sua rajada havia sido efetiva ou não, mas já se preparava para descarregar a munição restante no próximo disparo.


http://prnt.sc/bp9z2d

Alice respondeu as provocações de Carver apenas com uma careta e posicionou-se próxima de uma árvore. O careca, com maestria, manuseia o fuzil com habilidade e descarrega meio pente da arma no drone. Algumas balas atravessaram as partes metálicas superiores do objeto voador, o restante acertou em cheio nos circuitos do drone que resultou numa pequena explosão que acabara por inutilizá-lo, fazendo o mesmo cair no chão da trilha da floresta, com algumas faíscas saindo mas sem vida alguma.

A garota olhou para Bishop com uma expressão de "nada mal" e fez um sinal com a cabeça, para ambos retornarem.




Wes e Mason continuavam a aguardar Ethan e seu irmão. O sniper estrava prestes a responder a pergunta feita pelo mecânico quando ouviram o som da passagem secreta do memorial sendo aberta, curiosos e receosos foram checar. Para seu alívio, era Bishop descendo as escadas, seguido por Alice.

A garota olha ao redor notando a ausência dos irmãos e fala ao trio:

- Eu vou chamar Liam, ele é o nosso...

Estava a dizer quando vozes ecoadas começam a surgir vindo do corredor a direita que ficava no fundo da base.

- Eram cinco pessoas na lista, mais outras duas que mandei verificar. E me aparecem com três! - reclamava uma voz de um homem.

- Mas eles são talentosos, Liam... - disse um pouco oprimido Ethan.

- Isso não muda o fato de que liderarei um esquadrão de cinco pessoas, sendo duas meus irmãos!

Ao dobrarem o corredor, ficaram no campo de visão dos três recrutados que puderam finalmente ver então, o irmão mais velho.
Liam caminhava a passos largos na direção deles, tendo Ethan ao seu lado com uma feição receosa. Até que então finalmente chegara até eles e parou analisando cada um dos recrutados.

- Senhores, esse é... - dizia Alice quando o irmão mais velho a interrompeu.

- Liam Stookey, líder do esquadrão. - apresentou-se.

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Já fazia dois dias que ele rondava a cidade, procurando pelo esquadrão de Carver e esgueirando-se com cuidado pelas vielas, mantendo-se sempre fora da visão dos drones que faziam ronda. Agora, sentava-se num beco remoto comendo o biscoito que roubara de uma loja de conveniências alguns dias atrás, — sabia que tinha pouca comida e não podia exagerar, por mais que seu estômago pedisse por mais — até ter sua atenção fisgada pelo ronco de um motor vindo da rua principal. Prontamente puxou sua arma, rodeou a caçamba de lixo e esperou, até que o carro passasse correndo pelo seu campo de visão. Arqueou as sobrancelhas e aproximou-se ainda mais, bisbilhotando pela encosta do prédio para encontrar o veículo militar impactado contra um poste de luz, com dois drones a sibilar em sua volta. Não conseguia observar nenhuma movimentação do interior do veículo.

Ele esfrega a língua contra os dentes para remover os restos de chocolate e levanta a arma à altura do rosto, respirando fundo. São só dois robozinhos, pensou, ou você encurrala eles, ou eles te encurralam. Deu de costas para a parede, agachou-se e pegou uma pedra do chão para usá-la de distração. O medo o acometeu de súbito, sempre fora impetuoso, mas esse mundo era novo e surpreendente até mesmo para ele. A hesitação bateu, e se tiver mais algum por volta? Questionou-se, e se eles tiverem tempo para transmitir minha localização? A respiração pesava, as mãos suadas que apertavam o cabo da arma tremiam, mas ele sabia o que deveria fazer. Se houvesse alguém lá dentro, desacordado ou não, ele não podia simplesmente se esconder e deixar quem quer que fosse se foder. Era um veículo militar, poderia até ser quem ele tanto procurava. O medo e a incerteza que dançavam em seu peito não poderiam prevalecer, não agora. Ele respira fundo outra vez.

Espreitou por sobre o ombro e lançou a pedra com força próxima aos drones, que viraram-se rapidamente para o local do estalo, à medida em que ele correu para alcançar um disparo limpo. Dois estouros seguidos ecoaram pela larga rua, pôde ouvir o som da bala batendo contra metal ao abrir um furo de lado à lado no primeiro, que fez voar estilhaços e soltar fumaça pelo buraco recém adquirido. O segundo som veio logo depois, o outro drone virava-se, rapidamente, quando fora alvejado pelo disparo. Não tão certeiro quando o primeiro, atingiu a lateral de sua lataria e o fez rodopiar no ar, fazendo seu olho vermelho piscar e uma chuva de faíscas irromper do local em que fora atingido, antes de despencar como um pedaço de sucata contra o chão.

Kyle virou a cabeça rapidamente, agitado, procurando por algo ou alguém que pudesse tê-lo visto. O coração desacelerou ao não encontrar nenhum sinal de vida, secou as mãos que suavam contra a jaqueta e segurou firme a arma, agora sobravam-lhe apenas quatro balas. Aproximou-se dos drones, chutando o primeiro para o lado e juntando o segundo, para examiná-lo: notava que o estrago não era grande e considerou que poderia vir a ser útil entender a tecnologia inimiga, tirando a mochila das costas e guardando-o em seu interior. Sempre fora curioso, — e um pouco sucateiro, alguns diriam, — na pior das hipóteses seria somente mais um pedaço de sucata para sua coleção.
Alcançou a passos curtos, finalmente, o veículo, examinando o que havia em seu interior.

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Dwight escreveu:
Já fazia dois dias que ele rondava a cidade, procurando pelo esquadrão de Carver e esgueirando-se com cuidado pelas vielas, mantendo-se sempre fora da visão dos drones que faziam ronda. Agora, sentava-se num beco remoto comendo o biscoito que roubara de uma loja de conveniências alguns dias atrás, — sabia que tinha pouca comida e não podia exagerar, por mais que seu estômago pedisse por mais — até ter sua atenção fisgada pelo ronco de um motor vindo da rua principal. Prontamente puxou sua arma, rodeou a caçamba de lixo e esperou, até que o carro passasse correndo pelo seu campo de visão. Arqueou as sobrancelhas e aproximou-se ainda mais, bisbilhotando pela encosta do prédio para encontrar o veículo militar impactado contra um poste de luz, com dois drones a sibilar em sua volta. Não conseguia observar nenhuma movimentação do interior do veículo.

Ele esfrega a língua contra os dentes para remover os restos de chocolate e levanta a arma à altura do rosto, respirando fundo. São só dois robozinhos, pensou, ou você encurrala eles, ou eles te encurralam. Deu de costas para a parede, agachou-se e pegou uma pedra do chão para usá-la de distração. O medo o acometeu de súbito, sempre fora impetuoso, mas esse mundo era novo e surpreendente até mesmo para ele. A hesitação bateu, e se tiver mais algum por volta? Questionou-se, e se eles tiverem tempo para transmitir minha localização? A respiração pesava, as mãos suadas que apertavam o cabo da arma tremiam, mas ele sabia o que deveria fazer. Se houvesse alguém lá dentro, desacordado ou não, ele não podia simplesmente se esconder e deixar quem quer que fosse se foder. Era um veículo militar, poderia até ser quem ele tanto procurava. O medo e a incerteza que dançavam em seu peito não poderiam prevalecer, não agora. Ele respira fundo outra vez.

Espreitou por sobre o ombro e lançou a pedra com força próxima aos drones, que viraram-se rapidamente para o local do estalo, à medida em que ele correu para alcançar um disparo limpo. Dois estouros seguidos ecoaram pela larga rua, pôde ouvir o som da bala batendo contra metal ao abrir um furo de lado à lado no primeiro, que fez voar estilhaços e soltar fumaça pelo buraco recém adquirido. O segundo som veio logo depois, o outro drone virava-se, rapidamente, quando fora alvejado pelo disparo. Não tão certeiro quando o primeiro, atingiu a lateral de sua lataria e o fez rodopiar no ar, fazendo seu olho vermelho piscar e uma chuva de faíscas irromper do local em que fora atingido, antes de despencar como um pedaço de sucata contra o chão.

Kyle virou a cabeça rapidamente, agitado, procurando por algo ou alguém que pudesse tê-lo visto. O coração desacelerou ao não encontrar nenhum sinal de vida, secou as mãos que suavam contra a jaqueta e segurou firme a arma, agora sobravam-lhe apenas quatro balas. Aproximou-se dos drones, chutando o primeiro para o lado e juntando o segundo, para examiná-lo: notava que o estrago não era grande e considerou que poderia vir a ser útil entender a tecnologia inimiga, tirando a mochila das costas e guardando-o em seu interior. Sempre fora curioso, — e um pouco sucateiro, alguns diriam, — na pior das hipóteses seria somente mais um pedaço de sucata para sua coleção.
Alcançou a passos curtos, finalmente, o veículo, examinando o que havia em seu interior.


Para o primeiro drone: 10 (+3)

Após chamar a atenção dos drones para si, Kyle atira em um deles acertando em seu centro, fazendo com que o objeto caísse e acabasse por inutilizado ao se encontrar com o chão.

Para o segundo drone: 13 (+3)

Com o segundo drone prestes a atirar no rapaz, ele sem perder tempo atira na criatura, acertando-o em sua lataria que o fez rodopiar no ar e cair aos poucos enquanto seus sistemas falhavam. Já caído no chão e sem "vida", Kyle após certificar-se de que estava sozinho na rua vai até ele e o coloca em sua mochila.

Após o som do último tiro, o único som remanescente no local era o do vento que soprava as ruas desertas de Houston. Kyle dirigiu-se até o veículo militar, olhando através do vidro do motorista, que embora sujo, lhe permitiu enxergar quem dirigia o veículo. Era um homem grande e negro, com vestimentas militares não-governamentais. O homem estava inconsciente, com a testa na direção. Possuía um ferimento na cabeça, devido a batida e alguns leves cortes e rasgaduras no tecido da roupa. Olhando para o banco de trás, Kyle fica boquiaberto ao ver o objeto que lá havia. Era uma minigun, um tanto velha, mas ainda assim impressionante.

Kyle admirou por pouco tempo a arma, pois momentos depois de abrir a porta do veículo, um som tomou conta do ambiente em poucos segundos. Era alto e baixo ao mesmo tempo, baixo por parecer vir de longe, mas alto levando em conta que dava para ouvir dali. Um som muito semelhante ao de uma sirene antiaérea. Assustado, Kyle tenta acordar o homem desmaiado que sentava no carro, porém, sem sucesso, teve de agir rápido. Desprendeu o homem do cinto de segurança e o empurrou para o banco do carona, tomando o volante para si. Torceu para que quando girasse a chave do veículo o mesmo ainda funcionasse, e para sua sorte, o motor começou a operar.

Dirigiu nervosamente até a primeira esquina, porém antes de virar a rua, seus olhos encontraram uma sombra distante no céu, vindo aparentemente do mesmo lugar de origem do som. A sombra estava cada vez mais visível, tomando sua real forma. Uma "pequena" nave que sobrevoava a cidade numa velocidade lenta mas ameaçadora. Sem patetear, Kyle pisou fundo no acelerador e seguiu com o carro até, se possível, encontrar um lugar mais seguro.

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#Mesa 005 - Colony 9OJNMZO

Recebia olhares tortos e duvidosos dos recrutados após sua apresentação, mas já esperava por isso devido a sua forte personalidade e feição ranzinza. Um constrangedor silêncio tomou conta do local até que finalmente, para o alívio de todos, começou a falar:

— Me acompanhem.

Começou a andar pelo corredor da base chegando até o final, onde há esquerda, havia outro corredor. Mais algumas celas com civis haviam no local, até chegar no fim dele que havia escadas que davam em uma área mais subterrânea ainda. Ao fim da escada, chegavam então numa espécie de laboratório. Embora as paredes cinzentas e um pouco rachadas, era um lugar organizado. Mesas com mapas e outros materiais, computadores com telas maiores do que o normal, um ou outro dispositivo desconhecido e alguns caixotes ao redor da sala.

Em uma das mesas, havia uma arma que os três novos recrutas desconheceram, embora semelhante a uma metralhadora, não era nada que eles já haviam vistos. Um homem vestindo um jaleco trabalhava nela, em seu crachá havia o nome "Barnes", provavelmente um cientista. E num dos computadores, estava o piloto acompnhado de outros dois homens, um careca baixinho e um de cabelos negros até o pescoço.

Liam se dirigiu até uma lousa que havia num dos cantos do laboratório e virou para os recrutas. No quadro, havia fotos anexadas, escritas e direcionamentos, em outras palavras, o plano que Liam explicaria a eles.

— Como Alice já deve ter dito a vocês, essa pode ser a única chance que temos de salvar o mundo dessas malditas coisas. - Partiremos daqui para Dallas, onde segundo um informante é o caminho mais seguro. De Dallas passaremos por Albuquerque, Tucson e finalmente LA. E então chegaremos na nave-mãe. - apontou para uma foto anexada ao quadro da nave-mãe. - Em LA, há uma base também, muito maior que a nossa a propósito e que inclusive é onde o Pai está. Lá teremos mais informações sobre como derrubaremos essa coisa e também contaremos com reforços.

As palavras de Liam chegavam com seriedade ao ouvido dos outros, falava de forma clara e direta. Bishop parecia incomodado com a posição do rapaz de superior, mantinha uma expressão séria. Mason ouvia tudo atentamente, possuía um olhar calculista e Wes prestava atenção em Liam e no cientista, estava curioso na arma em que o homem trabalhava.

— E o mais importante. Há algo que será essencial para a vitória contra os aliens que teremos de pegar no Arizona.

— Que seria...? - questionou Mason.

— Uma bomba. - respondeu após um curto silêncio Liam.

Apontou para a lousa com um gesto do tipo “fiquem a vontade para analisar” e se retirou dali, indo falar com o cientista. Enquanto isso, os três deram mais uma olhada no quadro, analisando o plano. Ethan que estava ali próximo tomou a palavra:

— Nós partiremos pela tarde, mas fiquem à vontade! Temos alguns pratos prontos para o almoço, nada muito refinado mas melhor do que rações, não é? - falou o loiro com um sorriso sem jeito.

Algumas horas depois, após todos terem se alimentado e descansado, finalmente chegou a hora de partida. Liam mandou Alice reunir todos no laboratório e assim a irmã fez. Todos reunidos na sala, com exceção dos civis obviamente, e o cientista com a ajuda do piloto levou um dos caixotes até o centro do recinto. Ethan, com um pé-de-cabra, abriu a tampa do caixote, expondo o conteúdo que havia dentro. Eram algumas armas sobre um feno, armas bastante tecnológicas. Liam foi até o caixote e puxou um rifle, olhou para Mason e o entregou.

— É a mesma coisa, apenas com maior poder de fogo. Tenho certeza que se acostumará. - disse o líder.

Após isso, direcionou seu olhar para o homenzarrão. Levou as mãos até o caixote, e retirou a pesada arma designada a Bishop. Entregou-lhe um fuzil, grande o suficiente para não ficar desproporcional enquanto o careca usasse seu traje. E por último entregou duas pistolas para Wes, que depois pegara mais alguns itens que pudera ser útil na missão.

Após o time se equipar com os armamentos necessários, Liam se dirigiu até saída da base, sendo seguido pelo resto. Em frente ao memorial, o cientista conversava com ele, entregando-lhe dispositivo de comunicação, que também fora dado aos outros, e um rádio somente para ele.

— Boa sorte, senhor. - disse o cientista.

— Cuidem dessas pessoas. - falou Liam. - E até algum dia.

Wes notara que o piloto ficara ao lado cientista e dos outros dois soldados, e curioso, perguntou:

— Eles não irão?

— Alguém tem de tomar conta da base. - respondeu Liam. - Iremos com outro meio de transporte.

O jovem arqueou uma das sobrancelhas, até a atenção de todos serem chamada por um ronco de motor. Alice, de trás do memorial, surgiu com um caminhão militar de grande porte e de aparência muito resistente.

— Não iremos voando? - perguntou Mason.

— Estamos indo na direção da nave-mãe. Já somos inferiores a eles na terra, quem dirá nos ares. - respondeu seco Liam. - Vamos lá.

O grupo começou a se ajeitar no caminhão, ficando os três irmãos nos bancos da frente e os três recrutas na traseira. E então, oficialmente, a missão de salvar o mundo iniciou. Dirigiram pouco menos de uma hora até chegar ao centro da cidade, onde até então não haviam se deparado com nenhum drone. Mas seus ouvidos se depararam com um som alto, uma sirene, e eles sabiam o que vinha depois disso.

— Aquilo é... um veículo vindo na nossa direção? - perguntou Ethan.




#Mesa 005 - Colony HpNWpKT

Enquanto aquele som de sirene permanecesse nos céus Kyle não conseguiria andar tranquilamente. Dirigia em alta velocidade, dando algumas olhadas pelo retrovisor para checar o quão distante a nave estava, e infelizmente, não era tão distante assim. Suava frio pensando no que poderia acontecer se fosse pego, poderia descer do carro e tentar se esconder entre os prédios destruídos. Sua linha de raciocínio se dissipou-se quando, num susto, o negro ao seu lado acordou ofegante e tossindo.

— Você está bem? - gritou Kyle devido o desespero da situação.

— Tem... tem um rádio no bolso do meu peito. - falou com dificuldade enquanto tossia sangue o homem. - Mantenha... ele... - tossiu novamente enquanto parecia perder a consciência novamente.

— Ei, ei, ei! Seja forte, cara, tirarei a gente da vista deles! - disse Kyle. - Ei! - gritou tentando fazê-lo acordar.

— Mantenha... longe deles. - disse com os olhos fechados.

O homem apagou novamente, deixando Kyle mais nervoso do que já estava. Realmente havia um rádio no peito do negro, mas o rapaz não teve tempo de parar para analisá-lo. Uma espécie de drop caiu no meio da rua, em frente a ele. Tentara desviar do objeto metálico e losangular mas já era tarde demais, o máximo que conseguiu fazer foi virar meio voltante e colidir de lado no drop, que partiu o veículo em dois. Kyle e o negro foram jogados para um lado da rua e a traseira com a miniguin para o outro. O rapaz levantou-se com um pouco de dificuldade, tirando a pistola do bolso. Só havia duas opções agora, lutar ou correr, e ambas poderiam resultar em morte. Antes de fazer qualquer ação, os lados do drop desceram como se fossem pontes levadiças, porém chegando ao solo de forma mais rápida e bruta. E de dentro do objeto, saíram quatro figuras, bípedes e metálicas, todos armados e acompanhados de seis drones que espalharam-se pela rua. Kyle estava sem esperança alguma no momento, fugir dali seria impossível e jamais venceria com apenas quatro balas, viu seu fim chegando naquele momento... se não fosse por um disparo que acertou um drone em cheio. Olhou rapidamente de onde se originou o tiro e avistara um caminhão militar há alguns metros dali, com um sniper em cima do veículo e a equipe saindo de dentro dele.




Mapa:https://i.imgur.com/Ie1q4AR.png

Carver Bishop [Gulielmus]
Armas: Fuzil (10 balas)
Vestimenta: Armadura.

Kyle Reese [Dwight]
Armas: Pistola .40 (4 balas)
Vestimenta: Roupas casuais.

Mason Wade [Prime]
Armas: Rifle (7 balas) e pistola (6 balas)
Vestimenta: Roupas apropriadas e kevlar leve.

Wes Abrahamson [Cerberus]
Armas: 2 pistolas de energia e bomba de energia (1)
Vestimentas: Roupas casuais e kevlar leve.

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Iniciativa:

Guliel: 1
Prime: 3
Badass: 17

http://prntscr.com/bqzd07

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— Aquilo é... um veículo vindo na nossa direção? ─ Ethan perguntou, olhando para o carro em alta velocidade. Os olhos de Mason estreitaram-se, esperava que algo ruim acontecesse. Sem mais nem menos, uma estrutura metálica desceu dos céus, partindo o veículo que vinha de encontro ao caminhão ao meio quando tentou desviar. Dois rapazes foram jogados do carro ao asfalto com a colisão. Assistiram drones e coisas armadas saindo de dentro daquela estrutura, prontas para matar qualquer um. Mason não esperou, caminhou de volta para dentro, colocou um pente no rifle e o recarregou. Por uma escada, subiu até o topo do caminhão, onde apoiou o rifle em qualquer superfície propícia. Com um disparo, o drone alvo explodiu. Puxou o ferrolho, mirando na cabeça de uma das figuras metálicas desconhecidas e disparou, esperando que o calibre pesado perfurasse com sucesso o que quer que fosse aquela carcaça.

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Teve a sua atenção tomada quando notou que o silêncio a sua volta — do qual já estava acostumado — fora quebrado. Deparou-se com a situação. Imediatamente, retirou uma de suas pistolas do coldre, aproximando-se com curtos passos em direção ao drop — nunca se distanciando muito de Liam e do resto do time, que a essa altura do campeonato já estavam se aproximando também, ao todo. Efetuou um disparo teste com sua pistola no mais próximo drone/criatura, mirando em direção à cabeça caso seja este último. Wes estava testando o recuo, o alcance e o efeito.

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