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#Mesa 003 - Fire and Blood

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#Mesa 003 - Fire and Blood - Página 36 R9MV4Gv

Não demorou muito para que Talia finalmente alcançasse o exército, mas quando chegou, descobriu que Daeron já tinha partido com seu dragão para o Norte, buscando ajudar de imediato o grupo de refugiados de Winterfell e outros pedaços do Norte. O rei já tinha deixado as ordens, estrategias e outras coisas bem claras para os comandantes, que depois repassaram para Talia, agora que estava em poder. Ao ouvir os planos, ela se acalmou um pouco, parecia que apesar de tudo, seu marido realmente não estava brincando e sim levando muito a sério a situação.

Do dia que saiu do acampamento até o ponto onde Daeron marcou do exército se posicionar, incluindo as preparações no terreno e as ordens se espalhando pelos homens, foram quase dez dias. Estavam nas redondezas das Gêmeas, mas nada se assemelhava ao lugar quente e próspero que muitos viram meses antes ou em algum momento na vida.

Talia soube que havia chegado em seu objetivo quando a noite surgiu e nunca mais desapareceu. A lua era a única luz natural naquelas terras e o frio estava relativamente maior, mas a neve continuava lenta, calma e, especificamente naquela região, cobria levemente o chão, quase não atrapalhando a caminhada. Mas o frio que subia pela espinha de cada pessoa daquele exército era desigual a qualquer outro sentimento que tiveram em suas vidas, até mesmo um campo de batalha logo em frente a própria morte, nem esse medo se comparava ao que sentiam naquele momento. O temor era grande, talvez não por influências exteriores, mas pelo choque da fantasia... ter se tornado realidade. Porém, a rainha sentia um pouco de prazer de ver a reação de quem zombara de Daeron ao anunciar aquilo, especificamente os mercenários de Essos que ficaram calados no momento que viram a realidade, aquilo tirou um sorriso maldoso de Talia.

Quando a hora chegou, a rainha foi acordada por um dos soldados e sem pensar duas vezes pegou suas espadas, enfiou na bainhas e correu em direção ao aglomerado de homens entrando em posição desesperadamente. O local que Daeron escolhera era um particularmente especial para ele e Talia, era perto de uma pousada onde puderam aproveitar várias noites tanto no local quanto em lugares ao redor dele, antes de irem para as Gêmeas. A diferença daquela pousada é o fato dela não ser uma pequena casa como as demais e sim feita dentro de um pequeno castelo que uma família nobre viveu muito tempo atrás, era um castelo tão pequeno que poderia se confundir com uma casa um pouco mais nobre e o fato de não ter muralhas só aumentava a semelhança, mas era um lugar chamativo na região, e era perto da estrada principal, apenas tendo que tomar um pequeno desvio. Mas ao redor, além de uma floresta, bem à Norte havia uma região um pouco volumosa e com uma clareira de tamanho considerável, quase sendo um campo.

O plano basicamente foi posicionar o exército em um grande "U", circundando o campo. As partes da frente estavam no local volumoso, duas grandes paredes de terra com um grande caminho no meio, onde vários arqueiros ficariam e se aproveitariam do riacho a frente que atrasaria quem tentasse o atravessar. Do topo de ambos lados do U até sua base, o exército cercava o campo e a base ficava bem de cara para ele. A pousada ficava dois quilômetros antes. Em volta do U, cavaram centenas de buracos, todos eram largo e fundo, com apenas alguns caminhos entre eles. E por todo exército estavam espalhadas milhares de fogueiras, tochas e braseiros. Fogo era o que não faltava e por sorte também ajudava na iluminação, naquela noite sem fim.

Com cerca de mais de 8 mil homens ali — o local não era tão grande assim para que fossem todos soldados, posicionados em seus lugares e esperando os refugiados chegarem, depois os inimigos, não havia ninguém ali que não estava tenso.




Talia[Babi]
Vestimenta: Roupas bem quentes e o colar que encontrara na gaveta de Daeron, um presente dele antes de ir para Rochedo Casterly.
Armas: Duas espadas curtas e um escudo.

A chegada dos refugiados e a volta de Daeron seriam anunciadas para o exército quando um dos soldados que fora na patrulha para esperar eles, vários quilômetros a frente de onde o exército estava, chegasse e avisasse-os disso. O rei e seu dragão foram para o Norte muito antes do exército chegar no ponto de referência, mas cerca de duzentos soldados pegaram os melhores cavalos e foram o mais rápido possível para o Norte, para dar assistência aos refugiados.

Agora, ela estava entre os homens, atrás das seis fileiras de escudos que se prolongavam por todo U, juntos. Diferente de uma parede de escudos normal que seria num campo aberto ou em algum corredor, aquela parede estava dentro da floresta, mas não tão distante do fim das árvores, o que os separava do campo aberto eram os vários buracos cavados bem em frente à eles, seria impossível quebrar aquela formação. Havia buracos até mesmo atrás da parede de escudos, caso a mesma fosse quebrada, mas não tão numerosos por ser uma área com um grande número de soldados, mas mesmo assim estes passeavam por ali com cuidado, para não cair e se lambuzar de óleo. Todas tinham óleo em seu interior, esperando alguns mortos caírem e serem devorados em chamas.

Mas apesar de toda essa segurança, Talia ainda estava nervosa, já fazia quase duas horas desde que o soldado havia chegado e Daeron ainda não tinha voltado junto com seus duzentos homens e os refugiados. Ela estava um pouco irritada também, tinham muitos corvos na área onde ela estava, crocitando sem parar.

— Tudo bem, Vossa Graça? — perguntou Arthur, colocando-se ao lado dela. Ele vestia uma armadura bem modesta, mas que caia muito bem nele.

Mapinha: http://prntscr.com/hdzl2x

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Quando os dias escuros tornaram-se noites inacabáveis, soube que o conteúdo da carta era verdade, ou pelo menos próximo de ser. Manteve-se junto a tropa de Daeron, contente por não ter que planejar estratégias, mas ao mesmo tempo temerosa pelas consequências das táticas do Targaryen. No entanto, tornou-se notável que ele sabia o que estava fazendo e isso acalmava a mulher. Todavia, mesmo com o conforto quanto a essa situação e quanto ao choque de realidade naqueles que tomaram o rei como louco, sentia-se igual a todo exercito.

Assim como percebera em outros, sentia mais medo que tinha sentido em qualquer batalha de sua vida. Em seu corpo, suas entranhas comprimiam-se de ansiosidade e seus músculos, de forma irrevogável, enrijeciam diante de qualquer alarde. Sua mente por sua vez, em impulsos, alertava-a do perigo e fazia com que lembrasse, frequentemente, da muralha, de modo que se seguisse os instintos fugiria como um cervo amedrontado. Tentava por vezes controlar seus sonhos com vinho ou outras bebidas, mas tudo que lhe vinha durante a noite eram gritos e mortos. O medo tinha tornado-se uma constante em sua vida. Porém, diante de seus soldados procurava-se manter calma, para que não fugissem eles mesmos, notando que aquela que liderava-os tinha o mesmo receio que eles.

Em um dos momentos durante aquela longa noite foi acordada por um dos soldados, de modo que logo sacou suas espadas da bainha e dirigiu-se para fora da tenda. Os seus homens organizavam-se desesperadamente e soube naquele momento que deveriam confrontar a morte. Porém, mesmo com a formação preparada para a chegada dos monstros, não foi instantâneo. Andava de um lado ao outro atras das barreiras de escudo como um animal selvagem demarcando seu território. Apesar do temor seu objetivo principal era queimar até o ultimo dos defuntos que se aproximassem e o que quer que viesse com eles. Olhou para suas armas lembrando-se de sua ineficiência e sentiu-se contente de poder joga-los nas valas para que queimassem. No entanto, alem do nervosismo causado pela demora de Daeron, haviam corvos em varias arvores observando-a e crocitando, de modo a aumentar sua irritação. Quando parou analisando a situação, Arthur Dayne caminhou em sua direção questionando como estava.

- Sinto que estão cada vez mais próximos e ao mesmo tempo que isso me motiva, temo que não tenhamos sucesso. Porém, agora pouco importa como estou, não posso ceder nesse momento. - Falou após suspirar dando uma pequena pausa. - E você, sor?

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— Sinceramente, já estive melhor. Essa é a minha primeira vez num campo de batalha há mais de dez anos e ao invés de lutar com soldados, lutarei contra mortos-vivos que só morrem de verdade se forem queimados... fora o fato de ter fogo para todo lado, não é lá algo que eu goste muito — explicou com um pequeno sorriso de canto no rosto, nada sincero.

Mas a conversa entre ambos acabou ali, pois logo os homens começaram a murmurar e uma trombeta foi ouvida. Os refugiados tinham chegado. Por um bom tempo, Talia não escutou ou viu algo, muito menos os soldados falaram algo, então impaciente ela foi até as fileiras e se meteu entre elas, com Arthur a seguindo, quando chegou até a frente acompanhada de Arthur, pôde ver os refugiados chegando. Eram muitos, muitos mesmo, acompanhados dos vários soldados que Daeron tinha enviado, mas nenhum sinal havia do homem e de seu dragão.

— Abram as paredes, abram as paredes! — berrou Talia e os outros comandantes.

Os refugiados e soldados se dividiram em vários grupos que entraram em cantos diferentes da parede de escudos, alguns pelas laterais, outros pela base. Talia viu as pessoas chegando e atravessando a parede, mas algumas lhe chamaram a atenção. Viu Dania Stark acompanhada de um rapaz completamente acabado, correndo com muita dificuldade, parecendo mais mancar do correr na verdade, seus cabelos eram brancos e quebradiços, mas nenhum deles deu atenção à ela ou mesmo a viu, tamanho desespero, porém Talia notou o que o rapaz carregava, a grande e grossa espada de Joran Stark, chamada Gelo; também viu os filhos de Alayne, um deles estava sendo carregado por um soldado, parecia bem pálido e doente, enquanto o outro estava bastante machucado, mas nada letal, este carregava uma espada curta. Viu mais e mais pessoas, por todo campo, adentrando no exército, talvez tivesse mais de quinhentos, talvez mais de mil, ela não conseguia contar por ter tantas pessoas. Mas apenas uma, só uma, direcionou a atenção e foi até ela.

— Vocês precisam recuar, agora! — falou o homem de idade, respirando com dificuldade, tentando recuperar o fôlego.

Talia nem mesmo teve tempo de responder. Assim que ele soltou as palavras, ela, o próprio, Arthur, os soldados e as poucas pessoas que ainda estavam no campo se viraram, ou apenas encararam, uma tempestade de névoa engolindo o campo e a floresta. Não era tão obscura assim, ainda podiam enxergar claramente, mas agora pareciam estar dentro de uma nevasca, o frio também tinha aumentado, inacreditavelmente, porém o que mais impactava era o peso que aquilo trazia: os sentimentos negativos.

Eles, então, souberam que os inimigos tinham chegado. E tudo que se passava na mente de Talia, era onde Daeron estava naquele momento.


Os arqueiros incendiaram suas flechas e esperaram todos refugiados passarem, por sorte todos conseguiram adentrar no campo antes dos inimigos chegarem. Quando a nevasca surgiu, cobrindo-os de frio e uma camada leve de névoa, as silhuetas começaram surgir do outro lado do riacho, saindo das árvores. As flechas foram soltas, os mortos foram acertados, os que chegaram no riacho cairam com a força da água ou ficaram extremamente lentos, dando oportunidade de até os piores dos arqueiros o acertarem. Eram tão inflamáveis que mesmo no rio, ao serem acertados por uma flecha em chamas, entravam em combustão de uma forma tão poderosa que nem mesmo a água conseguia interromper o fogo antes de matá-los. Ficaram assim por um bom tempo, matando inúmeros mortos, isso estava sendo ótimo para confiança dos soldados que esperavam um pesadelo e estavam conseguindo lidar com aquilo melhor do que contra vivos normais.

Foi quando surgiu a primeira criatura de gelo dentre as árvores, então mais um e depois um terceiro. Os arqueiros nos cantos das elevações mais próximos do riacho que viram as criaturas surgindo da escuridão engoliram em seco, sentindo um frio passear por todo seu corpo, alguns até mesmo congelaram. Uma das criaturas desceu do cavalo e caminhou lentamente até o riacho enquanto seus soldados eram acertados por flechas em chamas, sendo destruidos rapidamente. Um dos arqueiros teve coragem de lançar uma flecha naquele Outro, mas foi surpreendido quando a criatura apenas levantou a cabeça e agarrou a flecha com a mão, quebrando-a no meio. Aquele era diferente dos outros dois, tinha uma armadura mais grossa e menos brilhante, era um gelo mais escuro, tinha uma capa também, tão branca que chegava iluminar onde a criatura estava, mas de material que nenhum deles conseguiria descobrir, parecia um pano comum, porém no seu ponto mais baixo, o "pano" parecia dançar como chamas dançavam numa fogueira, soltando pequenas faíscas de algo, como se fosse uma energia. Seu rosto era coberto por um elmo de gelo, mais escuro que a armadura, a única abertura era onde estavam os olhos, dois pontos azuis brilhantes no interior obscuro do elmo.

Se aquilo não bastasse para os homens congelarem, o Outro se ajoelhou perto da margem no rio e acertou a palma da mão no chão, ficando alguns instantes ali, até que de repente aquela parte do riacho começou a ter consistência e a água virou gelo. Os mortos aproveitaram-se daquilo para entrar mais depressa, mas ainda assim foram flechados e quem conseguia entrar no corredor, era acertado pelas flechas dos arqueiros daquela parte. Um urso apareceu e conseguiu de algum jeito escapar das flechas, mas quando derrubaram um barril de óleo nele e acertaram uma flecha em seu corpo coberto do líquido, as chamas o cobriram como se um dragão tivesse soprado uma onda de fogo nele. Os dois Outros que ainda estavam no cavalo, desceram, sacaram arcos (que pareciam feitos de gelo e ossos, pois a base era feita de algo parecido com osso, mas o gelo a cobria por completo, menos embaixo e no topo), colocaram flechas e mataram alguns dos soldados nos montes, mas nada demais. Era praticamente impossível daquelas criaturas conseguirem atravessar.

Eles sabiam disso. A mesma criatura que congelou o riacho, recebeu uma flechada no peito que quebrou ao colidir com a armadura e, ignorando aquilo, soltou um grito estridente que se espalhou tão alto quanto a trombeta que os soldados de Daeron haviam tocado pouco antes.

Então, o terror chegou.


Tudo parecia normal, apesar de todos estarem congelados, aflitos sobre o que devia estar acontecendo no topo do U. Demorou um tempo até que algo mudou, até que as coisas conseguiram se mostrar pior do que já eram. O homem tentou falar novamente, mas foi interrompido. Primeiro, escutaram um rugido amedrontador, então houve silêncio, depois ouviram milhares de rugidos que pareciam aumentar com o tempo, viram a parte mais distante do exército começar a se movimentar, os gritos chegando aos ouvidos deles bem baixinhos pela distância, provavelmente gritando ordens e se preparando para uma batalha. Mas como?, perguntou-se Talia. Como conseguiram atravessar os arqueiros?

A resposta veio poucos segundos depois. A fonte dos rugidos, a fonte da morte de tantos arqueiros, a fonte da entrada dos mortos naquele campo, a fonte eram dezenas de criaturas com asas e o corpo de um dragão, mas que eram pequenas, talvez apenas maiores que alguns cachorros, pelo menos o que podiam ver a distância. Quem estava mais próximo, quem teve aquelas garras atravessadas no peito, na garganta, viram que algumas eram pequenas, mas outras eram bem grandes.

Os soldados começaram gritar, as fileiras começaram a ser impregnadas pelo cheiro de merda e mijo, vindo de inúmeros soldados, cobertos de medo, principalmente os que tinham bebido durante todo aquele tempo para ter coragem. Talia foi empurrada pelos soldados para trás, junto de Arthur. Quando aquelas criaturas voadoras finalmente alcançaram aquele parte da parede de escudos, nada havia a ser feito. As criaturas quebraram a parede de escudos, enfiando suas garras nos soldados, agarrando-os com as patas e jogando-se para o ar, os maiores conseguiram até mesmo levar homens presos em suas patas no ar para longe. Como um enxame de abelhas, aquelas criaturas invadiram a floresta, atacando tudo e todos, de forma mortífera e aterrorizante.

Uma delas foi direto em Talia e naquele milésimo de segundo, ela conseguiu enxergar como eram. Aquela, em especifico, era negra com olhos azuis brilhantes, não era tão grande, mas suas garras brancas eram perigosas e pelos dentes em sua boca, era visível que uma bocanhada deles conseguiria arrancar um pedaço dela. Outras daquelas criatura eram brancas e tinham algumas outras cores que não eram muito destacáveis naquele escuro.

Você precisa tirar 12 para desviar dela.




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Droenn acordou de suas memórias mais tristes quando ouviu a neve ser remexida lá fora. Inclinou-se cauteloso, e com força, seu punho envolveu a espada dos Lannister, enquanto ele caminhava.

Qualquer coisa que restara de seu mundo ruiu ao ver Alayne e Rhaego, sozinhos. Seus lábios tremeram, e seu rosto começou a se contorcer num pranto tímido.
─ Eu sinto muito ─ disse, vulnerável, sua voz era trêmula. ─ Por tudo isso. Me perdoem ─ ele não aguentou e caiu de joelhos sobre a neve. Algumas lágrimas desceram do rosto chocado.

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Talia conseguiu escapar por sorte do ataque da criatura ao pular no chão, deixando-a passar direto. Olhou em volta, rapidamente, vendo a confusão que estava, entre as várias pernas correndo para lá e para cá e cadáveres caindo em frente de sua visão, olhando para o campo pôde ver que ele estava começando a se encher aos poucos dos mortos, não eram milhares e milhares, mas era um número considerável e logo chegariam ali. Não que já não estivessem em problemas, aquelas criaturas voadoras que pareciam dragões estavam estraçalhando o exército de Talia.

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Diante daquela imagem dos mortos, sentiu não só seus pelos eriçando-se nos braços e na nuca, como também o aperto na boca do estomago e o enrijecimento dos muculos. Seu maxilar cerrou-se em uma mistura de medo e raiva e esperou que aproximassem-se para que queimasse-os nas valas. No entanto, esse plano cedeu diante da aparição de novos inimigos. Com o auxílio de asas, animais semelhantes aos dragões que vira, porém menos majestosos, ultrapassaram as barreiras e covas para que através de mordidas mostrassem seu perigo arrancando pedaços do exercito dos vivos. Um avançou sobre si e num impeto jogou-se no solo. Naquele momento, com a intensificação do medo e as diversas cenas de morte que viu de longe, sua audição desligou-se por algum tempo enquanto seus olhos direcionaram-se ao lugar de onde as criaturas aproximavam-se. Ouvia apenas sua respiração enquanto seus olhos encaravam aqueles de mesma cor, porém de um tom brilhante e assustador. Empurrou o chão, erguendo-se, todavia não desviando os olhos dos inimigos.

Postou-se em pé e soltou o ar de seus pulmões com uma expressão de puro ódio. Entretanto, não era aquilo que sentia, tampouco era preocupação e sem tardar o medo abandonou-a. Não, transformara tudo aquilo em puro instinto, pouco pensou agora nas pessoas ao redor ou aquelas nas quais preocupava-se. Tudo que sentia era seu corpo clamando por aquela batalha enquanto sentia seu coração bombando sangue por todas as extremidades e sua respiração ofegante controlando-se aos poucos. Cerrou o maxilar sentindo seu rosto afogueado devido ao frio e então agradeceu e clamou em uma breve oração aos deus que mantivesse seus sangue quente. Adiantou-se até um dos braseiros e puxou uma das tochas, analisando em menos de um segundo a chama que alternava suas cores entre o amarelo e um laranja vivido e, em sua mente, pediu para aquele deus também. Porém, deixou então que aquela visão levasse seu lado emocional embora e cedeu a parte de si que buscava nada mais que a vitória e a sobrevivência. Preparou-se e gritou a pleno pulmões uma ordem.

─ Arqueiros! Matem esses filhos da puta. ─ Falou virando-se para os soldados ─ O resto de vocês, peguem tochas e defendam-se. Quando os outros aproximarem-se, mandaremos esses putos para a cova!

Diante de suas ordens preparou-se para atacar uma nova besta mantendo-se a alguns passos das valas, para que quando os mortos chegassem sua ordem fosse o suficiente para manda-los aos sete infernos.

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Algumas daquelas criaturas derrubavam os homens no chão e começavam a enfiar as garras neles, mordendo seus braços quando tentavam se defender, estas eram fáceis de se matar, bastava que alguém próximo enfiasse uma tocha em suas costas e asas para que o resto do corpo fosse coberto por chamas. Nesse processo, Talia percebeu algo, aquelas criaturas pareciam temer fogo, viu alguns dos soldados tentando afastá-las golpeando o ar com as tochas e elas, de fato, se distanciavam, voando em volta, tentando achar um meio de se aproximar, coisa que logo conseguiam fazer, num ímpeto de fúria.

Enquanto isso, os mortos já estavam aproximando-se de onde estavam. Não era um grupo gigantesco, mas havia um bom número e agora com a parede de escudos desfeita, só restavam as covas para pará-los.

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Viu o medo que as criaturas sentia do fogo e com novas ordens fez com que todos os homens fossem capaz de afasta-las, vendo algumas sendo queimadas quando aproximavam-se impetuosamente. Os arqueiros concluindo o afastamento feito pelos soldados acertavam flechas em chamas naqueles que voavam hesitantes em volta do seu exercito. Ainda com o maxilar cerrado viu os mortos correndo cada vez mais próximo. Independente da quebra da barreira de escudos, não daria um motivo para os monstros desviarem das covas, esperaria que os primeiros caíssem para atirar o fogo. Afinal, não podia subestimar o instinto deles.

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As baixas ainda estavam acontecendo, aquelas criaturas voadoras eram difíceis de matar e serem acertadas, mas para a tranquilidade de Talia a situação estava um pouco equilibrada. Mesmo prestando atenção em volta para seu próprio bem, ainda mantinha os olhos nos inimigos aproximando-se pelo campo também, bem próximos já.

Quando olhou em volta mais uma vez, viu uma das criaturas voadoras se aproximando dela com as garras já apontadas para ela, parecia uma daquelas que tentavam levar os soldados para o ar e os soltavam.

Você precisa tirar 6 para desviar.

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Babi efetuou 1 lançamento(s) de dados 1d20 :
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Talia esperou até que ele estivesse muito perto e desviou no último segundo, acertando uma das asas com a tocha. Sorriu ao olhar pra trás e ver a criatura deslizando no chão, se debatendo em chamas.

Não apreciou a cena por muito tempo, pois os mortos já estavam começando a chegar, alguns caíram nas covas, outros pulavam sobre elas. Um deles veio direto na direção dela, com uma espada em mãos.

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Puxou outra das tochas do braseiro enquanto os mortos corriam ao seu ataque. Lidava melhor carregando duas armas e como suas espadas eram de pouca serventia, contentou-se com os dois bastões de fogo. Preparou-se para a empreitada do monstro e gritou enquanto corria em direção ao inimigo, vendo vários outros caindo nas covas.

─ Agora! - Gritou o mais alto que pode ─ Queimem-os todos! ─ Encerrou jogando-se em cima daquele em um salto enquanto via flechas e tochas sendo jogadas nas inumeras valas. A noite incendiou-se, mas naquele momento dirigiu-se apenas a pele negra e aos olhos azuis que buscavam mata-la.

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Babi escreveu:
─ Agora! - Gritou o mais alto que pode ─ Queimem-os todos! ─ Encerrou jogando-se em cima daquele em um salto enquanto via flechas e tochas sendo jogadas nas inúmeras valas. A noite incendiou-se, mas naquele momento dirigiu-se apenas a pele negra e aos olhos azuis que buscavam mata-la.


Você precisa tirar 14 para concluir essa ação.

http://prntscr.com/hu2bdr + 3


Aquele morto que vinha na direção de Talia não era o único que tinha pulado, por isso ela apenas passou por ele rapidamente, desviando de seu ataque e deslizando a tocha por suas costelas, incendiando-o. Surpreendeu-se ao ver quão infláveis eram, sabia de sua fraqueza, mas não tinha noção de como eram frágeis ao fogo. Continuou sua rota, acertando mais um e depois outros, quando um dos mortos pulou sobre a cova no momento que a incendiaram, Talia chutou-lhe no peito assim que ele botou os pés no chão, jogando-lhe lá dentro.

Alguns dos mortos caíram nas covas e pularam quando as chamas já estavam se erguendo, sendo mortos de imediato, outros continuaram avançando em um ato de burrice, ignorando as chamas e morrendo por isso, mas a maioria acabou parando e ficando em frente as covas, alguns tentavam passar pelos pequenos caminhos entre as covas, mas os soldados lhes acertavam com tochas ou flechas em chamas. As criaturas voadoras não ousavam se aproximar de quem estava muito perto das covas, pelo calor e as chamas, elas pareciam mais sensíveis ao calor do que os mortos que avançavam mesmo que a pessoa carregasse fogo com ela. Com isso, os soldados aproveitaram para matar as criaturas, tanto os cadáveres dos homens quanto aquelas voadoras.

A situação pareceu virar e isso fez com que Talia sorrisse, agora podendo olhar em volta, viu que pela falta de caos ao redor de onde estava, o resto do U devia ter dado conta daquele problema também. Escutou mais rugidos e entre as chamas viu mais uma enxurrada daquelas criaturas voadoras se aproximando, assim como mais mortos. E mais uma vez sorriu.

Junto daquelas criaturas veio o rugido de Aerion e a chegada de Daeron, que inundou-as em chamas, junto dos mortos no campo.

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Com a chegada de Daeron e seu dragão, o exército dos mortos foi facilmente derrotado e as criaturas de gelo, que alguns alegaram ter visto, recuaram de volta para escuridão. Já tinham se passado alguns dias desde aquilo, um pedaço do exército continuara por aquelas redondezas, liderados por Daeron que continuara patrulhando os arredores. Talia desceu com outro pedaço do exército em direção às Gêmeas, o mais rápido que puderam acompanhados dos sobreviventes do Norte, que foram alimentados e cuidados. Muitos estavam doentes, alguns loucos, era uma situação triste.

A Baratheon soube depois que ocorreram mais dois ataques após aquela noite, mas que Daeron, seu dragão e seus soldados conseguiram conter com certa facilidade até. Eles estavam lidando com os temíveis inimigos de forma muito melhor do que ela esperava, e talvez por isso o marido não tivesse se aproximado dela até aquele momento, sempre mantendo distância. Não tinham trocado uma palavra sequer desde que ele voltara e agora estavam separados novamente, mesmo que temporariamente.

Agora, estavam logo ao lado das Gêmeas, ela preferiu ficar no acampamento dos soldados ao invés do castelo, por não gostar do local.

Estava em sua tenda, sentada em sua cama, olhando para o nada. Não tinha nada para fazer, nem mesmo cartas para enviar. Seus olhos se viraram para a entrada da tenda quando alguns soldados trouxeram a irmã de Droenn e os filhos de Alayne. Mandou que saíssem e ergueu-se da cama, as crianças cumprimentaram ela, de uma maneira tão robótica que tirou um pequeno sorriso dela, geralmente era este o jeito que as crianças nobres se curvavam, depois de serem obrigadas a aprender pelos meistres. Ela sabia muito bem disso, resumia sua infância perante outros lordes. Todos três estavam bem surrados, principalmente o filho mais novo de Alayne, que estava pálido e parecia estar bem doente.

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Assim que a garota e os dois garotos entraram em seus aposentos fitou-os com nada mais que curiosidade. Até o momento haviam apenas sido corteses com ela e nenhuma outra palavra havia sido proferida. Notou a aparência deles percebendo que o mais novo dos filhos de Alayne parecia doente. Mostrou com a mão para que se sentassem em cadeiras que pediu para esse encontro e em seguida correu os olhos por eles.

─ Meu nome é Talia, como vocês devem saber e conheço-os pelos seus familiares. Porém não é o que estou aqui para discutir e peço que tenhamos essa conversa como amigos, então dispensem as cortesias ─  Disse abanando uma das mãos num sinal de dispensa as cordialidades. Virou-se em seguida para o mais novo. ─  Como você se sente garoto?

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Landor, o irmão mais novo, permaneceu quieto e desviou os olhos pra baixo, ele tremia um pouco.

─ Ele tá bem ─ respondeu Brandon, o mais velho. Ele tinha uma certa firmeza na voz.

Talia tinha ouvido falar que a criança tinha matado um daqueles mortos para proteger o irmão.

─ Brandon! ─ repreendeu Dania. ─ Perdão, vossa graça. O que a senhora quer conosco?

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Sentiu seu labio curvando-se pra cima em um sorriso que logo escondeu diante da firmeza do mais velho. Assentiu para a garota diante do perdão, notando que provavelmente não aceitariam o pedido de não trata-la com tanta cortesia. Caminhou pela tenda sentando-se na cama e voltando o olhar para eles.

─ Sugiro que não deixe seu irmão assim, Brandon. Não sei se isso é o que chamam da doença de inverno, mas seja o que for ele agora é sua responsabilidade e qualquer um pode ver o quão pálido ele esta. Posso pedir que olhem ele, mas essa escolha é de vocês dois. ─  Falou dirigindo-se aos irmãos, mas quando encerrado voltou seu olhar a Dania. Isso se deu não só pela idade dela, mas pela forma em que demonstrou autoridade sobre os outros. ─ Vou direto ao ponto ─ Ergueu o olhar num suspiro e soltou as palavras com a maior firmeza que pode ─  Seu irmão e a mãe dos garotos foram ao norte busca-los quando receberam sua carta. Até hoje não voltaram, e isso torna vocês protetores de suas casas. ─  Deu uma pausa, mas antes que falassem tomou a palavra novamente ─  No entanto, estou pouco me fodendo para isso, sei que não estão mortos, mesmo que eu tema por isso. A questão é que irei até os sete infernos pra encontra-los. Isso porque seu irmão é meu melhor amigo ─  Virou-se para os garotos ─  E a mãe de vocês salvou a minha vida e a vida dos meus filhos, por isso tenho uma divida que não esta em questão abandonar.

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As crianças pareceram se desesperar ao ouvir aquilo, assim como Dania que pareceu bem assustada também.

─ Eles foram sozinhos? ─ perguntou ela de imediato, em choque.

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Viu o desespero no olho das crianças e por um segundo cogitou se deveria ter sido tão direta. No entanto era inquestionável que deveriam saber a verdade e que não era o momento pra sutilezas. Era notável que já haviam passado por muito naquele tempo e mentiras poderiam tornar a dor maior caso o pior se concretizasse. Virou o olhar para a pergunta de Dania e suspirou enquanto os olhos azuis tully da garota a questionavam.

─ Nao, Dania. Levaram mais alguns milhares com eles. ─ Parou por um tempo olhando-a com curiosidade mas decidindo que os questionamentos ficariam pra depois. ─ Não viemos também a princípio porque a carta que mandou parecia inconsistente em alguns aspectos. Enfim, espero que perdoem-me pela forma que falei, mas não conseguir pensar em outra maneira. Porém tudo o que eu disse é verdadeiro e apesar de achar que conseguem se virar sem ajuda, não irei abandona-los.

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A dupla continuou fugindo, parando num canto ou outro, numa cabana aos pedaços ou numa árvore qualquer em meio a floresta. Rhaego tinha adoecido naquelas horas, ficando mais pálido e mais fraco, ele e Alayne improvisaram o que puderam para tampar suas feridas, mas desde o primeiro momento ele sabia o que fazer quanto aos dedos. Assim que as chamas abandonaram o arakh, o aço continuou fervendo, então, com muito receio, pegou algo, mordeu e enfiou o que tinha restado daqueles três dedos no aço. Ele sabia que estava muito mal, mas Alayne não estava muito distante daquilo, estava fraca e ele sentia que estava adoecendo também. Estavam congelando ali naquele frio.

Andaram e andaram, até finalmente chegarem nas redondezas de uma caverna, que passariam direto, se não tivessem tido uma pequena impressão de ter visto alguma luz ali de dentro. Conversaram entre si, mas no fim decidiram ir em direção à caverna, apoiados um no outro, aos tropeços.

A visão que tiveram não poderia, ao mesmo tempo, fazê-los tão felizes e tão desolados. Quando seus olhos se acostumaram com a escuridão e conseguiram visualizar aqueles que se amontoavam em volta da fogueira identificaram quatro figuras: Cetim e Tobin estavam deitados em um canto, quietos, mas melhores do que a última vez que os viram, Serena estava perto do fogo, de costas para a entrada; e bem a sua frente, caminhando com a espada Lannister em mãos, estava Droenn. Perante a visão dois adentrando a caverna, o Stark desabou.
─ Eu sinto muito ─ disse, vulnerável, sua voz era trêmula. ─ Por tudo isso. Me perdoem. ─ ele não aguentou e caiu de joelhos sobre a neve. Algumas lágrimas desceram do rosto chocado.

Rhaego já não tinha mais lágrimas para compartilhar com o amigo, ao vê-lo de joelhos sentiu como se uma mão envolvesse seu coração e o apertasse com toda a força.
─ Eu falhei, falhei em protegê-la... ─ Sua voz estava engasgada, desprovida de forças. ─ Quem lhe deve um pedido de perdão sou eu, mas saiba que nunca irei me perdoar.

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Dania e as crianças não souberam muito bem como reagir aquilo, esperavam que depois de todo aquele tempo fugindo pelo Norte, cobertos de frio e medo, encontrariam o exército do rei e seus familiares junto, mas agora lá estavam eles, ainda sozinhos e com os familiares no Norte, procurando por eles. Landor começou a fungar e querer chorar, mas Brandon começou a sussurrar algumas coisas para ele sobre a Guarda Real e o garoto segurou o choro.

Pelo silêncio que se prosseguiu após suas palavras, Talia notou que eles deviam estar bem traumatizados, estavam extremamente silenciosos. Talvez fosse pelo choque das notícias também.

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Respirou fundo diante da visão do choque das crianças e serviu alguns copos de vinho dando um para cada com o intuito de facilitar o que tinha falado. Então sentou-se novamente olhando para eles com pesar.

─ Sintou muito. ─  Disse dando uma pausa antes que tomasse a palavra novamente ─ Mas tem a questão de que também devo protegê-los. Não sei quais são os planos de vocês e estou disposta a ouvir. No entanto, minhas intenções são enviá-los para o sul ou para Essos até que possamos trazê-los de volta. ─ Se sobrevivermos , pensou sentindo o gosto amargo em sua boca ─ Meus filhos foram para o outro continente e creio que seus familiares gostariam do mesmo pra vocês por enquanto.

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Nenhum deles aceitou o vinho, por diversos motivos, Dania não quis por não gostar, Brandon simplesmente não quis e Landor estava doente, também nunca tinha bebido. Talia em compensação foi bebendo os copos que ela tinha enchido, enquanto esperava a resposta deles.

─ Nosso plano era encontrar nossos pais e vocês... agora, bem, não sabemos ─ respondeu Dania, triste. De repente, ela pareceu se lembrar de algo. ─ Na tenda que eu estava, tem a espada de meu pai. É aço valiriano, os patrulheiros falaram sobre isso ser útil contra os Outros.

Antes que Talia pudesse responder alguma coisa, a tenda foi novamente adentrada por alguém, dessa vez por ninguém menos que Daeron que pareceu surpreso ao ver as crianças ali dentro.

─ Olá ─ cumprimentou com um sorriso, erguendo a mão.

Dania curvou-se e, pouco depois, as crianças ao perceberem que era o rei ali.

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Depois que todos se reuniram dentro da caverna, eles conversaram sobre o que tinha acontecido até aquele ponto, a dupla se mostrou surpresa ao escutar Droenn falando sobre o ataque do Outro, chegaram a falar sobre Rina, mas não se pronlongaram demais. Discutiram o que fariam em seguida e Droenn permaneceu firme em continuar para Winterfell mesmo que fossem poucos, mas disse que não iria sacrificar mais ninguém por aquilo e que se quisessem voltar, tinham todo direito. No final, todos decidiram ir.

O clima de tristeza rondava o grupo enquanto andavam em direção ao castelo dos Stark. A dupla de doentes parecia melhor, ainda que estivessem meio desligados, mas Serena parecia ficar cada vez mais muda e deprimida, a garota estava realmente mal e isso deixava os dois ex-mercenários tristes. No caminho, eles foram surpreendidos por alguns lobos e um homem montado num alce, vestido como um patrulheiro. Se auto-nomeou como Mãos Frias e disse que o Corvo de Três-Olhos precisava de Droenn, falou que ninguém mais estava em Winterfell e naquela altura já deviam estar no Sul, bem longe. Houve muita suspeita, principalmente pela aparência do homem, mas por fim o seguiram.

Quase completaram dois dias sem nada ter acontecido. Mas não eram tão sortudos assim. Viram inúmeras criaturas surgindo entre as árvores e foram obrigados a fugir dali. Por sorte, os doentes pareciam ter uma noção do perigo e corriam quando eram puxados pelas cordas. Quando estavam atravessando um campo que separava os dois trechos de floresta, todos ouviram um rugido de dragão e por um segundo se sentiram alegres.

Daeron tinha chegado.

Até que o dragão se revelou no horizonte e se mostrou muito diferente da aparência do dragão de Daeron. Era negro, parecia podre, algumas áreas eram possíveis de ver seus ossos e seus olhos brilhavam num intenso azul.

Vocês precisam tirar 11 para escapar ileso disso.

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